quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Baile Perfumado

Título no Brasil: Baile Perfumado
Título Original: Baile Perfumado
Ano de Produção: 1997
País: Brasil
Estúdio: Imovision
Direção: Paulo Caldas, Lírio Ferreira
Roteiro: Paulo Caldas, Lírio Ferreira
Elenco: Duda Mamberti, Luiz Carlos Vasconcelos, Aramis Trindade, Joffre Soares, Cláudio Mamberti, Germano Haiut

Sinopse:
Em 1937 o libanês Benjamin Abrahão (Duda Mamberti) resolve apostar numa empreitada perigosa. Ele decide ir para a caatinga em busca de Lampião e seu bando de cangaceiros no nordeste brasileiro. Sua intenção é filmar o famoso bandoleiro para exibir em cinemas pelo país afora. Inicialmente relutante, o Capitão Virgulino então finalmente decide ceder, "atuando" assim no filme de Benjamin.

Comentários:
Bom momento do cinema brasileiro que conta uma das histórias mais improváveis do nordeste, quando um estrangeiro conseguiu romper as linhas de defesa de Lampião para fazer as únicas imagens do grupo de cangaceiros em um filme. Aliás o filme em si é um exercício de metalinguagem cinematográfica das mais interessantes, isso porque o filme de Benjamin Abrahão acabou dando origem a justamente esse "Baile Perfumado". Obviamente a câmera que usou na época era bem primitiva, sem som, nem nada de muito sofisticado em termos tecnológicos, porém as imagens captadas do bando de Lampião foi certamente um dos registros históricos mais importantes da cultura do povo nordestino. A tradição ligando o cangaço com o cinema brasileiro vem de muito tempo, poderia dizer até mesmo que essa seria a mitologia brasileira equivalente ao velho oeste dos Estados Unidos. Se o Brasil tivesse uma indústria de cinema mais regular e desenvolvida certamente muitos filmes teriam sido produzidos sobre o cangaço. De qualquer maneira esse "Baile Perfumado" é seguramente um tiro certeiro nesse estilo de produção..Roteiro bem elaborado, boa produção e um enredo que é à prova de falhas. Se ainda não viu não deixe de conferir.

Pablo Aluísio.

9 comentários:

  1. O Glauber Rocha quase fez western no nordeste brasileiro. Pena que era estilo demais e orçamento e profissionalismo de menos. Deus e o Diabo na Terra do Sol, por exemplo, é muito artístico, mas intragável pra grande massa. Ficou no meio do caminho.

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  2. Nem quis citar o Glauber Rocha porque pensei em um faroeste brasileiro popular, para o povão mesmo. Glauber Rocha fazia cinema para intelectual de universidade, bêbados, frustrados e caídos ao lado de uma mesa do botequim... rsrs

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  3. Pablo:


    Você não vai acreditar. Eu procurei por anos e agora o filme A Encruzilhada do Walter Hill com o Ralf Macchio e o Joe Seneca saiu na Netflix. Apesar de ter de aguentar o Ralf Macchio fazendo exatamente o mesmo personagem do Karate Kid (o Daniel tocado guitarra), esse filme é especial pra mim por tratar exclusivamente de Blues que é um dos ritmos que mais me sinto a vontade como músico, tanto cantando, como tocando, desde sempre.

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  4. Esse bom filme assisti ainda nos anos 80. Eu me recordo que ele foi exibido em um pequeno cinema na minha cidade, por apenas uma semana. Acabei indo assistir e gostei bastante. Outra lembrança dele é uma velha revista Cinemim que trazia o poster original do filme em suas folhas internas... bons tempos quando havia revistas de cinema em nosso país...

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    1. Agora, se quiser, pode revê-lo na Netflix.

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    2. Um detalhe. Por falar no fake Ralf Macchio, assim como ele não sabia nem fingir que lutava em "Karate Kid", aqui nesse "A Encruzilhada", na parte em que há o desafio com o guitarrista protegido do Diabo, o Steve Vai que faz o tal guitarrista do mal teve que tocar as duas guitarras do desafio, a dele e a do coitado do Ralf Macchio.

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  5. Macchio era um ídolo teen e como tal não sabia nem tocar violão e nem lutar karatê... rsrs

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