Esse foi mais um filme da franquia de filmes "Aeroporto". Praticamente todos os filmes foram sucessos de bilheteria, repetindo basicamente a mesma fórmula, reunindo um elenco de grandes ídolos do passado ás voltas com problemas (e desastres) em viagens de avião. Aqui temos James Stewart interpretando um milionário chamado Philip Stevens. Ele está promovendo a abertura de um grande museu de arte com sua própria coleção de quadros históricos, alguns deles valendo milhões de dólares. O museu vai funcionar em uma de suas muitas mansões. Ele quer que toda a sua coleção seja apreciada pelo público. Acontece que sua inigualável coleção de arte está do outro lado do país. Assim ele manda um dos seus aviões particulares, um enorme Boeing 747, trazer todos os seus quadros para a costa oeste. Além disso o avião traz ainda um seleto grupo de convidados especiais, críticos de arte, milionários e sua filha, acompanhada do neto que ele mal conhece.
A viagem com tantas obras de arte caríssimas chama a atenção de um grupo de criminosos. Eles se infiltram na tripulação. Seu plano é tomar controle do avião, tirando ele da vista dos radares, o levando para uma velha pista de pouso abandonada desde a II Guerra Mundial. Essa pista fica em uma ilha isolada do Caribe. Eles querem obviamente roubar toda a galeria de arte, onde estão quadros de Renoir, Picasso, Van Gogh, etc. Cada um desses quadros valem milhões de dólares. No começo o plano criminoso sai bem, mas logo o copiloto, que também faz parte da quadrilha, perde o controle do 747 e o grande avião sofre um acidente. O piloto é interpretado por Jack Lemmon. Ele tenta de todas as formas salvar a vida dos passageiros, mas isso não será algo fácil de fazer. O avião cai no mar e vai afundando aos poucos. O roteiro é um clássico da série "Aeroporto". Todos os grande atores do elenco, com exceção de James Stewart e Jack Lemmon, tem poucas chances de desenvolver seus personagens. A grande dama Olivia de Havilland, por exemplo, não tem maiores possibilidades de mostrar seu talento. Ela interpreta uma passageira milionária que no final das contas tenta apenas sobreviver ao desastre. Idem para o "Drácula" Christopher Lee. Casado com uma mulher insuportável ele acaba tendo um final trágico. Enfim, um filme que não decepcionou os fãs do cinema catástrofe. Como foi mais um sucesso de bilheteria abriu espaço para outras produções da mesma linha. Nos anos 70 os filmes "Aeroporto" eram sucessos certos nos cinemas.
Aeroporto 77 (Airport '77, Estados Unidos, 1977) Direção: Jerry Jameson / Roteiro: Arthur Hailey, Michael Scheff / Elenco: Jack Lemmon, James Stewart, Christopher Lee, Olivia de Havilland, George Kennedy, Lee Grant, Joseph Cotten / Sinopse: Grande avião Boeing 747 é sequestrado, sofre um acidene e cai no mar. Enquanto vai afundando o piloto tenta uma forma de salvar as vidas de todos os passageiros. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte (George C. Webb e Mickey S. Michaels) e Melhor Figurino (Edith Head, Burton Miller).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 22 de março de 2018
Minha Doce Gueixa
Esse filme é uma comédia romântica estrelada pela atriz Shirley MacLaine (fazendo par com Yves Montand) que fez bastante sucesso nos cinemas em seu lançamento original. Na estória ela interpreta uma atriz americana de cinema de sucesso. Casada com um diretor francês (interpretado por Montand) eles formam um belo par, tanto dentro como fora das câmeras. Só que o marido decide que chegou a hora de alcançar novos desafios. Ele decide ir para o Japão para dirigir uma nova versão de "Madame Butterfly" apenas com atrizes japonesas, captando bem a alma daquele país oriental distante. Assim sua esposa acaba ficando fora do projeto por isso. Só que ela não desiste assim tão fácil de participar do novo filme do maridão. Viaja escondida para o Japão e usando uma forte maquiagem de gueixa consegue enganar o diretor, ganhando o papel para o filme. Quem interpreta o produtor é o grande ator Edward G. Robinson.
O roteiro se apoia muito (para não dizer totalmente) em uma única piada que é o fato de Shirley MacLaine estar disfarçada de gueixa japonesa enquanto o marido nem desconfia de quem ela seja na verdade. Claro que sob trajes típicos, com o rosto pintado e com os olhos puxados, ela fica bem diferente, porém é preciso uma grande dose de cumplicidade do espectador para acreditar que nem seu próprio marido a reconheça por semanas e semanas. Shirley MacLaine como sempre está uma graça. Sempre a considerei muito bonita, uma atriz diferente que não procurou seguir os passos de ninguém. No mundo de cinema da época onde reinavam loiras exuberantes como Marilyn Monroe, ela surgia nos filmes com cabelos ao estilo "joãozinho", com cara de moleca, sem forçar nenhum tipo de sensualidade artificial. Aqui a maquiagem muito bem feita a transformou numa verdadeira japonesa tradicional, mas nada que pudesse enganar nem o próprio marido. Por isso o enredo bobinho vai se saturando até o final. O que acaba valendo a pena mesmo é a presença sempre carismática de Shirley MacLaine. Fora isso a estorinha hoje soa meio bobinha mesmo. O tempo cobrou seu preço.
Minha Doce Gueixa (My Geisha, Estados Unidos, 1962) Direção: Jack Cardiff / Roteiro: Norman Krasna / Elenco: Shirley MacLaine, Yves Montand, Edward G. Robinson / Sinopse: Lucy Dell (Shirley MacLaine) é uma atriz americana que para participar do novo filme do marido se disfarça de japonesa tradicional, assumindo a identidade de uma gueixa chamada Yoko Mori. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Edith Head).
Pablo Aluísio.
O roteiro se apoia muito (para não dizer totalmente) em uma única piada que é o fato de Shirley MacLaine estar disfarçada de gueixa japonesa enquanto o marido nem desconfia de quem ela seja na verdade. Claro que sob trajes típicos, com o rosto pintado e com os olhos puxados, ela fica bem diferente, porém é preciso uma grande dose de cumplicidade do espectador para acreditar que nem seu próprio marido a reconheça por semanas e semanas. Shirley MacLaine como sempre está uma graça. Sempre a considerei muito bonita, uma atriz diferente que não procurou seguir os passos de ninguém. No mundo de cinema da época onde reinavam loiras exuberantes como Marilyn Monroe, ela surgia nos filmes com cabelos ao estilo "joãozinho", com cara de moleca, sem forçar nenhum tipo de sensualidade artificial. Aqui a maquiagem muito bem feita a transformou numa verdadeira japonesa tradicional, mas nada que pudesse enganar nem o próprio marido. Por isso o enredo bobinho vai se saturando até o final. O que acaba valendo a pena mesmo é a presença sempre carismática de Shirley MacLaine. Fora isso a estorinha hoje soa meio bobinha mesmo. O tempo cobrou seu preço.
Minha Doce Gueixa (My Geisha, Estados Unidos, 1962) Direção: Jack Cardiff / Roteiro: Norman Krasna / Elenco: Shirley MacLaine, Yves Montand, Edward G. Robinson / Sinopse: Lucy Dell (Shirley MacLaine) é uma atriz americana que para participar do novo filme do marido se disfarça de japonesa tradicional, assumindo a identidade de uma gueixa chamada Yoko Mori. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Edith Head).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 21 de março de 2018
Em Busca do Ouro
É um dos clássicos mais conhecidos de Charles Chaplin. Aqui ele leva Carlitos, o adorável vagabundo, para o Alaska, na corrida ao ouro. Logo no começo do filme duas coisas interessantes. Chaplin denomina seu personagem de "Aventureiro Solitário". Também faz questão de qualificar o filme como uma comédia dramática. O roteiro, escrito pelo próprio Chaplin, vai bem por esse caminho. O pequenino e frágil Carlitos tem que enfrentar as durezas de uma vida que era para poucos. Muitos que foram em busca do ouro morreram naquelas montanhas geladas. Quando o filme começa ele vaga pela imensidão branca do lugar, com fome e frio. Acaba encontrando uma cabana bem no meio do nada. O problema é que lá está também um foragido da lei, um sujeito que tenta expulsar ele do lugar de todo jeito (o que acaba dando origem a várias cenas engraçadas com o humor físico de Chaplin).
Depois chega outro aventureiro, um sujeito rude, barbudo, um ogro. Os três então tentam sobreviver à grande tempestade de neve. Com seus personagens morrendo de fome Chaplin traz a primeira cena antológica do filme, quando ele prepara sua própria botina como se fosse uma iguaria gourmet. O couro da bota vira um bom filé e os cadarços uma macarronada saborosa. Outra cena sempre muito lembrada acontece quando seu companheiro de cabana, já delirando pela fome, começa a enxergar Carlitos como se fosse um enorme e suculento frango. Há também a genial dança dos pãezinhos, inesquecível. Um marco de Chaplin no cinema. Depois desses apertos finalmente o "aventureiro solitário" chega numa pequena vila, daquelas erguidas da noite para o dia pelos mineradores. E lá Chaplin traz um pouco mais de leveza romântica ao filme, com seu vagabundo se apaixonando platonicamente por uma bela do lugar. Enfim, todos os elementos Chaplinianos estão presentes no filme. Mais um belo momento desse gênio do cinema que conseguiu atravessar o teste do tempo.
Em Busca do Ouro (The Gold Rush, Estados Unidos, 1925) Direção: Charles Chaplin / Roteiro: Charles Chaplin / Elenco: Charles Chaplin, Mack Swain, Tom Murray / Sinopse: Carlitos (Chaplin) vai até o Alaska onde ouro foi descoberto, causando uma verdadeira febre do ouro, com milhares de pessoas tentando a sorte nas montanhas geladas da região. Com fome e morrendo de frio ele finalmente alcança uma cabana, onde começa sua aventura em busca da riqueza. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som (RCA Sound) e Melhor Música (Max Terr).
Pablo Aluísio.
Depois chega outro aventureiro, um sujeito rude, barbudo, um ogro. Os três então tentam sobreviver à grande tempestade de neve. Com seus personagens morrendo de fome Chaplin traz a primeira cena antológica do filme, quando ele prepara sua própria botina como se fosse uma iguaria gourmet. O couro da bota vira um bom filé e os cadarços uma macarronada saborosa. Outra cena sempre muito lembrada acontece quando seu companheiro de cabana, já delirando pela fome, começa a enxergar Carlitos como se fosse um enorme e suculento frango. Há também a genial dança dos pãezinhos, inesquecível. Um marco de Chaplin no cinema. Depois desses apertos finalmente o "aventureiro solitário" chega numa pequena vila, daquelas erguidas da noite para o dia pelos mineradores. E lá Chaplin traz um pouco mais de leveza romântica ao filme, com seu vagabundo se apaixonando platonicamente por uma bela do lugar. Enfim, todos os elementos Chaplinianos estão presentes no filme. Mais um belo momento desse gênio do cinema que conseguiu atravessar o teste do tempo.
Em Busca do Ouro (The Gold Rush, Estados Unidos, 1925) Direção: Charles Chaplin / Roteiro: Charles Chaplin / Elenco: Charles Chaplin, Mack Swain, Tom Murray / Sinopse: Carlitos (Chaplin) vai até o Alaska onde ouro foi descoberto, causando uma verdadeira febre do ouro, com milhares de pessoas tentando a sorte nas montanhas geladas da região. Com fome e morrendo de frio ele finalmente alcança uma cabana, onde começa sua aventura em busca da riqueza. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som (RCA Sound) e Melhor Música (Max Terr).
Pablo Aluísio.
O Bárbaro e a Geisha
O roteiro desse filme é baseado numa história real. O ano é 1856. O primeiro diplomata americano é enviado para o Japão. O país asiático ficou séculos isolado do resto do mundo, com uma grande aversão a estrangeiros em geral. Townsend Harris (John Wayne) assim precisa quebrar muitas barreiras, inclusive culturais. Ele chega numa cidade da costa japonesa acompanhado apenas por um intérprete. Logo nos primeiros dias ele sente toda a hostilidade do governador local. Ele se recusa a reconhecer Harris como agente diplomático e pior do que isso, começa a fazer de tudo para que ele vá embora. As coisas só começam a mudar quando Harris age em favor do povo em um surto de cólera, doença desconhecida pelos japoneses, mas que Harris sabe muito bem como combater - chegando ao ponto de incendiar praticamente toda uma vila para erradicá-la da região.
Esse é um filme muito interessante assinado pelo mestre John Huston. Na época de seu lançamento original alguns fãs de John Wayne não gostaram muito do resultado, afinal o filme de uma maneira em geral não era bem o que Wayne estava acostumado a fazer. É um drama romântico, com ênfase nas primeiras aproximações políticas entre japoneses e americanos. O roteiro trabalhava bem também no relacionamento entre o diplomata americano e uma gueixa japonesa, enviada para servi-lo pelo governador geral. Outro ponto positivo ao meu ver foi mostrar o primeiro encontro entre o cônsul interpretado por Wayne e o imperador japonês, um jovem de apenas 17 anos de idade! O choque cultural se tornou inevitável. Harris (Wayne) quer que o imperador assine um tratado de mútua cooperação internacional entre os dois países, o que desperta a ira dos poderosos que rejeitam completamente a ideia. Bem fotografado, com ótima produção, esse filme pode até ser um ponto fora da linha do tipo de filme que John Wayne era acostumado a estrelar, porém suas qualidade cinematográficas (e diria até históricas) são inegáveis. Mais um excelente filme de John Huston, um dos grandes diretores da história de Hollywood. Era um gênio da sétima arte.
O Bárbaro e a Geisha (The Barbarian and the Geisha, Estados Unidos, 1958) Direção: John Huston / Roteiro: Charles Grayson, Ellis St. Joseph / Elenco: John Wayne, Eiko Ando, Sam Jaffe, Sô Yamamura / Sinopse: O filme conta a história do diplomata Townsend Harris (John Wayne). No século XIX ele se torna o primeiro agente diplomático dos Estados Unidos a chegar ao Japão. Seu objetivo é instalar um consulado, fazendo com que o imperador japonês assine um tratado de aproximação com o governo de seu país, só que desde o primeiro dia em que chega em solo japonês, Harris começa a ser hostilizado pelo povo e pelas autoridades da região, inclusive pelo governador Tamura (Sô Yamamura) que fará de tudo para ele ir embora.
Pablo Aluísio.
Esse é um filme muito interessante assinado pelo mestre John Huston. Na época de seu lançamento original alguns fãs de John Wayne não gostaram muito do resultado, afinal o filme de uma maneira em geral não era bem o que Wayne estava acostumado a fazer. É um drama romântico, com ênfase nas primeiras aproximações políticas entre japoneses e americanos. O roteiro trabalhava bem também no relacionamento entre o diplomata americano e uma gueixa japonesa, enviada para servi-lo pelo governador geral. Outro ponto positivo ao meu ver foi mostrar o primeiro encontro entre o cônsul interpretado por Wayne e o imperador japonês, um jovem de apenas 17 anos de idade! O choque cultural se tornou inevitável. Harris (Wayne) quer que o imperador assine um tratado de mútua cooperação internacional entre os dois países, o que desperta a ira dos poderosos que rejeitam completamente a ideia. Bem fotografado, com ótima produção, esse filme pode até ser um ponto fora da linha do tipo de filme que John Wayne era acostumado a estrelar, porém suas qualidade cinematográficas (e diria até históricas) são inegáveis. Mais um excelente filme de John Huston, um dos grandes diretores da história de Hollywood. Era um gênio da sétima arte.
O Bárbaro e a Geisha (The Barbarian and the Geisha, Estados Unidos, 1958) Direção: John Huston / Roteiro: Charles Grayson, Ellis St. Joseph / Elenco: John Wayne, Eiko Ando, Sam Jaffe, Sô Yamamura / Sinopse: O filme conta a história do diplomata Townsend Harris (John Wayne). No século XIX ele se torna o primeiro agente diplomático dos Estados Unidos a chegar ao Japão. Seu objetivo é instalar um consulado, fazendo com que o imperador japonês assine um tratado de aproximação com o governo de seu país, só que desde o primeiro dia em que chega em solo japonês, Harris começa a ser hostilizado pelo povo e pelas autoridades da região, inclusive pelo governador Tamura (Sô Yamamura) que fará de tudo para ele ir embora.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 20 de março de 2018
Domino Kid, O Vingador
Título no Brasil: Domino Kid, O Vingador
Título Original: Domino Kid
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Kenneth Gamet, Hal Biller
Elenco: Rory Calhoun, Kristine Miller, Andrew Duggan
Sinopse:
Após passar longos anos fora, lutando na guerra civil americana, Domino Kid (Rory Calhoun) finalmente retorna ao lar. Ao entrar no rancho de seu pai descobre que tudo está em ruínas. Pior, seu próprio pai está morto! Um choque em sua vida, mas nada é tão ruim que não possa piorar. Domino acaba sendo informado que ele foi covardemente assassinado por um grupo de bandidos, cinco facínoras que não atenderam seus pedidos de misericórdia antes de ser morto. A partir desse momento Domino decide fazer justiça pelas próprias mãos, indo atrás dos responsáveis pela morte de seu velho pai.
Comentários:
Esse western foi estrelado pelo galã Rory Calhoun (1922–1999), uma das apostas da Universal em emplacar um novo astro nas telas. Ele surgiu quase na mesma época do que outro grande campeão de bilheteria do estúdio, o grandalhão Rock Hudson. Os destinos porém entre eles foi bem diverso. Rock Hudson definitivamente se transformou em um astro, um ator que trouxe muito dinheiro para a Universal ao longo de sua carreira. Rory porém não teve a mesma sorte. Após ser escalado em vários filmes românticos ele acabou sendo deixado de lado pela Universal por não ter correspondido muito bem nas bilheterias. Assim em fins dos anos 1950 ele começou a ser cedido para outros estúdios menores, como a Columbia. Essa não perdeu muito tempo e o escalou em diversos faroestes B de sua linha de produção. "Domino Kid" é um western dessa fase. O personagem era claramente uma adaptação das histórias em quadrinhos populares na época, escrita em um roteiro bem trabalhado pelo talentoso Kenneth Gamet. Havia até mesmo uma expectativa de transformar Domino em um personagem de seriado de TV. O resultado comercial morno porém enterrou esse projeto. De uma forma ou outra temos aqui um bom filme, valorizado justamente por esse estilo mais comic. Vale pela aventura e por boas cenas de ação.
Pablo Aluísio.
Título Original: Domino Kid
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Kenneth Gamet, Hal Biller
Elenco: Rory Calhoun, Kristine Miller, Andrew Duggan
Sinopse:
Após passar longos anos fora, lutando na guerra civil americana, Domino Kid (Rory Calhoun) finalmente retorna ao lar. Ao entrar no rancho de seu pai descobre que tudo está em ruínas. Pior, seu próprio pai está morto! Um choque em sua vida, mas nada é tão ruim que não possa piorar. Domino acaba sendo informado que ele foi covardemente assassinado por um grupo de bandidos, cinco facínoras que não atenderam seus pedidos de misericórdia antes de ser morto. A partir desse momento Domino decide fazer justiça pelas próprias mãos, indo atrás dos responsáveis pela morte de seu velho pai.
Comentários:
Esse western foi estrelado pelo galã Rory Calhoun (1922–1999), uma das apostas da Universal em emplacar um novo astro nas telas. Ele surgiu quase na mesma época do que outro grande campeão de bilheteria do estúdio, o grandalhão Rock Hudson. Os destinos porém entre eles foi bem diverso. Rock Hudson definitivamente se transformou em um astro, um ator que trouxe muito dinheiro para a Universal ao longo de sua carreira. Rory porém não teve a mesma sorte. Após ser escalado em vários filmes românticos ele acabou sendo deixado de lado pela Universal por não ter correspondido muito bem nas bilheterias. Assim em fins dos anos 1950 ele começou a ser cedido para outros estúdios menores, como a Columbia. Essa não perdeu muito tempo e o escalou em diversos faroestes B de sua linha de produção. "Domino Kid" é um western dessa fase. O personagem era claramente uma adaptação das histórias em quadrinhos populares na época, escrita em um roteiro bem trabalhado pelo talentoso Kenneth Gamet. Havia até mesmo uma expectativa de transformar Domino em um personagem de seriado de TV. O resultado comercial morno porém enterrou esse projeto. De uma forma ou outra temos aqui um bom filme, valorizado justamente por esse estilo mais comic. Vale pela aventura e por boas cenas de ação.
Pablo Aluísio.
Rápidos, Brutos e Mortais
Título no Brasil: Rápidos, Brutos e Mortais
Título Original: Los Amigos
Ano de Produção: 1973
País: Itália
Estúdio: Compagnia Cinematografica, Idea Film
Direção: Paolo Cavara
Roteiro: Lucia Brudi, Paolo Cavara
Elenco: Franco Nero, Anthony Quinn, Pamela Tiffin
Sinopse:
Texas, 1830. A região agora é uma República independente do México. O presidente Sam Houston precisa manter a estabilidade política da região e para isso precisa combater os rebeldes que desejam uma nova guerra dentro das fronteiras texanas. Assim ele determina que um de seus agentes, Erastus 'Deaf' Smith (Anthony Quinn) se infiltre sorrateiramente no meio das facções rebeldes. Johnny Ears (Franco Nero), um ex-pistoleiro temido também é enviado para a mesma missão. Curiosamente Smith tem problemas de audição e usa Johnny literalmente como seus próprios ouvidos.
Comentários:
Depois do sucesso de "Django" o ator Franco Nero foi soterrado por convites para realizar filmes de faroeste italianos, os chamados Westerns Spaghettis. Ele porém tinha outras ambições em sua carreira e assim andou por um tempo transitando em outros gêneros cinematográficos, atuando sob a direção de grandes mestres, como por exemplo, Luis Buñuel em "Tristana, Uma Paixão Mórbida". Seu retorno aos filmes de faroeste porém era inevitável e mais cedo ou mais tarde todos sabiam que ele voltaria a montar seu cavalo para empunhar seu colt, cravejando de balas seus inimigos nas telas. Em 1973 o eterno Django finalmente voltou ao estilo nesse "Rápidos, Brutos e Mortais". Na mira nada de muito pretensioso do ponto de vista artístico. A intenção era realmente satisfazer seus antigos fãs, levando o ator novamente para a caracterização de um pistoleiro rápido no gatilho. Ao seu lado os produtores resolveram trazer um nome de peso, o astro Anthony Quinn que foi literalmente importado do cinema americano. O resultado é um faroeste à prova de críticas, muito divertido e movimentado, trazendo de volta às telas aquela estética de violência estilizada que fez a alegria de muitos frequentadores de cinemas populares nos anos 1960 e 1970. Apesar do filme ser italiano ele foi praticamente todo rodado na Espanha, com equipe basicamente formada naquele país. Nero acabou ficando doente no meio das filmagens o que fez seu cronograma de conclusão ficar atrasado. Isso porém fica imperceptível na tela. Um filme que vai acertar em cheio no gosto dos fãs desse tipo de faroeste italiano. Está mais do que recomendado.
Pablo Aluísio.
Título Original: Los Amigos
Ano de Produção: 1973
País: Itália
Estúdio: Compagnia Cinematografica, Idea Film
Direção: Paolo Cavara
Roteiro: Lucia Brudi, Paolo Cavara
Elenco: Franco Nero, Anthony Quinn, Pamela Tiffin
Sinopse:
Texas, 1830. A região agora é uma República independente do México. O presidente Sam Houston precisa manter a estabilidade política da região e para isso precisa combater os rebeldes que desejam uma nova guerra dentro das fronteiras texanas. Assim ele determina que um de seus agentes, Erastus 'Deaf' Smith (Anthony Quinn) se infiltre sorrateiramente no meio das facções rebeldes. Johnny Ears (Franco Nero), um ex-pistoleiro temido também é enviado para a mesma missão. Curiosamente Smith tem problemas de audição e usa Johnny literalmente como seus próprios ouvidos.
Comentários:
Depois do sucesso de "Django" o ator Franco Nero foi soterrado por convites para realizar filmes de faroeste italianos, os chamados Westerns Spaghettis. Ele porém tinha outras ambições em sua carreira e assim andou por um tempo transitando em outros gêneros cinematográficos, atuando sob a direção de grandes mestres, como por exemplo, Luis Buñuel em "Tristana, Uma Paixão Mórbida". Seu retorno aos filmes de faroeste porém era inevitável e mais cedo ou mais tarde todos sabiam que ele voltaria a montar seu cavalo para empunhar seu colt, cravejando de balas seus inimigos nas telas. Em 1973 o eterno Django finalmente voltou ao estilo nesse "Rápidos, Brutos e Mortais". Na mira nada de muito pretensioso do ponto de vista artístico. A intenção era realmente satisfazer seus antigos fãs, levando o ator novamente para a caracterização de um pistoleiro rápido no gatilho. Ao seu lado os produtores resolveram trazer um nome de peso, o astro Anthony Quinn que foi literalmente importado do cinema americano. O resultado é um faroeste à prova de críticas, muito divertido e movimentado, trazendo de volta às telas aquela estética de violência estilizada que fez a alegria de muitos frequentadores de cinemas populares nos anos 1960 e 1970. Apesar do filme ser italiano ele foi praticamente todo rodado na Espanha, com equipe basicamente formada naquele país. Nero acabou ficando doente no meio das filmagens o que fez seu cronograma de conclusão ficar atrasado. Isso porém fica imperceptível na tela. Um filme que vai acertar em cheio no gosto dos fãs desse tipo de faroeste italiano. Está mais do que recomendado.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 19 de março de 2018
O Homem Que Luta Só
Um dos últimos filmes de Randolph Scott também é um dos melhores. Aqui ele interpreta o ex xerife e atual caçador de recompensas Ben Brigade. Ele caça o criminoso Billy John no deserto e acaba o capturando. Sua missão passa então a ser levar o bandoleiro para a cidade de Santa Cruz para que ele seja julgado e enforcado pelo homicídio que lá praticou. O problema é que no caminho ele terá que enfrentar índios hostis, outros caçadores de recompensas e o bando de Billy John, liderado agora por Jack, seu irmão (interpretado pelo famoso ator de vilões de western Lee Van Cleef). O roteiro de "O Homem Que Luta Só" pode até parecer simplista mas é um engano pois é primoroso. O personagem de Scott, um sujeito durão e de poucas palavras, não é exatamente o que parece ser. Na verdade ele nem tem tanta pressa assim em levar Billy John ao seu cadafalso. Suas reais intenções só são reveladas no clímax do filme e aí o espectador já está totalmente fisgado. Aliás vamos admitir que a cena final de "Ride Lonesome" é uma das mais belas que já vi em faroestes - Randolph Scott parado em frente a uma árvore de enforcamentos em chamas! Maravilhosa tomada!
O diretor de "O Homem Que Luta Só" é o cineasta Budd Boetticher que fez vários westerns ao lado de Randolph Scott. Hoje em dia a obra desse diretor tem despertado muito interesse nos EUA pois todos reconhecem que ele nunca foi reconhecido em vida. Era um diretor inteligente, que fazia maravilhas em cena, mesmo com roteiros aparentemente simples. Esse aqui seria o penúltimo filme que rodaria ao lado de Scott (a última produção que reuniria a parceria seria "Cavalgada Trágica" no ano seguinte). Em conclusão digo que "Ride Lonesome" é sem dúvida um dos melhores momentos de Randolph Scott - extremamente bem escrito e dirigido prende a atenção da primeira à última cena.
O Homem Que Luta Só (Ride Lonesome, Estados Unidos, 1959) / Diretor: Budd Boetticher / Roteiro: Burt Kennedy / Com Randolph Scott, Lee Van Cleef, James Coburn, Karen Steele e Pernell Roberts / Sinopse: Randolph Scott interpreta o ex xerife e atual caçador de recompensas Ben Brigade. Ele caça o criminoso Billy John no deserto e acaba o capturando. Sua missão passa então a ser levar o bandoleiro para a cidade de Santa Cruz para que ele seja julgado e enforcado pelo homicídio que lá praticou. O problema é que no caminho ele terá que enfrentar índios hostis, outros caçadores de recompensas e o bando de Billy John, liderado agora por Jack, seu irmão (interpretado pelo famoso ator de vilões de western Lee Van Cleef)
Pablo Aluísio.
O diretor de "O Homem Que Luta Só" é o cineasta Budd Boetticher que fez vários westerns ao lado de Randolph Scott. Hoje em dia a obra desse diretor tem despertado muito interesse nos EUA pois todos reconhecem que ele nunca foi reconhecido em vida. Era um diretor inteligente, que fazia maravilhas em cena, mesmo com roteiros aparentemente simples. Esse aqui seria o penúltimo filme que rodaria ao lado de Scott (a última produção que reuniria a parceria seria "Cavalgada Trágica" no ano seguinte). Em conclusão digo que "Ride Lonesome" é sem dúvida um dos melhores momentos de Randolph Scott - extremamente bem escrito e dirigido prende a atenção da primeira à última cena.
O Homem Que Luta Só (Ride Lonesome, Estados Unidos, 1959) / Diretor: Budd Boetticher / Roteiro: Burt Kennedy / Com Randolph Scott, Lee Van Cleef, James Coburn, Karen Steele e Pernell Roberts / Sinopse: Randolph Scott interpreta o ex xerife e atual caçador de recompensas Ben Brigade. Ele caça o criminoso Billy John no deserto e acaba o capturando. Sua missão passa então a ser levar o bandoleiro para a cidade de Santa Cruz para que ele seja julgado e enforcado pelo homicídio que lá praticou. O problema é que no caminho ele terá que enfrentar índios hostis, outros caçadores de recompensas e o bando de Billy John, liderado agora por Jack, seu irmão (interpretado pelo famoso ator de vilões de western Lee Van Cleef)
Pablo Aluísio.
A Lei é Implacável
Título no Brasil: A Lei é Implacável
Título Original: The Doolins of Oklahoma
Ano de Produção: 1949
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: Kenneth Gamet
Elenco: Randolph Scott, George Macready, Louise Allbritton
Sinopse:
Bill Doolin (Randolph Scott) é um bandoleiro no velho oeste americano. Membro da quadrilha dos Daltons ele escapa da morte após chegar atrasado em um encontro com os demais membros de seu bando. Na fuga, para sobreviver, acaba matando um homem. Depois desse crime se torna um homem procurado vivo ou morto pela lei. Eventualmente forma um novo grupo, mas os anos de violência e crimes o esgotam completamente. Assim tenta assumir uma nova vida, com uma nova identidade. O passado porém está prestes a voltar para assombrar novamente sua vida.
Comentários:
O eterno cowboy do cinema Randolph Scott se consagrou como o eterno homem do oeste, bom e íntegro. Em raras ocasiões interpretou vilões ou bandoleiros. Aqui temos um exemplo. Ele interpreta um fora-da-lei, um criminoso conhecido e perseguido que em determinado momento de sua vida fica farto de tudo. Cansado de fugir e arriscar sua vida ele assim conhece uma boa mulher, Elaine Burton (Virginia Huston), que também sonha em formar uma família para viver feliz no resto de sua vida. Era justamente o que Bill deseja. usando um nome falso, Bill Daley, ele começa a reconstruir sua vida numa pequena e pacata cidade do oeste. Pretende se casar com Elaine e esquecer seu passado de crimes. A lei porém se mostra implacável pois seguindo seus rastros o xerife Sam Hughes (George Macready) descobre seu paradeiro. Para piorar os antigos membros de seu bando também descobrem onde Bill está vivendo. Aos poucos ele acaba percebendo que seus sonhos de felicidade estão prestes a virar poeira. "The Doolins of Oklahoma" é um western da década de 1940 que já traz por antecipação o visual, timing e o roteiro típicos da década que nascia, os anos 1950, um dos períodos mais produtivos do faroeste americano em toda a sua história.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Doolins of Oklahoma
Ano de Produção: 1949
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: Kenneth Gamet
Elenco: Randolph Scott, George Macready, Louise Allbritton
Sinopse:
Bill Doolin (Randolph Scott) é um bandoleiro no velho oeste americano. Membro da quadrilha dos Daltons ele escapa da morte após chegar atrasado em um encontro com os demais membros de seu bando. Na fuga, para sobreviver, acaba matando um homem. Depois desse crime se torna um homem procurado vivo ou morto pela lei. Eventualmente forma um novo grupo, mas os anos de violência e crimes o esgotam completamente. Assim tenta assumir uma nova vida, com uma nova identidade. O passado porém está prestes a voltar para assombrar novamente sua vida.
Comentários:
O eterno cowboy do cinema Randolph Scott se consagrou como o eterno homem do oeste, bom e íntegro. Em raras ocasiões interpretou vilões ou bandoleiros. Aqui temos um exemplo. Ele interpreta um fora-da-lei, um criminoso conhecido e perseguido que em determinado momento de sua vida fica farto de tudo. Cansado de fugir e arriscar sua vida ele assim conhece uma boa mulher, Elaine Burton (Virginia Huston), que também sonha em formar uma família para viver feliz no resto de sua vida. Era justamente o que Bill deseja. usando um nome falso, Bill Daley, ele começa a reconstruir sua vida numa pequena e pacata cidade do oeste. Pretende se casar com Elaine e esquecer seu passado de crimes. A lei porém se mostra implacável pois seguindo seus rastros o xerife Sam Hughes (George Macready) descobre seu paradeiro. Para piorar os antigos membros de seu bando também descobrem onde Bill está vivendo. Aos poucos ele acaba percebendo que seus sonhos de felicidade estão prestes a virar poeira. "The Doolins of Oklahoma" é um western da década de 1940 que já traz por antecipação o visual, timing e o roteiro típicos da década que nascia, os anos 1950, um dos períodos mais produtivos do faroeste americano em toda a sua história.
Pablo Aluísio.
domingo, 18 de março de 2018
O Irresistível Forasteiro
Jason Sweet (Glenn Ford) é um criador de ovelhas que chega em um vale de terras públicas com seu rebanho mas é hostilizado pelos criadores de gado da região. Esses são liderados pelo chamado "Coronel" (Leslie Nielsen), um antigo pistoleiro que inventou uma nova identidade e se instalou no local. "O Irresistível Forasteiro" é um bom veículo para Glenn Ford, na época se tornando cada mais popular justamente pelos faroestes que vinha estrelando como "Galante e Sanguinário" e "Cowboy". Suas produções no velho oeste davam ótimas bilheterias e dois anos depois desse "Sheepman" ele iria realizar a obra prima de sua filmografia, o inesquecível "Cimarron". Aqui Glenn interpreta um sujeito levemente espertalhão que entra em conflito contra toda uma cidade com sua idéia inconveniente de criar milhares de ovelhas em pastos de gado (como se sabe as ovelhas acabam destruindo os pastos os tornando imprestáveis para a criação bovina).
O tom do filme não é tão pesado quanto supõe a leitura da sinopse, de fato o clima é bem ameno, leve. A presença da simpática e jovem Shirley MacLaine acentua ainda mais esse aspecto. É divertido ver a atriz nesse que foi um de seus primeiros filmes. Ela está encantadoramente jovial, chegando a entoar uma canção numa cena de festa. Já no lado dos vilões uma curiosidade muito interessante, a presença de Leslie Nielsen na pele do "Coronel". Antes de se consagrar como o comediante de muitos filmes que todos acompanharam anos depois, Nielsen participava de produções como essa, westerns com muitos duelos, tiros e ação. "O irresistível Forasteiro" foi dirigido pelo veterano George Marshall, um dos cineastas mais produtivos que já passaram por Hollywood, tendo dirigido quase 200 filmes! - um número impensável nos dias atuais. Em mais de 60 anos de carreira dirigiu todos os tipos de filmes. Um verdadeiro recordista do Guinness Book!
O Irresistível Forasteiro (The Sheepman, Estados Unidos, 1958) Direção: George Marshall / Roteiro: William Bowers, James Edward Grant / Elenco: Glenn Ford, Leslie Nielsen, Shirley MacLaine, Mickey Shaughnessy / Sinopse: Jason Sweet (Glenn Ford) é um criador de ovelhas que chega em um vale de terras públicas com seu rebanho mas é hostilizado pelos criadores de gado da região. Esses são liderados pelo chamado "Coronel" (Leslie Nielsen), um antigo pistoleiro que inventou uma nova identidade e se instalou no local.
Pablo Aluísio.
O tom do filme não é tão pesado quanto supõe a leitura da sinopse, de fato o clima é bem ameno, leve. A presença da simpática e jovem Shirley MacLaine acentua ainda mais esse aspecto. É divertido ver a atriz nesse que foi um de seus primeiros filmes. Ela está encantadoramente jovial, chegando a entoar uma canção numa cena de festa. Já no lado dos vilões uma curiosidade muito interessante, a presença de Leslie Nielsen na pele do "Coronel". Antes de se consagrar como o comediante de muitos filmes que todos acompanharam anos depois, Nielsen participava de produções como essa, westerns com muitos duelos, tiros e ação. "O irresistível Forasteiro" foi dirigido pelo veterano George Marshall, um dos cineastas mais produtivos que já passaram por Hollywood, tendo dirigido quase 200 filmes! - um número impensável nos dias atuais. Em mais de 60 anos de carreira dirigiu todos os tipos de filmes. Um verdadeiro recordista do Guinness Book!
O Irresistível Forasteiro (The Sheepman, Estados Unidos, 1958) Direção: George Marshall / Roteiro: William Bowers, James Edward Grant / Elenco: Glenn Ford, Leslie Nielsen, Shirley MacLaine, Mickey Shaughnessy / Sinopse: Jason Sweet (Glenn Ford) é um criador de ovelhas que chega em um vale de terras públicas com seu rebanho mas é hostilizado pelos criadores de gado da região. Esses são liderados pelo chamado "Coronel" (Leslie Nielsen), um antigo pistoleiro que inventou uma nova identidade e se instalou no local.
Pablo Aluísio.
Os Turbulentos
Título no Brasil: Os Turbulentos
Título Original: The Last Posse
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Alfred L. Werker
Roteiro: Seymour Bennett, Connie Lee Bennett
Elenco: Broderick Crawford, John Derek, Charles Bickford
Sinopse:
Após uma excursão em busca de bandoleiros e ladrões de banco, um grupo retorna de sua caça sem o dinheiro roubado e sem os principais líderes criminosos da quadrilha. Através de flashbacks o espectador é então levado de volta ao passado, para tentar entender o que de fato teria ocorrido, as traições, subornos e vilanias envolvendo os homens da lei e os bandidos procurados. Afinal o que estaria por trás daquela busca mal sucedida pelas areias do deserto escaldante do velho oeste?
Comentários:
A melhor coisa em "The Last Posse" é o seu roteiro. Nele somos levados várias vezes ao passado da tentativa de captura de um grupo de criminosos no oeste do Alabama. Para muitos o fato dos homens da lei voltarem de mãos vazias de volta à cidade teria sido fruto de pura corrupção: eles na verdade teriam sido comprados pelos bandoleiros com o ouro e o dinheiro roubado que possuíam. Para outros a incompetência do grupo da lei justificaria a não captura dos bandoleiros. Assim o espectador é levado a crer numa ou na outra versão, mostrando a fragilidade da chamada prova testemunhal (muitas vezes conhecida como a "prostituta das provas"). No centro de tudo se destaca a figura do xerife John Frazier (Broderick Crawford), um homem aparentemente honesto, mas com sérios problemas relacionados à bebida. Todos transitam entre o que teria acontecido com o dinheiro roubado, com o destino dos criminosos e a suposta falta de integridade e honestidade dos homens que deveriam zelar pela lei e ordem naquela cidadezinha perdida, esquecida pelos homens e por Deus. No geral "Os Turbulentos" é isso, um bom faroeste B de uma boa safra de filmes da Columbia Pictures que aposta essencialmente em sua bonita fotografia (em preto e branco) e no roteiro esperto e bem escrito.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Last Posse
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Alfred L. Werker
Roteiro: Seymour Bennett, Connie Lee Bennett
Elenco: Broderick Crawford, John Derek, Charles Bickford
Sinopse:
Após uma excursão em busca de bandoleiros e ladrões de banco, um grupo retorna de sua caça sem o dinheiro roubado e sem os principais líderes criminosos da quadrilha. Através de flashbacks o espectador é então levado de volta ao passado, para tentar entender o que de fato teria ocorrido, as traições, subornos e vilanias envolvendo os homens da lei e os bandidos procurados. Afinal o que estaria por trás daquela busca mal sucedida pelas areias do deserto escaldante do velho oeste?
Comentários:
A melhor coisa em "The Last Posse" é o seu roteiro. Nele somos levados várias vezes ao passado da tentativa de captura de um grupo de criminosos no oeste do Alabama. Para muitos o fato dos homens da lei voltarem de mãos vazias de volta à cidade teria sido fruto de pura corrupção: eles na verdade teriam sido comprados pelos bandoleiros com o ouro e o dinheiro roubado que possuíam. Para outros a incompetência do grupo da lei justificaria a não captura dos bandoleiros. Assim o espectador é levado a crer numa ou na outra versão, mostrando a fragilidade da chamada prova testemunhal (muitas vezes conhecida como a "prostituta das provas"). No centro de tudo se destaca a figura do xerife John Frazier (Broderick Crawford), um homem aparentemente honesto, mas com sérios problemas relacionados à bebida. Todos transitam entre o que teria acontecido com o dinheiro roubado, com o destino dos criminosos e a suposta falta de integridade e honestidade dos homens que deveriam zelar pela lei e ordem naquela cidadezinha perdida, esquecida pelos homens e por Deus. No geral "Os Turbulentos" é isso, um bom faroeste B de uma boa safra de filmes da Columbia Pictures que aposta essencialmente em sua bonita fotografia (em preto e branco) e no roteiro esperto e bem escrito.
Pablo Aluísio.
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