Título Original: Elvis
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros.
Direção: Baz Luhrmann
Roteiro: Baz Luhrmann, Sam Bromell
Elenco: Tom Hanks, Austin Butler, Olivia DeJonge, Helen Thomson, Richard Roxburgh, Kelvin Harrison Jr.
Sinopse:
Em seus últimos momentos de vida, o Coronel Tom Parker (Tom Hanks) relembra seus anos ao lado de Elvis Presley (Austin Butler). Acima de tudo ele quer deixar claro que não foi um dos responsáveis pela morte do artista, mas que sim o levou ao sucesso que alcançou!
Comentários:
Finalmente assisti a esse filme que tem sido tão badalado e falado nas últimas semanas. Depois de conferir cheguei na conclusão de que não é tudo aquilo que se disse sobre ele. Não é um filme ruim, longe disso, mas também vamos convir que não é nenhuma maravilha da perfeição. O roteiro é superficial, apressado e se atropela em sua ansiedade. Eu até gostei da ideia de colocar o Coronel Tom Parker como um narrador não confiável, um homem envelhecido que através de suas memórias tenta se defender das acusações de que ele teria sido um dos responsáveis pela morte de Elvis. Esse roteiro baseado em lembranças, trazendo um longo flashback, justifica inclusive as omissões e erros na história e na cronologia. Um homem idoso, no final de sua vida, não iria lembrar tudo com perfeição. O problema vem mesmo da superficialidade de não se aprofundar em nada. A pressa é a inimiga da perfeição.
Baz Luhrmann, um diretor qie gosta de luxo e exageros estéticos, se mostra à vontade nas cenas de palco, já nos momentos mais dramáticos deixa a desejar. Profundidade emocional dos personagens não é o seu forte. Austin Butler segue no mesmo caminho, se saindo bem nos momentos em que interpreta o jovem Elvis no palco. Quando chega os anos 70, a maquiagem fica esquisita e ele apenas passa raspando nos momentos mais dramáticos. Em termos de atuação gostei muito mais de Tom Hanks. A experiência do veterano e talentoso ator fez a diferença, mesmo com o sotaque incomum. Entre aspectos positivos e negativos, o filme consegue segurar a atenção, sendo um interessante cartão de apresentação para o público mais jovem, justificando de certa maneira seu dinamismo. Já para quem é fã de longa data de Elvis não tem jeito, o filme vai soar bem superficial mesmo.
Pablo Aluísio.