sábado, 22 de janeiro de 2022
Monty Python - O Sentido da Vida
Título Original: The Meaning of Life
Ano de Produção: 1983
País: Inglaterra
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Terry Jones, Terry Gilliam
Roteiro: Graham Chapman, John Cleese
Elenco: Terry Jones, Terry Gilliam, Graham Chapman, John Cleese, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin
Sinopse:
O grupo de humor britânico Monty Python tenta descobrir qual seria o sentido da vida, para isso usa diversas cenas cômicas onde tipos estranhos e bizarros desfilam pela tela. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor música original.
Comentários:
Enquanto esteve junto a trupe do Monty Python fez muito sucesso, inicialmente na TV e depois no cinema. Eles faziam um tipo de humor ácido ao extremo, beirando até mesmo a vulgaridade e a canalhice completa. Dentro de um quadro como a da Inglaterra conservadora dos anos 80, era um choque e tanto. Nesse filme aqui não há necessariamente uma história central a se contar. Segundo os passos de seu programa na TV o grupo desfilava em diversas gags o seu estilo de fazer comédia. Entre os tipos que surgem no filme há um professor de uma escola tradicional que só fala em sexo, um homem rico e mega gordo que mal consegue andar e um militar completamente debiloide (uma das melhores cenas do filme), além da famosa cena dos peixinhos no aquário discutindo o sentido da vida (no mais puro humor inglês). Enfim, quem curte o Monty Python definitivamente não terá do que reclamar.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Monty Python - E Agora Algo Completamente Diferente!
O grupo Monty Python revolucionou o humor inglês quando surgiu na segunda metade da década de 1960. Debochados, anárquicos e inteligentes eles apareceram em um momento interessante da cultura britânica. Sob sua verve cômica nada era poupado, nenhuma instituição real escapava das brincadeiras e sátiras. Em 1969 conseguiram seu próprio programa de TV chamado "Monty Python's Flying Circus" e a comédia televisiva jamais seria a mesma. O sucesso e a influência da trupe foram tamanhas que chegou até mesmo aqui no Brasil. Programas com nonsense, cheio de situações absurdas, como o extinto "TV Pirata" da Rede Globo era nitidamente uma tentativa brasileira de copiar o humor dos ingleses. Esse "Monty Python - E agora, Algo Completamente Diferente" foi o primeiro filme deles para o cinema. Na verdade trata-se em essência da sucessão de diversos quadros que ficaram célebres no programa de TV. Entre os mais divertidos estão o do homem de visão binocular, em ótima caracterização de John Cleese, e o da gangue das velhinhas inglesas.
Além do humor negro, tipicamente britânico, o filme ainda traz animações dirigidas e criadas por Terry Gilliam. Dentro do grupo ele era o responsável pela parte dos desenhos que vão interligando as sequências de humor. Seu traço é muito característico, sem paralelos com nada na época. Geralmente feito de recortes de ilustrações clássicas, pinturas famosas e mosaicos da era vitoriana, Gilliam conseguia unir admiração e espanto, desconforto e humor, tudo na mesma panela de referências. Excelente. Depois do sucesso desse "And Now For Something Completely Different" o Monty Pyhton seguiu em frente no cinema realizando filmes cada vez mais ousados e divertidos como "A Vida de Brian" (onde satirizavam passagens bíblicas) e "Em Busca do Cálice Sagrado" (onde fazia humor em cima dos costumes históricos dos britânicos). Como vivemos uma falta de boas comédias atuais nada melhor do que revisitar a obra dessa trupe tão inteligente, engraçada e inovadora do fino humor inglês. Diversão garantida.
Monty Python - E Agora Algo Completamente Diferente! (And Now For Something Completely Different, Inglaterra, 1972) Direção: Ian MacNaughton / Roteiro: Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin / Elenco: Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin, Carol Cleveland, Connie Booth, Lesley Judd / Sinopse: Série de quadros cômicos do programa "Monty Python's Flying Circus" transpostos para o cinema.
Pablo Aluísio.