quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Afundem o Bismarck

Dentro dos planos de dominar completamente a Europa pelo mar, o ditador nazista Adolf Hitler acreditava que era essencial ter a maior e a mais poderosa marinha da II Guerra Mundial. Para isso o líder alemão mandou construir aquele que foi o maior navio de sua esquadra naval. Se tratava do encouraçado Bismarck, um máquina militar jamais vista nos oceanos até aquele momento. A intenção da marinha alemã era dominar o Atlântico Norte, sufocando assim a Inglaterra que por tratar-se de uma ilha ficaria completamente isolada do resto do mundo. A Alemanha já vinha tendo sucesso com seus submarinos, que afundavam qualquer navio que fosse para os portos ingleses, mas era essencial ter também um navio de guerra que funcionasse como líder de toda a marinha do III Reich.

Por essa razão assim que o poderoso Bismarck deixou os portos rumo ao mar aberto, a Real Marinha Britânica colocou imediatamente uma frota em seu encalço. Como o próprio nome do filme sugere a ordem era simples e direta: “Afundem o Bismarck!” Em jogo havia a dominação dos mares europeus em plena Segunda Guerra Mundial. É justamente nisso que o roteiro dessa produção se concentra – na história da caça e enfrentamento da jóia da marinha nazista, com ordens diretas de afundar o Bismarck, antes que ele pudesse dominar todo o cenário da guerra no Oceano Atlântico. Assim foram enviados em direção ao confronto direto com o Bismarck, três navios de guerra da Marinha Real: HMS Prince of Wales, HMS Hood e HMS King George V. O confronto que se seguiu quando esses navios se encontraram com o Bismarck entrou definitivamente para os livros de história como uma das maiores batalhas navais de toda a história.

Uma das primeiras coisas que me chamaram a atenção nesse clássico filme de guerra é sua recriação extremamente fiel dos fatos reais. O tom é praticamente de um documentário, mostrando momento a momento cada detalhe do conflito, tudo realizado com extrema fidelidade. De certa maneira o filme é quase um documentário, mas não chega a ser enquadrado inteiramente nessa categoria porque sua estrutura narrativa tem como elementos principais as cenas envolvendo atores e a dramatização típica de um filme de guerra da época. Porém os personagens são desenvolvidos apenas até um certo ponto. O importante mesmo do roteiro é mostrar o combate naval entre o Bismarck e os navios ingleses em alto-mar. Essas máquinas de guerra, ao final, são os grandes personagens do filme, sendo obviamente o próprio Bismarck a grande estrela do show. Por essa razão, se você gosta e aprecia a história militar da Segunda Grande Guerra Mundial, esse filme chamado  “Afundem o Bismarck” é claramente uma das melhores opções do cinema clássico. Merecia inclusive um remake, com a tecnologia dos dias atuais. De qualquer forma esse filme de guerra é realmente um precioso resgate de todos os acontecimentos históricos da época.

Afundem o Bismarck (Sink the Bismarck!, Estados Unidos, 1960) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Edmund H. North baseado no livro de C.S. Forester / Elenco: Kenneth More, Dana Wynter, Carl Möhner / Sinopse: A Marinha Real Britânica parte em um missão extremamente arriscada e perigosa: afundar o poderoso encouraçado alemão Bismarck, o mais poderoso navio de guerra da Alemanha Nazista. Filme indicado aos prêmios cinematográficos Directors Guild of America e Laurel Awards.

Pablo Aluísio. 

5 comentários:

  1. Cinema Clássico
    Afundem o Bismarck
    Pablo Aluísio.

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  2. UMA DAS MELHORES PELÍCULA QUE ASSISTI, SOB SUBMARINO, ÓTIMO.

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  3. Será que ninguém reparou que esse Hitler parecia mais um vilão do James Bond com essas super máquinas pra "dominar a Europa!"? Como esse estúpido pode causar tanto sofrimento?
    Serge Renine.

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  4. Mensagem de ódio sempre ganha muitos adeptos. O próprio Hitler sabia disso e chegou a escrever sobre o assunto. Ele trazia o ódio para o povo e o povo o abraçou com fanatismo.

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  5. Comentário nada a ver com a história do filme : Dana Winter está muito sexy de terninho.

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