domingo, 17 de maio de 2020

Os 33

Título no Brasil: Os 33
Título Original: The 33
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Chile, Espanha
Estúdio: Alcon Entertainment
Direção: Patricia Riggen
Roteiro: Mikko Alanne, Craig Borten
Elenco: Antonio Banderas, Rodrigo Santoro, Gabriel Byrne, Juliette Binoche, Lou Diamond Phillips, James Brolin

Sinopse:
O filme conta uma história real ocorrida no deserto de Atacama, no Chile. Um grupo de 33 mineradores ficam presos dentro de uma mina de ouro na região. Para resgatar todos eles com vida é montada uma grande operação que vira notícia internacional de grande repercussão.

Comentários:
Um bom filme. Eu me recordo desse acontecimento porque foi bastante explorado pela imprensa internacional. Esses mineradores ficaram presos dentro de uma mina após um grande desabamento. O problema é que eles ficaram presos em um lugar que estava abaixo 200 andares da superfície. Para resgatar seria preciso uma operação realmente incrível, de complicada execução. E entre elese e a entrada da mina havia ainda uma imensa rocha, do tamanho do prédio Empire State em Nova Iorque. O elenco é muito bom contando com Antonio Banderas como um dos mineradores, Rodrigo Santoro como o representante do governo chileno na operação e Gabriel Byrne como o engenheiro-chefe que tenta superar todos os problemas técnicos para fazer chegar uma broca no lugar certo onde estavam os trabalhadores da mina. Outro destaque é a presença de Juliette Binoche como a irmã desesperada de um dos mineradores. Em conclusão, um filme bem realizado, com bom elenco e direção que resgata essa história que mobilizou tantas pessoas nessa operação de salvamento.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Madame Sousatzka

Título no Brasil: Madame Sousatzka
Título Original: Madame Sousatzka
Ano de Produção: 1988
País: Inglaterra, Canadá
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Schlesinger
Roteiro: Ruth Prawer Jhabvala
Elenco: Shirley MacLaine, Navin Chowdhry, Peggy Ashcroft, Leigh Lawson, Geoffrey Bayldon, Lee Montague

Sinopse:
Baseado no romance escrito por Bernice Rubens, o filme conta a história da professora de piano Madame Sousatzka (Shirley MacLaine). Austera, rigorosa, disciplinadora e metódica, ela encontra em um novo aluno a possibilidade de ter um grande talento em suas mãos.

Comentários:
A excelente atriz Shirley MacLaine fez muito sucesso nos anos 80 com seus livros de temas espirituais, explorando o além-vida. Ela deu uma pausa nessa sua fase de escritora de sucesso para voltar ao cinema nesse bom filme, com toques dramáticos, mas também com alguns pontuais momentos de bom humor. A personagem que ela interpreta foi um presente. Uma senhora, professora de piano por muitos anos, que mora em uma velha casa, cheia de antigos móveis da era vitoriana, com um clima de decadência pairando no ar. Sua vida sofre uma grande mudança quando ela começa a ensinar piano a um garoto de origem indiana. Ele tem um talento natural, coisa de grandes pianistas. E isso anima a veterana professora, pois ela vê a chance de formar um verdadeiro futuro mestre no mais nobre dos instrumentos musicais. A atriz foi premiada pelo Globo de Ouro por essa atuação inspirada. Só restou mesmo ao cinéfilo assistir ao filme e no final bater palmas por sua brilhante performance.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Bolden

Logo no começo do filme o público é informado de que não se sabe muitas informações sobre a vida pessoal do músico Buddy Bolden. Ele morreu em 1931, internado em uma instituição para doentes mentais em Nova Orleans, Louisiana. Embora tenha sido um homem saudável e produtivo ao longo de quase toda a sua vida, ele em seus últimos anos sucumbiu após ser diagnosticado com esquizofrenia. Foi um trágico fim para um instrumentista que até hoje é considerado por historiadores como um gênio da música americana. Acontece que Bolden é visto como um dos pais do Jazz. Sim, ele ao lado de outros músicos de sua época, ajudou a criar esse novo idioma musical que até hoje é muito reverenciado.

Pobre e negro, ele viveu uma existência sofrida. O pai morreu cedo e a mãe teve muitas dificuldades para cria-lo. Sua salvação veio na música. Com muito sacrifício conseguiu comprar um instrumento musical de segunda mão e começou a se apresentar no rico cenário artístico de sua cidade. Logo se destacou pois gostava de improvisar durante as apresentações. Inicialmente membro de um grupo de ragtime ele decidiu que iria se descolar dos modelos mais rígidos da época e abraçou a improvisação, a criação em pleno palco. Nesse aspecto acabou se tornando um dos mais inteligentes e criativos músicos do sul.

As histórias de quem o viu tocar ao vivo dão conta que ele tinha um talento realmente excepcional, mas infelizmente nada sobreviveu de suas performances. Ele chegou a fazer algumas gravações, em primitivos sistemas de registro em cilindros (uma tecnologia anterior ao disco), mas esses registros até hoje nunca foram encontrados. Suas músicas porém sobreviveram, muito pela tradição de músicos de sua cidade que nunca deixaram de tocar seus números. Com isso as canções foram preservadas.

O roteiro do filme usa uma linha narrativa interessante colocando Bolden já internado no sanatório onde morreu. Dentro de sua mente ele então passa a relembrar o passado e sua história é contada por longos flashbacks. Porém a direção de Dan Pritzker optou por uma narração bem fragmentada. A mente de Bolden lembrava dos fatos, mas como ele sofria de uma grave doença mental tudo é mostrado para o espectador sob esse viés. Por isso algumas pessoas podem até mesmo acusar o filme de ser um pouco confuso na edição de suas imagens. Eu penso de forma diferente. Achei uma opção de narrativa muito criativa. Assim deixo a dica sobre esse filme que conta a história daquele que muito provavelmente foi o primeiro artista de Jazz da história.

Bolden (Bolden, Estados Unidos, 2019) Direção: Dan Pritzker / Roteiro:  Dan Pritzker, Dan Pritzker / Elenco:  Gary Carr, Erik LaRay Harvey, Ian McShane / Sinopse: Esse filme conta a história real do músico negro norte-americano Buddy Bolden (Gary Carr). No começo do século XX ele começou a chamar a atenção para seu talento como instrumentista numa banda de ragtime. Em poucos anos acabou se tornando um dos grandes fundadores do estilo musical que passou a ser conhecido como Jazz.

Pablo Aluísio.

Torrente de Paixão

Título no Brasil: Torrente de Paixão
Título Original: Niagara
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Charles Brackett, Walter Reisch
Elenco: Marilyn Monroe, Joseph Cotten, Jean Peters, Max Showalter, Denis O'Dea, Richard Allan

Sinopse:
A jovem e bonita Rose Loomis (Marilyn Monroe) viaja com o marido George (Joseph Cotten) para passar um fim de semana nas famosas cataratas do Niágara, um ponto turístico na fronteira entre Estados Unidos e Canadá. Ele é um veterano de guerra, traumatizado e impotente. Ela quer se livrar desse marido o mais rapidamente possível.

Comentários:
Esse é um dos melhores filmes da carreira de Marilyn Monroe. Tecnicamente é um thriller de suspense, com Marilyn interpretando uma típica femme fatale. Uma mulher jovem, muito bonita e com sensualidade à flor da pele. Aqui a atriz não mediu esforços e colocou toda a sua sexualidade natural na tela. O diretor Henry Hathaway entendeu bem isso, criando cenas que são puro deleite visual nas curvas exuberantes da atriz. Na cena mais famosa o diretor deixou a câmera filmar um longo caminhar de Marilyn Monroe, onde ela rebola à vontade para os espectadores. São dois minutos e meio de sequência, algo inédito no cinema até então. Imagine algo assim sendo lançado em plenos anos 1950 com todo aquele moralismo. Claro, os fãs de Marilyn Monroe adoraram. E sua personagem, uma mulher maravilhosa que não estava nem aí para os problemas do marido impotente, procurando sempre por um novo amante de ocasião, ferviam ainda mais o clima de despudor do filme. Assim temos aquele que para muitos é o melhor momento de Marilyn Monroe no cinema, aqui usando e abusando de sua imagem de loira gostosa e sem nenhuma vergonha disso. Uma aula de cinema sutilmente erótico em uma época que isso era considerado um verdadeiro pecado no cinema.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de maio de 2020

O Homem Com Dois Cérebros

Título no Brasil: O Homem Com Dois Cérebros
Título Original: The Man with Two Brains
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Carl Reiner
Roteiro: George Gipe, Steve Martin
Elenco: Steve Martin, Kathleen Turner, David Warner, Paul Benedict, Richard Brestoff, James Cromwell

Sinopse:
Um cirurgião especialista na área cerebral se casa com uma femme fatale, fazendo sua vida virar de cabeça para baixo. As coisas ficam mais erradas quando ele se apaixona por um cérebro falante. Um situação que o Dr. Michael Hfuhruhurr (Steve Martin) jamais poderia imaginar ser possível.

Comentários:
Outro sucesso comercial de Steve Martin, aqui bem no comecinho de sua carreira no cinema. O absurdo veio do péssimo título comercial que arranjaram no Brasil, chamando o filme de "O Médico Erótico". Isso era título de pornochanchada brasileira dos anos 70 e nada tinha a ver com a proposta original dessa comédia. Aqui o diretor Carl Reiner deu para seu grupo de roteiristas um velho roteiro, dos anos 50, que tinha uma daquelas histórias absurdas que eram comuns na época em que a imaginação voava no gênero da ficção. E transformaram tudo em uma comédia dos anos 80, que ficou mais uma vez muito divertida e engraçada. Steve Martin aproveitou também para trazer aquele estilo de humor que fazia sucesso no programa SNL (Saturday Night Live) para o cinema. A combinação de todos esses fatores foi perfeita. E a piada já começa no nome do personagem de Martin, que se chama Dr. Michael Hfuhruhurr, um nome absolutamente impossível de dizer. Assim deixo a dica desse bom momento do humor dos anos 80 para quem ainda não assistiu. O tempo só deixou o filme ainda mais engraçado e até nostálgico para quem o assistiu naquele tempo.

Pablo Aluísio.

Um Espírito Baixou em Mim

Título no Brasil: Um Espírito Baixou em Mim
Título Original: All of Me
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Carl Reiner
Roteiro: Henry Olek
Elenco: Steve Martin, Lily Tomlin, Victoria Tennant, Madolyn Smith Osborne, Richard Libertini, Dana Elcar

Sinopse:
Um milionário moribundo transfere sua alma para uma mulher mais jovem e disposta. No entanto, algo dá errado, e sua alma acaba indo parar no corpo de Roger Cobb (Steve Martin). Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor ator - comédia (Steve Martin) e melhor atriz - comédia (Lily Tomlin).

Comentários:
Steve Martin sempre foi um dos comediantes mais talentosos de sua geração. E ele conseguiu fazer perfeitamente bem a transição do teatro, da TV, para o cinema. Na década de 1980 ele emplacou uma série de filmes de sucesso, demonstrando ser um dos mais promissores humoristas da época. Esse "Um Espírito Baixou em Mim" foi um hit de sua carreira, um sucesso comercial, tanto nos cinemas como principalmente depois quando chegou no mercado de vídeo VHS. Aliás suas fitas eram sucessos garantidos nas locadoras. Eram filmes divertidos, sem piadas ofensivas, um tipo de entretenimento saudável que podia ser assistido por toda a família. Sucesso garantido. Sua parceria com o diretor Carl Reiner rendeu ótimos momentos de humor e diversão. Nesse filme aqui em especial Steve Martin fez um de seus trabalhos mais engraçados, usando de maneirismos e cacoetes para interpretar um homem possuído por uma mulher afetada! Ficou ótimo o resultado. Esqueça "O Exorcista" e dê boas risadas com essa comédia dos anos 80.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Gia, Fama e Destruição

Título no Brasil: Gia, Fama e Destruição
Título Original: Gia
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Films
Direção: Michael Cristofer
Roteiro: Jay McInerney, Michael Cristofer
Elenco: Angelina Jolie, Faye Dunaway, Elizabeth Mitchell, Eric Michael Cole, Kylie Travis, Louis Giambalvo

Sinopse:
Filme baseado em fatos reais. A jovem e bonita Gia Marie Carangi (Angelina Jolie) decide mudar sua vida. Desempregada, decide fazer algumas sessões de fotos para tentar se tornar modelo. Logo sua carreira decola e ela acaba se tornando a primeira grande top model do mundo da moda. Porém sua vida acaba indo para o rumo da tragédia pessoal.

Comentários:
Assisti a esse filme sem esperar muita coisa. O principal motivo que me fez conhecer essa produção foi o fato de ter sido estrelado pela atriz Angelina Jolie. Não conhecia a fundo a história da modelo Gia Carangi, mas sabia que ela tinha sido uma modelo de grande sucesso durante a década de 1980. E sua história realmente impressiona, pela subida rápida ao sucesso internacional e pela queda vertiginosa que sofreu. O filme é excepcionalmente bom em contar a história de uma moça bonita, elegante, que sucumbiu ao mundo das drogas, se viciando rapidamente em heroína e cocaína. Algo que era até bem comum no mundo da moda em seu momento de maior sucesso profissional. O problema é que ela também acabou contraindo o vírus HIV. O interessante é que naqueles tempos havia um forte preconceito e uma visão equivocada que afirmava que a AIDS era uma doença que atingia exclusivamente os gays. A repercussão da doença atingindo uma top model como a Gia ajudou a demolir essa visão preconceituosa da doença, porque ela era heterossexual e mulher. Além da história mais do que interessante o filme também se destaca pela ótima interpretação da Angelina Jolie. Ela era bem jovem quando fez o filme e em termos de beleza nada ficava a dever para a modelo que interpretava. Enfim, deixo a dica desse muito bom filme que escancara o lado menos glamoroso do mundo da alta moda internacional.

Pablo Aluísio.

Meu Nome é Coogan

"Meu Nome é Coogan" é um dos filmes mais curiosos da filmografia de Clint Eastwood. Aqui ele interpreta um assistente de Xerife do Arizona que vai até Nova Iorque trazer um prisioneiro sob custódia. O roteiro se baseia justamente no choque cultural entre o sujeito durão, do interior, e a grande cidade e seus costumes modernos, com resquícios ainda da geração hippie, ou seja, muita amor livre, drogas e promiscuidade, como convém ao clima ideológico reinante dentro dos jovens rebeldes da década de 1960. O roteiro obviamente brinca com a imagem de Eastwood de seus famosos faroestes e tenta tirar humor em cima da diferença de personalidade entre o sujeito austero e conservador com o ambiente liberal da cidade grande. O enredo poderia render muito mais na minha opinião, mas em seus 90 minutos vamos acompanhando muita perda de potencial do filme, justamente porque os roteiristas insistiram em criar um romance pouco convincente entre Clint e uma psicóloga, interpretada pela atriz Susan Clark.

Isso quebrou a coluna dorsal do filme pois o aspecto policial foi bastante prejudicado pelo quebra de ritmo do romance bem no meio da trama. Embora não seja um western Clint Eastwood repete seus personagens dos filmes de faroeste, só que aqui a ação obviamente se desloca para uma Nova Iorque sufocante, dos tempos atuais. A direção de Don Siegel se perde um pouco por causa dessa indecisão do roteiro, pois o filme não se decide em ser um filme de ação ou um romance mostrando a diferença de costumes do casal. Uma hora o filme se torna ágil e rápido para depois cair em cenas absurdamente arrastadas. Enfim, "Meu Nome é Coogan" é um bom policial com jeitão de western, mas seguramente poderia ser bem melhor se não tivessem apelado tanto para o namorico de fotonovela do personagem principal.

Meu Nome é Coogan (Coogan´s Bluff, Estados Unidos, 1968) Direção: Don Siegel / Roteiro: Herman Miller / Elenco: Clint Eastwood, Lee J. Cobb, Susan Clark, Don Stroud / Sinopse: Coogan (Clint Eastwood) é um xerife do Arizona que tenta recapturar um fugitivo nas ruas movimentadas de Nova Iorque. Enquanto ele caça o criminoso, acaba se apaixonando por uma jovem garota que conhece na cidade grande.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de maio de 2020

As Golpistas

Título no Brasil: As Golpistas
Título Original: Hustlers
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Annapurna Pictures
Direção: Lorene Scafaria
Roteiro: Lorene Scafaria, Jessica Pressler
Elenco: Jennifer Lopez, Constance Wu, Julia Stiles, Mette Towley, Wai Ching Ho, Vanessa Aspillaga

Sinopse:
História baseada em fatos reais. Duas strippers de Nova Iorque, Ramona (Jennifer Lopez) e Destiny (Constance Wu) decidem dopar os clientes de um clube de Striptease em Manhattan. Enquanto eles apagam, elas roubam seu dinheiro, usando seus cartões de crédito. Filme indicado ao Globo de Ouro e ao Screen Actors Guild Awards na categoria de melhor atriz coadjuvante (Jennifer Lopez).

Comentários:
Vamos ser bem sinceros. Colocar a Jennifer Lopez de fio dental, dançando e rebolando de forma sensual numa boate de striptease já é um apelo comercial e tanto para qualquer filme. E de fato isso se confirmou nas bilheterias pois o filme foi um sucesso nos Estados Unidos e Europa. Só que o filme surpreende e não fica apenas explorando a seminudez de sua principal estrela. O roteiro é muito bom, contando uma história real que aconteceu mesmo envolvendo uma quadrilha formada por strippers de Nova Iorque. Elas seduziam os homens, geralmente endinheirados que trabalhavam em Wall Street, colocavam remédios nos drinks para que ficassem dopados e roubavam grandes somas de dinheiro em seus cartões de crédito. Esse golpe aqui no Brasil é mais conhecido como "Boa Noite Cinderela". E de golpe em golpe elas foram faturando muito alto, mas como todos sabemos esse tipo de festa não podia durar para sempre. Elas acabaram caindo na armadilha da ambição sem limites. Nunca ficavam satisfeitas com o dinheiro que roubavam, sempre queriam mais e mais. Jennifer Lopez se exibe, dança no mastro do palco, faz acrobacias eróticas e ganha o público masculino com certa facilidade. Constance Wu é a dançarina jovem que cai em suas garras, primeiro por não ter renda e ser mãe solteira, segundo por ser desonesta mesmo. É um bom filme que não se apoiou apenas nas curvas da Lopez, mas que obviamente se aproveitou delas para fazer sucesso. E de maneira em geral temos que reconhecer que esse é seguramente um dos melhores filmes da carreira de Jennifer Lopez, para surpresa de muita gente.

Pablo Aluísio.

Adeus às Armas

Título no Brasil: Adeus às Armas
Título Original: A Farewell to Arms
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Charles Vidor, John Huston
Roteiro: Ben Hecht
Elenco:  Rock Hudson, Jennifer Jones, Vittorio De Sica, Oskar Homolka, Mercedes McCambridge, Elaine Stritch

Sinopse:
Uma enfermeira inglesa e um soldado americano na frente italiana durante a Primeira Guerra Mundial, se apaixonam, mas os horrores que os cercam testam seu romance ao limite. Filme com roteiro baseado no romance escrito por Ernest Hemingway. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante (Vittorio De Sica).

Comentários:
Rock Hudson nunca havia trabalhado na Europa antes. Assim quando apareceu a oportunidade de ir trabalhar no velho continente, ainda mais em um filme baseado na obra de Ernest Hemingway, ele nem pensou duas vezes. Aceitou fazer o filme. O problema, conforme ele mesmo lembrou em sua autobiografia, é que para fazer esse "Adeus às Armas" ele teve que recusar o convite para atuar em "Ben-Hur", um dos maiores clássicos da história do cinema. Claro, foi uma escolha errada. E o pior é que essa adaptação não deu muito certo. Os críticos não gostaram, o público não compareceu para transformar em um sucesso de bilheteria e de forma em geral o filme acabou sendo um revés na carreira de Rock Hudson. O diretor Charles Vidor confundou as coisas. Ao invés de fazer um grande filme, ele fez um filme grande... e bem chato! Arrastado em muitos momentos o estúdio trouxe às pressas o cineasta John Huston para consertar algumas coisas. Foi em vão. Ele nem foi creditado na direção nos créditos originais do filme. No fim tudo resultou em mais uma mal sucedida tentativa de levar para as telas a grandeza da obra literátia de Ernest Hemingway, um dos maiores escritores da história cultural dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.