Título no Brasil: Honra Sem Fronteiras
Título Original: Powder River
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Louis King
Roteiro: Sam Hellman, Stuart N. Lake
Elenco: Rory Calhoun, Corinne Calvet, Cameron Mitchell
Sinopse:
Depois de anos trabalhando como xerife numa cidade de fronteira no oeste americano, Chino Bullock (Rory Calhoun) decide que chegou a sua hora de se aposentar. Ele pretende agora se dedicar um rancho na região, um sonho que cultivou por longos anos. Assim que decide se retirar um grupo de foras-da-lei chega em sua cidade e mata seu antigo parceiro, um jovem que ele próprio treinara para ser o novo xerife. Revoltado com o acontecimento Bullock decide voltar para acertar as contas com a quadrilha de bandidos e assassinos. Ele deseja vingança e justiça e as terá!
Comentários:
Bom faroeste estrelado por Rory Calhoun (1922 - 1999). Sempre gostei muito do trabalho desse ator. Ao longo de mais de 120 filmes ele sempre procurou dar o melhor de si, principalmente em westerns que sempre foi o gênero americano por excelência. Não era um grande ator, mas era esforçado. Aqui temos novamente um enredo girando em torno da mitologia do xerife do velho oeste, sempre à beira da morte, tendo que lidar com bandidos selvagens e cruéis em uma terra que era dita como sem lei e sem ordem. Há um componente interessante aqui que é o desenvolvimento psicológico do personagem de Calhoun que fica em um dilema sobre vingar a morte de seu pupilo, restabelecendo a lei na cidade, ou virar as costas e abraçar a tranquilidade de seu rancho, afinal de contas como um sujeito aposentado ele não tinha mais a obrigação legal de ostentar a estrela de prata para voltar mais uma vez à ativa. Essa produção que também é conhecida como "O Rio da Pólvora" foi dirigida por Louis King, um cineasta interessante que era especializado em filmes de matinê - chegou a dirigir vários filmes com o personagem Charlie Chan. Assim ele também trouxe ao roteiro detalhes técnicos que deram à fita maior agilidade, com sabor de aventura. Enfim, mais um belo exemplar do cinema de western dos anos 1950 que merece um lugar em sua coleção.
Pablo Aluísio.
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terça-feira, 23 de julho de 2024
terça-feira, 7 de fevereiro de 2023
O Tesouro de Pancho Villa
Título Original: The Treasure of Pancho Villa
Ano de Lançamento: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: George Sherman
Roteiro: Niven Busch
Elenco: Rory Calhoun, Shelley Winters, Gilbert Roland, Joseph Calleia, Fanny Schiller, Pascual García Peña
Sinopse:
México, 1915. O ladrão de bancos americano Tom Bryan (Rory Calhoun) vai ao México para ajudar Pancho Villa na entrega de um valioso carregamento de ouro. O bando de leais apoiadores de Villa precisa do tesouro para colocar seu líder no poder. Não vai ser nada fácil enfrentar todos os seus inimigos.
Comentários:
O ator Rory Calhoun teve uma longa carreira em Hollywood, atuando em mais de 120 filmes ao longo de sua trajetória. Infelizmente, quando estava se tornando um astro, principalmente ao estrelar filmes de faroeste, ele foi alvo de boatos maldosos, afirmando que era gay. Para a sociedade preconceituosa da época, isso significava o fim de uma promissora carreira no cinema. De qualquer maneira, os filmes de western em que atuou são muito bons de forma em geral. Esse aqui foi dirigido pelo ótimo diretor George Sherman, que tinha nome de herói da guerra civil americana. Ele, em determinada época de sua carreira, se especializou em filmes de faroeste. E dirigiu algumas dos melhores produções desse gênero cinematográfico. Esse filme aqui se notabilizou por fazer mais sucesso no exterior do que dentro dos Estados Unidos. No México foi um grande sucesso de bilheteria, o que era se esperar. Afinal, o roteiro tratava da história daquele país.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
O Pistoleiro de Esporas Negras
Tudo o que interessa para o pistoleiro Santee (Rory Calhoun) é percorrer as pequenas cidades do velho Oeste em busca de cartazes ao estilo "Procura-se vivo ou morro!". Ele é um caçador de recompensas e está em busca do dinheiro que é pago para quem trouxer os criminosos mais procurados pelos xerifes da região. Acaba liquidando e executando vários deles, entre eles um dos mais perigosos assassinos, um mexicano conhecido como El Pescadore. Ao matar o criminoso, ele pega suas esporas e passa a ser conhecido como o pistoleiro das esporas negras. Santee também procura por novos meios de ganhar dinheiro. Vê uma oportunidade na nova ferrovia que está sendo construída. Se ele conseguir um desvio para uma cidade em particular, vai ganhar bastante dinheiro com a venda das terras onde a ferrovia vai ser construída. Nessa cidade, ele decide virar sócio de um saloon. Traz jogos e garotas do Texas para ganhar bastante dinheiro com os cowboys da região. Isso o coloca em choque direto contra o xerife e o pastor da cidade. E o duelo entre eles vai se armando aos poucos no horizonte.
Bom filme, boa produção. Nada excepcional, mas um bom filme de faroeste daquela época. O ator Rory Calhoun teve uma certa fama durante aquele período. Não chegou a ser um astro do cinema, mas certamente era um nome conhecido dos fãs de filmes de western. A única crítica maior que eu teria ao filme se refere ao seu roteiro. O personagem do caçador de recompensas é bem construído ao longo de toda a história. Só que no final, os roteiristas deram um verdadeiro cavalo de pau nas características desse personagem. Em nome de uma moralidade boboca, perdeu-se a essência do protagonista. Isso fez o filme perder como um todo. De qualquer maneira, ainda assim é um bom faroeste. E para quem gosta do trabalho do ator Rory Calhoun, é praticamente um filme obrigatório.
O Pistoleiro de Esporas Negras (Black Spurs, Estados Unidos, 1965) Direção: R.G. Springsteen / Roteiro: Steve Fisher / Elenco: Rory Calhoun, Linda Darnell, Terry Moore / Sinopse: Caçador de recompensas do velho Oeste, acaba enfrentando inimigos em uma pequena cidade dominada por um xerife e um pastor bom de briga. Filme atualmente em cartaz na grade de programação do canal Telecine Cult.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
O Rio das Almas Perdidas
A garota é a mesma corista Kay que havia conhecido no saloon onde encontrara seu filho, só que agora acompanhada de um jogador, Harry Weston (Rory Calhoun), que pretende tomar posse de uma mina de ouro que ganhou em um jogo de cartas. Como ambos não possuem experiência com corredeiras logo são aconselhados por Matt a desistirem de descer rio abaixo. Weston porém ignora o conselho e o pior, decide roubar Matt, levando sua arma, provisões e o único cavalo da fazenda para chegar mais rápido em seu destino. Kay porém decide ficar no rancho ao lado de Matt e seu filho pois não concorda com os atos violentos de Weston. Depois de recuperado Matt decide finalmente ir no encalço de Weston para reaver tudo o que lhe foi roubado.
“O Rio das Almas Perdidas” foi o único western da carreira de Marilyn Monroe. Um fato que chama a atenção mesmo, já que o gênero estava no auge e as atrizes da época geralmente participavam de vários filmes do estilo. Aqui temos uma produção lindamente fotografada em uma das regiões mais belas do Canadá (dois parques nacionais de preservação do país situados próximos da cidade de Alberta). Impossível não ficar impressionado com a beleza do lugar onde o filme foi realizado. As cenas misturam imagens reais captadas no local com back projection (onde os atores atuavam em frente a uma grande tela ao fundo que projetava imagens do rio). Felizmente há um maior número de cenas feitas em locação, captando a maravilhosa paisagem natural. Como sempre acontecia com filmes com Marilyn Monroe esse aqui também está recheado de histórias de bastidores tão interessantes quanto o próprio filme. Marilyn inclusive quase morreu afogada ao cair no rio. Suas botas ficaram inundadas e ela afundou literalmente, sendo salva pela equipe técnica. Depois fingiu ter quebrado a perna para ganhar alguns dias de descanso – fato que deixou o diretor Otto Preminger furioso. A atriz porém não se importou preferindo aproveitar um pouco do lindo lugar, quase como se estivesse de férias.
Também desenvolveu uma grande amizade com Robert Mitchum, que muito bem humorado costumava fazer provocações a ela, contando piadas sujas ou então disputando para ver quem bebia mais vinho no barracão da produção. Esse clima ameno passou para as telas. Enciumado Joe DiMaggio resolveu ir para as distantes locações com receios de que Marilyn o traísse com Mitchum. O personagem de Marilyn é bem mais interessante do que algumas loiras burras que interpretou. É uma garota durona, de fala firme que não aceita levar desaforos para casa, embora fique muitas vezes cega por causa de seus sentimentos. Marilyn Monroe canta várias canções no filme e mostra que era de fato uma cantora talentosa. A trilha sonora incidental também é das mais belas que já ouvi em um western (executada por um lindo coral feminino). O resultado final é muito positivo. Não tenho receio de escrever que esse é sem dúvida um dos melhores filmes de western da Fox e certamente o mais bonito de se assistir. Se ainda não viu não perca mais tempo, pois é um excelente filme.
O Rio das Almas Perdidas (River of No Return. Estados Unidos, 1954) Direção: Otto Preminger / Roteiro: Frank Fenton, Louis Lantz / Elenco: Robert Mitchum, Marilyn Monroe, Rory Calhoun / Sinopse: Fazendeiro sai no encalço do ladrão que lhe roubou sua arma, seu cavalo e provisões de alimentos. Para chegar mais rápido na cidade para onde o ladrão se dirige resolve enfrentar as corredeiras do rio, tendo que superar pelo caminho todos os desafios da natureza.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 19 de julho de 2018
Onde Imperam as Balas!
Após escapar da morte, um pistoleiro resolve desistir de seu passado. Ele foge para uma pequena cidade do velho oeste e se torna assistente do xerife local. A cidade é dividida entre pequenos fazendeiros e um poderoso dono de terras. Em pouco tempo estará envolvido na disputa. Nas décadas de 40 e 50 a Universal era um verdadeiro celeiro de jovens estrelas. O estúdio fornecia treinamento, publicidade e acompanhamento para futuros astros. Em troca esses atores assinavam contratos leoninos onde quem realmente lucrava após seu sucesso era a própria Universal. Rock Hudson, Tony Curtis e Robert Wagner foram alguns que foram descobertos dessa forma. Rory Calhoun foi outro desses astros fabricados pelo estúdio americano. Geralmente estrelando faroestes B, Calhoun foi aos poucos subindo na carreira, mas não conseguiu virar o astro de primeira grandeza que tantos esperavam.
Isso porque bem no auge de sua ascensão uma revista escandalosa revelou ao público que Rory era um ex presidiário que havia cumprido pena antes de se tornar o famoso cowboy das matinês. Abalado, jamais conseguiu virar um ator de primeira linha. Esse "Onde Imperam as Balas" é justamente isso, mais um western da Universal feito para promover mais uma de suas grandes descobertas. Se não é genial, passa longe de ser um produto medíocre. O filme é simples, mas tem todos os ingredientes que fazem a festa dos fãs desse gênero - inclusive com o esperado duelo final entre dois grandes pistoleiros. Vale a pena assistir, ainda mais para conhecer Calhoun, um dos mais conhecidos "ex futuros grandes astros" da Universal.
Onde Imperam as Balas! (Red Sundown, EUA, 1956) Direção: Jack Arnold / Roteiro: Martin Berkeley baseado na obra de Lewis B. Patten / Elenco: Com Rory Calhoun, Martha Hyer, Dean Jagger / Sinopse: Após escapar da morte um pistoleiro resolve desistir de seu passado. Ele foge para uma pequena cidade do velho oeste e se torna assistente do xerife local. A cidade é dividida entre fazendeiros e um poderoso dono de terras. Em pouco tempo estará envolvido na disputa.
Pablo Aluísio.
Isso porque bem no auge de sua ascensão uma revista escandalosa revelou ao público que Rory era um ex presidiário que havia cumprido pena antes de se tornar o famoso cowboy das matinês. Abalado, jamais conseguiu virar um ator de primeira linha. Esse "Onde Imperam as Balas" é justamente isso, mais um western da Universal feito para promover mais uma de suas grandes descobertas. Se não é genial, passa longe de ser um produto medíocre. O filme é simples, mas tem todos os ingredientes que fazem a festa dos fãs desse gênero - inclusive com o esperado duelo final entre dois grandes pistoleiros. Vale a pena assistir, ainda mais para conhecer Calhoun, um dos mais conhecidos "ex futuros grandes astros" da Universal.
Onde Imperam as Balas! (Red Sundown, EUA, 1956) Direção: Jack Arnold / Roteiro: Martin Berkeley baseado na obra de Lewis B. Patten / Elenco: Com Rory Calhoun, Martha Hyer, Dean Jagger / Sinopse: Após escapar da morte um pistoleiro resolve desistir de seu passado. Ele foge para uma pequena cidade do velho oeste e se torna assistente do xerife local. A cidade é dividida entre fazendeiros e um poderoso dono de terras. Em pouco tempo estará envolvido na disputa.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 20 de março de 2018
Domino Kid, O Vingador
Título no Brasil: Domino Kid, O Vingador
Título Original: Domino Kid
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Kenneth Gamet, Hal Biller
Elenco: Rory Calhoun, Kristine Miller, Andrew Duggan
Sinopse:
Após passar longos anos fora, lutando na guerra civil americana, Domino Kid (Rory Calhoun) finalmente retorna ao lar. Ao entrar no rancho de seu pai descobre que tudo está em ruínas. Pior, seu próprio pai está morto! Um choque em sua vida, mas nada é tão ruim que não possa piorar. Domino acaba sendo informado que ele foi covardemente assassinado por um grupo de bandidos, cinco facínoras que não atenderam seus pedidos de misericórdia antes de ser morto. A partir desse momento Domino decide fazer justiça pelas próprias mãos, indo atrás dos responsáveis pela morte de seu velho pai.
Comentários:
Esse western foi estrelado pelo galã Rory Calhoun (1922–1999), uma das apostas da Universal em emplacar um novo astro nas telas. Ele surgiu quase na mesma época do que outro grande campeão de bilheteria do estúdio, o grandalhão Rock Hudson. Os destinos porém entre eles foi bem diverso. Rock Hudson definitivamente se transformou em um astro, um ator que trouxe muito dinheiro para a Universal ao longo de sua carreira. Rory porém não teve a mesma sorte. Após ser escalado em vários filmes românticos ele acabou sendo deixado de lado pela Universal por não ter correspondido muito bem nas bilheterias. Assim em fins dos anos 1950 ele começou a ser cedido para outros estúdios menores, como a Columbia. Essa não perdeu muito tempo e o escalou em diversos faroestes B de sua linha de produção. "Domino Kid" é um western dessa fase. O personagem era claramente uma adaptação das histórias em quadrinhos populares na época, escrita em um roteiro bem trabalhado pelo talentoso Kenneth Gamet. Havia até mesmo uma expectativa de transformar Domino em um personagem de seriado de TV. O resultado comercial morno porém enterrou esse projeto. De uma forma ou outra temos aqui um bom filme, valorizado justamente por esse estilo mais comic. Vale pela aventura e por boas cenas de ação.
Pablo Aluísio.
Título Original: Domino Kid
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Kenneth Gamet, Hal Biller
Elenco: Rory Calhoun, Kristine Miller, Andrew Duggan
Sinopse:
Após passar longos anos fora, lutando na guerra civil americana, Domino Kid (Rory Calhoun) finalmente retorna ao lar. Ao entrar no rancho de seu pai descobre que tudo está em ruínas. Pior, seu próprio pai está morto! Um choque em sua vida, mas nada é tão ruim que não possa piorar. Domino acaba sendo informado que ele foi covardemente assassinado por um grupo de bandidos, cinco facínoras que não atenderam seus pedidos de misericórdia antes de ser morto. A partir desse momento Domino decide fazer justiça pelas próprias mãos, indo atrás dos responsáveis pela morte de seu velho pai.
Comentários:
Esse western foi estrelado pelo galã Rory Calhoun (1922–1999), uma das apostas da Universal em emplacar um novo astro nas telas. Ele surgiu quase na mesma época do que outro grande campeão de bilheteria do estúdio, o grandalhão Rock Hudson. Os destinos porém entre eles foi bem diverso. Rock Hudson definitivamente se transformou em um astro, um ator que trouxe muito dinheiro para a Universal ao longo de sua carreira. Rory porém não teve a mesma sorte. Após ser escalado em vários filmes românticos ele acabou sendo deixado de lado pela Universal por não ter correspondido muito bem nas bilheterias. Assim em fins dos anos 1950 ele começou a ser cedido para outros estúdios menores, como a Columbia. Essa não perdeu muito tempo e o escalou em diversos faroestes B de sua linha de produção. "Domino Kid" é um western dessa fase. O personagem era claramente uma adaptação das histórias em quadrinhos populares na época, escrita em um roteiro bem trabalhado pelo talentoso Kenneth Gamet. Havia até mesmo uma expectativa de transformar Domino em um personagem de seriado de TV. O resultado comercial morno porém enterrou esse projeto. De uma forma ou outra temos aqui um bom filme, valorizado justamente por esse estilo mais comic. Vale pela aventura e por boas cenas de ação.
Pablo Aluísio.
domingo, 17 de setembro de 2017
O Gaúcho
Título no Brasil: O Gaúcho
Título Original: Way of a Gaucho
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jacques Tourneur
Roteiro: Philip Dunne
Elenco: Rory Calhoun, Gene Tierney, Richard Boone, Hugh Marlowe, Everett Sloane, Enrique Chaico
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Herbert Childs, o filme narra a estória de Martin Penalosa (Rory Calhoun), um típico gaúcho dos Pampas argentinos. Durante uma festa na fazenda de seu patrão ele discute com outro empregado e ambos entram em uma feroz luta de punhais, onde ele acaba matando seu oponente. Preso e condenado, é levado para um distante grupamento do exército para servir como soldado (na época era comum penas serem cumpridas dessa forma). Depois de um ataque de nativos da região ele decide desertar. Foge e acaba se tornando líder de um grupo de bandoleiros na fronteira.
Comentários:
Um filme diferente onde sai de cena o cowboy dos Estados Unidos para entrar o Gaúcho argentino dos Pampas. Logo no começo do filme o espectador é informado que grande parte do que verá na tela foi realmente filmado na Argentina, o que no mínimo trouxe uma bonita fotografia para a produção. Como era de se esperar de um filme como esse, filmado nos anos 1950, o roteiro é dos mais simples. O ator Rory Calhoun interpreta um gaúcho da fronteira que se torna um bandoleiro perigoso, líder de um grupo de rebeldes. Adotando o nome revolucionário de Valverde ele espalha medo e pânico entre as opressivas autoridades da região. Até aí tudo bem, o problema é que ele tem um relacionamento muito próximo com um deputado, político influente de Buenos Aires, o filho de seu antigo padrão, que sempre o tratou como se fosse a um irmão. Esse faz de tudo para que ele abandone a vida do crime e se entregue para ser julgado. Além disso está apaixonado pela bela Teresa Chavez (Gene Tierney) que, a despeito de sua vida de fugitivo, resolve se casar com ele. O ator Rory Calhoun tinha pouco carisma, talvez por isso nunca tenha se tornado um astro de verdade. Seu personagem, o do gaúcho bandoleiro, tem problemas, pois em essência é um bandido, um fora-da-lei, que promove assaltos e roubos. Não na linha de um romântico Robin Hood argentino, mas sim como bandoleiro mesmo, capaz de atos completamente reprováveis. Como transformar alguém assim em mocinho? Complicado! Para contrabalancear isso resolveram destacar seu lado religioso, mas no geral a tentativa de transformá-lo em um verdadeiro herói vai por água abaixo. Por ser uma fita curta, que mal chega nos 80 minutos de duração, o filme se torna assistível, porém nunca chega a ser grandioso ou nada do tipo. Obviamente está muito datado em diversos aspectos (como o romance pouco convincente), mas até que apresenta algumas boas cenas de ação e combates. Em termos amplos é apenas uma diversão romântica ligeira de um passado nostálgico.
Pablo Aluísio.
Título Original: Way of a Gaucho
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jacques Tourneur
Roteiro: Philip Dunne
Elenco: Rory Calhoun, Gene Tierney, Richard Boone, Hugh Marlowe, Everett Sloane, Enrique Chaico
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Herbert Childs, o filme narra a estória de Martin Penalosa (Rory Calhoun), um típico gaúcho dos Pampas argentinos. Durante uma festa na fazenda de seu patrão ele discute com outro empregado e ambos entram em uma feroz luta de punhais, onde ele acaba matando seu oponente. Preso e condenado, é levado para um distante grupamento do exército para servir como soldado (na época era comum penas serem cumpridas dessa forma). Depois de um ataque de nativos da região ele decide desertar. Foge e acaba se tornando líder de um grupo de bandoleiros na fronteira.
Comentários:
Um filme diferente onde sai de cena o cowboy dos Estados Unidos para entrar o Gaúcho argentino dos Pampas. Logo no começo do filme o espectador é informado que grande parte do que verá na tela foi realmente filmado na Argentina, o que no mínimo trouxe uma bonita fotografia para a produção. Como era de se esperar de um filme como esse, filmado nos anos 1950, o roteiro é dos mais simples. O ator Rory Calhoun interpreta um gaúcho da fronteira que se torna um bandoleiro perigoso, líder de um grupo de rebeldes. Adotando o nome revolucionário de Valverde ele espalha medo e pânico entre as opressivas autoridades da região. Até aí tudo bem, o problema é que ele tem um relacionamento muito próximo com um deputado, político influente de Buenos Aires, o filho de seu antigo padrão, que sempre o tratou como se fosse a um irmão. Esse faz de tudo para que ele abandone a vida do crime e se entregue para ser julgado. Além disso está apaixonado pela bela Teresa Chavez (Gene Tierney) que, a despeito de sua vida de fugitivo, resolve se casar com ele. O ator Rory Calhoun tinha pouco carisma, talvez por isso nunca tenha se tornado um astro de verdade. Seu personagem, o do gaúcho bandoleiro, tem problemas, pois em essência é um bandido, um fora-da-lei, que promove assaltos e roubos. Não na linha de um romântico Robin Hood argentino, mas sim como bandoleiro mesmo, capaz de atos completamente reprováveis. Como transformar alguém assim em mocinho? Complicado! Para contrabalancear isso resolveram destacar seu lado religioso, mas no geral a tentativa de transformá-lo em um verdadeiro herói vai por água abaixo. Por ser uma fita curta, que mal chega nos 80 minutos de duração, o filme se torna assistível, porém nunca chega a ser grandioso ou nada do tipo. Obviamente está muito datado em diversos aspectos (como o romance pouco convincente), mas até que apresenta algumas boas cenas de ação e combates. Em termos amplos é apenas uma diversão romântica ligeira de um passado nostálgico.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Como Agarrar um Milionário
Título no Brasil: Como Agarrar um Milionário
Título Original: How to Marry a Millionaire
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jean Negulesco
Roteiro: Nunnally Johnson, Zoe Akins
Elenco: Betty Grable, Lauren Bacall, Marilyn Monroe, David Wayne, Rory Calhoun, Cameron Mitchell
Sinopse:
Três mulheres, bonitas, charmosas, mas sem nenhum dinheiro, decidem arranjar homens milionários para se casarem, só que nessa busca acabam encontrando o verdadeiro amor. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Charles Le Maire, Travilla). Também indicado ao BAFTA Awards.
Comentários:
Nos dias atuais o filme é mais lembrado pela presença de Marilyn Monroe. Entretanto naquela época Marilyn Monroe ainda não havia atingido o statua de estrela. Ela era a terceira do elenco, logo atrás de Betty Grable e Lauren Bacall, que eram bem mais populares e conhecidas do que ela. Algo que iria mudar com os anos, mas que em 1953 ainda era a ordem natural das coisas. Esse filme surpreende pelo roteiro, que inicialmente tem um tom bem cínico e mordaz. Claro que com o desenvolver do enredo ele se rende a um certo romantismo bobo, típico dos anos 1950, mas até isso acontecer, lá pela parte final do filme, o texto e o argumento surpreendem pela ousadia, mostrando mulheres modernas, que no fundo só estão interessadas mesmo em resolver seus problemas de dinheiro. Marilyn Monroe interpreta a "Loira burra" que seria seu passaporte para a fama. Ela inclusive se destaca dentro do trio principal de atrizes, pelo ótimo talento para comédias. Sua personagem é uma loira linda, mas com problemas de visão, o que rende ótimas sequências de puro humor. Enfim, um clássico da década de 1950, com 3 atrizes excelentes, no auge de suas carreiras.
Pablo Aluísio.
Título Original: How to Marry a Millionaire
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jean Negulesco
Roteiro: Nunnally Johnson, Zoe Akins
Elenco: Betty Grable, Lauren Bacall, Marilyn Monroe, David Wayne, Rory Calhoun, Cameron Mitchell
Sinopse:
Três mulheres, bonitas, charmosas, mas sem nenhum dinheiro, decidem arranjar homens milionários para se casarem, só que nessa busca acabam encontrando o verdadeiro amor. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Charles Le Maire, Travilla). Também indicado ao BAFTA Awards.
Comentários:
Nos dias atuais o filme é mais lembrado pela presença de Marilyn Monroe. Entretanto naquela época Marilyn Monroe ainda não havia atingido o statua de estrela. Ela era a terceira do elenco, logo atrás de Betty Grable e Lauren Bacall, que eram bem mais populares e conhecidas do que ela. Algo que iria mudar com os anos, mas que em 1953 ainda era a ordem natural das coisas. Esse filme surpreende pelo roteiro, que inicialmente tem um tom bem cínico e mordaz. Claro que com o desenvolver do enredo ele se rende a um certo romantismo bobo, típico dos anos 1950, mas até isso acontecer, lá pela parte final do filme, o texto e o argumento surpreendem pela ousadia, mostrando mulheres modernas, que no fundo só estão interessadas mesmo em resolver seus problemas de dinheiro. Marilyn Monroe interpreta a "Loira burra" que seria seu passaporte para a fama. Ela inclusive se destaca dentro do trio principal de atrizes, pelo ótimo talento para comédias. Sua personagem é uma loira linda, mas com problemas de visão, o que rende ótimas sequências de puro humor. Enfim, um clássico da década de 1950, com 3 atrizes excelentes, no auge de suas carreiras.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de julho de 2006
segunda-feira, 15 de maio de 2006
O Poder da Vingança
Título no Brasil: O Poder da Vingança
Título Original: Apache Territory
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Charles R. Marion, George W. George
Elenco: Rory Calhoun, Barbara Bates, John Dehner, Carolyn Craig, Tom Pittman, Leo Gordon
Sinopse:
Logan Cates (Rory Calhoun) é um cowboy errante que viaja pelo país; Ao chegar no Arizona acaba entrando em pleno território Apache. Ele está acompanhado por alguns pioneiros e um pequeno grupo de soldados. O clima deserto e hostil maltrata os viajantes, mas eles seguem em frente. A meta de todos é chegar em um forte da cavalaria situado alguns quilômetros pelo deserto adentro, entretanto antes que isso aconteça são violentamente atacados por um grupo de guerreiros Apaches. E depois disso, desse confronto sangrento, tudo acaba virando uma questão de vida ou morte no meio daquela imensidão inóspita.
Comentários:
Mais um western da Columbia que surpreende. Para os fãs de filmes de faroeste a resposta vem em um só nome: Ray Nazarro! Cineasta bem subestimado, ele rodou algumas das mais criativas fitas de western dos anos 1950. Seu estilo procurava ser o mais realista possível, mostrando a dificuldade de se cruzar um deserto como aquele, onde em estado de necessidade extrema, os verdadeiros aspectos das personalidades dos personagens iam sendo revelados. O filme foi estrelado pelo ator Rory Calhoun, um eficiente intérprete para esse tipo de produção. Outro aspecto digno de nota é que o roteiro do especialista Charles R. Marion mostrava algo que era bem comum e recorrente naqueles anos duros, o rapto e sequestro de mulheres brancas por indígenas, algo pouco falado nos dias de hoje. Afinal havia uma guerra entre brancos e nativos e nessa guerra valia de tudo, algo que passsava bem longe dos tratados de paz. Assim deixo a dica desse faroeste chamado "Apache Territory", um filme que mostra o lado mais cruel daqueles tempos de sangue e morte no deserto.
Pablo Aluísio.
Título Original: Apache Territory
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Charles R. Marion, George W. George
Elenco: Rory Calhoun, Barbara Bates, John Dehner, Carolyn Craig, Tom Pittman, Leo Gordon
Sinopse:
Logan Cates (Rory Calhoun) é um cowboy errante que viaja pelo país; Ao chegar no Arizona acaba entrando em pleno território Apache. Ele está acompanhado por alguns pioneiros e um pequeno grupo de soldados. O clima deserto e hostil maltrata os viajantes, mas eles seguem em frente. A meta de todos é chegar em um forte da cavalaria situado alguns quilômetros pelo deserto adentro, entretanto antes que isso aconteça são violentamente atacados por um grupo de guerreiros Apaches. E depois disso, desse confronto sangrento, tudo acaba virando uma questão de vida ou morte no meio daquela imensidão inóspita.
Comentários:
Mais um western da Columbia que surpreende. Para os fãs de filmes de faroeste a resposta vem em um só nome: Ray Nazarro! Cineasta bem subestimado, ele rodou algumas das mais criativas fitas de western dos anos 1950. Seu estilo procurava ser o mais realista possível, mostrando a dificuldade de se cruzar um deserto como aquele, onde em estado de necessidade extrema, os verdadeiros aspectos das personalidades dos personagens iam sendo revelados. O filme foi estrelado pelo ator Rory Calhoun, um eficiente intérprete para esse tipo de produção. Outro aspecto digno de nota é que o roteiro do especialista Charles R. Marion mostrava algo que era bem comum e recorrente naqueles anos duros, o rapto e sequestro de mulheres brancas por indígenas, algo pouco falado nos dias de hoje. Afinal havia uma guerra entre brancos e nativos e nessa guerra valia de tudo, algo que passsava bem longe dos tratados de paz. Assim deixo a dica desse faroeste chamado "Apache Territory", um filme que mostra o lado mais cruel daqueles tempos de sangue e morte no deserto.
Pablo Aluísio.
sábado, 14 de janeiro de 2006
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