quinta-feira, 14 de maio de 2015

Capitão América: O Primeiro Vingador

A Marvel levou décadas para acertar no cinema, mas quando acertou, foi tiro no alvo, direto na mira. Esse aqui deu origem a outra franquia de sucesso. Como se sabe os filmes da Marvel, todos eles, formam um elo entre si, se passam no mesmo universo. Depois do sucesso dos filmes do Homem-Aranha, Homem de Ferro e Hulk, era de se esperar que fossem mesmo ressuscitar esse antigo herói dos quadrinhos. E quando escrevo antigo, não é força de linguagem. O Capitão América nasceu durante a II Guerra Mundial e foi usado, como era de se esperar, como personagem propaganda do esforço de guerra. Logo havia uma longa história para se contar, mais de 50 anos de histórias em quadrinhos para se adaptar ao cinema. Os fãs dessa longa tradição tinham que ser respeitados. Não poderia como ignorar tantas edições ao longo de todos esses anos.

E esse filme não esqueceu esse histórico em seu roteiro. É, como se sabe, também um filme de origens. Assim vemos como surgiu o herói, fruto de uma experiência para criar uma "super soldado". De garoto franzino, ele virou uma máquina de combate. E tem sua personalidade também, com sentimentos patrióticos fora do normal. Inclusive combatendo o nazismo e o fascismo, naquele momento histórico tentando dominar a Europa e o resto do mundo. Agora imagine parar para pensar... faz dez anos que esse filme foi lançado! Como o tempo passa rápido...

Capitão América: O Primeiro Vingador (Captain America: The First Avenger, Estados Unidos,2011) Direção: Joe Johnston / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Chris Evans, Hugo Weaving, Samuel L. Jackson / Sinopse: Steve Rogers, um soldado  rejeitado, se transforma no Capitão América após tomar uma dose de um "soro do Super Soldado". Mas ser o Capitão América tem um preço quando ele tenta derrubar um traficante de guerra e uma organização terrorista.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

A Hora do Espanto

Os melhores filmes de adolescentes foram feitos nos anos 80. Disso pouca gente pode discordar. Agora que tal misturar tudo isso com velhos monstros de terror? E se um típico jovem dos anos 80 descobrisse que seu novo vizinho era na realidade... um vampiro? Pois é, a ideia parece simples, mas rendeu um excelente filme de terror juvenil. "A Hora do Espanto" foi um grande sucesso de bilheteria na época, tanto que acabaria gerando mais três filmes (uma sequência, um remake e sua continuação). Nenhum desses conseguiu repetir a mesma qualidade cinematográfica.

Produzido em uma época em que os efeitos digitais ainda eram muito primitivos, tudo feito com maquiagem e figuras monstruosas reais, o filme ainda hoje mostra que é de fato uma fita muito boa, que conseguiu resistir até mesmo ao passar dos anos. Um aspecto curioso é que o "caçador de vampiros" do filme não passa de um ator canastrão, de velhos filmes, que agora precisa lidar com um vampiro real. Homenagenando antigos astros dos filmes da Universal ele recebeu o nome de Peter Vincent (de Peter Cushing e Vincent Price). Enfim, "A Hora do Espanto" marcou época no cinema dos anos 80, merecidamente aliás.

A Hora do Espanto (Fright Night, Estados Unidos, 1985) Direção: Tom Holland / Roteiro: Tom Holland / Elenco: Chris Sarandon, William Ragsdale, Roddy McDowall, Amanda Bearse / Sinopse: Um típico jovem dos anos 80 descobre que seu novo vizinho é na realidade um vampiro. Para ajudá-lo a combater o monstro ele pede ajuda a um velho ator de filmes de terror do passado.

Pablo Aluísio.

O Exorcista

Responda rápido: Qual é o filme de terror mais conhecido e popular da história do cinema? Bom, se você respondeu "O Exorcista", acertou em cheio. Esse filme foi realmente um marco, um grande sucesso de bilheteria e um daqueles filmes que mudam o cinema para sempre. E tudo se baseou em um história real, ou quase isso, já que algumas coisas foram mudadas. Na história real foi um garoto a sofrer possessão demoníaca. A história acabou marcando a Igreja Católica pois foi uma possessão reconhecida pelo clero, pelos seus exorcistas. Tão traumática foi a experiência que após o exorcismo a Igreja comprou a casa onde tudo aconteceu. Demoliu a mesma e construiu uma praça no mesmo chão. Tudo para evitar que outras famílias viessem a morar ali.

Outro fato interessante, que só há pouco tempo foi descoberto, é que "O Exorcista" tinha tudo para vencer o Oscar de melhor filme em seu ano. Os membros da Academia estavam convencidos disso. Foi preciso a pressão de produtores ricos e influentes para que o filme não se tornasse o grande vencedor do Oscar. E por que isso aconteceu? Os produtores acreditavam que esse tipo de filme não poderia vencer. Não apenas pelo tema, mas também pelo gênero, o que bem demonstrou o preconceito existente em Hollywood contra filmes de terror em geral. Realmente lamentável.

O Exorcista (The Exorcist, Estados Unidos, ) Direção: William Friedkin / Roteiro: William Peter Blatty / Elenco: Ellen Burstyn, Max von Sydow, Linda Blair / Sinopse: Uma garota colegial é possuída pelo demônio conhecido como Pazuzu, criando um clima de terror e opressão sobre sua família. Para tentar salvar a menina o Vaticano envia dois padres especializados em exorcismo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de maio de 2015

O Colecionador de Ossos

Filmes sobre psicopatas geralmente costumam serem, no mínimo, bons. Claro que existem exceções, principalmente no submundo dos filmes B, de baixo orçamento, mas dificilmente veremos uma produção classe A com enredo girando em torno de um serial killer que seja realmente fraco ou ruim. Assim não poderia ser diferente com esse "O Colecionador de Ossos". O elenco formado por Denzel Washington e Angelina Jolie funciona muito bem. Denzel interpreta um especialista veterano que está com problemas de locomoção, o que o impede de ir "in loco" participar das investigações.

Assim ele acaba funcionando como o lado intelectual dessa dupla formada ainda com a presença da inexperiente policial Amelia Donaghy (Jolie, estranhamente sensual em um papel que não deveria abrir margem para esse tipo de coisa). Como o próprio título sugere o assassino tem uma estranha obsessão por ossos humanos, o que torna tudo ainda mais macabro. Eu particularmente gostei do resultado final, mas a crítica da época se dividiu, sendo que o roteiro foi acusado, entre outras coisas, de ser pouco original e sem surpresas. Discordo, considero o filme até acima da média do que era produzido na década de 1990. Além disso o diretor Phillip Noyce (de "Perigo Real e Imediato" e "Jogos Patrióticos") sempre foi um competente realizador de blockbusters.

O Colecionador de Ossos (The Bone Collector, Estados Unidos, 1999) Direção: Phillip Noyce / Roteiro: Jeremy Iacone, baseado no livro escrito por Jeffery Deaver / Elenco: Denzel Washington, Angelina Jolie, Queen Latifah / Sinopse: Thriller de suspense e ação dos anos 90. Na trama uma dupla de investigadores precisa descobrir a identidade de um perigoso serial killer que está aterrorizando toda uma região.

Pablo Aluísio.

O Anjo da Guarda

North (Elijah Wood) é um garoto insatisfeito e frustrado com sua família que resolve partir em busca de uma nova, vivendo inúmeras aventuras enquanto não acha os pais que ele venha a considerar ideais. Esse filme, que não fez sucesso quando foi lançado, resolveu apostar em um tom de fábula. Elijah Wood era apenas um garotinho, mas mostrou muito talento em segurar o filme praticamente sozinho, com eventuais participações de atores famosos, como por exemplo, o astro Bruce Willis, que surge como narrador do enredo.

Esse clima de fantasia que o diretor Rob Reiner quis a todo custo manter não conseguiu agradar a todo mundo, alguns inclusive detestaram, a ponto até do filme ser indicado a várias categorias no Framboesa de Ouro (pior filme, direção, ator, roteiro, etc). Não era para tanto, acredito que o Framboesa tenha vindo em retaliação a Bruce Willis, que vinha em uma época turbulenta com a imprensa, com muitas trocas de acusações e ofensas. De qualquer maneira, se você não conhece a fita e queira arriscar um programa bem diferente deixo aqui a dica. Não posso afirmar que você vai gostar do resultado, mas posso garantir que será algo bem diferente.

O Anjo da Guarda (North, Estados Unidos, 1994) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Alan Zweibel / Elenco: Elijah Wood, Bruce Willis, Jason Alexander / Sinopse: Um filme com toques infantis, estrelado pelo astro de ação dos anos 80 Bruce Willis.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

O Falsificador

Título no Brasil: O Falsificador
Título Original: The Forger
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Philip Martin
Roteiro: Richard D'Ovidio
Elenco: John Travolta, Christopher Plummer, Tye Sheridan, Jennifer Ehle
  
Sinopse:
Raymond J. Cutter (John Travolta) é um falsificador de obras de arte. Preso e condenado, ele não tem mais nenhuma paciência para esperar os dez meses que ainda faltam para ganhar a liberdade. Assim pede ao seu advogado que entre em contato com um criminoso lá fora, que poderá dar um jeito para ele ir embora da prisão. Um suborno é providenciado ao juiz de seu caso e Ray finalmente ganha as ruas. O problema é que agora ele terá que pagar 50 mil dólares que foram pagos ao magistrado para sua saída da prisão. Para isso precisará entrar em um novo e perigoso golpe, envolvendo o roubo de uma das maiores obras do mestre impressionista Claude Monet.

Comentários:
Esse filme estrelado por John Travolta que chegou aos cinemas americanos no mês passado investe nesse mundo de falsificações de grandes obras primas da pintura. O personagem interpretado pelo ator tem um talento e tanto para pintar falsificações praticamente perfeitas dos quadros originais. Longe da prisão ele agora foca seu objetivo em roubar e colocar no lugar uma falsificação de Monet que estará em exposição na cidade de Boston. O golpe será certamente o maior feito de sua carreira criminosa. O roteiro porém não se contenta em apenas contar essa história policial. Grande parte do filme se concentra também na delicada relação de Ray (Travolta) com seu filho adolescente que está com um tumor cerebral incurável. O jovem sabe que não tem muito tempo de vida e por isso faz alguns pedidos ao pai, entre eles conhecer sua mãe, há muito desaparecida. Para o rapaz, Ray diz que ela vive em Nova Iorque, mas na realidade ela é uma pobre coitada que mora em um trailer. Viciada em drogas, não conseguiu lidar com a responsabilidade de se criar um filho e um dia simplesmente foi embora de casa. A atriz Jennifer Ehle que a interpreta tem um excelente trabalho de atuação. Ela não aparece muito, mas certamente sua performance é uma das melhores coisas do filme. Uma mulher corroída pelo vício que tenta de todas as formas esconder isso de seu filho, com quem não tem qualquer contato há muitos anos. "The Forger" é sem dúvida um bom filme, uma boa fusão entre drama familiar e filme policial. Provavelmente Travolta tenha realizado o filme por causa da recente morte de seu filho. O roteiro investe bastante na relação entre pai e filho e isso certamente foi um atrativo para o ator. Uma forma de redenção cinematográfica desse verdadeiro drama pessoal e familiar que viveu recentemente.

Pablo Aluísio.

A Grande Jogada

Título no Brasil: A Grande Jogada
Título Original: 23 Blast
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchdown Productions LLC
Direção: Dylan Baker
Roteiro: Bram Hoover, Toni Hoover
Elenco: Mark Hapka, Bram Hoover, Stephen Lang
  
Sinopse:
Baseado em fatos reais o filme narra parte da história do jovem Travis Freeman (Mark Hapka). Ele é um estudante secundarista de uma escola localizada numa pequena cidade do Texas. Jogador do time de futebol americano local, ele sonha em um dia ir para a universidade para se tornar atleta profissional daquele popular esporte. Seus sonhos sobre o futuro porém sofrem um terrível revés. Durante uma partida ele sofre um sério ferimento ao redor dos olhos. O quadro se agrava em uma complicada infecção e ele acaba perdendo a visão com apenas 19 anos de idade. Filme premiado no Heartland Film Festival.

Comentários:
Mais um daqueles filmes sobre superação. O quadro não poderia ser mais devastador, um jovem atleta fica cego após sofrer uma pancada durante um jogo de futebol americano. Essa modalidade esportiva é bem conhecida por causa de sua brutalidade em campo, não sendo raro atletas ficarem paralíticos para sempre por causa das lesões físicas sofridas em campo. O problema aqui é um pouco diferente e em certos aspectos bem mais devastador. Imagine ficar sem a visão com apenas 19 anos, com todo um futuro promissor pela frente. Nada poderia ser mais terrível não é mesmo? O roteiro porém tenta a todo custo fugir do dramalhão e da cansada fórmula de filmes sobre doenças, apostando na recuperação de seu personagem principal que, com a ajuda do técnico de seu time, acaba até mesmo voltando ao campo, em um raro caso em que um deficiente voltou a jogar após perder sua visão. A história de Travis Freeman assim é enfocada mais na mensagem de sua superação pessoal do que na exploração de seu drama pessoal. Nada de muitas lágrimas pelo caminho. Após um inevitável momento de depressão e melancolia, ele resolve voltar para a vida, retornando para a escola, para os amigos e para o esporte. Como eu já escrevi antes, filmes sobre futebol americano desanimam logo de cara a maioria do público brasileiro que não entende suas regras e nem gosta do esporte. De uma maneira ou outra "23 Blast" até merece uma chance por causa de sua bonita mensagem de vida. Esqueça o futebol americano e se concentre na história principal. Assim o filme lhe soará bem melhor.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de maio de 2015

Jornada nas Estrelas: Generations

Bom filme que tenta unir as pontas entre duas gerações de atores da franquia "Star Trek". De um lado a equipe comandada pelo lendário Capitão Kirk (William Shatner) e do outro a nova geração capitaneada pelo comandante Jean-Luc Picard (Patrick Stewart). Para conciliar a falta de lógica de juntar em um mesmo enredo duas tripulações que viveram suas histórias em tempos diferentes da saga Jornadas nas Estrelas, os roteiristas acabaram dando um jeito, manipulando o espaço-tempo entre as duas equipes da Enterprise. O resultado desse malabarismo temporal é meio complicado de engolir, mas uma vez ultrapassado esse mal estar inicial as coisas até que ficam divertidas, principalmente se formos comparar a diferença de estilos entre Picard e Kirk. 

Esse último sempre foi o típico canastrão de ação dos anos 1960 (quando a série televisiva original surgiu nos Estados Unidos) e o segundo sempre se caracterizou por ser bem mais sério, contido e íntegro em seus ideais. Eu sempre preferi Picard por causa de sua personalidade mais realista e forte, já que o estilo de Kirk nunca me convenceu - uma pessoa como ele, que mais parecia um caminhoneiro espacial, dificilmente receberia o comando de uma nave como a Enterprise em um mundo real. De qualquer maneira como "Star Trek" é acima de tudo um produto de cultura pop, pura diversão, o filme acabou cumprindo seus objetivos. Aliás mais divertido mesmo que o próprio filme em si foi a indicação do Framboesa de Ouro para William Shatner na categoria Pior Ator Coadjuvante. Pelo visto os dias dos grandes canastrões acabaram mesmo.

Jornada nas Estrelas: Generations (Star Trek: Generations, Estados Unidos, 1994) Direção: David Carson / Roteiro: Rick Berman / Elenco: Patrick Stewart, William Shatner, Malcolm McDowell, Jonathan Frakes.  / Sinopse: Com a ajuda do Capitão Kirk, capitão da nave Enterprise em seu passado remoto, o Capitão Picard deve parar um cientista louco disposto a matar e destruir civilizações inteiras em uma escala planetária para entrar em uma matriz espacial.

Pablo Aluísio.