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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

As Aventuras de Robin Hood

Título no Brasil: As Aventuras de Robin Hood
Título Original: The Adventures of Robin Hood
Ano de Lançamento: 1938
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Curtiz, William Keighley
Roteiro: Norman Reilly Raine, Seton I. Miller
Elenco: Errol Flynn, Olivia de Havilland, Basil Rathbone, Claude Rains, Patric Knowles, Eugene Pallette

Sinopse:
Adaptação para o cinema da lenda de Robin Wood. Um ladrão e bandoleiro medieval que roubava dos ricos para dar aos pobres nas florestas da Inglaterra. E por essa razão, acabou sendo amado pelo povo que vivia oprimido pelas autoridades opressivas daqueles tempos difíceis. 

Comentários:
Ainda hoje, esse filme é considerado uma das melhores aventuras produzidas na história de Hollywood. Realmente é um filme tecnicamente perfeito. Mesmo após tantos anos de seu lançamento original. Foi um grande sucesso de bilheteria e de crítica, alcançando números comerciais espantosos para a época. Acabou se tornando o maior sucesso da história da carreira do ator Errol Flynn, que naqueles anos era o nome mais popular da indústria cinematográfica norte-americana. E isso foi, de certa forma, uma surpresa, porque a produção do filme foi conturbada. O orçamento estourou e o filme acabou custando o dobro do que era previsto pela Warner. Houve problemas de relacionamento entre o astro e o diretor. Errol Flynn resolveu seduzir a mulher de Michael Curtiz nas filmagens. Mesmo com tantos problemas, o filme superou tudo e hoje é considerado um grande marco da história do cinema. Criou várias situações narrativas que até atualmente são incorporadas e copiadas aos filmes desse gênero cinematográfico. Venceu a barreira do tempo e é considerado um grande entretenimento.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Balas ou Votos

Título no Brasil: Balas ou Votos
Título Original: Bullets or Ballots
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Brothers
Direção: William Keighley
Roteiro: Seton I. Miller, Martin Mooney
Elenco: Edward G. Robinson, Humphrey Bogart, Joan Blondell, Barton MacLane, Frank McHugh, Joe King

Sinopse:
Após a nomeação do novo comissário de polícia de Nova Iorque, o ex-detetive Johnny Blake (Edward G. Robinson) afirma ter provas que ele no passado foi corrompido pelo gângster 'Bugs' Fenner (Humphrey Bogart), causando tensão e violência pelas ruas da cidade.

Comentários:
Um filme de gângster dos anos 30 com Edward G. Robinson e Humphrey Bogart já é motivo suficiente para qualquer cinéfilo se interessar. Afinal os dois atores foram os mais expressivos astros desse subgênero policial cinematográfico. Some-se a isso o fato de que o criminoso (da vida real) Bugsy Siegel ter ficado muito incomodado com o personagem de Bogart chamado 'Bugs' Fenner e você terá o cardápio completo. Na verdade o gângster retratado nas telas era mesmo uma provocação, uma paródia de Bugsy, naquele período organizando a jogatina do que seria Las Vegas nos anos seguintes. Membro da máfia, ele era conhecido por subornar autoridades públicas, principalmente policiais. Por isso era no mínimo constrangedor ter um filme o retratando fazendo nas telas o que fazia em sua vida de crimes. Boatos na época diziam que ele iria explodir os cinemas onde estava sendo exibido o filme, mas provavelmente recuou por causa das reações indignadas do público. Já Bogart diria anos depois que depois que o filme chegou nos cinemas ele passou a ser mais cuidadoso em sua vida pessoal. Afinal aquela era a era em que os gângsters reinavam e um passo em falso poderia significar a morte certa.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Olhando a Morte de Frente

Título no Brasil: Olhando a Morte de Frente
Título Original: Rocky Mountain
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: William Keighley
Roteiro: Winston Miller, Alan Le May
Elenco: Errol Flynn, Patrice Wymore, Scott Forbes
  
Sinopse:
O capitão confederado Lafe Barstow (Errol Flynn) é enviado até a distante fronteira entre o Arizona e a Califórnia para reunir um novo exército que venha em socorro à luta das tropas do sul, durante a guerra civil americana. Na jornada acaba salvando uma diligência que estava sendo atacada por nativos selvagens. Entre os passageiros se encontra Johanna Carter (Patrice Wymore), uma jovem idealista e romântica. Juntos precisarão sobreviver ao hostil território deserto, cheio de perigos e ameaças de novos ataques das nações guerreiras indígenas que habitam por toda a região. 

Comentários:
Mais uma boa tentativa de transformar o ator Errol Flynn em um astro dos filmes de western. Flynn era mais associado a filmes de aventura, capa e espada, ao estilo "Robin Hood" ou "Capitão Blood". Aqui ele encarna a figura de um galante capitão confederado. Sua missão é recrutar jovens da costa oeste para serem levados até o sul rebelde que naquele momento lutava a mais sangrenta guerra da história dos Estados Unidos. É curioso rever esse tipo de produção atualmente porque recentemente há um debate ferrenho dentro dos EUA sobre a velha bandeira confederada. Para muitos ela representaria os valores equivocados dos sulistas, entre eles a supremacia branca e a continuidade da escravidão de negros das grandes fazendas de algodão. Esse filme, feito há tanto tempo, não se preocupa em ser politicamente correto. Os valores sulistas - incluindo aí sua bandeira - são louvados a todo momento, com sentimento e orgulho. Nada de discursos modernos pedindo por uma revisão histórica. Tanto o oficial interpretado por Flynn quanto os homens de seu regimento, são pessoas honradas com uma grande preocupação de serem justos, éticos, bravos e valentes. É certamente um bom filme, embora temos que reconhecer, há uma quebra de ritmo no segundo ato. Fica aquela sensação de que o filme poderia ser mais agitado, mais movimentado, aproveitando melhor a grandiosidade da região onde foi filmado. Pena que a produção não foi dirigida por um John Ford, pois tenho certeza que seria uma obra prima do gênero. Como está, temos apenas um western mediano, que perde por causa de seu ritmo vacilante.

Pablo Aluísio.