quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Resident Evil: Bem-vindo a Raccoon City

Essa franquia já chegou ao limite. O que fazer depois de tantos filmes? A solução encontrada pelos produtores foi dar um reboot em tudo, voltando ao passado, para contar as origens de tudo o que aconteceu nos filmes até aqui. A história se passa no final dos anos 80. Raccoon City é uma pequena cidade abandonada à própria sorte. Ali nasceu a Umbrella Corporation, empresa de produtos químicos. Usando crianças órfãs como cobaias, eles começam uma série de pesquisas que, como todos sabemos, vai para um caminho muito errado. Lembrou o Dr. Mengele e os nazistas. A protagonista é uma dessas órfãs que cresceu e está de volta na cidade. Ao lado dela se juntam alguns policiais, um novato e uma pobre criatura que foi cobaia no passado. O problema é que produtos químicos contaminaram também a água da cidade. A partir daí, como era de se esperar, surge o caos. Zumbis surgindo em cada canto escuro de Raccoon City. Quem vai conseguir sobreviver?

Apesar da boa ideia de se voltar ao passado, o roteiro nunca consegue sair muito das amarras do que já foi visto nessa linha de filmes. Aquele visual de alta tecnologia dos filmes anteriores ficou de lado, até porque o filme se passa nos anos 80, mas fora isso o roteiro preferiu mesmo seguir na velha fórmula. De maneira em geral eu gostei da ambientação do lugar, sempre escuro, sempre chovendo. O clima ideal para bons filmes de terror. Pena que o roteirista e diretor Johannes Roberts (do bom "Os Estranhos: Caçada Noturna") preferiu apostar em clichês batidos, com direito até mesmo a um monstrengo gigante no final. A conclusão final é que se esse é um recomeço, o diretor não foi ousado o suficiente, talvez por pressão do próprio estúdio.

Resident Evil: Bem-vindo a Raccoon City (Resident Evil: Welcome to Raccoon City, Estados Unidos, 2021) Direção: Johannes Roberts / Roteiro: Johannes Roberts / Elenco: Kaya Scodelario, Robbie Amell, Hannah John-Kamen / Sinopse: Em Raccoon City surgiu a Umbrella Corporation. Em um orfanato local estranhas experiências são realizadas, usando crianças órfãs como cobaias. E a situação fica ainda mais fora de controle quando substâncias químicas perigosas contaminam a água da cidade, causando caos e terror por todas as ruas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Não Olhe para Cima

Dois cientistas do campo da astronomia (interpretados por Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence) descobrem a existência de um novo cometa. No começo ficam felizes com a descoberta, afinal no mundo da astronomia isso é algo importante na vida de qualquer profissional da área. Só que a alegria dura pouco. Eles logo descobrem também que a rota do cometa vem direto em direção ao nosso planeta Terra. E agora, o que fazer? Logo uma questão que deveria ser tratada apenas pela ciência se torna politizada. E aí é o caos... os cientistas querem seguir o que diz a ciência para salvar o planeta, os conservadores liderados por uma presidente idiota (Meryl Streep) adotam uma postura de negacionismo com o slogan "Não Olhe para Cima". Pronto, a humanidade está literalmente com os dias contados. Estamos todos ferrados!

Esse é o filme do momento. Todo mundo está falando, debatendo, trocando ideias. Fazia tempo que a Netflix não lançava algo tão polêmico. A boa notícia é que é um bom filme, que faz pensar! É simplesmente impossível não perceber a analogia que esse inteligente roteiro faz com o mundo polarizado e imbecilizado em que vivemos. E aqui sobram críticas e farpas para todos os lados. Enquanto os dois cientistas tentam alertar para o perigo do cometa, os telejornais e o público em geral só se importam com as coisas mais imbecis, como o namorico de uma cantora adolescente pop e um cantor de rap! Você vai dar boas risadas, mas se tiver mais inteligência vai rir mesmo de nervoso, porque embora absurdas as situações, são plenamente condizentes com o momento atual. E você também pode trocar o cometa pela pandemia, aquecimento global ou qualquer outro tema desses e verá que faz o mesmo sentido.
 
E as redes sociais? Se tornam o maior meio de estupidez jamais visto. Enquanto o cometa avança em direção ao planeta Terra, as pessoas só se preocupam com memes, besteiras e imbecilidades. E surgem milhares de teorias da conspiração, uma mais idiota do que a outra! Dá nos nervos! Penso que se uma situação como a mostrada no filme realmente fosse verdade seria exatamente assim que iria acontecer. Vivemos em uma era tão estúpida! É triste, mas é a mais pura verdade! Então o roteiro mira e acerta em muitos alvos e se sai maravilhosamente bem em meu ponto de vista. É um filme que parece simples, mas que nas entrelinhas expressa tantas verdades que você ficará surpreso.

No final tirei duas conclusões importantes. A primeira é que o mundo atual é o horizonte perfeito das idiotices, tanto das pessoas em geral como também dos que foram eleitas por elas. A pior situação para uma nação é ser liderada por uma idiota como a presidente interpretada por Streep. Pessoas vão morrer por esse tipo de escolha errada na hora de votar. E assim surge a segunda grande lição do roteiro. Não votem em imbecis para altos cargos, pois no final quem será mais prejudicado será você mesmo, quem sabe até mesmo perdendo a própria vida. Parece radical? Não, é só uma verdade mesmo.

Não Olhe para Cima (Don't Look Up, Estados Unidos, 2021) Direção: Adam McKay / Roteiro: Adam McKay, David Sirota / Elenco: Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Meryl Streep, Cate Blanchett, Jonah Hill, Rob Morgan / Sinopse: Dois cientistas tentam alertar o mundo do perigo que se aproxima na forma de um enorme cometa que está vindo em direção ao nosso planeta. Só que isso vai ser quase impossível em um mundo onde as pessoas só se importam com celebridades vazias e os que detém o poder político são altamente estúpidos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Por um Corredor Escuro

Katherine 'Kit' Gordy (AnnaSophia Robb) é uma garota rebelde. Depois de muitos problemas e cansados do jeito de ser dela, os pais decidem que ela vai para um daquelas escolas tradicionais, no sistema de internato, onde eles esperam que ela fique sob supervisão, onde aprenderá o valor da disciplina. Só que Kit acaba percebendo que há coisas estranhas naquele lugar. A escola funciona em uma velha casa do estilo vitoriano. Tudo é muito escuro e sombrio. Assim que as aulas começam as demais alunas começam a apresentar habilidades que parecem fora do normal. Uma delas pinta excelentes quadros, a outra escreve poesia de extrema qualidade. Até mesmo Kit começa a tocar piano excepcionalmente bem, muito longe de suas poucas habilidades. O que estaria acontecendo?

Esse filme de terror e suspense apresenta os mesmos problemas de várias outras produções recentes do gênero. É a mesma situação que já vi várias vezes antes. O filme até começa muito bem, apresentando os personagens e tudo mais. Porém conforme vai avançando para seu final vai perdendo o toque, a sutileza. A impressão que tenho é que os roteiristas acreditam que o público dos dias atuais precisa de tudo bem explicadinho. Subestimam a inteligência de quem está assistindo ao filme. O filme deixa a sugestão de lado, para estragar tudo em um final muito exagerado. Não precisava disso.

Por um Corredor Escuro (Down a Dark Hall, Estados Unidos, 2018) Direção: Rodrigo Cortés / Roteiro: Michael Goldbach, Chris Sparling / Elenco: AnnaSophia Robb, Uma Thurman, Isabelle Fuhrman / Sinopse: Uma garota rebelde é enviada para uma escola tradicional e conservadora e descobre que aquele é um lugar perigoso, que esconde segredos sinistros e sombrios.

Pablo Aluísio.

domingo, 26 de dezembro de 2021

Sob Suspeita

Um rico advogado chamado Henry Hearst (Gene Hackman) e sua bela esposa Chantal Hearst (Monica Bellucci) acabam sendo acusados de um crime envolvendo a morte de uma criança, uma menina de 12 anos encontrada morta na ilha de San Juan, em Porto Rico. O casal estaria ali para participar de uma arrecadação de fundos para os desabrigados de um furacão que teria devastada a ilha do Caribe. Só que agora eles se encontram em uma situação extremamente delicada. Afinal teriam mesmo algo a ver com o crime? Ou tudo seria uma grande cilada armada por inimigos do advogado nos Estados Unidos? Morgan Freeman interpreta o policial Victor Benezet, que se torna o responsável pelas investigações do assassinato.

Um bom filme, valorizado (isso fica claro pela simples leitura da ficha técnica da produção) pelo ótimo elenco. O trio central é realmente acima da média. Gene Hackman (hoje em dia, aposentado) é um dos destaques porque seu personagem fica sempre no fio da navalha, levando o espectador a ora acreditar em sua inocência, ora pender para o lado daqueles que o acusam do crime. Morgan Freeman dispensa maiores comentários, pois sempre foi ótimo e Monica Bellucci está belíssima no filme, naquele ano em seu auge de beleza. Assim fica a dica desse bom thriller policial, com uma trama bem bolada que só se desvenda na última cena.

Sob Suspeita (Under Suspicion, Estados Unidos, 2000) Direção: Stephen Hopkins / Roteiro: Claude Miller, baseado no livro de John Wainwright / Elenco: Morgan Freeman, Gene Hackman, Monica Bellucci, Thomas Jane / Sinopse: Um advogado americano é acusado de um crime violento e bárbaro envolvendo uma criança. Seria inocente ou culpado das graves acusações?

Pablo Aluísio.

Dominação

Assisti a esse terror e suspense há bastante tempo, mais precisamente ainda nos tempos das locadoras VHS. O título original "Lost Souls" é bem adequado. É a história de uma garota chamada Maya Larkin (Winona Ryder) que começa a desenvolver um comportamento estranho e fora dos padrões. Ela sempre foi uma pessoa religiosa, porém agora as coisas parecem fugir do controle. O Padre Lareaux (John Hurt) logo percebe o que está acontecendo: ela está sob possessão de um demônio, um espírito imundo vindo diretamente das profundezas do inferno. Pior do que isso, tudo pode ser apenas uma grande preparação para a chegada da besta, o anticristo 666.

Bom, filmes sobre possessões do diabo ou se tornam clássicos (como "O Exorcista") ou então caem no ridículo. Dificilmente ficam apenas no meio termo. Esse "Dominação" acabou ali entre o previsível e o ruim. No fundo acabou se tornando um filme simplesmente esquecível (afinal quem ainda se lembra dele?). De bom mesmo temos apenas a boa interpretação de John Hurt, que sempre foi aquele tipo de ator que sempre fazia valer a pena qualquer filme em que estivesse no elenco. Já Winona Ryder se limita a fazer caretas de pavor! Se o tema lhe interessa, arrisque, porém saiba de antemão que o filme não é realmente grande coisa!

Dominação (Lost Souls, Estados Unidos, 2000) Direção: Janusz Kaminski / Roteiro: Pierce Gardner, Betsy Stahl / Elenco: Winona Ryder, John Hurt, Ben Chaplin, Sarah Wynter / Sinopse: Jovem garota começa a apresentar um estranho comportamento, o que leva um padre a crer que ela está sendo possúida pelo Diabo.

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de dezembro de 2021

Surpresas do Amor

Nunca falha! Todo ano, em época natalina, os canais programam aquela enxurrada de filmes de Natal. A maioria desses filmes é bem fraca, sendo bem sincero. Salva-se pouca coisa. Esse "Surpresas do Amor" é meramente mediano. Uma comédia que até diverte através de situações constrangedoras em que se envolvem os personagens. Aliás eu gosto de chamar esse tipo de filme justamente assim, uma comédia de situações de constrangimento. Na história um casal de namorados precisa visitar 4 casas na noite de Natal. A casa de seus pais que estão separados. A garota é interpretada pela atriz Reese Witherspoon. O papel de namorado dela é do ator Vince Vaughn. E, como todos sabemos, visitar os parentes no Natal pode ser uma experiência bem chata, constrangedora é a palavra ideal.

Assim Brad (Vince Vaughn) fica sabendo pelos parentes da namorada que seu apelido era "Katie Piolho". Que na adolescência ela era gordinha, que tinha uma amiga lésbica que era obviamente apaixonada por ela. Que tinha trauma daquele brinquedo chamado "Pula-Pula". Ele também não se sai melhor. Sua família é totalmente disfuncional. O pai é um sujeito bronco e seus irmãos são toscos. São lutadores de Vale-Tudo. Assim que entra na casa do pai a porrada começa, do nada! Durante o filme eu dei umas três risadas sinceras. O constrangimento pode ser uma boa ferramenta de humor. Assim, em meu caso, foi sem dúvida até um boa diversão.

Surpresas do Amor (Four Christmases, Estados Unidos, 2008) Direção: Seth Gordon / Roteiro: Matt Allen, Matt Allen / Elenco: Vince Vaughn, Reese Witherspoon, Robert Duvall, Sissy Spacek, Jon Voight, Mary Steenburgen / Sinopse: Durante o feriado de Natal um casal de namorados precisa visitar 4 casas e isso tudo se torna uma experiência mais do que desastrosa.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Tudo por Dinheiro

Outro filme que assisti no cinema. Aqui as razões para ter ido para o cinema já são mais óbvias. Qualquer filme em cartaz com a presença de Al Pacino já era motivo suficiente para contar com minha presença na plateia. Claro que os grandes dias de ator já tinham ficado para trás. Eu gostaria, por exemplo, ter ido assistir aos seus filmes nos anos 70, onde ele realmente atuou em grandes clássicos do cinema. Só que isso não foi possível. Então sempre que havia um novo filme do Pacino nos cinemas eu iria conferir. A história girava em torno do mundo das apostas esportivas. Claro que nem sempre os resultados surgiam de forma honesta e espontânea, fruto do puro espírito desportivo. Havia algo por trás, afinal pequenas fortunas giravam nesse mundo.

Matthew McConaughey interpretou o jogador de futebol americano que viu sua carreira ser destruída após uma séria lesão (algo muito comum nesse violento esporte). Al Pacino era o figurão, o velho tubarão que conhecia todos os atalhos para ganhar muito dinheiro nesse campo das apostas, algumas até ilegais. É um filme bom, interessante, mas nenhum clássico do cinema. Curiosamente o grande ator em cena, aquele que tem as melhores cenas e a maior chance de atuação é o próprio Matthew McConaughey. Al Pacino aqui funcionou apenas como um coadjuvante de luxo, nada mais. Seria de certa maneira uma constante em sua carreira a partir daqui.

Tudo por Dinheiro (Two for the Money, Estados Unidos, 2006) Direção: D.J. Caruso / Roteiro: Dan Gilroy / Elenco: Matthew McConaughey, Al Pacino, Rene Russo, Armand Assante / Sinopse: Dois homens, um ex-jogador de futbol americano chamado Brandon (Matthew McConaughey) e um investidor com fama de vigarista conhecido como Walter (Al Pacino) entram no mundo das apostas esportivas. O objetivo é ficar rico o mais rapidamente possível.

Pablo Aluísio.

Armações do Amor

Assisti no cinema! Olhando para um passado até recente fico surpreso com o fato de ter ido ao cinema ver filmes que eu já sabia que eram meramente medianos ou fracos mesmo. Era um outro tempo, com ingresso barato e não havia qualquer sinal de pandemia no ar. Não havia risco de vida ao ir ao cinema! Pois bem, trata-se de uma comédia romântica um tanto banal. Provavelmente o que me levou a ir ao cinema foi mesmo a dupla central. Sempre gostei tanto do trabalho de Matthew McConaughey como da atriz Sarah Jessica Parker. Além disso o elenco de apoio era excepcionalmente bom. Basta conferir os nomes envolvidos, contando com, entre outros, Zooey Deschanel, Bradley Cooper e Kathy Bates. Para quem gosta de cinema o elenco já era uma boa desculpa para pagar um ingresso de cinema.

Só que infelizmente, como era de se esperar, o roteiro não era mesmo muito bom. O gênero comédia romântica já mostrava sinais de desgaste após anos e anos de filmes usando a mesma fórmula batida e já conhecida de todos. De qualquer foram o público feminino garantiu o lucro para o estúdio. Um filme considerado até caro para os padrões desse tipo de produção (custou 50 milhões de dólares), conseguiu faturar nas bilheterias mais de 200 milhões, ou seja, um bom resultado comercial. Artisticamente falando porém o resultado se revelou bem fraco.

Armações do Amor (Failure to Launch, Estados Unidos, 2006) Direção: Tom Dey / Roteiro: Tom J. Astle, Matt Ember / Elenco: Matthew McConaughey, Sarah Jessica Parker, Kathy Bates, Zooey Deschanel, Bradley Cooper / Sinopse: Com trinta e tantos anos o folgadão Trip (Matthew McConaughey) nem pensa em se casar. Então pessoas próximas a ele armam um plano para ver se ele finalmente sobe o altar da igreja para se casar de uma vez por todas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Poderosa Afrodite

Esse filme de Woody Allen é até hoje um desvio na rota da obra do diretor. Como tudo o que envolve Allen há aqueles que odeiam o filme e outros que o adoram. Não é motivo nem para tomar uma posição radical e nem outra. Na verdade é uma boa comédia, bem mais leve do que a fase mais intelectual que o cineasta atravessou nas décadas de 70 e 80. Não tem grande roteiro e nem é uma obra de arte, mas tem a Mira Sorvino interpretando a personagem Linda Ash, uma atuação que (pasmem!) lhe valeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante numa das maiores zebras da história de Hollywood! Para muitos foi um prêmio para consagrar Allen, mas discordo disso, já que ele também estava concorrendo na categoria de Melhor Roteiro e não venceu. Assim não tem muita lógica afirmar que Mira foi premiada para homenagear Allen.

Na verdade essa premiação é um daquelas surpresas complicados de explicar por motivos racionais. Simplesmente aconteceu! Ela é carismática, mas jamais deveria ter sido premiada tão cedo na carreira (com certeza não por essa atuação). Aliás verdade seja dita, pois para ela teria sido muito melhor não ter vencido já que Sorvino acabou se tornando um dos maiores exemplos da "maldição do Oscar", onde atores ou atrizes são premiados precocemente, bem no começo da carreira e depois afundam feio na carreira. Outro exemplo? Cuba Gooding Jr. Muitas vezes o Oscar pode ser o aviso de que tudo acabou, por mais incrível que isso possa parecer.

Poderosa Afrodite (Mighty Aphrodite, Estados Unidos, 1995) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Woody Allen, Mira Sorvino, F. Murray Abraham, Helena Bonham Carter, Olympia Dukakis / Sinopse: Jornalista investigativo descobre a existência de um garoto com QI acima da média. Seria um gênio precoce. Só que sua mãe é uma mulher bem medíocre em todos os aspectos. Como explicar algo tão desigual? Filme premiado pelo Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Mira Sorvino).

Pablo Aluísio.

Inesquecível

Quem lembra desse filme? Pouca gente, mostrando que ele pode ser muita coisa, menos inesquecível. Enfim, vamos em frente. Essa é uma ficção B que tenta se sustentar com uma ideia que os roteiristas certamente acharam genial ou inovadora (embora, vamos ser sinceros, não foi para tanto!). David Krane (Ray Liotta) vê sua vida ruir após a morte da esposa, brutalmente assassinada. O crime porém fica sem solução por falta de testemunhas ou provas. Desesperado, Krane resolve experimentar uma estranha fórmula química desenvolvida pela Dra Martha Briggs (Linda Fiorentino) que lhe permite ter acessos às memórias de sua esposa morta. A partir daí ele acaba entrando numa situação alucinante onde não consegue mais distinguir loucura, insanidade e realidade dos fatos!

A ideia é até legalzinha, me fez lembrar imediatamente de "O Vingador do Futuro" aquele filme dirigido por Paul Verhoeven e estrelado por Arnold Schwarzenegger e Sharon Stone onde havia uma situação bem parecida. A diferença básica é que esse aqui procura manter mais o pé no chão, não sendo tão fantasioso quanto o segundo, que inclusive foi baseado na obra de Philip K. Dick. De uma forma ou outra fica claro que o filme só foi produzido por causa da presença de Ray Liotta, ainda desfrutando do sucesso e prestígio de filmes como "Os Bons Companheiros". Pena que ele também nunca tenha se tornado uma estrela de primeiro escalão. O filme porém ainda vale como curiosidade, mesmo que depois de pouco tempo você venha a esquecer dele completamente. Nada inesquecível.

Inesquecível (Unforgettable, Estados Unidos, 1996) Direção: John Dahl / Roteiro: Bill Geddie / Elenco: Ray Liotta, Linda Fiorentino, Peter Coyote / Sinopse: Após a morte da esposa um homem consegue acessar todas as suas lembranças pessoais. Filme premiado pelo Cognac Festival du Film Policier na categoria de Melhor Direção.

Pablo Aluísio.