domingo, 8 de março de 2020

A Cuidadora

O Mal de Parkinson atinge milhares de pessoas ao redor do mundo. É uma doença grave, sem cura, que maltrata bastante as pessoas que são diagnosticadas com ela. Esse filme conta a história de um portador de Parkinson. O personagem principal se chama Sir Michael Gifford (Brian Cox). No passado ele foi um grande ator. Um premiado intérprete de Shakespeare tanto no teatro como no cinema. Seu talento o levou a ser condecorado com a ordem do império britânico. Isso tudo porém se torna passado. Ele agora está idoso, sofrendo de Parkinson, em sua grande casa no campo.

Sua filha sabe que ele precisa de uma cuidadora de idosos, mas o veterano ator odeia essa ideia. Ele briga com várias enfermeiras, até que um dia a jovem húngara Dorottya (Coco König) chega para trabalhar cuidando dele. Ela tem algo em comum com o paciente que passa a cuidar. Ela sonha um dia também se tornar uma boa atriz. Isso acaba virando um elo de ligação entre eles. Em pouco tempo Gifford cria uma grande vínculo de amizade com sua cuidadora. E fica novamente feliz quando é convidado para receber um prêmio pela conjunto de sua obra. É a chance de voltar a aparecer em público. Algo que para um artista como ele é tão importante como respirar!

Esse filme inglês é muito bom. Não é comum filmes retratando portadores de Mal de Parkinson. E isso é bem curioso porque é uma doença até muito comum, principalmente em pessoas idosas. O roteiro, de forma inteligente, não exagera nas tintas do drama. Ao invés disso investe na humanidade dos personagens. Isso deu um tom leve que não esperava encontrar em um filme com essa temática. E Brian Cox traz todo o brilho e dignidade necessários para seu papel. Um protagonista maltratado pelos anos, mas ainda assim com uma personalidade forte e decidida, disposto a superar todas as adversidades. É uma bela lição de vida.

A Cuidadora (The Carer, Inglaterra, Hungria, 2016) Direção: János Edelényi / Roteiro: Gilbert Adair, János Edelényi / Elenco: Brian Cox, Coco König, Maitland Chandler, Ruth Posner / Sinopse: O filme conta a história de um veterano ator de teatro e cinema que na velhice passa a sofrer de Mal de Parkinson. Sua vida muda quando ele recebe a vinda de uma nova cuidadora, uma jovem que sonha ser atriz. E tudo se torna mais desafiante quando ele é convidado para receber um prêmio pelo conjunto de sua obra como ator dramático. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Brian Cox).

Pablo Aluísio. 

8 comentários:

  1. Esse tema me interesso porque trabalho na área. O Parkinson é uma doença dos nossos tempos. Seu registro em tempos antigos é muito remoto. É uma doença que vem do stress emocional, da vida conturbada que o homem vive nos dias de hoje.

    ResponderExcluir
  2. Pablo:
    A minha cunhada, apesar de ser bacharel em direito, se tornou cuidadora de idosos por vocação. Eu confesso que não entendo direito a opção dela, porém as pessoas que ela cuida invariavelmente criam entre eles um forte laço emocional, o que até dificulta quando por qualquer motivo ela tem que deixar de cuidar deles. Acho que apesar desse tipo de necessidade (cuidadores) ter aumentado muito, não são muitos que conseguem desempenhar com maestria tal função.
    Serge Renine.

    ResponderExcluir
  3. Serge,
    É necessária uma verdadeira vocação para ser uma cuidadora de idosos. E também é preciso bastante humanidade nessas pessoas. Afinal elas vão lidar com pessoas muito vulneráveis, os idosos e os doentes.

    ResponderExcluir
  4. Então Lord Erick, a ciência ainda não uma resposta. Não se sabe com certeza absoluta o que causa o mal de Parkinson, mas as pesquisas avançam a cada ano. Acredito que daqui uns 10 anos ou 20 no máximo haverá medicamentos cada vez mais eficientes contra essa doença.

    ResponderExcluir
  5. Correção: "A ciência ainda não tem uma resposta".

    ResponderExcluir