terça-feira, 25 de março de 2008

Stálin e a URSS

Acredito que atualmente os jovens nem saibam o que significa a sigla URSS, CCCP na língua original. E que realmente essas letras queriam dizer? União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Foi a maior experiência concreta de se colocar as ideias de Karl Marx comandando os rumos de um grande país (o maior em extensão territorial) que unia diversas nações sob o comando de ferro da Rússia comunista. A URSS era uma criação política centralizadora e artificial. Sob o peso do poderio bélico russo diversas nações, com línguas e costumes diferentes, foram colocadas sob o regime socialista. Havia desde grandes países como Ucrânia, até pequenos países muçulmanos ao sul, de povos orientais ao leste e republiquetas europeias, todas debaixo da opressão do regime soviético.

A propriedade privada foi abolida. Todos os meios de produção passaram a ser do Estado. A iniciativa privada foi descartada. Empresas e companhias passavam a pertencer a União Soviética. Toda a economia seria planejada por burocratas de Moscou. A vida de todas as pessoas passavam a pertencer ao Estado máximo. Os poderes legislativos e o judiciário deixaram de ser independentes. Todos deveriam ficar sob estrito controle do poder executivo forte, representado por um líder supremo. A união de todos os poderes, como bem sabemos, é o que define o surgimento de uma ditadura. Esse ditador com poderes máximos seria também o líder do único partido político existente, o Partido Comunista. Direitos individuais deixaram de existir. Havia controle dos meios de comunicação, dos jornais, da televisão. Todos eram controlados pelo Estado. A censura era política de Estado. As artes igualmente ficavam sob domínio absoluto do governo central. O mesmo era direcionado para livros, revistas e qualquer outro sistema de imprensa. Nenhuma crítica ao líder supremo era tolerada e qualquer desvio nesse aspecto era considerado crime punido com prisão perpétua ou morte.O destino de quem ousava discordar do governo soviético era a fria e distante Sibéria, onde muitos morriam congelados, executados ou de inanição.

Se Lênin foi um arquiteto inicial desse regime de poder, sem qualquer tipo de respeito pela vida humana, seu sucessor, Josef Stálin, conseguiu lhe superar. Ele nasceu em um lugar remoto dentro do vasto Império Russo, em Góri, na Geórgia. O pai era alcoólatra e violento, constantemente batendo na esposa e nos filhos. Desde criança Stálin descobriu que não havia perdão em sua casa paterna, essa era uma palavra inexistente no vocabulário do pai, algo que ele levaria para sua vida política. Sua mãe viu que não haveria esperanças para ele, então o matriculou numa escola religiosa da Igreja Ortodoxa. Talvez lá o jovem Stalin tomasse gosto pela vida sacerdotal.

Não foi isso que ele quis. Sua sorte foi que naquela escola ele acabou tendo uma educação primorosa que o transformou em um jovem intelectual. As imagens de um Stálin rude e iletrado não correspondem à verdade dos fatos. Ele tinha grande conhecimento de literatura marxista, a tal ponto que muitas vezes causou embaraços no próprio Lênin que jamais confiou nele. Quando esse morreu abriu-se a sucessão para saber quem seria o novo líder da União Soviética. O sucessor natural seria Leon Trótsky, considerado um grande pensador e ideólogo do comunismo russo. Escritor, intelectual e versátil, ele era seguramente uma excelente opção. Stálin, que havia subido aos mais altos graus do partido por causa de sua militância socialista, do dia a dia, da prática diária das ruas, via o oposto disso. Achava que Trótsky não tinha a vivência prática para levar aquela nação em frente. Usando do modo de agir de seu pai resolveu a questão na base da pura violência. Seus opositores, aliados de Trótsky, foram mortos e depois o próprio Leon foi caçado e morto a golpes de picareta no México, para onde havia fugido com medo de Stálin.

A partir desse ponto não houve mais limites para seu poder. Ele exterminou todos os inimigos políticos, implantou um regime policial de puro terror e começou a eliminar qualquer foco de oposição. Completamente paranoico Stálin mandou matar altos membros do Partido Comunista, suas famílias e parentes. Dentro do exército eliminou qualquer um que representasse uma ameaça, o que custaria caro depois quando Hitler invadiu a União Soviética na Segunda Guerra Mundial. Seus mais competentes oficiais já tinham sido executados. Mesmo assim o Exército Vermelho superou esses problemas e acabou destruindo a Alemanha Nazista. Quando a Guerra acabou, Stálin estava feliz e glorificado pelo povo russo. Ele criou uma rede de culto à sua própria personalidade que o colocou em uma posição de pai da pátria, maior russo de toda a história! Era maior do que um herói nacional, era quase a personificação de um semi Deus do socialismo. Um homem perfeito, isento de falhas e erros. Sua biografia (completamente manipulada pelos membros do Partido) era ensinada nas escolas e universidades como matéria obrigatória. Ele era o exemplo máximo a seguir. Nas escolas os livros citavam o camarada Stálin em todos os assuntos, mesmo se fossem sobre ciência e assuntos que o próprio Stálin sequer conhecia. Tudo ao redor parecia remeter ao ditador. Em cada esquina havia uma enorme estátua do amado líder ou um enorme cartaz de propaganda com seu rosto. Até hoje o regime Stalinista é estudado por causa da imensa propaganda política que foi criada. O termo Stalinista passou a ser usado como sinônimo de culto à personalidade dentro da ciência política.

Stálin porém queria mais. As mortes continuaram e estima-se que ele foi responsável por milhões de assassinatos políticos. Stálin também implantou uma enorme rede de espionagem dentro da sociedade, onde cada um poderia denunciar seu vizinho por "atitudes anti revolucionárias". Isso criou um clima de terror dentro das cidades, com prisões arbitrárias e sem julgamento. Isolado em seu quartel general o velho ditador ia a cada dia ficando mais paranoico a ponto de confessar a um assessor: "Estou acabado, não confio em mais ninguém, nem em mim mesmo!". Ele terminou seus dias completamente isolado a sozinho, já que havia mandado matar praticamente todos os seus parentes, com medo de conspirações que só existiam em sua mente perturbada. Stalin morreu de um derrame em seu escritório no Kremlin. Ao cair no chão ele ficou sem atendimento por longo tempo porque seus próprios guardas tinham medo de entrar no escritório para saber o que se passava lá dentro. Seus crimes foram denunciados com extrema coragem por Nikita Khrushchov que o sucedeu. Ele expôs em plena reunião do Partido Comunista quem foi realmente Josef Stalin, um verdadeiro assassino de massas, que causou destruição e morte por onde passou. Um verdadeiro louco homicida no poder. E qual é a grande lição que a URSS trouxe para todos? A de que o poder absoluto corrompe o homem. Apenas poderes separados conseguem delimitar o poder político. Fora disso só existe barbárie e morte sistemática promovida por um Estado sem freios. Todas as ditaduras são corrompidas. Apesar de todos os seus problemas, apenas a democracia resguarda a liberdade e o progresso de uma nação. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Revolução Francesa: Do iluminismo ao Terror

A revolução francesa foi bastante importante no aspecto político e jurídico. Sim os ideais de igualdade, fraternidade e solidariedade sempre serão a base de todas as repúblicas que nasceram após a revolução. A monarquia tinha uma forte pirâmide social, com quase ou nenhuma mobilidade. Caso você nascesse dentro da nobreza iria ser nobre até o fim de seus dias. Não seria necessário ganhar o pão de cada dia com o suor de seu rosto. O seu sangue inclusive não seria vermelho, mas azul. As castas envoltas nos sistemas monárquicos são naturalmente desiguais. O Rei era o monarca não por vontade dos homens, mas por vontade de Deus. Era o direito divino dos Reis e soberanos, algo que vinha desde a idade média.

Então surgiu um grupo de escritores, filósofos e sociólogos que ousaram fazer a pergunta óbvia: Por que um nobre teria mais direitos do que um homem comum do povo? A linhagem familiar o colocava em um patamar mais superior aos demais. Sangue azul? Balela, o sangue dos príncipes era tão vermelho como o de que qualquer outro plebeu do povo. Não havia razões racionais para essa desigualdade toda. E assim homens como Jean-Jacques Rousseau, Charles-Louis de Seconda (Montesquieu), John Locke, Voltaire, Denis Diderot e outros pensaram em um mundo diferente, onde não haveria tanta desigualdade social.

E assim temos os dois lados da revolução francesa. Um teórico, iluminado, muito inteligente e espirituoso. Uma nova forma de pensar nosso mundo. Do outro lado porém surgiu o lado prático, violento, fincado no ódio puro, no gosto de sangue. Sim, porque nenhum pensador iluminista pensou que membros do povo com grandes facas de cortar peixe invadiriam palácios, fazendo justiça pelas próprias mãos. Eles não pregaram que as cabeças dos nobres deveriam ser expostas em estacas. Nem que fossem mortos na guilhotina. O fato é que a revolução francesa, que havia sido inspirada pelos mais nobres valores, acabou em um banho de sangue, impulsionado pelos mais sórdidos instintos humanos. Literalmente cabeças rolaram nas escadarias palacianas onde vivia a velha nobreza europeia. 

Em minha opinião a revolução francesa se tingiu com o vermelho sangue que corria do reino das trevas de ódio. Quando leio sobre as desgraças que se abateram sobre a família real francesa, com as decapitações de Luís XVI e Maria Antonieta, além da morte indigna do jovem filho deles, abandonado à própria sorte em uma cela imunda que o matou, não posso deixar de pensar que tudo foi uma grande barbárie. O pensamento iluminista que deu origem a tudo estava correto. A forma como foi colocado em prática revela o modo bárbaro como tudo foi feito. Por isso as cores da bandeira da França até hoje me lembram do vermelho do sangue derramado, do azui dos nobres assassinados e do branco da paz que nunca valeu naqueles dias terríveis.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de março de 2008

Imperador Romano Heliogábalo

Foi certamente um dos imperadores romanos mais depravados e dementes da história. E também um dos mais jovens. Ele subiu ao poder após os problemas de sucessão do violento Caracala. Naquele período da Roma imperial já havia uma certa anarquia na escolha dos imperadores. Acabava subindo ao trono quem tinha apoio do exército e da guarda pretoriana. No meio do caos a sucessão acabou indo parar nas mãos desse jovem. E os romanos iriam se arrepender amargamente de terem escolhido essa figura trágica e lamentável como o novo imperador.

Seu nome real era Vário Avito Bassiano e seu nome imperial de Heliogábalo veio da fixação que tinha por essa divindade oriental. Ele acreditava que Heliogábalo era o único Deus. Diante disso implantou uma violenta persequição religiosa contra cristãos e até mesmo pagãos, seguidores dos deuses romanos tradicionais. Vestindo trajes de pura seda, espalhafatosos e com jeito afeminado de ser, podia ser tão violento como qualquer outro gladiador das arenas romanas. Ele se deliciava ao ver o sofrimento das pessoas. Sua personalidade tinha traços claros de psicopatia. Ao acordar já ia perguntando aos seus auxiliares mais próximos: "Quem vamos matar hoje? Quero me divertir!"

Pedófilo, adorava a parte de sua divindade que exigia sacrifícios humanos de jovens rapazes. Ele violentava esses adolescentes romanos indefesos e depois oferecia suas vidas para o estranho Deus Sírio. Em pouco tempo todos estavam sabendo que o novo imperador era um pederasta violento e atroz.Também chocou a todos quando tomou como amante um escravo forte que havia sido gladiador. O imperador não escondia de ninguém que ele era seu amante. Publicamente trocavam gestos de carinhos e perversão. As famílias romanas ficaram horrorizadas com aquele espetáculo grotesco.

Também era sádico. Mandou matar todo romano que pudesse representar uma ameaça ao seu poder. Com o ímpeto da juventude mandou matar senadores e transformou suas esposas em prostituas. Fazia encenações grotescas, colocando mulheres nuas em desfiles de bigas de cavalos, chocando as famílias romanas mais tradicionais. Promovia orgias, como nos tempos de Calígula e depois de satisfazer suas maiores perversões sexuais mandava que feras selvagens como leões e tigres fossem soltos em cima de seus convidados. Não tinha o menor respeito pela vida humana e promovia massacres em populações que demonstrassem a menor reação contra seu governo.

Começou rapidamente a ser odiado pelo povo. Heliogábalo também tinha problemas ao seu lado. Seu irmão Alexandre Severo era bem mais admirado pelos militares. O jovem imperador assim tentou seguir os passos de Caracala, tentando matar o próprio irmão, mas sem sucesso. Conforme o tempo foi passando e todos perceberam que era um maníaco inútil, conspirações começaram a surgir de todos os lados. Acabou sendo encurralado por soldados no palácio. Sua mãe tentou defendê-lo, mas acabou tendo o mesmo destino do filho. Ambos foram decapitados. Depois seus corpos nus foram arrastados pelas ruas de Roma, com aplausos da plebe. Os patrícios também celebraram a morte daquele louco violento. Depois de serem trucidados pelas ruas, seus restos mortais foram jogados no Rio Tibre.

Com sua morte, Alexandre Severo foi celebrado e finalmente levado ao poder máximo. As estátuas de Heliogábalo foram então derrubadas e destruídas pelo povo. Foi um dos mais odiados imperadores da história de Roma. As pessoas queriam apagar sua memória. Foi considerado o pior imperador da dinastia Severo, que estava com seus dias contados. No total ficou apenas 4 anos no poder. Seu nome foi devidamente jogado na lata de lixo da história pelos romanos.

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de março de 2008

A Morte de Júlio César

A Morte de Júlio César
Cuidado com os idos de março! Um dos momentos mais famosos da história clássica quando Júlio César é assassinado por Bruto, Cássio e seus seguidores em 44 AC. César deveria comparecer a uma sessão do Senado. Marco Antônio acompanhou César em seu caminho. Os conspiradores, porém, temendo que Antônio viesse em auxílio de César, providenciaram para que Trebônio o interceptasse assim que ele se aproximasse do pórtico do Teatro de Pompeu, onde a sessão seria realizada, e o detivesse do lado de fora. Quando Antônio percebeu o que havia acontecido, ele fugiu do local temendo ser o próximo.

De acordo com Plutarco, quando César chegou ao Senado, Tillius Cimber apresentou-lhe uma petição para destituir seu irmão exilado. Os outros conspiradores se aglomeraram para oferecer apoio. Tanto Plutarco quanto Suetônio dizem que César o dispensou, mas Cimber agarrou seus ombros e puxou para baixo a túnica de César. César então gritou para Cimber: "Ora, isso é violência!" ("Ista quidem vis est!").

Ao mesmo tempo, Casca sacou sua adaga e deu uma estocada de relance no pescoço do ditador. César se virou rapidamente e pegou Casca pelo braço. Segundo Plutarco, ele disse em latim: "Casca, seu vilão, o que você está fazendo?" Casca, assustado, gritou: “Socorro, irmão!” em grego. Em poucos instantes, todo o grupo, incluindo Brutus, atacava o ditador. César tentou fugir, mas, cego pelo sangue, tropeçou e caiu; os homens continuaram a esfaqueá-lo enquanto ele jazia indefeso nos degraus inferiores do pórtico. Segundo Eutrópio, cerca de 60 ou mais homens participaram do assassinato. Ele foi esfaqueado 23 vezes.

O corpo de César foi cremado e, no local de sua cremação, o Templo de César foi erguido alguns anos depois. Apenas o seu altar permanece agora. Uma estátua de cera de César em tamanho real foi posteriormente erguida no fórum exibindo as 23 facadas. Uma multidão ali reunida iniciou um incêndio, que danificou gravemente o fórum e os edifícios vizinhos.

Discurso de Marco Antônio no Funeral de Júlio César

Discurso de Marco Antônio diante do corpo de Júlio César
20 de março de 44 a.C.

O historiador grego Ápio de Alexandria (c.95-c.165) incluiu vários discursos na sua História das Guerras Civis, todos eles composições próprias. Porém, o discurso de Antônio não é uma composição, mas um relato do que foi dito. É uma ideia tentadora que o relato de Apiano seja uma tradução precisa das palavras que foram proferidas durante o enterro de César.

Quando [o sogro de César] Pisão trouxe o corpo de César para o Fórum, um grande número de homens armados reuniu-se para protegê-lo. Antônio foi escolhido para fazer o discurso fúnebre como cônsul para cônsul, amigo para amigo e parente para parente e então ele novamente seguiu sua tática e falou o seguinte:

“Não é certo, meus concidadãos, que o discurso fúnebre em louvor a tão grande homem seja proferido por mim, um único indivíduo, em vez de por todo o seu país. As honras que todos vocês, primeiro Senado e então Pessoas, decretadas para ele em admiração por suas qualidades quando ele ainda estava vivo, estas eu lerei em voz alta e considerarei minha voz como sendo não minha, mas sua."

Ele então os leu com uma expressão orgulhosa e estrondosa no rosto, enfatizando cada um com sua voz e enfatizando particularmente os termos com os quais o haviam santificado, chamando-o de "sacrossanto", "inviolável", "pai de seu país", " benfeitor" ou "líder", como não fizeram em nenhum outro caso. Ao chegar a cada um deles, Antônio virou-se e fez um gesto com a mão em direção ao corpo de César, comparando o ato com a palavra.

Ele também fez alguns breves comentários sobre cada um deles, com um misto de pena e indignação. Onde o decreto dizia "Pai de seu país", ele comentou "Esta é uma prova de sua misericórdia", e onde dizia "Sacrossanto e inviolável" e "Quem se refugiar com ele também ficará ileso", ele disse "A vítima não é outra pessoa que busca refúgio com ele, mas o próprio sacrossanto e inviolável César, que não arrebatou essas honras pela força como um déspota, na verdade nem mesmo as pediu. Evidentemente, somos as pessoas mais indefesas porque não vamos pedir nada àqueles que não as merecem. Mas vocês, meus leais cidadãos, ao mostrar-lhe tal honra neste momento, embora ele não exista mais, estão nos defendendo contra a acusação de termos perdido nossa liberdade."

E novamente ele leu os juramentos, pelos quais todos se comprometeram a proteger César e a pessoa de César com todas as suas forças, e se alguém conspirasse contra ele, aqueles que não o defendessem seriam amaldiçoados. Neste ponto ele levantou a voz muito alto, estendeu a mão em direção ao Capitólio e disse: 

"Ó Júpiter, deus de nossos ancestrais, e vós outros deuses, de minha parte estou preparado para defender César de acordo com meu juramento e os termos da maldição eu invoquei sobre mim mesmo, mas como é opinião dos meus iguais que o que decidimos será para o melhor, rezo para que seja para o melhor."

Ruídos de protesto vieram do Senado a esta observação, que foi claramente dirigida a eles. Antônio os acalmou, dizendo a título de retratação: "Parece, concidadãos, que o que aconteceu não é obra de qualquer homem, mas de algum espírito. Devemos prestar atenção ao presente em vez do passado, porque nosso futuro , e na verdade o nosso presente, está no fio da navalha acima de grandes perigos e corremos o risco de sermos arrastados de volta ao nosso estado anterior de guerra civil, com a completa extinção das famílias nobres restantes da nossa cidade. Vamos então conduzir esta pessoa sacrossanta a juntar-se o abençoado e cante sobre ele o hino e canto fúnebre costumeiro."

Então, dizendo que ele agarrou suas roupas como um homem possuído, e cingiu-se para poder usar facilmente as mãos. Ele então ficou perto do esquife como se estivesse no palco, curvando-se sobre ele e endireitando-se novamente, e antes de tudo cantou louvores a César como uma divindade celestial, levantando as mãos em testemunho do nascimento divino de César e ao mesmo tempo rapidamente recitando suas campanhas, batalhas e vitórias, e os povos que ele colocou sob o domínio de seu país, e os despojos que ele enviou para casa. Ele apresentou cada um como uma maravilha e clamava constantemente: "Só este homem saiu vitorioso sobre todos aqueles que lutaram com ele."

“E você”, disse ele, “foi também o único homem a vingar a violência oferecida ao seu país há 300 anos, colocando de joelhos os povos selvagens que foram os únicos a invadir Roma e incendiá-la. "
Nesse inspirado frenesi, ele disse muito mais, alterando sua voz de clara como um clarim para um canto fúnebre, lamentando por César como por um amigo que havia sofrido injustiça, chorando e jurando que desejava dar sua vida pela de César. Depois, levado muito facilmente à emoção apaixonada, despiu as roupas do corpo de César, ergueu-as num poste e agitou-as, rasgadas como estavam pelas facadas e sujas com o sangue do ditador. Com isso o povo, como um coro, juntou-se a ele na mais triste lamentação e após esta expressão de emoção ficou novamente cheio de raiva.

Após o discurso, outros cantos fúnebres acompanhados de cantos foram entoados sobre os mortos por coros à maneira romana habitual, e eles novamente recitaram suas conquistas e seu destino. Em algum lugar do lamento, o próprio César deveria mencionar pelo nome aqueles de seus inimigos que ele havia ajudado, e referindo-se a seus assassinos, disse como que maravilhado: “Pensar que eu realmente salvei a vida desses homens que iriam me matar.”

Então o povo não aguentou mais. Consideravam monstruoso que todos os assassinos, que com a única exceção de Décimo haviam sido feitos prisioneiros como partidários de Pompeu, tivessem formado a conspiração quando, em vez de serem punidos, tivessem sido promovidos a magistraturas, governos provinciais e comandos militares, e que Décimo foi até considerado digno de adoção como filho de César.

Quando a multidão estava nesse estado, e perto da violência, alguém ergueu acima do esquife uma efígie de cera de César - o próprio corpo, deitado de costas no esquife, não sendo visível. A efígie foi virada em todas as direções, por um dispositivo mecânico, e podiam ser vistas vinte e três feridas, infligidas de forma selvagem em todas as partes do corpo e no rosto. Esta visão pareceu tão lamentável para as pessoas que elas não conseguiram mais suportar. Uivando e lamentando, eles cercaram o Senado, onde César havia sido morto e o incendiaram, e correram em busca dos assassinos, que haviam fugido algum tempo antes.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Hitler e o Holocausto

Inicialmente Hitler não tinha o plano de exterminar o povo judeu. Ele procurava por outra saída, algo no sentido de expulsar os judeus da Alemanha, num programa de migração forçada deles. Era algo no sentido de transformar a vida dos judeus em algo tão insuportável que eles teriam que ir embora. Não havia política de extermínio. Assim o Estado alemão iria fazer vista grossa contra as barbaridades cometidas contra o povo judeu. Eles teriam suas lojas depredadas por pessoas do povo alemão e a polícia não faria nada para impedir, mesmo que tais atos de violência fossem contra a lei. E assim foi feito.

Só mais tarde, quando a insanidade nazista chegou a um ponto absoluto, de não volta, é que finalmente o regime adotou a política de extermínio, chamada de "solução final", ou seja, a eliminação física dos judeus em campos de concentração, a maioria deles localizadas em vastos campos na Polônia ocupada. A solução era tão suja e bárbara que não deveria ser feita, pelo menos opcionalmente, em solo alemão.

O holocausto levou milhões de judeus e outras minorias à morte, em um quadro de assassinato em massa. Mulheres, crianças, idosos, deficientes físicos, todos foram mortos em câmaras de gás, ou por doenças contraídas nos próprios campos de extermínio. O holocausto certamente foi o maior crime já cometido na história da humanidade. E tudo começou pelo fato de Hitler odiar os judeus e todos os povos que não eram considerados arianos, de origem pura dentro da mentalidade distorcida dos nazistas.

Por fim e não menos importante, não se deixe convencer por teorias de revisionismo histórico, como aquelas que negam o holocausto ou que eximem Hitler de ter participado no planejamento e execução desse triste capítulo da história da Alemanha. É fato que embora não tenha sido esse seu plano inicial, logo depois ele concordou plenamente com o extermínio dos judeus, extermínio esse físico, matança em série, generalizada. Hitler foi tão culpado quanto Himmler, o chefe da SS que supervisionou tudo pessoalmente. Ele tinha ciência do crime, concordou com ele e deu suporte do aparato alemão para que tudo fosse feito. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Os Cavaleiros Templários

Embora já se tenha passado mais de sete séculos de sua extinção a chamada Ordem dos pobres cavaleiros de Cristo e do templo de Salomão, mais conhecidos como Cavaleiros Templários, ainda desperta curiosidade entre os pesquisadores. Certamente os Templários formaram a mais famosa ordem guerreira da história da Igreja Católica. Eles reuniram sob uma mesma bandeira a coragem das ordens medievais da idade média com a fé em algo maior, a fé em Jesus e sua mensagem. Seus membros eram monges católicos de linha guerreira, ou seja, embora fossem membros da hierarquia da Igreja Católica, suas funções eram exercidas em campo de batalha. Sua função inicial foi a de proteger os peregrinos católicos que queriam conhecer a terra Santa, Jerusalém. Naqueles tempos distantes uma viagem como essa poderia ser extremamente perigosa, ainda mais com a proliferação do islã, que punia com a morte todo aquele que fosse considerado infiel (ou seja, não islâmico). Para que os cristãos não fossem mortos eles eram protegidos pelos Templários durante sua jornada de fé.

A ordem surgiu em 1118, com apenas nove cavaleiros franceses liderados por Hugo de Payens. Essa primeira e modesta linha da ordem participou da primeira cruzada. A coragem e a fibra demonstrada por esses primeiros cavaleiros fizeram com que o patriarca de Jerusalém Garmond de Picquigny escrevesse ao Papa para elogiar e reconhecer o mérito desses combatentes. O papa ficou impressionado com os relatos e resolveu dar mais meios e dinheiro para que a ordem crescesse, recrutando novos membros. Em 1129 a Ordem foi reconhecida oficialmente por Roma, se tornando parte central dentro da Igreja Católica. Com a simpatia e o apoio dos papas da época, a ordem rapidamente cresceu em tamanho e poder.

Durante dois séculos os cavaleiros templários defenderam a fé católica no oriente médio e também na Europa, onde fundaram inúmeras igrejas e castelos militares que serviam à própria ordem. No campo de batalha foram extremamente bem sucedidos, a tal ponto que Jerusalém passou a ser controlada por eles, que expulsaram os muçulmanos de seus domínios. Pela primeira vez na história o cristão que desejasse visitar a terra onde viveu Jesus o poderia fazer, de forma segura e protegida. Os islâmicos porém nunca desistiram de reconquistar a cidade santa, o que fez com que a ordem estivesse permanentemente em guerra.

Em 1312 o Papa Clemente V, impressionado com o poder da ordem dos templários, que naquele momento rivalizava até mesmo com o poder papal, resolveu dissolver os templários. Segundo alguns historiadores essa porém não foi a única razão. O rei Felipe IV da França estava endividado com a ordem, e por essa razão resolveu pressionar o Papa para colocar um fim aos templários. A verdade sobre o fim dos templários porém ainda se mantém encoberto sob uma sombra de mistérios.

Fazer parte da Ordem do Templo, dos cavaleiros templários, era uma grande honra para o homem medieval. Eles eram monges católicos que serviam a uma ordem militar de proteção aos cristãos e também de luta contra as hordas muçulmanas que investiam contra os países católicos da Europa. Essa ordem, a dos cavaleiros templários, foi certamente a maior, a mais bem organizada e a mais famosa dos tempos medievais.

Não era fácil ser um cavaleiro templário. A ordem tinha regras rígidas, tanto de comportamento na vida pessoal como também de treinamento e disciplina. Qualquer quebra nessas regras - chamadas de normas da ordem dos cavaleiros templários - traziam para o infrator várias punições. A mais grave delas era a expulsão, muitas vezes seguida da excomungação. Durante muitos séculos historiadores procuraram e pesquisaram em antigos documentos se havia punição de morte dentro da ordem, mas nada até hoje foi encontrado. Com isso a hierarquia e a disciplina dos templários não chegavam ao ponto de dar direito aos superiores de tirarem a vida dos cavaleiros.

Os homens recrutados faziam juramentos quando eram nomeados cavaleiros e a partir dai ficavam sob as ordens dos reis e superiores a quem era submetidos. Isso porém não suplantava as ordens do Papa. O Papa em Roma era o superior hierárquico máximo da ordem, seu comandante em chefe. Assim que entravam na ordem os cavaleiros eram submetidos a um juramento em latim. Desse juramento constava que eles iriam inicialmente servir como monges militares durante cinco anos, defendendo a Igreja e a mensagem de Jesus Cristo, o Senhor, em toda a Terra.

Seus únicos bens pessoais eram suas armas, seu escudo, sua armadura, seu cavalo e a roupa do corpo. Eles deveriam ser preparados para lutar em terras distantes, sob o sol escaldante ou sob frio intenso, nos alpes e montanhas geladas ou nos desertos do Oriente Médio. Para muitos historiadores os templários representaram o que havia de melhor entre guerreiros da Idade Média. Eram disciplinados, bem treinados, extremamente empenhados e com a moral do campo de batalha apoiada em uma fé inabalável.  Certamente era o lutador perfeito para uma época especialmente brutal e violenta na história da humanidade.

A Queda dos Templários 
A Ordem Católica dos Cavaleiros Templários foi uma das mais poderosas e influentes da Idade Média. Seus membros eram respeitados e admirados por toda a Europa e Oriente Médio. Cabia aos cavaleiros proporcionar segurança e proteção a todos os cristãos que desejassem viajar até a Terra Santa, uma região dominada até então pelos islâmicos. Com o tempo os Templários se tornaram extremamente ricos e poderosos, a ponto de seu poder rivalizar até mesmo com o Papa e a Nobreza da Europa. Isso explica em grande parte porque caíram em desgraça.

Havia um jovem herdeiro ao reino francês chamado Felipe, o Belo. Embora ele fosse o futuro rei de uma das monarquias mais poderosas da Europa Medieval ele tinha um sonho desde que era criança: se tornar ele próprio um cavaleiro templário. Isso era até fácil de entender já que os membros da ordem eram vistos como verdadeiros heróis pelos mais jovens. A chegada de um regimento templário numa cidade era motivo de grande excitação e festa. Além de serem guerreiros eles eram também monges católicos. Poucos naquela época tinham a primazia de aliar a força da espada com a religiosidade cristã. Eram verdadeiros super heróis dos tempos medievais.

Felipe então se empenhou muito por anos para ser aceito na ordem. Ele treinou táticas de guerra e sobrevivência. Se tornou muito hábil no manejo de armas de guerra, ao mesmo tempo em que estudou afinco as escrituras sagradas. No dia de seu teste para entrar na ordem porém tudo deu errado. Os Templários eram extremamente éticos e honestos e o rejeitaram. Não importava que fosse um Rei. Ele simplesmente não passou nos testes e por isso foi reprovado nos testes físicos e de combate. Isso devastou o jovem monarca. Um sentimento de raiva tomou conta de sua alma e ele prometeu se vingar da humilhação que havia passado.

Alguns anos depois o agora Rei Felipe IV encontrou a chance de se vingar. Ele percebeu que o quadro político se mostrava cada vez mais desfavorável aos cavaleiros templários. Eles tinha um código de ética próprio, secreto e isso atiçou Felipe a usar uma intensa campanha contra a Ordem. Ele ficou extremamente irritado quando sua sugestão de que os Templários fossem unidos a outra ordem foi rejeitado pelo grupo. Assim começou uma campanha de difamação e calúnia contra todos os cavaleiros. Espalhou mentiras que afirmavam que os membros da Ordem faziam estranhos rituais, cuspindo na cruz e em objetos sagrados. O depoimento comprado de uma testemunha que havia sido expulsa da Ordem piorou ainda mais o quadro. Felipe espalhou aos quatro cantos do Reino da França que eles eram hereges e amaldiçoados. Aconselhado por seu Grão-Vizir, Felipe via nas acusações a oportunidade de também colocar as mãos na imensa riqueza da Ordem Templária. O Estado francês estava quebrado e ele precisava de dinheiro. Por isso se tornou devedor da ordem. Como não conseguia pagar a melhor solução era destrui-los. Ele já havia promovido uma perseguição brutal contra judeus, ficando com suas fortunas e agora repetia a tática contra os Templários.

Numa Sexta-feira 13 de outubro, Felipe IV mandou prender todos os cavaleiros templários que estivessem em solo francês. Eles foram imediatamente presos, cercados, torturados e mortos. A principal acusação (falsa) era a de bruxaria. Sob torturas alguns confessaram crimes que jamais tinham cometidos. Espancados, foram soltos para fugirem imediatamente. Os que se recusaram a admitir culpa, mesmo sob forte tortura, foram queimados vivos em praça pública sob ordens diretas de Felipe. O Papa Clemente V nada pode fazer. Ele devia favores ao Rei, estava encurralado politicamente e por isso resolveu lavar as mãos para tudo o que estava acontecendo. Em 22 de março de 1312 o Papa declarou oficialmente extinta a Ordem dos Cavaleiros Templários, encerrando um dos capítulos mais interessantes da história da Igreja Católica.

10 Curiosidades Sobre os Cavaleiros Templários:
1. Os Templários formavam uma ordem de cavalheiros guerreiros sob ordens diretas do Papa no Vaticano. Sua função inicial foi garantir a segurança dos peregrinos que desejavam conhecer Jerusalém e a terra santa.

2. Dentro da hierarquia católica os Templários eram tecnicamente monges e tinham que fazer voto de pobreza e castidade como os demais membros da Igreja Católica.

3. Usavam uma túnica branca com cruzes vermelhas em seus escudos.

4. Era uma honra ser aceito dentro da Ordem que gozava de grande prestígio na Europa medieval.

5. A principal atuação da Ordem dos Templários durante a história ocorreu durante as cruzadas quando se tornaram peça chave na reconquista de Jerusalém dos muçulmanos.

6. Criaram as primeiras organizações bancárias do mundo. Inventaram o chamado de título de crédito, onde o peregrino depositava um certo valor na sede da Ordem em Roma e depois o recebia de volta em Jerusalém, poupando-o do risco de levar grandes quantias de dinheiro durante a longa viagem em direção à terra santa.

7. Em pouco tempo se tornaram poderosos e extremamente ricos, emprestando dinheiro para Reis, Rainhas e Nobres europeus. Criaram um código de ética próprio e começaram a rivalizar em poder e influência com o próprio Papa.

8. Segundo alguns historiadores os Templários foram longe em pesquisas históricas e arqueológicas na Terra Santa sobre o Cristo da história e descobriram segredos que até hoje nunca foram revelados. Dizia-se que eles tinham encontrado o cálice da santa ceia, além da cruz original de Jesus. 

9. A ordem foi dissolvida em 1307 pelo Papa Clemente V. O Papa temia o imenso poder que a Ordem havia acumulado com suas atividades. Além disso estava muito pressionado pelo Rei da França.

10. Muitos de seus antigos membros foram embora para regiões distantes e inóspitas como a atual Suíça. Lá deram origem ao sistema bancário do país (considerado um dos mais avançados do mundo). Para vários pesquisadores a própria bandeira da Suíça é uma alusão à ordem dos Templários pois é caracterizada por ter uma cruz branca sob um fundo vermelho, o que é o exato oposto do símbolo templário que era formado por uma cruz vermelha sob um fundo branco.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 18 de março de 2008

Os Melhores Aviões da Segunda Guerra Mundial


1. Spitfire
Mais do que um caça eficiente, o Spitfire foi um verdadeiro símbolo de resistência da Inglaterra contra os avanços e ataques da Força Aérea do Reich alemão. A Royal Air Force produziu mais de 20 mil unidades durante a guerra, com várias modificações nos sucessivos modelos que foram fabricados. O famoso caça só deixou de ser produzido durante os anos 50, quando se tornou obsoleto em termos tecnológicos.


2. Mustang
Esse foi o principal caça americano durante a II Guerra Mundial. Tinha o apelido de "Cadillac do céu" pois na época o carro mais vendido e desejado pelos americanos era justamente o Cadillac, símbolo de poder e status. Curiosamente muitos especialistas dizem que o Mustang não era assim um avião tão avançado. Em certos aspectos ele era bem inferior do que o Spitfire, porém foi produzido em larga escala (mais de 15 mil unidades) fazendo com que a quantidade falasse mais alto do que a qualidade propriamente dita.


3. Thunderbolt 
Outro símbolo americano na guerra o caça P-47 Thunderbolt se notabilizava pelo poder de fogo pois era armado com uma metralhadora de alto poder de destruição. Por essa razão era o caça preferido para ser usado em missões de combate contra aviões inimigos nos céus da Europa. Sua metralhadora Ponto 50 era fatal contra os aviões da Alemanha Nazista. Também se destacava pela grande autonomia de voo. Um avião realmente acima da média.


4. Messerschmitt Bf 109
Esse foi o avião alemão mais produzido durante a guerra. O próprio Hitler gostava bastante do fato dele ser bem eclético, funcionando para diversos usos diferentes. No total foram produzidos mais de 30 mil unidades desde quando surgiu nos céus pela primeira vez, ainda durante a guerra civil espanhola. Com a supremacia dos americanos e ingleses nos ares a Deutsche Luftwaffe (a força aérea da Alemanha) acabou sendo destruída e praticamente nenhum exemplar desse famoso avião sobreviveu à guerra. Hoje em dia encontrar um exemplar original é uma verdadeira raridade.



5. Zero
Também foi um dos caças mais famosos da II Guerra Mundial. O Mitsubishi A6M Zero-Sen foi o caça mais usado pelo Japão imperial durante o conflito, tendo participado intensamente da chamada Guerra do Pacífico. Foi com esse caça que os japoneses fizeram o ataque ao porto americano de Pearl Harbor, fato que fez com que os americanos entrassem definitivamente na Guerra, selando definitivamente o destino do Japão, derrotado alguns anos depois com um ataque nuclear devastador sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki.

Pablo Aluísio.