quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Minha Terra, Minha Vida

Título no Brasil: Minha Terra, Minha Vida
Título Original:  Country
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Richard Pearce
Roteiro: William D. Wittliff
Elenco: Jessica Lange, Sam Shepard, Wilford Brimley, Matt Clark, Jim Haynie, Sandra Seacat

Sinopse:
Um casal, pequenos produtores rurais, passam todos os tipos de dificuldades financeiras para manter sua fazenda ainda produtiva e em atividade. Os bancos querem executar as dívidas, tomando o lugar para si. O marido parece arrasado pelas circunstâncias, mas a esposa, de forma corajosa, decide lutar por suas terras. Filme indicado ao Oscar na categoria de  melhor atriz (Jessica Lange).

Comentários:
Não assisti nos anos 80, quando o filme foi originalmente lançado nos cinemas, inclusive aqui no Brasil. Só muitos anos depois, na TV a cabo, é que finalmente conferi esse filme. O enredo gira em torno da vida de um casal que vive no campo nos Estados Unidos. Quem pensa que esse tipo de vida é um mar de rosas precisa dar uma conferida nessa produção. Muitas dificuldades, sendo a maior delas conseguir crédito para bancar a próxima temporada de produção de alimentos. E uma das coisas mais comuns nos Estados Unidos é ver propriedades rurais sendo tomadas por bancos, por falta de pagamento de algum empréstimo. Alguns dessas pessoas que vivem da agricultura acabam indo para as grandes cidades, aumentando o número de sem-tetos que vagam pela América. O resultado desse enredo dramático é um bom filme, com história séria, mostrando mais um lado perverso do capitalismo selvagem americano. Para quem acha que na América tudo é uma maravilha... Por fim, Jessica Lange foi indicada ao Oscar, merecidamente. O filme é dela, interpretando a mulher que decide lutar com toda as suas forças para manter suas terras. Uma bela lição de vida. Nunca desista de seus sonhos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Crepúsculo de uma Raça

Título no Brasil: Crepúsculo de uma Raça
Título Original: Cheyenne Autumn
Ano de Produção: 1964
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Ford
Roteiro: Mari Sandoz, James R. Webb
Elenco: James Stewart, Richard Widmark, Karl Malden, Sal Mineo, Edward G. Robinson, Ricardo Montalban

Sinopse:
No ano de 1878, o governo decide deixar de doar os suprimentos e alimentos necessários para a sobrevivência da nação indígena Cheyenne, levando centenas de milhares de índios a saírem da reserva em Oklahoma até o Wyoming, local onde sempre viveram. Thomas Archer, Capitão da Cavalaria, recebe a tormentosa missão de vigiar e conter os anseios de guerra dos índios, mas durante esse processo de convivência durante o percurso, passa a nutrir um grande respeito pelos nativos americanos.

Comentários:
Foi um dos últimos filmes da carreira do diretor John Ford. Nessa produção ele novamente decidiu reunir um grande elenco para contar esse lado menos heroico da conquista do velho oeste dos Estados Unidos. Ao lado de grandes cenas, explorando novamente a beleza natural de lugares como o Monument Valley, o mestre do cinema também cometeu alguns erros. Não é um filme perfeito, tem suas falhas. Uma delas é a longa duração. Esse faroeste assim acaba parecendo mais longo do que deveria ser, com excesso de tramas secundárias que não adicionam muito ao resultado final. Há uma longa parte no meio do filme com James Stewart que exagera nas doses de humor, quebrando o ritmo de um filme que deveria ter um tom mais sério. John Ford sempre tentou trazer algum tipo de alívio cômico em seus filmes, mas aqui ele definitivamente errou a mão. De qualquer forma esse último western assinado por Ford se mantém relevante por causa do teor de seu roteiro que procurou trazer uma visão mais consciente e humana em relação aos nativos americanos. Salvo por suas boas intenções, prejudicado um pouco por alguns deslizes de seu diretor, o filme ainda é um marco importante nesse gênero cinematográfico tão importante dentro do cinema americano. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor direção de fotografia (William H. Clothier).

Pablo Aluísio.

O Último Matador

Título no Brasil: O Último Matador
Título Original: The Law vs. Billy the Kid
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: William Castle
Roteiro: Janet Stevenson, Philip Stevenson
Elenco: Scott Brady, Betta St. John, James Griffith, Alan Hale Jr, Paul Cavanagh, William 'Bill' Phillips

Sinopse:

O filme narra as aventuras do lendário pistoleiro e fora-da-lei William Henry Bonney, mais conhecido como "Billy the Kid"! Ele é um jovem cowboy que se torna amigo de Pat Garrett, um caçador de recompensas. Billy tem um passado de confrontos violentos com homens da lei, mas Pat acredita que ele ainda pode trilhar um bom caminho. Para isso lhe ajuda a arranjar um emprego com o bondoso rancheiro John Tunstall. Após esse ser morto por um grupo de bandidos e facínoras, Billy decide se vingar de todos eles. Pat Garrett, agora um homem da lei, terá que ir atrás de seu grande amigo, Billy, para seu grande desprazer pessoal.

Comentários:
Para quem acha que William Castle só se destacou mesmo em filmes de terror como "A Casa dos Maus Espíritos" (1959), "Força Diabólica" (1959) ou "13 Fantasmas" (1960), eis aqui um faroeste dirigido por ele. O interessante é que Castle queria Vincent Price para o papel do xerife Pat Garrett, mas problemas de saúde o afastaram de última hora das filmagens. James Griffith então tomou o seu lugar. "The Law vs. Billy the Kid" (em tradução literal, "A Lei versus Billy the Kid") investe novamente na lenda do famoso pistoleiro do velho oeste. Obviamente que você não deve assistir a esse filme procurando por veracidade histórica. O Billy the Kid que vemos aqui é aquele mesmo saído das estorinhas fantasiosas da literatura de bolso que moldaram sua lenda no western. Tudo é tão romanceado que Billy em pouco se parece com o criminoso que foi na vida real. Biilly The Kid aqui surge na verdade como um dândi romântico, vítima de um triste realidade que o deixa sem escolhas, tendo que entrar mesmo no mundo do crime. Algo fora do ponto de vista histórico. Deixando isso de lado posso dizer que esse faroeste B da Columbia (o mais modesto dos grandes estúdios de Hollywood) ainda consegue servir como diversão de matinê. A fita é ágil e não perde tempo com amenidades e embora tenha sido realizada com orçamento pequeno consegue agradar e divertir. Até mesmo Scott Brady, que já tinha passado da idade certa para interpretar Billy, consegue convencer em seu papel. Assim fica mais essa  recomendação para os fãs de faroestes mais antigos pois "The Law vs. Billy the Kid" é pura diversão saudosista.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Matrix Resurrections

Quando o filme começa Neo é apenas o personagem de um game que fez sucesso no passado. Seu programador (Reeves) é um sujeito tímido, meio desajeitado, meio bobão, que tem uma paixão platônica por uma mulher mais velha que ele vê de vez em quando na cafeteria. A empresa onde ele trabalha quer uma quarta versão do jogo, mas ele não parece muito animado com isso. Sua vida é uma rotina tediosa onde todos os dias parecem iguais. Até que um dia ele decide parar de tomar a pílula azul. E então as coisas começam a finalmente fazer sentido. E com a chegada de Morpheus, que ele acreditava ser apenas mais um de seus personagens para o game Matrix, as coisas mudam de vez. Ele vive na Matrix e ao tomar a pílula vermelha descobre finalmente o que está acontecendo.

"Matrix Resurrections" é o quarto filme da franquia "Matrix". Mais uma sequência tardia, fora de época. O filme não chegou a fazer muito sucesso, na realidade até deu certo prejuízo, o que deve enterrar de vez a série para o cinema. As críticas foram muitas e a mais recorrente dizia que o filme não tem originalidade e que apenas tenta requentar as boas ideias da trilogia original. Eu concordo plenamente com esse ponto de vista. Nada nesse "Matrix 4" surpreende ou inova. No fundo me pareceu apenas uma tentativa dos envolvidos em faturar algum lucro com antigas boas ideias. O final deixa a porta aberta, como se pretendesse dar um reboot em uma nova linha de filmes. Pela bilheteria fraca acho que isso não vai acontecer.

A trilogia original já havia fechado muito bem a história que pretendia contar. Esse quarto filme realmente não tinha nada de novo a dizer. Tirando uma ou outra boa cena de ação tudo o mais é repetitivo de um passado de glórias que não volta mais. Ressuscitaram Neo e Trinity com uma desculpa esfarrapada qualquer, o que distoa completamente do roteiro e da mensagem do terceiro filme que deveria ser o último. E para piorar o roteiro desse "Matrix 4" ainda investe em umas piadinhas cretinas, como a cena final depois dos créditos. Era para fazer rir? Só ficou constrangedor de tão sem graça! Enfim, realmente esse quarto filme não tinha razão de existir. É mais uma continuação mais do que tardia que nada acrescenta aos filmes originais. Perda de tempo.

Matrix Resurrections (Estados Unidos, 2021) Direção: Lana Wachowski / Roteiro: Lana Wachowski, David Mitchell / Elenco: Keanu Reeves, Carrie-Anne Moss, Yahya Abdul-Mateen II, Jonathan Groff, Neil Patrick Harris / Sinopse: Programador e criador de um game de sucesso do passado chamado "Matrix" descobre que ele vive em uma realidade criada por máquinas que escravizaram a humanidade. Agora ele tentará retornar ao mundo real para mudar esse estado de coisas.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de janeiro de 2022

Ladrão de Diamantes

Título no Brasil: Ladrão de Diamantes
Título Original: After the Sunset
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Paul Zbyszewski, Craig Rosenberg
Elenco: Pierce Brosnan, Woody Harrelson, Salma Hayek, Don Cheadle, Naomie Harris, Chris Penn

Sinopse:
Max Burdett (Pierce Brosnan) é um ladrão internacional de diamantes. Prestes a se aposentar, ele decide colocar em frente seu último grande plano. Um diamante extremamente raro e valioso estará em exposição em um cruzeiro. Ele está decidido a colocar as mãos no precioso objeto, mas antes vai ter que se livrar do agente do FBI Stan Lloyd (Woody Harrelson) que está há anos tentando lhe prender.

Comentários:
Filme muito bom! Como costumo dizer filmes sobre planos elaborados de roubos costumam ser bons. Esse aqui tem um charme a mais. Além da boa produção, com ótima trama se desenvolvendo dentro de um navio de luxo, há uma dupla central de atores que funcionou muito bem juntos. Pierce Brosnan é o ladrão. Depois de ficar anos contratualmente preso ao personagem James Bond, o ator finalmente conseguiu abraçar outros projetos, outros filmes. Esse aqui pode ser considerado facilmente um dos melhores de sua carreira. Ele encontrou o estilo certo para seu personagem. Sofisticado e elegante, ninguém poderia à primeira vista dizer que ele seria um criminoso internacional. Woody Harrelson é o agente do FBI. Enquanto o personagem de Brosnan e o símbolo do sujeito elegante, esse homem da lei é bem bronco. O que o diferencia é sua determinação em prender o homem que persegue a tantos anos. E também não devo esquecer que o cineasta Brett Ratner dirigiu "Dragão Vermelho", o meu preferido com o psicopata Hannibal no cinema. Enfim, uma boa aventura com o charme dos antigos filmes de roubos. Em vários momentos me lembrei de "Ladrão de Casaca" de Alfred Hitchcock! Nada mal mesmo. Fica a recomendação.

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de janeiro de 2022

Uma Canção de Amor para Bobby Long

Título no Brasil: Uma Canção de Amor para Bobby Long
Título Original: A Love Song for Bobby Long
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Shainee Gabel
Roteiro: Shainee Gabel, Ronald Everett Capps
Elenco: John Travolta, Scarlett Johansson, Gabriel Macht, Deborah Kara Unger, Dane Rhodes, David Jensen

Sinopse:
Após ser informada da morte de sua mãe, a jovem Pursy Will (Scarlett Johansson) decide retornar para New Orleans. Na antiga casa da mãe acaba encontrando Bobby Long (John Travolta), que tem sérios problemas com alcoolismo e Lawson Pines (Gabriel Macht) que pode vir a se tornar seu novo namorado.

Comentários:
Gostei do filme. Essa história apresenta uma boa galeria de personagens bem construídos. Uma jovem Scarlett Johansson interpreta uma garota que ainda tenta encontrar um caminho em sua vida. De volta em New Orleans ela quer se despedir, dar o último adeus para sua mãe que faleceu. Para sua surpresa acaba aprendendo lições preciosas de vida com um tipo incomum. O personagem Bobby Long, interpretado por John Travolta, parece ser apenas um bêbado vulgar que já acorda pensando em encher a cara. Um tipo inútil, mas que no fundo tem muito a passar, principalmente para quem ainda está começando na vida. Travolta, de cabelos grisalhos, surpreende nesse papel. Ele está muito bem em seu trabalho de atuação, calando de certa forma seus críticos habituais. Além da boa mensagem do roteiro, que deixa claro que a vida não teve ser levada tão à sério, pois é efêmera, o filme ainda apresenta uma ótima trilha sonora recheada de country music de qualidade. Enfim, bom drama, com história bem trabalhada, resultando tudo em um filme que vale a pena assistir. Das mais simples histórias se pode tirar grandes lições de vida. 

Pablo Aluísio.

Monty Python - O Sentido da Vida

Título no Brasil: Monty Python - O Sentido da Vida
Título Original: The Meaning of Life
Ano de Produção: 1983
País: Inglaterra
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Terry Jones, Terry Gilliam
Roteiro: Graham Chapman, John Cleese
Elenco: Terry Jones, Terry Gilliam, Graham Chapman, John Cleese, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin

Sinopse:
O grupo de humor britânico Monty Python tenta descobrir qual seria o sentido da vida, para isso usa diversas cenas cômicas onde tipos estranhos e bizarros desfilam pela tela. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor música original.

Comentários:
Enquanto esteve junto a trupe do Monty Python fez muito sucesso, inicialmente na TV e depois no cinema. Eles faziam um tipo de humor ácido ao extremo, beirando até mesmo a vulgaridade e a canalhice completa. Dentro de um quadro como a da Inglaterra conservadora dos anos 80, era um choque e tanto. Nesse filme aqui não há necessariamente uma história central a se contar. Segundo os passos de seu programa na TV o grupo desfilava em diversas gags o seu estilo de fazer comédia. Entre os tipos que surgem no filme há um professor de uma escola tradicional que só fala em sexo, um homem rico e mega gordo que mal consegue andar e um militar completamente debiloide (uma das melhores cenas do filme), além da famosa cena dos peixinhos no aquário discutindo o sentido da vida (no mais puro humor inglês). Enfim, quem curte o Monty Python definitivamente não terá do que reclamar.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Espanglês

Título no Brasil: Espanglês
Título Original: Spanglish
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: James L. Brooks
Roteiro: James L. Brooks
Elenco: Adam Sandler, Téa Leoni, Paz Vega, Cloris Leachman, Shelbie Bruce, Sarah Steele

Sinopse:
John Clasky (Adam Sandler) é um americano que emprega uma família de imigrantes ilegais do México. A esposa, muito insegura, acaba tornando tudo ainda mais delicado. Clasky, que trabalha como chefe de cozinha, entretanto, pensa em ajudar todas aquelas pessoas de alguma forma.

Comentários:
Depois de tantos anos só tenho uma coisa a dizer sobre o ator e comediante Adam Sandler: Que sujeito chato! Pelo amor de Deus! Para não ser injusto ele tem um único filme bom na sua longa filmografia. Se trata de "Joias Brutas" de 2019. O resto é puro lixo! Um festival inacreditável de filmes horrendos, cada porcaria que vou te contar. Esse aqui está ainda no meio termo. Não chega a ser constrangedor, mas também não pode ser considerado um bom filme. Filmado em El Paso, na fronteira entre Estados Unidos e México, o roteiro tenta ser simpático com os imigrantes. Só que o preconceito dos americanos está tão estruturado em sua cultura que eles não conseguem superar esse aspecto, nem mesmo quando tentam fazer um filme com viés positivo para os que entram no país em busca de um futuro melhor. Enfim, se ainda não viu, não precisa perder tempo. Não é tão idiota quanto outros filmes do Adam Sandler, mas também não é nada imperdível. Ele devia deixar o cinema de vez. Eu iria agradecer muito!

Pablo Aluísio.

O Homem da Casa

Título no Brasil: O Homem da Casa
Título Original: Man of the House
Ano de Produção: 2005
País: Estados Undos
Estúdio: Revolution Studios
Direção: Stephen Herek
Roteiro: John J. McLaughlin
Elenco: Tommy Lee Jones, Christina Milian, Kelli Garner, Monica Keena, Cedric the Entertainer, Paula Garcés

Sinopse:
Roland Sharp (Tommy Lee Jones) é um xerife linha dura. Membro dos Texas Rangers ele precisa proteger em sua próxima missão um grupo de cheerleaders, garotas colegiais que acabaram testemunhando um crime!

Comentários:
Certos atores não deveriam forçar a barra. O ator Tommy Lee Jones não tem o tipo ideal para comédias, ainda mais comédias juvenis com elenco cheio de adolescentes. Em termos de comédia ele até funcionou em "Homens de Preto", mas fora isso... Ele deveria se concentrar em filmes policiais e de ação onde ele se encaixa perfeitamente bem em qualquer papel. Tentar fazer rir em uma comediazinha tão fraca como essa definitivamente é uma má escolha na carreira. O filme é daqueles que você até assiste, mas no final das contas não se importa com os personagens, com a história, com nada. As jovens atrizes até são simpáticas, mas tudo é tão bobinho que o tédio logo bate no espectador. E essa coisa de texano durão já encheu muito a paciência. Os roteiristas deveriam procurar por algo mais original. Com falta de criatividade o tédio logo se instala. Enfim, filme descartável e sem importância. Pode ser considerado o pior da carreira de Tommy Lee Jones! E olha que eu particularmente gosto muito do trabalho dele. Òtimos filmes ao longo de todos esse anos. Mas nesse aqui ele pisou na bola!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Trinity e Seus Companheiros

Mais um Western Spaguetti que se apóia no carisma do ator Terence Hill. Aqui ele repete seu personagem “Nobody” (“Ninguém” nos EUA, Trinity no Brasil). Trinity é um cowboy sem eira, nem beira, que vaga pelas mais poeirentas cidades dos EUA em busca de aventuras. Jeito despreocupado, boa praça, consegue tirar seus cochilos nos lugares mais improváveis, seja no meio de uma rua de pura poeira de uma cidadezinha qualquer do velho oeste, seja em um pequeno vagão prestes a cair no despenhadeiro. Sempre com roupas surradas e uma sela a tiracolo, Trinity também se mostra extremamente rápido no gatilho, capaz de proezas que desafiam até mesmo as leis da física e da natureza. Aqui em “Trinity e Seus Companheiros” ele se une a uma trupe formada por um mestiço e uma garota cujo principal objetivo se torna colocar as mãos em um carregamento de ouro pertencente a um coronel corrupto do exército americano. Para isso Trinity tem a idéia de usar seu colega como um impostor, pois fazendo-se passar pelo oficial terá acesso ao ouro que tanto cobiçam.

Como em todos os filmes de Trinity o tom é nitidamente de humor e comédia (com algumas cenas que beiram o pastelão). Terence Hill era extremamente carismático o que faz o espectador manter o interesse. A produção é boa, com direito a várias cenas rodadas no cenário natural mais famoso do western americano, o Monumenty Valley em Utah, onde John Ford realizou alguns de seus maiores clássicos. E como todo western spaguetti há também cenas rodadas no deserto da Espanha. No elenco o destaque fica por conta da participação do ator Klaus Kinski na pele do personagem Doc Foster (uma óbvia paródia ao famoso Doc Holiday dos filmes de Wyatt Earp).

Não deixa de ser curioso vê-lo em cenas de pura comédia como quando cai de um hotelzinho em cima de um pangaré que sai em disparada! O diretor do filme, Damiano Damiani, faleceu recentemente, no último dia 7 de março, aos 90 anos. Era um cineasta eclético que transitava por todos os gêneros. Para o grande público ele era mais conhecido pela sequência “Amityville 2 - A Possessão”, considerado até hoje um dos melhores filmes dessa franquia de terror. Enfim, fica a dica se você quiser matar as saudades de Trinity e seus filmes Spaguetti com muito bom humor e diversão.

Trinity e Seus Companheiros (Un Genio, Due Compari, Un Pollo, Itália, 1975) Direção: Damiano Damiani / Roteiro: Damiano Damiani, Ernesto Gastaldi / Elenco: Terence Hill, Miou-Miou, Robert Charlebois / Sinopse: Trinity (Terence Hill) se une a uma trupe para tentar colocar as mãos em um carregamento de ouro pertencente a um coronel corrupto do exército americano.

Pablo Aluísio.