sábado, 24 de outubro de 2015

Caravana da Coragem

O diretor George Lucas ficou tão encantando com os Ewoks (aqueles bichinhos de pelúcia guerreiros do filme "O Retorno de Jedi") que resolveu escrever o roteiro e produzir esse filme focado apenas neles. A verdade é que apesar de Lucas ser um dos cineastas mais celebrados da história do cinema por causa de sua maior criação, a saga "Star Wars", ele também deu vários tropeços ao longo da carreira. Um deles foi justamente esse filme. Tudo bem, os ursinhos eram legais, divertidos e tudo mais, porém não havia razão e nem conteúdo para fazer um filme todo apenas contando a estorinha deles. Ficou bobo, vazio, infantil demais e completamente descartável. Como Lucas sempre foi um péssimo diretor de atores ele resolveu escalar o veterano diretor de TV John Korty para dirigir.

Esse fez um filme nada marcante, bem cheio de clichês e cenas de dar sono. Provavelmente apenas a garotada - até 12 anos - poderá curtir a produção. Hoje em dia a situação ainda é bem pior porque os efeitos especiais ficaram velhos e datados e a meninada para falar a verdade nem conhece mais muito bem os filmes "Star Wars" originais. Provavelmente com o lançamento da nova franquia o interesse volte a surgir entre os mais jovens, até lá não tem para onde ir, "Caravana da Coragem" ficou velho e esquecido. Filme vencedor do Emmy Awards na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Caravana da Coragem - Uma Aventura Ewok (The Ewok Adventure, Estados Unidos, 1984) Direção: John Korty / Roteiro: George Lucas, Bob Carrau/ Elenco: Eric Walker, Warwick Davis, Fionnula Flanagen / Sinopse: Uma aventura no universo de Star Wars com os ursinhos Ewoks.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Meu Querido Presidente

A premissa desse filme era até promissora. Michael Douglas interpreta Andrew Shepherd, presidente dos Estados Unidos. Tudo vai bem em sua vida até que ele cai de amores por uma lobista, algo que poderá colocar na berlinda até mesmo sua presidência. O que estraga mesmo nesse "The American President" é o ufanismo de seu roteiro. O presidente interpretado por Michael Douglas é o máximo em integridade moral e ética, um homem tão correto e bondoso que mal parece ser de verdade. Sinceramente... os americanos possuem essa visão meio boba de seus presidentes e isso não é de hoje. Mesmo políticos notoriamente corruptos que ocuparam a Casa Branca ganham uma certa áurea de nobreza! O curioso é que o presidencialismo em si foi criado para ser um contraponto à monarquia, mas o povo americano, sendo herdeiro de certo modo das tradições políticas dos ingleses, acabaram transferindo para o cargo de presidente, mesmo que de forma indireta, um certo sentimento nesse sentido. Assim com tanto ufanismo e falta de realismo o filme de certo modo afunda.

Em termos de elenco todos se mostram corretos, até mesmo Douglas, que demonstra uma impensada elegância em cena. Mesmo que seja complicado de ver Douglas como o chefe do executivo, ainda sim ele consegue convencer a todo momento. Sua atuação fez com que ele até mesmo pensasse seriamente em um dia ser candidato a algum cargo, vejam só vocês! Como é padrão na filmografia do diretor Rob Reiner, você não vai encontrar nada de muito ousado ou instigante no filme. Ele é bem morno mesmo, feito para a família, onde até os supostos pontos dramáticos são amenizados. Mesmo assim, com todo esses pontos fracos, ainda vale uma matinê preguiçosa no sofá. Como se pode perceber tudo não passa de um passatempo bem inofensivo.

Meu Querido Presidente (The American President, Estados Unidos, 1995) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Rob Reiner / Elenco: Michael Douglas, Annette Bening, Martin Sheen, Michael J. Fox, Richard Dreyfuss / Sinopse: O filme mostra a vida de um presidente dos Estados Unidos. Um presidente de pura ficção, é bom salientar. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (Marc Shaiman). Também indicado ao Globo de Ouro em outras cinco categorias, entre elas Melhor Filme - Comédia ou Musical.

Pablo Aluísio.

O Professor Aloprado

Na realidade se trata de um remake do famoso filme de Jerry Lewis. Naquele original o comediante Lewis interpretava dois personagens bem distintos, um professor nerd (em brilhante atuação) e um galã metido a conquistador (Buddy Love, claramente inspirado no parceiro de Lewis, o cantor Dean Martin). Considerado um dos grandes filmes da carreira de Jerry Lewis ele ganhou após muitos anos esse remake, agora com o comediante Eddie Murphy. Com muitos mais recursos em mãos - como a tecnologia digital e o avanço da maquiagem no cinema, Eddie sem dúvida realizou um bom trabalho, principalmente no tocante a dar vida a inúmeros personagens, algo que ele já havia feito em filmes anteriores como "Um Príncipe em Nova York" ainda nos anos 80. A transformação de Eddie Murphy ficou tão bem realizada que garantiu mais um Oscar para o expert Rick Baker (especializado em monstros de filmes de terror). 

Além da mudança física do protagonista o roteiro também trouxe outras surpresas. Algumas modificações pontuais foram feitas e o resultado se mostrou muito bom. O antigo visual baseado em um professor de química desastrado de Lewis foi trocado por um tipo de professor bonachão, bem de acordo com a nova proposta de Eddie. Sucesso de público e crítica esse novo "O Professor Aloprado" daria origem a uma sequência quatro anos depois chamada "O Professor Aloprado 2 - A Família Klump", algo que não havia acontecido com o primeiro filme de Lewis. Esse segundo filme era nitidamente inferior e sem novidades, se tornando apenas um caça-níquel sem muita razão de ser. De qualquer forma fica a dica de um remake que apesar de não ser tão bom como o filme que lhe deu origem pelo menos não se tornou um desastre completo.

O Professor Aloprado (The Nutty Professor, Estados Unidos, 1996) Direção: Tom Shadyac / Roteiro: Jerry Lewis, Bill Richmond / Elenco: Eddie Murphy, Jada Pinkett Smith, James Coburn / Sinopse: O filme conta a divertida história de um professor atrapalhado que acaba se transformando em um galã ao tomar uma nova substância química.

Pablo Aluísio.  

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O Morro dos Ventos Uivantes

Título no Brasil: O Morro dos Ventos Uivantes
Título Original: Wuthering Heighs
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Peter Kosminsky
Roteiro: Anne Devlin, baseado em livro de Emily Brontë
Elenco: Juliette Binoche, Ralph Fiennes, Janet McTeer, Sophie Ward, Simon Sheperd

Sinopse:
O enredo se passa no apagar das luzes do século XVIII em uma região rural e isolada da Inglaterra. É lá que vivem Catherine Earnshaw (Juliette Binoche) e Heathcliff (Ralph Fiennes). São irmãos adotivos. Embora tenham sido criados juntos um sentimento maior cresce entre eles. Os sentimentos porém não irão aflorar sem antes que eles passem por inúmeras experiências de vida.

Comentários:
Mais uma adaptação do famoso livro "O Morro dos Ventos Uivantes". São mais de vinte filmes explorando o universo dessa grande obra romântica. A primeira versão foi realizado em 1920 e a última há pouco, em 2011. Ao que tudo indica a estória de um amor que resiste a tudo e a todos bateu fundo no lado mais sentimental das pessoas. E curiosamente não importa a  geração pois o enredo de fato parece eterno. Essa versão dos anos 90 sempre é lembrada, embora não possa ser comparada ao clássico de 1939 que tinha no elenco atores maravilhosos como Laurence Olivier. Para se ter uma ideia até mesmo Charlton Heston interpretou o papel de Heathcliff na TV durante a década de 1950. Ainda prefiro a versão clássica de 1939. Via de regra eu sempre prefiro os clássicos. Não sei exatamente a razão mas me parece que o romantismo puro soava melhor há décadas atrás. Hoje em dia tem muito cinismo no ar, vira e mexe cai no piegas mas nos tempos dourados de Hollywood isso não acontecia. Aqui os destaques vão para a bela fotografia, pelo casal principal que realmente passa muita paixão na tela e principalmente pela inspirada trilha sonora. Não é a melhor versão do livro mas satisfaz plenamente quem ainda não viu nenhum dos filmes baseados no texto original. Fica então a dica desse romântico "O Morro dos Ventos Uivantes", cuja estória de amor é de fato atemporal.

Pablo Aluísio.

Apóstolo Pedro e a Última Ceia

Título no Brasil: Apóstolo Pedro e a Última Ceia
Título Original: Apostle Peter and the Last Supper
Ano de Produção:
País: Estados Unidos
Estúdio: Scott White Productions
Direção: Gabriel Sabloff
Roteiro: Timothy Ratajczak, Gabriel Sabloff
Elenco: Robert Loggia, Bruce Marchiano, Laurence Fuller

Sinopse:
Durante o império de César Nero (54 – 68) o apóstolo de Jesus Cristo e um dos seus principais seguidores, aquele conhecido como Pedro (1 a.C – 67 d.C), chega ao coração do império, Roma. Pregando a palavra de um judeu morto por autoridades romanas na Judéia, ele afirma estar espalhando a boa nova, o evangelho. Sua atitude logo desperta a reação das autoridades. Levado a uma masmorra ele chama a atenção de um dos soldados que fazem a vigília em sua cela. Condenado, sua execução é marcada para acontecer em apenas três dias.

Mesmo com a iminência de sua morte na cruz o apóstolo não se desespera e nem suplica por perdão, pelo contrário, mantém a serenidade, dizendo-se feliz por reencontrar seu mestre Jesus. Intrigado o legionário de Roma lhe pede explicações sobre Jesus, cuja doutrina religiosa está se espalhando cada vez mais na cidade eterna e berço do grande império. De forma humilde e ponderada então Pedro começa a lembrar de seu messias, de suas histórias, suas pregações e milagres, causando uma profunda comoção no soldado que começa a enxergar uma nova realidade, uma nova filosofia de vida baseada na paz e no amor – algo completamente diferente do que lhe foi ensinado nas fileiras do exército de Roma.

Comentários:
Assistir a esse filme foi uma bela surpresa. Não pela produção que é bem modesta mas sim pelo seu texto, muito rico e bem escrito. Usando de fatos históricos permeados com pura dramaturgia o filme consegue manter o interesse baseado apenas no impacto da conversa de Pedro na prisão com um romano legionário que começa sua conversão nos últimos momentos de vida do apóstolo. Entre os principais aspectos positivos que vi aqui estão a sua estrutura teatral (que só conta pontos a favor) e a forma como Jesus é retratado nas memórias de Pedro. O Cristo que surge em cena é um figura radiante, sorridente, feliz, em boa interpretação do ator Bruce Marchiano. Na cena da última ceia outro recurso dramático de que gostei muito foi a apresentação da personalidade de cada um dos apóstolos em pensamentos íntimos, após Jesus revelar que um deles o trairia ainda naquela noite. Robert Loggia que interpreta Pedro é outro achado. Seu olhar, ora melancólico, ora contemplativo e glorioso traz muito significado ao grande homem da história do cristianismo. Embora nem tudo que apareça no filme esteja de acordo com as escrituras vale a pena ao cristão conhecer mais a fundo essa figura tão importante, aquele onde Cristo fundou as bases de sua igreja. Não é nada parecido com aqueles antigos épicos milionários do passado em Hollywood, mas sim uma produção muito simples e modesta que é salva pela grandeza de seu texto e sua mensagem. Um pequeno e belo filme que merece ser conhecido. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Toy Story

Título no Brasil: Toy Story
Título Original: Toy Story                          
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Pixar Animation Studios
Direção: John Lasseter
Roteiro: John Lasseter, Pete Docter
Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Don Rickles

Sinopse:
Um grupo de brinquedos ganha a vida quando estão longe de seu dono, um típico garoto americano. Agora ele acaba de ganhar um novo presente, um brinquedo moderno de um astronauta espacial chamado Buzz Lightyear (na voz de Tim Allen). O novo toy despertará ciúmes no velho cowboy de pano Woody (Tom Hanks).

Comentários:
Após ser demitido da própria empresa que ajudou a criar e a transformar numa das maiores do mundo, a Apple, Steve Jobs resolveu abraçar um velho projeto: produzir animações em computação gráfica para o cinema. "Toy Story" foi produzido por ele justamente por essa razão. Para falar a verdade poucas pessoas ligam hoje em dia o nome de Jobs à essa animação, tão cultuada, mas a verdade dos fatos é que "Toy Story" jamais existiria sem o dedo de Jobs por trás de tudo. A Pixar foi mais uma ideia que brotou na mente do genial mestre da informática e o pequeno estúdio deu tão certo que começou a rivalizar com a gigante e toda poderosa Disney (anos depois o estúdio do Mickey Mouse finalmente incorporaria a Pixar em troca de alguns milhões de dólares). Tirando essas questões de bastidores de lado não há como negar que "Toy Story" realmente foi um marco e não apenas do ponto de vista técnico mas de roteiro também. A estorinha é cativante, os personagens carismáticos e tudo parece se encaixar perfeitamente bem. Palmas para John Lasseter que dirigiu a animação e depois iria se tornar um dos maiores expoentes do verdadeiro renascimento do mundo da animação no cinema. Se artisticamente temos um material de primeira, do ponto de vista puramente técnico esse primeiro "Toy Story" resistiu muito bem ao teste do tempo até agora. Claro que o mundo da computação gráfica avançou muito nos últimos anos mas nada que deixe esse primeiro filme datado ou algo que o valha. Sendo bem sincero ao revê-lo hoje em dia o achei tão cativante quanto na primeira vez que o assisti. É uma das animações mais bem realizadas de todos os tempos, não há como negar.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Um Bom Partido

Um filme meramente mediano com um elenco muito bom. Assim de maneira simples poderíamos definir esse “Um Bom Partido”, nova comédia romântica que está chegando nas telas de cinema em todo o Brasil. Jessica Biel, Gerard Butler, Uma Thurman, Dennis Quaid e Catherine Zeta-Jones estão em cena mas o filme não consegue empolgar. Na estória Gerard Butler interpreta um jogador de futebol aposentado e arruinado financeiramente que tenta dar a volta por cima. Nos anos de glória ele se distanciou da família, embriagado pela fama e sucesso e agora tem que reconstruir todos os seus relacionamentos familiares que destruiu quando era rico e famoso. Em relação a sua ex-esposa (Jessica Biel) e seu filho a questão é ainda mais delicada pois ele tem que provar que é um bom sujeito apesar dos erros cometidos no passado. Como se vê é mais um filme Made in Hollywood que investe no velho argumento da redenção pessoal de seus personagens.

O filme tenta se segurar na base dos diálogos e interpretação dos bons atores mas a direção preguiçosa não avança. O cineasta Gabriele Muccino não parece estar muito empenhado em tirar proveito do enredo, preferindo apostar no elenco como chamariz de público. Gerard Butler investe novamente no gênero mas não consegue emplacar. É curioso saber que ele tenha tentado de novo mesmo com o relativo fracasso de “Caçador de Recompensas”. Já as atrizes Jessica Biel, Uma Thurman e Catherine Zeta-Jones parecem estar numa situação bem parecida com o personagem principal do filme. Depois de vários sucessos encontram-se em um impasse na carreira, se contentando em ser meras coadjuvantes de um filme como esse. A pior situação é a de Zeta-Jones que desde “Chicago” não conseguiu mais bons papéis. No saldo final “Um Bom Partido” se torna apenas uma boa premissa que poderia render muito mas que se contenta em ser apenas uma comédia romântica de rotina, sem grandes atrativos. 

Um Bom Partido (Playing for Keeps, Estados Unidos, 2012) Direção: Gabriele Muccino / Roteiro: Robbie Fox / Elenco: Jessica Biel, Gerard Butler, Uma Thurman, Judy Greer, Dennis Quaid, Catherine Zeta-Jones, James Tupper / Sinopse: Ex-jogador de futebol (Gerard Butler) tenta recomeçar a vida após a aposentadoria. Sem dinheiro tenta reconquistar o amor de seu filho e de sua ex-esposa treinando o time do garoto.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Meu Gigante Preferido

Esse tipo de filme não me agrada muito. Sempre que um roteiro apela para características físicas das pessoas para fazer graça algo me soa como vulgar e apelativo. Esse aqui é um exemplo disso. Muitas das situações se apoiam no fato do personagem ser absurdamente alto em relação ao papel interpretado pelo Bllly Crystal, que até é um cara que eu simpatizo, mas que de vez em quando entra em cada filme bomba que vou te contar.
    
Esse é outro daqueles filmes esquecíveis. Você assiste e quando vira a esquina, se esquece que um dia o assistiu. No meu caso vi por canal a cabo - provavelmente HBO. É curioso ocmo certos filmes você jamais esquece, enquanto outros são tragados pelos vazios da memória. Se você não anotar em algum lugar vai ficar com a impressão de que nunca viu. Essa comédia que tenta tirar humor da altura desproporcional do personagem é um desses filmes. Pensando bem, era melhor eu ter esquecido que um dia o vi.

Meu Gigante Preferido (My Giant, Estados Unidos, 1998) Direção: Michael Lehmann / Roteiro: Billy Crystal / Elenco: Billy Crystal, Gheorghe Muresan, Kathleen Quinlan / Sinopse: Billy Crystal interpreta um agente de Hollywood que se depara com Max, um gigante que vive na Romênia, e tenta colocá-lo no cinema.

Pablo Aluísio.

Desafio no Gelo

O Hóquei é um esporte bem popular nos países do norte, da América do Norte em especial, Canadá e Estados Unidos. No Brasil ninguém dá muita bola para esse esporte que é muito pouco conhecido em nosso país. Por isso não é de se admirar que um filme como esse não tenha feito qualquer sucesso em nossos cinemas (isso se ele ficou pelo menos 1 semana em cartaz). No meu caso assisti na TV a cabo, muito provavelmente no canal HBO. È um filme até interessante, mas esquecível demais.

O fato é que o tempo passa. O Kurt Russell foi herói de filmes de ação nos anos 80. Mas aí chegou a idade e ele precisou se readaptar. Nesse filme aqui ele interpreta um técnico de um time de hóquei, já bem velho e gordo. Nada parecido com o Cobra Prinski de "Fuga em Nova Iorque" ou outros filmes de ação que fizeram sucesso com o Kurt Russell estrelando. Sobrou mesmo esses filmes de pouca expressão para ele seguir trabalhando como ator. É a vida, meus caros.

Desafio no Gelo (Miracle, Estados Unidos, 2004) Direção: Gavin O'Connor / Roteiro: Eric Guggenheim / Elenco: Kurt Russell, Patricia Clarkson, Nathan West / Sinopse: A verdadeira história de Herb Brooks, o jogador que virou treinador que liderou o time de hóquei olímpico dos EUA em 1980 à vitória sobre o aparentemente invencível time soviético.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de outubro de 2015

Procura-se um Amor que Goste de Cachorros

Título no Brasil: Procura-se um Amor que Goste de Cachorros
Título Original: Must Love Dogs
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gary David Goldberg
Roteiro: Claire Cook, Gary David Goldberg
Elenco: Diane Lane, John Cusack, Elizabeth Perkins

Sinopse:
Sarah Nolan (Diane Lane) é uma mulher de trinta e tantos anos de idade, recém-divorciada, que tem uma família que está seguindo seus próprios rumos sem se importar necessariamente com a sua vida afetiva e emocional. Como Sarah acaba se tornando uma solitária sua irmã coloca um anúncio em um site de encontros na internet para ela. Uma das poucas exigências é que o eventual parceiro goste da companhia de cães, como ela. O anúncio acaba chamando a atenção de um jovem professor que também está em busca de um novo romance. Será que dará certo?

Comentários:
"Must Love Dogs" é uma desses filmes românticos bem leves com clima indie que certamente agradará ao público feminino acima dos trinta anos. Esse tive inclusive a oportunidade de assistir no cinema com uma grande amiga que não vejo há anos. O interesse para cinéfilos em geral virá certamente do bom elenco e da direção mais caprichada. John Cusack está muito adequado em seu papel. Ele sempre fica muito bem nesse tipo de personagem, a do bom sujeito, levemente tímido mas cheio de boas intenções que geralmente acaba ficando sozinho por se envolver demais com as mulheres erradas para seu perfil. Diane Lane, sempre elegante, acrescenta um charme a mais nessa equação. Assim indico o filme para quem gosta de romances na maturidade, sem aquelas bobagens típicas de namoricos adolescentes, afinal de contas duas pessoas na faixa dos trinta e tanto já sabem muito bem o que querem na vida e o relacionamento entre elas é sempre muito mais rico e consistente do que as bobocas paixões entre jovenzinhos.

Pablo Aluísio.

Amor em Jogo

A atriz Drew Barrymore surgiu em Hollywood ainda garotinha, no clássico "ET - O Extraterrestre". Depois de uma fase com muitas drogas e bebidas, ela conseguiu se reinventar, surgindo em comédias românticas das mais bobinhas. Vender a imagem de uma loirinha apaixonada e inocente, no caso da Drew Barrymore, realmente foi um feito e tanto, até porque ela sempre foi uma "porra louca" em Hollywood, conhecida por suas farras e bebedeiras. Mas cinema é aquela coisa, terra das ilusões.

Esse filme aqui até fez um certo sucesso, mas no geral é mais uma comédia romântica das mais tolinhas. E ela faz par romântico com um sujeito improvável, o comediante Jimmy Fallon, que hoje em dia é mais conhecido por causa de seu programa de entrevistas na TV americana. Longe de ser um galã ao estilo Tom Cruise, até que o tal sujeito não se deu mal. Até porque o filme em si também nunca foi grande coisa, vamos convir.

Amor em Jogo (Fever Pitch, Estados Unidos, 2005) Direção: Bobby Farrelly, Peter Farrelly / Roteiro: Lowell Ganz / Elenco: Drew Barrymore, Jimmy Fallon, Jason Spevack / Sinopse: Lindsay está presa no meio de seu relacionamento com Ben e sua paixão pelo Boston Red Sox, um time de beisebol dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de outubro de 2015

P.S. Eu Te Amo

Título no Brasil: P.S. Eu Te Amo
Título Original: P.S. I Love You
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Alcon Entertainment, Grosvenor Park Productions
Direção: Richard LaGravenese
Roteiro: Richard LaGravenese, Steven Rogers
Elenco: Hilary Swank, Gerard Butler, Harry Connick Jr.

Sinopse:
Holly Kennedy (Hilary Swank) é uma mulher feliz, casada com um irlandês muito carismático chamado Gerry (Gerard Butler). Seus dias ao seu lado são de muito amor e afeto. Sua felicidade porém não dura muito. O marido acaba sendo vítima de uma doença fatal. Falecido precocemente a vida de Holly parece também finalmente ter chegado numa encruzilhada. Tudo parece perdido quando ela finalmente descobre que ele deixou uma série de cartas para guiá-la em sua vida. Isso irá lhe trazer um sentimento de presença do marido morto que lhe ajudará a passar pelas adversidades da vida.

Comentários:
Talvez as mulheres venham a gostar - eu achei um pouco piegas e chatinho além do normal. O casal não teve química em cena suficiente para sustentar um amor dessa magnitude. Tudo soa fake, até mesmo as tais cartas. Hilary Swank é uma atriz talentosa mas ela sempre desenvolve melhores trabalhos quando interpreta personagens femininas fortes, em dramas pesados. Sua personagem aqui é levemente destituída de maior interesse pois no fundo não passa de uma heroína romântica de livros açucarados de romance, daquelas bem exageradas, cuja paixão sobrevive por longos anos até mesmo à morte do marido. Gerard Butler também me pareceu mal escalado para seu papel. Não encaixou bem sua atuação. Se o personagem principal do livro que originou o filme era um irlândes cheio de vida, extrovertido e alegre, aqui temos um Butler apenas pagando mico, exagerado também, beirando à simples bobeira. Em conclusão é um romance que parece ter tido uma escolha de elenco equivocada. Mesmo assim se você é uma romântica inveterada, arrisque, possa ser que venha a gostar, quem sabe.

Pablo Aluísio.

Eu Te Amo, Beth Cooper

Título no Brasil: Eu Te Amo, Beth Cooper
Título Original: I Love You, Beth Cooper
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Larry Doyle
Elenco:  Hayden Panettiere, Paul Rust, Jack Carpenter

Sinopse:
Durante a vida colegial jovem tímido passa por longos anos apaixonado por uma das garotas mais bonitas da escola, Beth Cooper. No dia de sua formatura ele decide desabafar, colocando para fora todos os seus sentimentos escondidos e reprimidos, falando na frente de todos os presentes na cerimônia em alto e bom som a frase: "Eu te Amo, Beth Cooper"!

Comentários:
Filme fraquinho, do tipo Sessão da Tarde. Só prova que não se fazem mais comédias românticas adolescentes como antigamente. O enredo trata daquilo que conhecemos como paixão platônica. Um rapaz ou uma garota se apaixonam perdidamente mas o objeto de seus desejos mal sabe que eles existem. No filme temos a paixão platônica de um cara que no dia da festa de formatura, na frente de todo mundo, resolve se declarar para a linda Beth Cooper (interpretada pela atriz Hayden Panettiere, uma gatinha!). Depois disso a garota resolve dar ao menos a chance dele se tornar seu amigo. Pois é meus caros, é a tal Friendzone, algo muito perigoso para quem está apaixonado, principalmente os mais jovens. Para sentir saudades dos bons filmes jovens dos anos 80 o filme tem em seu elenco o ator  Alan Ruck (o eterno amigo de Ferris Bueller em "Curtindo a vida Adoidado"). A direção é de Chris Columbus de "Harry Potter e a Pedra Filosofal" e "Esqueceram de Mim". Bobinho sim, mas com um pouco de boa vontade até que se torna assistível.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O Sorriso de Mona Lisa

Título no Brasil: O Sorriso de Mona Lisa
Título Original: Mona Lisa Smile
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio:  Columbia Tristar Pictures
Direção: Mike Newell
Roteiro: Lawrence Konner e Mark Rosenthal
Elenco: Julia Roberts, Kirsten Dunst, Julia Stiles, Maggie Gyllenhaal

Sinopse:
Katharine Watson (Julia Roberts) se torna professora na luxuosa e elegante escola Wellesley. Sua disciplina, História da Arte, é ideal para que Watson procure abrir a mente de suas alunas, fugindo um pouco do conservadorismo e rigidez das normas escolares. Sua atitude porém acaba atraindo rivalidades e conflitos, não apenas entre a direção do estabelecimento mas também com algumas de suas próprias alunas.

Comentários:
"O Sorriso de Mona Lisa" é uma espécie de "Sociedade dos Poetas Mortos" versão feminina dos anos 50. Eu confesso que gostei da direção de arte do filme (toda e qualquer produção passada nos anos dourados tem essa caracteristica). O roteiro é bem escrito e acerta em se apoiar bastante nas garotas, contendo assim o estrelismo natural da tia Julia Roberts. Há inclusive claramente por parte dela um esforço em agradar os membros da Academia de Hollywood mas pela reação bastante morna do público adulto ao filme em seu lançamento isso acabou não dando muito certo. Apesar do argumento quadrado e da falta de ousadia da direção não podemos negar que não deixa de ser um filme interessante. Além disso tem a ótima canção "The Heart of Every Girl" de Elton John que compôs a música especialmente para o filme, recebendo uma indicação no Globo de Ouro de Melhor Canção Original (essa aliás foi a única indicação do filme ao prêmio, algo que frustrou os produtores que esperavam muito mais, inclusive uma indicação para Julia Roberts que não veio). Na verdade a produção fez mais barulho entre as adolescentes americanas, uma prova disso foi a febre criada em torno das atrizes Kirsten Dunst e Julia Stiles que disputavam entre si quem iria estampar o maior número de capas das mais populares revistas jovens da América. As duas inclusive foram indicadas no Teen Choice Awards, uma prova de sua popularidade entre a garotada. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Kramer Vs Kramer

O grande vencedor do último Oscar da década de 70 mostrava o desmoronamento de um relacionamento, os problemas advindos de um divórcio complicado e sofrido e as tentativas de uma família em tentar juntar os pedaços de tudo ao redor. O título do filme já dá bem uma idéia do que se trata, na verdade o roteiro realista e pé no chão (típico do cinema daquela época) procura enfocar os novos desafios que o núcleo familiar enfrentava naquele momento. No Brasil o filme foi ainda mais marcante porque a Lei do Divórcio entrou em vigor poucos anos antes do filme estrear por aqui e certamente isso fez com que muitos se identificassem com o que se passava na tela. A luta pela guarda dos filhos, as pequenas e grandes desavenças, o sentimento de fracasso e frustração, o arrependimento, a raiva, a ira, tudo foi captado com extremo talento pelo cineasta  Robert Benton que procurou acima de tudo passar para as telas um momento que certamente era vivenciado por centenas de milhares de casais nos EUA e fora dele.

Como não poderia deixar de ser o grande destaque do elenco era realmente o ator Dustin Hoffman. Aqui ele interpreta o marido que não sabe direito como agir diante daquela variedade de sentimentos conflitantes que surgiram da noite para o dia com seu divórcio. Ao mesmo tempo em que tenta lidar com a guarda do pequeno filho não tem certeza absoluta se isso seria mesmo a melhor decisão. Sua mulher simplesmente abandona a casa e deixa tudo em suas mãos. Quando retorna exigindo a guarda do filho encontra a resistência do marido. A briga acaba indo parar nos tribunais, Kramer contra Kramer, como o título sugere. Outro nome que se destaca é Mery Streep, que interpreta a esposa, Joanna. O que falar dessa atriz tão consagrada? Streep tem uma das filmografias mais ricas da história do cinema americano e esse é certamente outro de seus grandes filmes. obrigatório para seus fãs.
 
Kramer Vs Kramer (Idem, Estados Unidos, 1979) Direção: Robert Benton / Roteiro: Robert Benton / Elenco: Dustin Hoffman, Meryl Streep, Justin Henry, June Alexander / Sinopse: Casal em processo de divórcio resolve ir ao tribunal para lutar pela guarda do único filho. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Filme, Direção, Ator (Dustin Hoffman), Roteiro e Atriz Coadjuvante (Meryl Streep). Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias Melhor Filme – Drama, Direção, Ator (Dustin Hoffman), Atriz Coadjuvante (Meryl Streep) e Roteiro.

Pablo Aluísio.