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domingo, 18 de março de 2018

Os Turbulentos

Título no Brasil: Os Turbulentos
Título Original: The Last Posse
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Alfred L. Werker
Roteiro: Seymour Bennett, Connie Lee Bennett
Elenco: Broderick Crawford, John Derek, Charles Bickford
  
Sinopse:
Após uma excursão em busca de bandoleiros e ladrões de banco, um grupo retorna de sua caça sem o dinheiro roubado e sem os principais líderes criminosos da quadrilha. Através de flashbacks o espectador é então levado de volta ao passado, para tentar entender o que de fato teria ocorrido, as traições, subornos e vilanias envolvendo os homens da lei e os bandidos procurados. Afinal o que estaria por trás daquela busca mal sucedida pelas areias do deserto escaldante do velho oeste?

Comentários:
A melhor coisa em "The Last Posse" é o seu roteiro. Nele somos levados várias vezes ao passado da tentativa de captura de um grupo de criminosos no oeste do Alabama. Para muitos o fato dos homens da lei voltarem de mãos vazias de volta à cidade teria sido fruto de pura corrupção: eles na verdade teriam sido comprados pelos bandoleiros com o ouro e o dinheiro roubado que possuíam. Para outros a incompetência do grupo da lei justificaria a não captura dos bandoleiros. Assim o espectador é levado a crer numa ou na outra versão, mostrando a fragilidade da chamada prova testemunhal (muitas vezes conhecida como a "prostituta das provas"). No centro de tudo se destaca a figura do xerife John Frazier (Broderick Crawford), um homem aparentemente honesto, mas com sérios problemas relacionados à bebida. Todos transitam entre o que teria acontecido com o dinheiro roubado, com o destino dos criminosos e a suposta falta de integridade e honestidade dos homens que deveriam zelar pela lei e ordem naquela cidadezinha perdida, esquecida pelos homens e por Deus. No geral "Os Turbulentos" é isso, um bom faroeste B de uma boa safra de filmes da Columbia Pictures que aposta essencialmente em sua bonita fotografia (em preto e branco) e no roteiro esperto e bem escrito.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Tarzan, o Filho das Selvas

Vou fechar o mês falando sobre esse filme que assisti ontem pela primeira vez, isso apesar de ser uma produção antiga, lançada em 1981. É uma espécie de versão mais moderna e sensual de Tarzan (o imortal personagem criado pelo escritor Edgar Rice Burroughs). O filme na época de seu lançamento causou mais repercussão por causa das cenas de nudez da atriz Bo Derek do que por qualquer outro tipo de qualidade cinematográfica que ele tivesse. Esqueceram (ou ignoraram), por exemplo, a ótima atuação de Richard Harris, que está muito inspirado como um aventureiro meio lunático que avança selva adentro em busca de seus sonhos mais alucinados.Antes de qualquer coisa vamos relembrar a estória. Jane (Bo Derek) é uma linda estrangeira que resolve cruzar a África em busca do seu pai, James Parker (Richard Harris). Ela quer criar novamente um laço com ele, após a morte de sua mãe. James nunca foi um sujeito muito comum ou normal, sempre se dedicou a aventuras pelo mundo afora e essa foi uma das razões que levaram seu casamento ao fim. Agora Jane acredita que poderá se reaproximar dele, mesmo e apesar de suas excentricidades embaraçosas. Assim que chega Jane decide seguir ele numa expedição pelos confins do continente africano. E é justamente nessa jornada que ela toma contato pela primeira vez com a lenda de Tarzan, que os nativos consideram um macaco branco, gigante e de extrema força que habita as florestas.

Como era de esperar logo eles se encontram. Jane, virgem e pura, fica obviamente atraída por aquele homem selvagem, musculoso e másculo. Por falar em Tarzan, o ator que o interpreta chamado Miles O'Keeffe não diz nem uma linha de diálogo sequer durante todo o filme. Ele realmente se comporta como um primata criado nas matas, sem qualquer tipo de traço de civilização. O único som que sai de sua boca é o famoso grito dos tempos ainda dos filmes de Johnny Weissmuller. Fora isso, nem um pio é emitido. De modo em geral acabei gostando do filme. Ele não tem roteiro bem elaborado e seu enredo não tem nada demais, porém também não é pura apelação como alguns críticos chegaram a dizer em seu lançamento original. Bo Derek tem suas cenas de nudez, isso é verdade, mas para os padrões de hoje nada é muito ousado ou fora do normal. Acredito que mesmo sendo até despretensioso esse filme tem seu espaço dentro da vasta mitologia do homem macaco.

Tarzan, o Filho das Selvas (Tarzan the Ape Man, Estados Unidos,1981) Direção: John Derek / Roteiro: Tom Rowe / Elenco: Bo Derek, Richard Harris, Miles O'Keeffe / Sinopse: A jovem loira e aristocrática Jane (Bo Derek) decide ir até a África selvagem para encontrar novamente seu pai, James (Harris), um homem excêntrico e incomum que procura por um cemitério de elefantes, onde ele poderá finalmente ficar rico com o marfim que pretende encontrar. No meio da jornada sua filha Jane acaba conhecendo Tarzan, dito até aquele momento como apenas uma lenda criada pelos nativos da região.

Pablo Aluísio.