Após sofrer um sério acidente de automóvel o ator Montgomery Clift entrou em um verdadeiro inferno astral. As dores constantes que sofria o fez se tornar dependente de drogas pesadas. Para piorar ainda mais o alcoolismo se agravou e Clift encontrou muitos problemas em seguir em frente na profissão. Após ficar quatro anos sem aparecer no cinema ele resolveu voltar, dessa vez para aquele que seria seu último filme na carreira, uma produção francesa e alemã que captou os últimos momentos desse grande ator no cinema. Os filmes de espionagem estavam na moda por causa do sucesso arrebatador da série James Bond então foi quase natural o aproveitamento de Clift, mesmo em ruínas, para estrelar essa tentativa um tanto mal sucedida de tentar repetir sob uma verniz mais séria o tema da espionagem durante a chamada guerra fria. Ele surge em cena muito magro e abatido, praticamente curvado, obviamente passando um aspecto bem doentio, o que poderá certamente chocar seus fãs, principalmente aqueles mais acostumados com seus primeiros filmes, onde interpretava galãs românticos ou trágicos.
Aqui em seu último papel Montgomery Clift interpreta o professor James Bower, um renomado físico que é recrutado pela CIA para ir até a Europa com o objetivo de ajudar na busca de um cientista russo que se tornou peça vital dentro do jogo de espionagem entre americanos e soviéticos. A trama se passa no auge da chamada guerra fria, bem na fronteira entre as duas Alemanhas, na região que foi apelidada pelo primeiro ministro inglês Winston Churchill de “Cortina de Ferro”. O enredo foi retirado do sucesso editorial “The Spy”, também conhecido como 'L'Espion', escrito pelo autor Paul Thomas. Clift, já com a saúde bastante abalada, passou por dificuldades para terminar o filme.
Muito abatido, sem energia, enfrentou seu último trabalho com muita dignidade mas também com muito sacrifício. Em determinado momento cogitou abandonar as filmagens por não aguentar mais se manter sóbrio, requisito necessário para cumprir o contrato que havia assinado. A crítica por sua vez não gostou muito do resultado. O fato da produção ser europeia, com ritmo devagar e características bem diferenciadas da indústria americana, fizeram com que a produção também fosse ignorada pelo público. Clift não viveria muito após o lançamento do filme vindo a falecer em julho de 1966 em Nova Iorque. O cinema perdia assim um dos mais talentosos atores de sua história.
Talvez Seja Melhor Assim (L'espion, The Defector, Alemanha, França, 1966) Direção: Raoul Lévy / Roteiro: Robert Guenette, Raoul Lévy / Elenco: Montgomery Clift, Hardy Krüger, Roddy McDowall / Sinopse: Pacato professor de física é envolvido numa complexa rede de espionagem que tenciona levar para o ocidente um renomado cientista russo bem no auge da chamada guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 21 de agosto de 2020
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
Um Favor Muito Especial
Rock Hudson começou sua carreira na Universal realizando alguns filmes de western e de guerra, mas encontrou seu caminho mesmo ao estrelar vários dramas, em especial os dirigidos por Douglas Sirk, em que interpretava geralmente galãs românticos e idealistas. No final da década de 1950 Rock acabou encontrando outro filão para os seus filmes, a das comédias românticas. Depois do enorme sucesso de “Confidências à Meia Noite”, “Volta Meu Amor” e “Não Me Mande Flores”, todos ao lado da cantora e atriz Doris Day, Rock percebeu que havia ali um público sempre interessado em vê-lo nesse tipo de produção. Assim Rock começou a aparecer em uma sucessão de filmes que seguiam essa mesma fórmula. Aliás quantas vezes um ator pode repetir o mesmo papel em filmes diferentes? Bom, Rock Hudson provou que muitas vezes. Esse "Um Favor Muito Especial" é praticamente um remake de seu maior sucesso, "Confidências à Meia Noite". O argumento é basicamente o mesmo: Playboy mulherengo tenta conquistar uma mulher bem sucedida profissionalmente que não se importa em se casar ou ter filhos. Para isso ele finge ser uma outra pessoa para ganhar sua simpatia e confiança.
Aqui no caso Rock finge ser um paciente pois o seu alvo é uma psicóloga (interpretada pela fraca atriz Leslie Caron). O único diferencial desse para "Pillow Talk" é que aqui o romance conta com o incentivo do pai da senhorita, vivido pelo veterano ator francês Charles Boyer (sem muito o que fazer em cena). O filme não foi bem nas bilheterias, o que era relativamente fácil de se explicar pois no fundo era mais do mesmo, sendo que bem menos engraçado do que os filmes que Rock Hudson fez ao lado de Doris Day. O público provavelmente cansou de ver o mesmo filme - só que com outro título. Em decorrência Rock deixaria a Universal um ano depois do lançamento dessa produção, após seu contrato ter acabado e o estúdio não mostrar mais interesse em tê-lo sob exclusividade. Então é isso, "Um Favor Muito Especial" nada mais é do que um prato requentado só que com muito menos sabor. Não acrescentou nada na ótima filmografia de Rock Hudson.
Um Favor Muito Especial (A Very Special Favor, Estados Unidos, 1965) Direção: Michael Gordon / Roteiro: Stanley Shapiro, Nate Monaster / Elenco: Rock Hudson, Leslie Caron, Charles Boyer / Sinopse: Playboy se finge de paciente para conquistar uma psicóloga que não quer se casar e nem se envolver em um romance mais sério. Tudo realizado para atender a um favor especial do pai da senhorita que não deseja que ela se torne uma solteirona.
Pablo Aluísio.
Aqui no caso Rock finge ser um paciente pois o seu alvo é uma psicóloga (interpretada pela fraca atriz Leslie Caron). O único diferencial desse para "Pillow Talk" é que aqui o romance conta com o incentivo do pai da senhorita, vivido pelo veterano ator francês Charles Boyer (sem muito o que fazer em cena). O filme não foi bem nas bilheterias, o que era relativamente fácil de se explicar pois no fundo era mais do mesmo, sendo que bem menos engraçado do que os filmes que Rock Hudson fez ao lado de Doris Day. O público provavelmente cansou de ver o mesmo filme - só que com outro título. Em decorrência Rock deixaria a Universal um ano depois do lançamento dessa produção, após seu contrato ter acabado e o estúdio não mostrar mais interesse em tê-lo sob exclusividade. Então é isso, "Um Favor Muito Especial" nada mais é do que um prato requentado só que com muito menos sabor. Não acrescentou nada na ótima filmografia de Rock Hudson.
Um Favor Muito Especial (A Very Special Favor, Estados Unidos, 1965) Direção: Michael Gordon / Roteiro: Stanley Shapiro, Nate Monaster / Elenco: Rock Hudson, Leslie Caron, Charles Boyer / Sinopse: Playboy se finge de paciente para conquistar uma psicóloga que não quer se casar e nem se envolver em um romance mais sério. Tudo realizado para atender a um favor especial do pai da senhorita que não deseja que ela se torne uma solteirona.
Pablo Aluísio.
Boeing Boeing
Você gosta de Jerry Lewis? Muito bem, aqui está um filme menos conhecido dele. Uma produção que pouca gente assistiu, mesmo na época de seu lançamento original. O curioso é que o diretor Quentin Tarantino afirmou em uma entrevista que esse era um de seus filmes preferidos. Realmente só vendo o filme para entender a razão. "Boeing Boeing" é totalmente apoiado em diálogos e em situações inusitadas. Não há como negar também sua origem teatral. O filme é quase todo passado dentro do apartamento de Bernard (Tony Curtis), um jornalista que é noivo ao mesmo tempo de três aeromoças (uma francesa, uma inglesa e uma alemã). Assim ele tenta organizar sua agenda de forma que quando está com uma delas, as outras estejam viajando pelo mundo. Não é difícil descobrir que o filme vai se apoiar na confusão que surge quando as três garotas chegam ao mesmo tempo em seu apartamento. A peça original escrita por Marc Camoletti teve inúmeras adaptações e montagens, inclusive no Brasil, e serve como boa amostra de um humor mais refinado, que ficou muito em voga na década de 1960.
Uma das coisas mais curiosas desse filme é a presença de Jerry Lewis. Aqui ele deixa seus personagens amalucados de lado para interpretar um jornalista amigo de Curtis que, sem querer, acaba parando no meio da confusão ao se hospedar no apartamento do amigo. Seu personagem, repito, é de um sujeito normal. Não aquele tipo mais idiota e exagerado dos outros filmes de Lewis. Penso inclusive que esse filme não fez muito sucesso justamente por essa razão. Os fãs de Jerry Lewis sempre adoravam vê-lo naquele personagem meio débil mental, que aprontava muito nas comédias mais tradicionais de sua linha. Ele inclusive traz para o filme aquele jeitão de ser de seu antigo parceiro Dean Martin. Ver Jerry interpretando um cara normal, com cigarro na mão, fazendo charme, bem mais sóbrio, não atraía o grande público. E isso ficou provado aqui, com a morna bilheteria que o filme alcançou.
O roteiro se baseia nas diversas situações envolvendo a confusão dos muitos encontros e desencontros entre o personagem de Tony Curtis e suas namoradas. Outro destaque do elenco que não poderia deixar passar em branco é a presença muito carismática de Thelma Ritter no papel de Bertha, a empregada de Tony Curtis, que se vê quase enlouquecida no meio do troca-troca de noivas, pois quando uma vai, a outra vem. O filme poderia até ser mais enxuto, pois um corte de uns bons 20 minutos ajudaria muito em seu ritmo, mas do jeito que está não ficou mal. O roteiro é esperto e ágil e não decepciona aos que gostam de peças teatrais de humor. Arrisque e veja "Boeing Boeing", você certamente terá bons momentos de humor.
Boeing Boeing (Boeing 707 Boeing 707, Estados Unidos, 1965) Direção: John Rich / Roteiro: Edward Anhalt, baseado na peça de Marc Camoletti / Elenco:Tony Curtis, Jerry Lewis, Dany Saval, Thelma Ritter, Suzanna Leigh, Christiane Schmidtmer / Sinopse: Jornalista playboy (Tony Curtis) namora três aeromoças ao mesmo tempo. Contando com o fato de que sempre duas delas estão viajando enquanto ele se encontra com a terceira, seus planos vão por água abaixo quando de repente as três aparecem ao mesmo tempo em seu apartamento.
Pablo Aluísio.
Uma das coisas mais curiosas desse filme é a presença de Jerry Lewis. Aqui ele deixa seus personagens amalucados de lado para interpretar um jornalista amigo de Curtis que, sem querer, acaba parando no meio da confusão ao se hospedar no apartamento do amigo. Seu personagem, repito, é de um sujeito normal. Não aquele tipo mais idiota e exagerado dos outros filmes de Lewis. Penso inclusive que esse filme não fez muito sucesso justamente por essa razão. Os fãs de Jerry Lewis sempre adoravam vê-lo naquele personagem meio débil mental, que aprontava muito nas comédias mais tradicionais de sua linha. Ele inclusive traz para o filme aquele jeitão de ser de seu antigo parceiro Dean Martin. Ver Jerry interpretando um cara normal, com cigarro na mão, fazendo charme, bem mais sóbrio, não atraía o grande público. E isso ficou provado aqui, com a morna bilheteria que o filme alcançou.
O roteiro se baseia nas diversas situações envolvendo a confusão dos muitos encontros e desencontros entre o personagem de Tony Curtis e suas namoradas. Outro destaque do elenco que não poderia deixar passar em branco é a presença muito carismática de Thelma Ritter no papel de Bertha, a empregada de Tony Curtis, que se vê quase enlouquecida no meio do troca-troca de noivas, pois quando uma vai, a outra vem. O filme poderia até ser mais enxuto, pois um corte de uns bons 20 minutos ajudaria muito em seu ritmo, mas do jeito que está não ficou mal. O roteiro é esperto e ágil e não decepciona aos que gostam de peças teatrais de humor. Arrisque e veja "Boeing Boeing", você certamente terá bons momentos de humor.
Boeing Boeing (Boeing 707 Boeing 707, Estados Unidos, 1965) Direção: John Rich / Roteiro: Edward Anhalt, baseado na peça de Marc Camoletti / Elenco:Tony Curtis, Jerry Lewis, Dany Saval, Thelma Ritter, Suzanna Leigh, Christiane Schmidtmer / Sinopse: Jornalista playboy (Tony Curtis) namora três aeromoças ao mesmo tempo. Contando com o fato de que sempre duas delas estão viajando enquanto ele se encontra com a terceira, seus planos vão por água abaixo quando de repente as três aparecem ao mesmo tempo em seu apartamento.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
Afundem o Bismarck
Dentro dos planos de dominar completamente a Europa pelo mar, o ditador nazista Adolf Hitler acreditava que era essencial ter a maior e a mais poderosa marinha da II Guerra Mundial. Para isso o líder alemão mandou construir aquele que foi o maior navio de sua esquadra naval. Se tratava do encouraçado Bismarck, um máquina militar jamais vista nos oceanos até aquele momento. A intenção da marinha alemã era dominar o Atlântico Norte, sufocando assim a Inglaterra que por tratar-se de uma ilha ficaria completamente isolada do resto do mundo. A Alemanha já vinha tendo sucesso com seus submarinos, que afundavam qualquer navio que fosse para os portos ingleses, mas era essencial ter também um navio de guerra que funcionasse como líder de toda a marinha do III Reich.
Por essa razão assim que o poderoso Bismarck deixou os portos rumo ao mar aberto, a Real Marinha Britânica colocou imediatamente uma frota em seu encalço. Como o próprio nome do filme sugere a ordem era simples e direta: “Afundem o Bismarck!” Em jogo havia a dominação dos mares europeus em plena Segunda Guerra Mundial. É justamente nisso que o roteiro dessa produção se concentra – na história da caça e enfrentamento da jóia da marinha nazista, com ordens diretas de afundar o Bismarck, antes que ele pudesse dominar todo o cenário da guerra no Oceano Atlântico. Assim foram enviados em direção ao confronto direto com o Bismarck, três navios de guerra da Marinha Real: HMS Prince of Wales, HMS Hood e HMS King George V. O confronto que se seguiu quando esses navios se encontraram com o Bismarck entrou definitivamente para os livros de história como uma das maiores batalhas navais de toda a história.
Uma das primeiras coisas que me chamaram a atenção nesse clássico filme de guerra é sua recriação extremamente fiel dos fatos reais. O tom é praticamente de um documentário, mostrando momento a momento cada detalhe do conflito, tudo realizado com extrema fidelidade. De certa maneira o filme é quase um documentário, mas não chega a ser enquadrado inteiramente nessa categoria porque sua estrutura narrativa tem como elementos principais as cenas envolvendo atores e a dramatização típica de um filme de guerra da época. Porém os personagens são desenvolvidos apenas até um certo ponto. O importante mesmo do roteiro é mostrar o combate naval entre o Bismarck e os navios ingleses em alto-mar. Essas máquinas de guerra, ao final, são os grandes personagens do filme, sendo obviamente o próprio Bismarck a grande estrela do show. Por essa razão, se você gosta e aprecia a história militar da Segunda Grande Guerra Mundial, esse filme chamado “Afundem o Bismarck” é claramente uma das melhores opções do cinema clássico. Merecia inclusive um remake, com a tecnologia dos dias atuais. De qualquer forma esse filme de guerra é realmente um precioso resgate de todos os acontecimentos históricos da época.
Afundem o Bismarck (Sink the Bismarck!, Estados Unidos, 1960) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Edmund H. North baseado no livro de C.S. Forester / Elenco: Kenneth More, Dana Wynter, Carl Möhner / Sinopse: A Marinha Real Britânica parte em um missão extremamente arriscada e perigosa: afundar o poderoso encouraçado alemão Bismarck, o mais poderoso navio de guerra da Alemanha Nazista. Filme indicado aos prêmios cinematográficos Directors Guild of America e Laurel Awards.
Pablo Aluísio.
Por essa razão assim que o poderoso Bismarck deixou os portos rumo ao mar aberto, a Real Marinha Britânica colocou imediatamente uma frota em seu encalço. Como o próprio nome do filme sugere a ordem era simples e direta: “Afundem o Bismarck!” Em jogo havia a dominação dos mares europeus em plena Segunda Guerra Mundial. É justamente nisso que o roteiro dessa produção se concentra – na história da caça e enfrentamento da jóia da marinha nazista, com ordens diretas de afundar o Bismarck, antes que ele pudesse dominar todo o cenário da guerra no Oceano Atlântico. Assim foram enviados em direção ao confronto direto com o Bismarck, três navios de guerra da Marinha Real: HMS Prince of Wales, HMS Hood e HMS King George V. O confronto que se seguiu quando esses navios se encontraram com o Bismarck entrou definitivamente para os livros de história como uma das maiores batalhas navais de toda a história.
Uma das primeiras coisas que me chamaram a atenção nesse clássico filme de guerra é sua recriação extremamente fiel dos fatos reais. O tom é praticamente de um documentário, mostrando momento a momento cada detalhe do conflito, tudo realizado com extrema fidelidade. De certa maneira o filme é quase um documentário, mas não chega a ser enquadrado inteiramente nessa categoria porque sua estrutura narrativa tem como elementos principais as cenas envolvendo atores e a dramatização típica de um filme de guerra da época. Porém os personagens são desenvolvidos apenas até um certo ponto. O importante mesmo do roteiro é mostrar o combate naval entre o Bismarck e os navios ingleses em alto-mar. Essas máquinas de guerra, ao final, são os grandes personagens do filme, sendo obviamente o próprio Bismarck a grande estrela do show. Por essa razão, se você gosta e aprecia a história militar da Segunda Grande Guerra Mundial, esse filme chamado “Afundem o Bismarck” é claramente uma das melhores opções do cinema clássico. Merecia inclusive um remake, com a tecnologia dos dias atuais. De qualquer forma esse filme de guerra é realmente um precioso resgate de todos os acontecimentos históricos da época.
Afundem o Bismarck (Sink the Bismarck!, Estados Unidos, 1960) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Edmund H. North baseado no livro de C.S. Forester / Elenco: Kenneth More, Dana Wynter, Carl Möhner / Sinopse: A Marinha Real Britânica parte em um missão extremamente arriscada e perigosa: afundar o poderoso encouraçado alemão Bismarck, o mais poderoso navio de guerra da Alemanha Nazista. Filme indicado aos prêmios cinematográficos Directors Guild of America e Laurel Awards.
Pablo Aluísio.
Lanceiros da Índia
Título no Brasil: Lanceiros da Índia
Título Original: The Lives of a Bengal Lancer
Ano de Produção: 1935
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Grover Jones
Elenco: Gary Cooper, Franchot Tone, Richard Cromwell, Guy Standing, C. Aubrey Smith, Kathleen Burke
Sinopse:
Baseado no romance histórico escrito por Francis Yeats-Brown, o filme "Lanceiros da Ìndia" conta a história do militar inglês Alan McGregor (Gary Cooper). Durante a ocupação colonial britânica na região, ele é enviado para um posto distante da fronteira, onde acaba participando de uma campanha contra os rebeldes locais.
Comentários:
Lançado na agora distante década de 1930, esse filme quase centenário não negava em nada suas origens. A mentalidade, tanto do livro original, como do roteiro em que foi baseado, era claramente a favor do colonialismo de europeus em terras distantes. No caso o povo indiano estava sob domínio do colonizador inglês e qualquer atividade que fosse contra essa política era vista como algo bárbaro que deveria ser reprimida com força bruta. Claro, hoje em dia não haveria mais como produzir um filme com essa proposta. De qualquer forma o espectador da atualidade deve tentar passar por cima disso para apreciar a boa aventura que se desencadeia na tela. O astro Gary Cooper convence plenamente como inglês, embora ele fosse o mais americano dos atores da época. Seu figurino também chama bastante a atenção. Quando o filme foi lançado os críticos de então disseram que era uma maneira de reviver o galã falecido Rodolfo Valentino. E de fato Cooper está mesmo parecido com o mito do cinema mudo. Só não espere o mesmo charme e elegância, já que Cooper estava mais para caipira do interior dos Estados Unidos do que para estrangeiro exótico e conquistador latino. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor assistência de direção. Também indicado ao prêmio nas categorias de melhor filme, direção e roteiro.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Lives of a Bengal Lancer
Ano de Produção: 1935
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Grover Jones
Elenco: Gary Cooper, Franchot Tone, Richard Cromwell, Guy Standing, C. Aubrey Smith, Kathleen Burke
Sinopse:
Baseado no romance histórico escrito por Francis Yeats-Brown, o filme "Lanceiros da Ìndia" conta a história do militar inglês Alan McGregor (Gary Cooper). Durante a ocupação colonial britânica na região, ele é enviado para um posto distante da fronteira, onde acaba participando de uma campanha contra os rebeldes locais.
Comentários:
Lançado na agora distante década de 1930, esse filme quase centenário não negava em nada suas origens. A mentalidade, tanto do livro original, como do roteiro em que foi baseado, era claramente a favor do colonialismo de europeus em terras distantes. No caso o povo indiano estava sob domínio do colonizador inglês e qualquer atividade que fosse contra essa política era vista como algo bárbaro que deveria ser reprimida com força bruta. Claro, hoje em dia não haveria mais como produzir um filme com essa proposta. De qualquer forma o espectador da atualidade deve tentar passar por cima disso para apreciar a boa aventura que se desencadeia na tela. O astro Gary Cooper convence plenamente como inglês, embora ele fosse o mais americano dos atores da época. Seu figurino também chama bastante a atenção. Quando o filme foi lançado os críticos de então disseram que era uma maneira de reviver o galã falecido Rodolfo Valentino. E de fato Cooper está mesmo parecido com o mito do cinema mudo. Só não espere o mesmo charme e elegância, já que Cooper estava mais para caipira do interior dos Estados Unidos do que para estrangeiro exótico e conquistador latino. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor assistência de direção. Também indicado ao prêmio nas categorias de melhor filme, direção e roteiro.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 18 de agosto de 2020
Espírito Jovem
Nesse filme a atriz Elle Fanning interpreta uma garota, moradora da ilha de Wight, que decide se inscrever em um grande concurso televisivo, ao estilo The Voice, onde será escolhido o melhor talento jovem da Grã-Bretanha. A vida dela é dura, estudando pela manhã e trabalhando de tarde e à noite em um bar da sua cidade, como garçonete. No fim do expediente sempre procura um espaço para se apresentar no palco do lugar, mesmo que seja somente assistida por um pequeno grupo de homens solitários e geralmente embriagados. O programa pode ser um recomeço na sua vida, ainda mais depois que se associa a um veterano cantor de ópera que acredita em seu talento.
Pelo visto Elle Fanning também tem um sonho de se tornar popstar. Não é incomum em Hollywood atores e atrizes que também almejam sucesso no mundo musical. Raramente conseguem alguma coisa. Vide Johnny Depp. Nesse filme, para mostrar serviço, a Elle cantou todas as músicas, ao vivo, segundo o diretor. Ao assistir ao filme vemos que não foi bem assim. A maioria das músicas cantadas por ela no palco são puro playback. E a trilha sonora não ajuda em nada. São inofensivas canções pop com os mais rasos clichês musicais do cenário adolescente que você possa imaginar. Ela tem uma voz muito limitada, o que piora ainda mais o quadro geral. Melhor ficar apenas no cinema, onde ela se dá bem.
O roteiro do filme também se mostra tão sem energia quanto a trilha sonora apresentada. A história é bem água com açúcar, sem carga dramática para justiricar maior interesse. Há um erro ao mostrar as vencedoras desses concursos de televisão como futuras rainhas popstar. No mundo real isso não acontece. Raramente uma vencedora desse tipo de programa se firma no cenário musical. São raras vezes. O que realmente acontece é que esses artistas vencedores são logo esquecidos, sendo substituídos pelos novos "astros do amanhã" da temporada seguinte. A máquina de moer artistas pop na atualidade é mais do que afiada. Todos são descartáveis.
Espírito Jovem (Teen Spirit, Inglaterra, 2018) Direção: Max Minghella / Roteiro: Max Minghella / Elenco: Elle Fanning, Agnieszka Grochowska, Archie Madekwe, Zlatko Buric / Sinopse: Jovem garota britânica se inscreve em um programa chamado Teen Spirit na TV Inglesa que vai escolher o melhor talento jovem do país. Seu sonho é se tornar uma nova popstar, cantora de sucesso entre os adolescentes.
Pablo Aluísio.
Pelo visto Elle Fanning também tem um sonho de se tornar popstar. Não é incomum em Hollywood atores e atrizes que também almejam sucesso no mundo musical. Raramente conseguem alguma coisa. Vide Johnny Depp. Nesse filme, para mostrar serviço, a Elle cantou todas as músicas, ao vivo, segundo o diretor. Ao assistir ao filme vemos que não foi bem assim. A maioria das músicas cantadas por ela no palco são puro playback. E a trilha sonora não ajuda em nada. São inofensivas canções pop com os mais rasos clichês musicais do cenário adolescente que você possa imaginar. Ela tem uma voz muito limitada, o que piora ainda mais o quadro geral. Melhor ficar apenas no cinema, onde ela se dá bem.
O roteiro do filme também se mostra tão sem energia quanto a trilha sonora apresentada. A história é bem água com açúcar, sem carga dramática para justiricar maior interesse. Há um erro ao mostrar as vencedoras desses concursos de televisão como futuras rainhas popstar. No mundo real isso não acontece. Raramente uma vencedora desse tipo de programa se firma no cenário musical. São raras vezes. O que realmente acontece é que esses artistas vencedores são logo esquecidos, sendo substituídos pelos novos "astros do amanhã" da temporada seguinte. A máquina de moer artistas pop na atualidade é mais do que afiada. Todos são descartáveis.
Espírito Jovem (Teen Spirit, Inglaterra, 2018) Direção: Max Minghella / Roteiro: Max Minghella / Elenco: Elle Fanning, Agnieszka Grochowska, Archie Madekwe, Zlatko Buric / Sinopse: Jovem garota britânica se inscreve em um programa chamado Teen Spirit na TV Inglesa que vai escolher o melhor talento jovem do país. Seu sonho é se tornar uma nova popstar, cantora de sucesso entre os adolescentes.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
Meu Terror em Amityville
Título no Brasil: Meu Terror em Amityville
Título Original: My Amityville Horror
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Film Regions International (FRI)
Direção: Eric Walter
Roteiro: Eric Walter
Elenco: Daniel Lutz, Lorraine Warren, Susan Bartell, Laura DiDio, Marvin Scott, George Lutz
Sinopse:
Documentário que conta com depoimentos das pessoas que viveram e presenciaram os estranhos fenômenos paranormais ocorridos na casa da Ocean Drive, em Amityville. Daniel Lutz, que na época dos eventos tinha apenas 10 anos de idade, relembra tudo o que vivenciou em 1974 e as marcas psicológicas que tudo aquilo acabou trazendo para sua vida.
Comentários:
Eu gostei muito desse documentário que foi atrás das pessoas reais que estiveram naquela casa em Amityville durante a década de 1970. Depois do massacre da família DeFeo naquela casa, uma nova família se mudou para lá, os Lutz. Não demorou muito e estranhos eventos começaram a surgir dentro da casa. Danny Lutz era um garoto de 10 anos de idade. Ele vivia com o padrasto George Lutz, após esse se casar com sua mãe Kathy. George um sujeito autoritário, nada amigável, nervoso ao extremo, que mexia com ocultismo, fato revelado pela primeira vez aqui nesse filme. Depois que a família Lutz se mudou para aquele lugar começou um verdadeiro pandemônio entre suas paredes. Os acontecimentos iriam dar origem ao livro "Horror em Amityville" e depois a um filme de terror de sucesso em Hollywood. O primeiro de muitos, é bom dizer. Mas o que realmente aconteceu? Qual foi a verdade por trás daqueles produtos comerciais? A casa era realmente infestada de demônios? Hoje um homem na faixa dos 50 anos, Danny Lutz traz revelações sobre aquela época. E de quebra ainda faz uma visita na casa de Lorraine Warren, que esteve à frente, durante aquelas supostas manifestações demoníacas. Ela passa muita sinceridade em seu breve momento no filme. A única coisa a se lamentar é que os outros irmãos Lutz não quiseram participar desse documentário. Ao que parece o trauma psicológico foi tão grande que eles querem mesmo é manter distância de todas aquelas histórias de fantasmas.
Pablo Aluísio.
Título Original: My Amityville Horror
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Film Regions International (FRI)
Direção: Eric Walter
Roteiro: Eric Walter
Elenco: Daniel Lutz, Lorraine Warren, Susan Bartell, Laura DiDio, Marvin Scott, George Lutz
Sinopse:
Documentário que conta com depoimentos das pessoas que viveram e presenciaram os estranhos fenômenos paranormais ocorridos na casa da Ocean Drive, em Amityville. Daniel Lutz, que na época dos eventos tinha apenas 10 anos de idade, relembra tudo o que vivenciou em 1974 e as marcas psicológicas que tudo aquilo acabou trazendo para sua vida.
Comentários:
Eu gostei muito desse documentário que foi atrás das pessoas reais que estiveram naquela casa em Amityville durante a década de 1970. Depois do massacre da família DeFeo naquela casa, uma nova família se mudou para lá, os Lutz. Não demorou muito e estranhos eventos começaram a surgir dentro da casa. Danny Lutz era um garoto de 10 anos de idade. Ele vivia com o padrasto George Lutz, após esse se casar com sua mãe Kathy. George um sujeito autoritário, nada amigável, nervoso ao extremo, que mexia com ocultismo, fato revelado pela primeira vez aqui nesse filme. Depois que a família Lutz se mudou para aquele lugar começou um verdadeiro pandemônio entre suas paredes. Os acontecimentos iriam dar origem ao livro "Horror em Amityville" e depois a um filme de terror de sucesso em Hollywood. O primeiro de muitos, é bom dizer. Mas o que realmente aconteceu? Qual foi a verdade por trás daqueles produtos comerciais? A casa era realmente infestada de demônios? Hoje um homem na faixa dos 50 anos, Danny Lutz traz revelações sobre aquela época. E de quebra ainda faz uma visita na casa de Lorraine Warren, que esteve à frente, durante aquelas supostas manifestações demoníacas. Ela passa muita sinceridade em seu breve momento no filme. A única coisa a se lamentar é que os outros irmãos Lutz não quiseram participar desse documentário. Ao que parece o trauma psicológico foi tão grande que eles querem mesmo é manter distância de todas aquelas histórias de fantasmas.
Pablo Aluísio.
13 Fantasmas
Essa companhia cinematográfica, a Dark Castle Entertainment, surgiu mais ou menos nessa época mesmo, uma empresa especializada em filmes de terror. Nenhum deles infelizmente chegou a ser memorável, talvez porque a Dark Castle tenha optado por fazer filmes em filosofia de linha de montagem industrial, sem muita preocupação em colocar no mercado filmes realmente bons. Esse aqui cheguei a ver no cinema, numa época em que ainda não conhecia muito bem essa produtora. Fruto do desconhecimento. Acabei me arrependendo,
Na verdade esse filme é um remake. A questão é que nem o filme original (dos anos 60) era grande coisa. Era apenas uma desculpa para mostrar os efeitos especiais (jurássicos em vista do tempo) nas telas de cinema. Filme de Drive-in. Nada demais. O roteiro e a trama continuam os mesmos. Um sobrinho recebe a herança de seu tio, um sujeito estranho. Quando ele chega na mansão que herdou descobre que o lugar está assombrado por 13 almas penadas. E isso é tudo. Diante de um roteiro tão vazio e fraco só sobra a exploração de muita computação gráfica para manter o interesse, sem muito sucesso. Tem outro filme da Dark Castle chamado "Navio Fantasma" que foi lançado na mesma época nos cinemas brasileiros. Outra bomba. melhor deixar pra lá.
13 Fantasmas (Thir13en Ghosts, Estados Unidos, 2001) Direção: Steve Beck / Roteiro: Robb White, Neal Marshall Stevens / Elenco: Tony Shalhoub, Shannon Elizabeth, Embeth Davidtz / Sinopse: Sobrinho herda do tio, um sujeito esquisitão, uma velha mansão no alto da colina. O lugar foi palco de ocultismo no passado, onde foram aprisionados treze almas atormentadas. Ao ir morar no local com sua família o herdeiro descobre que agora é dono de uma casa mal assombrada.
Pablo Aluísio.
Na verdade esse filme é um remake. A questão é que nem o filme original (dos anos 60) era grande coisa. Era apenas uma desculpa para mostrar os efeitos especiais (jurássicos em vista do tempo) nas telas de cinema. Filme de Drive-in. Nada demais. O roteiro e a trama continuam os mesmos. Um sobrinho recebe a herança de seu tio, um sujeito estranho. Quando ele chega na mansão que herdou descobre que o lugar está assombrado por 13 almas penadas. E isso é tudo. Diante de um roteiro tão vazio e fraco só sobra a exploração de muita computação gráfica para manter o interesse, sem muito sucesso. Tem outro filme da Dark Castle chamado "Navio Fantasma" que foi lançado na mesma época nos cinemas brasileiros. Outra bomba. melhor deixar pra lá.
13 Fantasmas (Thir13en Ghosts, Estados Unidos, 2001) Direção: Steve Beck / Roteiro: Robb White, Neal Marshall Stevens / Elenco: Tony Shalhoub, Shannon Elizabeth, Embeth Davidtz / Sinopse: Sobrinho herda do tio, um sujeito esquisitão, uma velha mansão no alto da colina. O lugar foi palco de ocultismo no passado, onde foram aprisionados treze almas atormentadas. Ao ir morar no local com sua família o herdeiro descobre que agora é dono de uma casa mal assombrada.
Pablo Aluísio.
domingo, 16 de agosto de 2020
Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu 2
Título no Brasil: Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu 2
Título Original: Airplane II - The Sequel
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ken Finkleman
Roteiro: Ken Finkleman
Elenco: Robert Hays, William Shatner, Julie Hagerty, Lloyd Bridges, Chuck Connors, Peter Graves
Sinopse:
Um computador com defeito faz com que um ônibus espacial de passageiros vá direto para o sol. Será que Ted Striker conseguirá salvar o dia e colocar o ônibus espacial de volta nos trilhos - de novo? Sequência do sucesso "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu".
Comentários:
Se o primeiro filme fez tanto sucesso, por que não fazer uma sequência? A Paramount Pictures porém fez modificações. A mais sentida pelos fãs do filme original foi a saída do trio ZAZ, que havia roteirizado e dirigido o filme anterior. Além disso houve mudanças no elenco e em grande parte da equipe técnica. Muitos acreditaram que com tantas mudanças essa parte 2 iria afundar... mas não, devo dizer que essa continuação é tão engraçada quanto a parte 1. Aqui o escracho pareceu ser maior, onde outros filmes, além da franquia "Aeroporto" também foram satirizados. Além disso a modificação de um avião comercial de carreira por um ônibus espacial só demonstrava bem o tamanho da chacota. E como cereja do bolo havia ainda uma participação muito divertida do ator William Shatner. O ator que havia ficado marcado para sempre como o Capitão Kirk da série clássica de "Jornada nas Estrelas" demonstrava que também tinha talento para o humor. Enfim, uma comédia muito divertida, uma das melhores dos anos 80.
Pablo Aluísio.
Título Original: Airplane II - The Sequel
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ken Finkleman
Roteiro: Ken Finkleman
Elenco: Robert Hays, William Shatner, Julie Hagerty, Lloyd Bridges, Chuck Connors, Peter Graves
Sinopse:
Um computador com defeito faz com que um ônibus espacial de passageiros vá direto para o sol. Será que Ted Striker conseguirá salvar o dia e colocar o ônibus espacial de volta nos trilhos - de novo? Sequência do sucesso "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu".
Comentários:
Se o primeiro filme fez tanto sucesso, por que não fazer uma sequência? A Paramount Pictures porém fez modificações. A mais sentida pelos fãs do filme original foi a saída do trio ZAZ, que havia roteirizado e dirigido o filme anterior. Além disso houve mudanças no elenco e em grande parte da equipe técnica. Muitos acreditaram que com tantas mudanças essa parte 2 iria afundar... mas não, devo dizer que essa continuação é tão engraçada quanto a parte 1. Aqui o escracho pareceu ser maior, onde outros filmes, além da franquia "Aeroporto" também foram satirizados. Além disso a modificação de um avião comercial de carreira por um ônibus espacial só demonstrava bem o tamanho da chacota. E como cereja do bolo havia ainda uma participação muito divertida do ator William Shatner. O ator que havia ficado marcado para sempre como o Capitão Kirk da série clássica de "Jornada nas Estrelas" demonstrava que também tinha talento para o humor. Enfim, uma comédia muito divertida, uma das melhores dos anos 80.
Pablo Aluísio.
Loucademia de Polícia 4
Título no Brasil: Loucademia de Polícia 4 - O Cidadão se Defende
Título Original: Police Academy 4 - Citizens on Patrol
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jim Drake
Roteiro: Neal Israel, Pat Proft
Elenco: Steve Guttenberg, Bubba Smith, Sharon Stone, Michael Winslow, David Graf, Tim Kazurinsky,
Sinopse:
Os graduados desajustados da Loucademia de Polícia (do filme original de 1984) agora são designados para treinar um grupo de voluntários civis para combater o crime, que está mais uma vez atormentando as ruas.
Comentários:
Quando o roteirista Neal Israel apresentou o primeiro roteiro dessa franquia para os executivos da Warner todos se perguntaram se ainda haveria interesse do público nesse tipo de humor tão antigo. Pois é, se formos puxar o fio da meada esse estilo de fazer comédia vai parar lá no começo do século XX, ainda nos tempos de Charles Chaplin. Basta lembrar dos filmes mudos com os Keystone Cops. De qualquer forma a Warner decidiu arriscar e acertou em cheio. O primeiro filme foi um grande sucesso comercial, tanto que a franquia seguiu em frente, com vários filmes, todos bem lucrativos. Esse aqui foi o quarto da linhagem. O ator Steve Guttenberg já estava querendo pular fora do barco, mas não conseguiu dizer não para o ótimo cachê que o estúdio lhe ofereceu. No elenco ainda havia Sharon Stone, no começo de sua carreira e mais bonita do que nunca! E o roteiro seguiu bem na linha dos anteriores, afinal em time que se está ganhando não se mexe. Assim tudo segue na mesma direção, com esse elenco formado por comediantes e humoristas bem talentosos. Afinal de contas se não fossem não haveria tanta receptividade do público. Assim se você curtia os filmes "Police Academy" pode ver esse sem receios. O riso e a diversão são novamente garantidos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Police Academy 4 - Citizens on Patrol
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jim Drake
Roteiro: Neal Israel, Pat Proft
Elenco: Steve Guttenberg, Bubba Smith, Sharon Stone, Michael Winslow, David Graf, Tim Kazurinsky,
Sinopse:
Os graduados desajustados da Loucademia de Polícia (do filme original de 1984) agora são designados para treinar um grupo de voluntários civis para combater o crime, que está mais uma vez atormentando as ruas.
Comentários:
Quando o roteirista Neal Israel apresentou o primeiro roteiro dessa franquia para os executivos da Warner todos se perguntaram se ainda haveria interesse do público nesse tipo de humor tão antigo. Pois é, se formos puxar o fio da meada esse estilo de fazer comédia vai parar lá no começo do século XX, ainda nos tempos de Charles Chaplin. Basta lembrar dos filmes mudos com os Keystone Cops. De qualquer forma a Warner decidiu arriscar e acertou em cheio. O primeiro filme foi um grande sucesso comercial, tanto que a franquia seguiu em frente, com vários filmes, todos bem lucrativos. Esse aqui foi o quarto da linhagem. O ator Steve Guttenberg já estava querendo pular fora do barco, mas não conseguiu dizer não para o ótimo cachê que o estúdio lhe ofereceu. No elenco ainda havia Sharon Stone, no começo de sua carreira e mais bonita do que nunca! E o roteiro seguiu bem na linha dos anteriores, afinal em time que se está ganhando não se mexe. Assim tudo segue na mesma direção, com esse elenco formado por comediantes e humoristas bem talentosos. Afinal de contas se não fossem não haveria tanta receptividade do público. Assim se você curtia os filmes "Police Academy" pode ver esse sem receios. O riso e a diversão são novamente garantidos.
Pablo Aluísio.
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