terça-feira, 9 de junho de 2020

The Terror - Temporada 2

A primeira temporada foi interessante. Nela acompanhamos dois navios ingleses que ficam presos no gelo do Ártico durante o século XVIII. O desespero logo se torna completo com aqueles homens sem mantimentos e alimentos, não tendo como sair daquele inferno gelado, uma vez que seus navios ficavam encalhados. Agora, nessa segunda temporada, tudo muda. É outra história, outra linha narrativa completamente diversa. Aqui nessa postagem vou comentar os episódios dessa temporada, conforme for assistindo a eles.

The Terror 2.01 - A Sparrow in a Swallow's Nest
Comecei a assistir a segunda temporada de The Terror. Havia gostado da primeira temporada, só que agora tudo muda. O enredo muda, personagens, contexto histórico, etc. A trama agora se passa na Califórnia, na véspera do ataque japonês a Pearl Harbor. Os personagens principais são imigrantes japoneses que vivem nos Estados Unidos. E como imigrantes eles são explorados de todas as formas pelos americanos. O pai vende peixe, mas é forçado a vender peixe mais barato, justamente por causa de sua origem. Pior é que seu filho está com a namorada grávida e quer se casar, mas não tem dinheiro para isso. Com a declaração de guerra dos Estados Unidos ao Japão a vida deles muda radicalmente. O pai acaba sendo enviado para um campo de refugiados japoneses, pois havia um receio do governo americano de que eles poderiam sabotar o país de alguma forma. E para dar um toque de mistério no episódio surge uma estranha gueixa que parece estar pronto para se suicidar na beira do oceano. Bom episódio que me manteve interessado no que vai acontecer. Vou acompanhar, com certeza. / The Terror 2.01 - A Sparrow in a Swallow's Nest (Estados Unidos, 2019) Estúdio: American Movie Classics (AMC) / Direção: Josef Kubota Wladyka / Roteiro: Max Borenstein, Alexander Woo / Elenco: Derek Mio, Kiki Sukezane, Cristina Rodlo, Shingo Usami, Naoko Mori, Miki Ishikawa.

The Terror 2.02 - All the Demons Are Still in Hell
Depois que o Japão atacou Pearl Harbor os Estados Unidos entraram em guerra. Internamente houve uma diretriz do governo para isolar todos os japoneses em solo americano. Eles foram levados para "Campos de realocação" que na verdade mais se pareciam com campos de concentração mesmo. É para um desses lugares que a família japonesa retratada na série é enviada. Só que com eles também vai uma entidade sobrenatural da cultura japonesa. Um tipo de espírito maligno que infesta a alma e o coração dos homens. Um equivalente aos demônios da cultura ocidental. Nesse episódio uma garota conhecida como Yuko é um desses seres que enlouquece um senhor dentro do campo. Ele tira um fuzil de um soldado americano e parte para cima de outros militares do exército dos Estados Unidos. Claro, o resultado se torna mais do que previsível. Para se defender desse tipo de infestação dos infernos, apenas uma solução é encontrada pelos imigrantes japoneses, mastigar pequenos textos e orações da religião xintoísta. Assim essas almas negras não atacam os que ficam espiritualmente protegidos. / The Terror 2.02 - All the Demons Are Still in Hell (Estados Unidos, 2019) Direção: Josef Kubota Wladyka / Roteiro:  Max Borenstein, Alexander Woo / Elenco: Derek Mio, Kiki Sukezane, Cristina Rodlo.

The Terror 2.03 - Gaman
Conforme a série vai avançando o público vai conhecendo melhor os personagens. Todos os japoneses e seus descendentes estão já acomodados nos campos. E a vida segue, apesar de tudo. As pessoas vão tentando criar uma rotina de normalidade. Chester Nakayama é chamado pelo major do campo para traduzir uma mensagem capturada de um soldado japonês na guerra. É um poema escrito numa carta, mas que também traz um código de guerra. Os americanos gostam tanto que ele é recrutado. Parte para um campo de treinamento e depois o front de guerra. Porém a tal entidade sobrenatural conhecida como Bakemono ainda ronda nas sombras, rondando em sua vida. Ela se parece com um gueixa, usando roupas medievais... e tem sede de morte! / The Terror 2.03 - Gaman (Estados Unidos, 2019) Direção: Michael Lehmann / Roteiro: Max Borenstein, Alexander Woo / Elenco: Derek Mio, Kiki Sukezane, Cristina Rodlo.

The Terror 2.04 - The Weak Are Meat
Um soldado americano revista um setor privativo dentro do campo. Uma vez lá descobre que há uma estranha moça japonesa no meio das sombras. Ela não deveria estar naquele lugar, naquele depósito. Só que não se trata de uma mulher, mas sim da aparição de uma entidade sobrenatural. O soldado, após ver essa criatura, enlouquece completamente. Sobe numa torre de vigilância e do alto salta para a morte certa. Já o jovem japonês que foi levado para o front de guerra como tradutor se depara com um caso de possessão envolvendo um militar do exército americano. E sua esposa que ficou no campo acaba tendo dois filhos gêmeos, mas eles nascem mortos. Mais um episódio dessa temporada, com mais momentos de terror, usando para isso figuras do folclore japonês. Por ter contato com esse tipo de cultura oriental até que fica tudo bem interessante. / The Terror 2.04 (Estados Unidos, 2019) Direção: Michael Lehmann / Roteiro: Max Borenstein, Alexander Woo / Elenco: Derek Mio, Kiki Sukezane, Cristina Rodlo.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Um Peixe Chamado Wanda

Título no Brasil: Um Peixe Chamado Wanda
Título Original: A Fish Called Wanda
Ano de Produção: 1988
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Charles Crichton, John Cleese
Roteiro: John Cleese, Charles Crichton
Elenco: John Cleese, Jamie Lee Curtis, Kevin Kline, Michael Palin, Maria Aitken, Geoffrey Palmer

Sinopse:
Quatro criminosos se unem para formar uma quadrilha com o objetivo de roubar pedras e joias preciosas no valor de 13 milhões de libras esterlinas. O problema é que cada um parece disposto a passar a perna no outro, numa verdadeira rede de traições. Quem vai acabar ficando com toda a fortuna roubada afinal de contas?

Comentários:
John Cleese é o verdadeiro talento por trás desse excelente filme de roubo a joias. Ele escreveu o roteiro, dirigiu o filme e ainda interpretou um advogado picareta que precisa lidar com um bando de ladrões, cada um querendo enganar o outro para ficar com o fruto dos roubos somente para si. Wanda Gershwitz (Jamie Lee Curtis) é peça chave nessa situação. Ela não apenas tem seu noivo envolvido no esquema criminoso, como também seu amante, o canastrão e ciumento Otto (Kevin Kline). Claro que esse será um jogo traiçoeiro onde todos tentam enganar a todos. O filme tem um toque de humor no estilo Monty Python, já que John Cleese é o mentor intelectual de todo o filme. Porém numa levada mais convencional. O resultado ficou tão bom que o filme foi até mesmo lembrado pelo Oscar, sendo indicado nas categorias de melhor direção e melhor roteiro original. E acabou também trazendo o Oscar para Kevin Kline que aqui foi premiado na categoria de melhor ator coadjuvante. Um prêmio raro, pois a Academia ao longo de sua história quase nunca premiou atores atuando em comédias como essa. Foi certamente um feito e tanto para Kevin Kline, naquele que pode ser considerado seu melhor momento da carreira.

Pablo Aluísio.

Kojak - O Preço da Justiça

Título no Brasil: Kojak - O Preço da Justiça
Título Original: Kojak - The Price of Justice
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Alan Metzger
Roteiro: Abby Mann, Selwyn Raab
Elenco: Telly Savalas, Kate Nelligan, Pat Hingle, Jack Thompson, Brian Murray, John Bedford Lloyd

Sinopse:
Após a morte de duas crianças, cujos corpos são encontrados à beira do Rio Hudson, o detetive e inspetor Theo Kojak (Telly Savalas) entra no caso para solucionar os crimes. Acaba descobrindo o envolvimento de pessoas poderosas e influentes dentro da sociedade de Nova Iorque.

Comentários:
Kojak protagonizou uma série policial de muito sucesso na década de 1970. Nos anos 80 os produtores resolveram trazer o personagem de volta, mas em um longa-metragem. Depois que o filme ficou pronto eles decidiram lançar na televisão. Uma decisão acertada, uma vez que o filme alcançou boa audiência, sendo elogiado, o levando inclusive a ser indicado ao Emmy Awards (O Oscar da TV americana) na categoria de melhor direção de fotografia (para Victor J. Kemper). Um bom momento para todos os envolvidos. O Kojak foi muito popular, inclusive no Brasil. Um policial careca, sempre chupando um pirulito, enquanto resolvia os piores casos criminais. Foi também o personagem da vida do ator Telly Savalas. Falecido em 1994, ele nunca mais conseguiu se livrar do investigador, sempre sendo apontado como "aquele ator que era o Kojak". No Brasil esse telefilme foi lançado em VHS, pelo selo CIC Vídeo durante os anos 80. Para os fãs saudosistas da antiga série de TV é uma ótima opção para rever o Kojak novamente, em uma de suas últimas aparições.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de junho de 2020

O Cão e a Raposa

Título no Brasil: O Cão e a Raposa
Título Original: The Fox and the Hound
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney
Direção: Ted Berman, Richard Rich
Roteiro: Daniel P. Mannix, Larry Clemmons
Elenco: Kurt Russell, Mickey Rooney, Pearl Bailey, Jack Albertson, Sandy Duncan, Jeanette Nolan

Sinopse:
Após a morte da mãe na floresta, uma pequena raposinha é adotada por uma bondosa velhinha viúva que vive em uma pequena fazenda. Essa raposa filhote acaba se tornando amigo do cão do vizinho, um filhote também. Os anos passam e eles acabam se vendo em lados opostos. O amigo do passado vira um cão de caça e a raposa, claro, acaba se tornando a caça dele.

Comentários:
É uma animação Disney, então não há muito o que se criticar. Roteiro, aspectos técnicos, dublagem, tudo perfeito. Só que esse "O Cão e a Raposa" também é conhecido por outros pontos importantes. Durante a produção do filme houve inúmeros problemas que acabaram adiando a estreia do filme nos cinemas por mais de um ano. A pior situação enfrentada pela Disney foi a saída do animador Don Bluth que decidiu deixar o estúdio para fundar sua própria companhia de desenhos animados. Com ele foi embora um grupo de desenhistas e animadores, bem no meio da produção dessa animação. Claro que isso atrapalhou, trouxe impacto. Mesmo assim não há como negar que a nova equipe que os substituiu trabalhou muito bem. E aqui há um aspecto interessante. Entre os novos contratados da Disney havia um jovem chamado Tim Burton. Isso aí, o mesmo que iria se tornar um conhecido diretor nos anos que viriam. Ele cuidou da animação da jovem raposa da floresta pela qual o protagonista se apaixona. Quem diria, o "Dark" Tim Burton animando uma personagem que era pura fofura e delicadeza. No mais é mais uma animação acima da média com a marca Walt Disney de qualidade. Tudo muito bem feito e realizado, com destaque ainda para a trilha sonora incidental "Hillibilly" com muita banjo e música das montanhas do sul caipira dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de junho de 2020

O Turista Acidental

Título no Brasil: O Turista Acidental
Título Original: The Accidental Tourist
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Frank Galati
Elenco: William Hurt, Kathleen Turner, Geena Davis, Bill Pullman, Amy Wright. David Ogden Stiers,

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Anne Tyler, o filme "O Turista Acidental" conta a história de um escritor de guias de viagem que está emocionalmente abalado e deprimido, mas que precisa seguir em frente com sua vida mesmo depois que seu filho morreu e seu casamento desmoronou.

Comentários:
Esse foi o filme mais importante da carreira do ator William Hurt. O filme concorreu ao Oscar em diversas categorias, entre elas a de melhor filme e roteiro adaptado. Levou a estatueta para casa na categoria de melhor atriz, prêmio dado a Geena Davis, quem diria... e ainda foi lembrado pela excelente trilha sonora escrita pelo maestro e mestre John Williams. E como se isso não fosse o bastante ainda foi indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme, no gênero drama. Ou seja, reconhecimento da crítica e dos grandes festivais de cinema, não faltou. Porém, em minha opinião, para gostar do filme mesmo você precisa estar no estado de espírito certo. Isso porque o roteiro procura seguir os passos dos sentimentos melancólicos do protagonista, que em suma é um homem deprimido, que basicamente odeia aquilo que faz, o seu trabalho. Escrever guias de viagens enquanto está arrasado por dentro, obviamente não é uma coisa fácil. Por isso voltamos ao ponto inicial. Para gostar plenamente do filme você precisa também gostar muito de William Hurt. O filme é dele, feito em cima de sua persona nas telas. É uma obra cinematográfica até mesmo fria, sem muito calor humano. Até porque em crises depressivas a mente age justamente assim, sem encotnrar calor e interesse em nenhum aspecto da vida.

Pablo Aluísio.

Um Hóspede do Barulho

Título no Brasil: Um Hóspede do Barulho
Título Original: Harry and the Hendersons
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Amblin Entertainment
Direção: William Dear
Roteiro: William Dear, Bill Martin
Elenco: John Lithgow, Kevin Peter Hall, Melinda Dillon, Margaret Langrick, Joshua Rudoy, David Suchet

Sinopse:
A família Henderson resolve adotar Harry. O problema é que ele definitivamente não é um animal de estimação comum, mas sim um Sasquatch amigável, um "Pé Grande" das montanhas geladas. E isso acaba trazendo muitos problemas para eles, ainda mais para manter tudo em segredo.

Comentários:
Steven Spielberg produziu esse filme que tinha semelhanças em seu roteiro até mesmo com "ET - O Extraterrestre". Calma, o grandalhão Harry não era um alien, mas sim um Pé Grande, aquela criatura mitológica que até hoje faz gente jurar que o viu nos Estados Unidos. A semelhança no caso vinha do fato desse bicho esquisito ir morar com uma típica família americana (como também acontecia no clássico Sci-fi de Spielberg). Em termos de maquiagem, não há o que se criticar, inclusive o filme foi premiado na categoria. Quem levou o Oscar para casa foi o famoso maquiador Rick Baker, o mesmo que havia criado o lobisomem de "Um Lobisomem Americano em Londres" e o Predador do filme de mesmo nome. Era um gênio na criação desses monstros. Curiosamente aqui o roteiro pedia não por uma criatura monstruosa, mas sim por um tipo mais amigável, meio bobão. O resultado ficou perfeito. Outra curiosidade é que o Harry Pé Grande foi interpretado pelo grandalhão Kevin Peter Hall, o mesmo que havia vestido a pesada maquiagem do Predador no filme com Arnold Schwarzenegger. Quem poderia imaginar que o Harry teria tanta coisa em comum com o alien predador? Enfim, são coisas de Hollywood...

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

12 Bucks

Título no Brasil: 12 Bucks
Título Original: 12 Bucks
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Kindred Spirits Productions
Direção: Wayne Isham
Roteiro: Sean Graham, Scott Waugh
Elenco: Matthew Fishman, Nick Bentley, Alexandra Paul,  Jonathan Silverman, Sean Graham, Finola Hughes

Sinopse:
Dois jovens que fazem parte de uma família disfuncional e violenta, acabam entrando no mundo do crime após uma tragédia terrível que se abate sobre eles e seus familiares.

Comentários:
Assisti há muitos anos, muito provavelmente na TV a cabo (acredito que tenha sido no canal HBO). O tema é interessante. Um filme que alerta sobre o problema de abusos dentro de uma família. Filme que não apenas conta uma boa história, como também funciona como panfleto de alerta ou de denúncia. Outro dia me recordei do filme justamente ao assistir uma matéria policial envolvendo os mesmos temas. Em termos gerais é um filme que pouca gente assistiu, mas que vale ao menos uma sessão para conhecer. Filme independente, pouco conhecido, mas que tem algo a dizer ao espectador. Por essa razão já vale a consideração.

Pablo Aluísio.

Montana, Terra Proibida

Nas telas Errol Flynn personificou como poucos o galã aventureiro das matinês. Ele fez muito sucesso com personagens como Robin Hood, General Custer, Capitão Blood etc. Isso foi na década de 1930 e Flynn se tornou o ator número um em bilheteria naqueles anos. Vinte anos depois o astro, já chegando na velhice, se virou como pôde para manter a sua carreira no cinema. O problema é que na vida real ele era beberrão, mulherengo, viciado em drogas e sempre se metia em brigas de bar. Ao longo dos anos essas confusões foram acabando com seu prestigio em Hollywood. Quando esse "Montana" foi lançado Flynn já tinha confusões suficientes para enterrar qualquer pretensão de voltar ao topo que um dia havia sido dele, mas ele ainda tentava se manter nos holofotes estrelando filmes de western como esse.

O filme é interessante, recomendado principalmente para os fãs do trabalho do ator. Na realidade esse faroeste pode ser considerado uma fita mais leve do que o habitual do gênero. Não há violência excessiva e nem bandidos sanguinários. A disputa na realidade se dá apenas entre dois tipos de criadores no velho oeste. De um lado os fazendeiros que criavam grandes rebanhos de gado. Do outro os que ganhavam a vida tomando conta de rebanhos de ovelhas. Errol Flynn interpreta Morgan Lane, um sujeito que só tem a pretensão de tocar seu rebanho de ovelhas em paz, só que não a encontra, porque criadores de gado acreditam que suas ovelhas acabam com o pasto da região. Assim fica armada a tensão da história.

No meio do filme sobra espaço para uma curiosa cena onde o próprio Flynn canta ao lado da atriz Alexis Smith. Algo bem raro de acontecer. Pessoalmente não lembro de nenhum outro filme com Errol Flynn em que ele cantava. Deve ter sido um momento único na sua carreira. Já a sua companheira de cena, Alexis Smith, interpreta uma personagem forte, de personalidade marcante, coisa também rara de se encontrar em filmes de western dessa época. Para aliviar ainda mais o clima o ator S.Z. Sakall interpreta um mascate fanfarrão e boa praça, servindo principalmente como alívio cômico. Assim "Montana" se revela como um estilo de western mais ameno e romântico. E no final, mostra que Errol Flynn, apesar de já estar descendo a ladeira em sua filmografia, ainda conseguia manter o pique e o interesse nos cinemas.

Montana, Terra Proibida (Montana, Estados Unidos, 1950) Direção: Ray Enright, Raoul Walsh / Roteiro: Ray Enright / Elenco: Errol Flynn, Alexis Smith, S.Z. Sakall, Douglas Kennedy, James Brown, Ian MacDonald, Charles Irwin, Paul E. Burns, Tudor Owen / Sinopse: Morgan Lane (Errol Flynn) é um humilde pastor australiano de carneiros e ovelhas  que resolve dar uma reviravolta em sua vida, indo morar nas planícies de Montana, nos Estados Unidos. Porém no lugar da tranquilidade que ele esperava encontrar, Morgan acaba tendo que lidar com problemas envolvendo os rancheiros da região, inclusive com uma bela e rica criadora de gado chamada Maria Singleton (Alexis Smith).

Pablo Aluísio.