terça-feira, 19 de julho de 2016

Brigada 49

Título no Brasil: Brigada 49
Título Original: Ladder 49
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jay Russell
Roteiro: Lewis Colick
Elenco: Joaquin Phoenix, John Travolta, Jacinda Barrett
  
Sinopse:
Jack Morrison (Phoenix) é um jovem bombeiro que precisa lidar com a sua conturbada vida pessoal, pois é casado com uma mulher problemática, e sua nova profissão, salvando vidas em situações excepcionalmente perigosas. Sob a supervisão do Capitão Mike Kennedy (Travolta) ele precisa colocar tudo em sua vida nos eixos. Filme indicado ao BMI Film & TV Awards.

Comentários:
Assisti ainda nos tempos do VHS. A recordação, embora um pouco apagada pelo tempo, é a de que gostei do filme. Essa produção foi realizada três anos após os atentados de 11 de setembro quando os bombeiros ganharam definitivamente a pecha de heróis. Eles obviamente já eram vistos assim pela sociedade, mas depois daquele trágico ataque terrorista ficaram ainda mais consagrados dentro do imaginário popular. O filme também faz parte de uma boa fase nas carreiras tanto de Travolta como de Phoenix. O primeiro ainda não tinha engordado e perdido de certo modo o prazer pelo cinema (a morte de um de seus filhos parece ter sido devastador nesse aspecto). O outro ainda era uma grata revelação do cinema americano (e de fato Phoenix se tornaria no mínimo um dos atores mais interessantes nos anos que viriam). O roteiro explora tanto o aspecto pessoal de seus personagens (suas vidas pessoais, relacionamentos, etc) como cenas de ação explorando o combate a incêndios e tragédias. Bem balanceado, é realmente um bom programa para uma tarde sem nada melhor para ver. Recomendaria sem receios, até porque os bombeiros merecem sempre a homenagem, principalmente partindo de bons filmes como esse. Confira se por acaso ainda não assistiu. Vai valer a pena.

Pablo Aluísio.

James Dean

Título no Brasil: James Dean
Título Original: James Dean
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Studios
Direção: Mark Rydell
Roteiro: Israel Horovitz
Elenco: James Franco, Valentina Cervi, Michael Moriarty
  
Sinopse:
Nos anos 1950 um jovem ator chamado James Dean (James Franco) começa a se tornar sensação em Hollywood. Com jeito rebelde e fora dos padrões ele estrela três filmes de grande sucesso de público e crítica (Vidas Amargas, Juventude Transviada e Assim Caminha a Humanidade). O que Dean nem desconfiaria é que sua vida seria breve. Em poucas semanas ele morreria de um terrível acidente na estrada de Salinas. Filme baseado em fatos reais. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator - Telefilme ou Minissérie (James Franco).

Comentários:
Nunca achei grande coisa. Certamente a história de James Dean é bem interessante e daria um belo filme, mas não da forma como tudo aqui foi realizado. Os erros começam pelo ator principal. James Franco não tem cacife para interpretar Dean. Há uma distância muito grande entre sua imagem pública e o mito de James Dean. Além disso ele exagera nos maneirismos e isso estraga em parte sua atuação. Toda caracterização que abraça o cartunesco, o burlesco, cai no vazio. O roteiro também não me agradou muito porque tudo surge de forma muito corrida. Talvez pelo fato de eu ter lido biografias de Dean, onde tudo acontece no seu devido tempo, com detalhes e minúcias, tenha criado em minha mente algo que não correspondeu ao filme. Isso geralmente acontece quando a literatura é adaptada para o cinema. Mesmo assim temos que admitir que em vários aspectos o filme realmente deixa a desejar, seja na produção (tudo bem, é um telefilme, mas era de se esperar um pouco mais de capricho), seja no elenco, figurinos e reconstituição de época, histórica. Sabe aquele tipo de produção que você nunca consegue imergir completamente porque algo soa falso, sem veracidade? Pois é justamente disso que estou escrevendo. O mito James Dean certamente merecia coisa melhor.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Caninos Brancos

Título no Brasil: Caninos Brancos
Título Original: White Fang
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Randal Kleiser
Roteiro: David Fallon, Jeanne Rosenberg, Nick Thiel
Elenco: Ethan Hawke, James Remar, Klaus Maria Brandauer, Seymour Cassel

Sinopse:
Jack Conroy (Ethan Hawke) sonha em ficar rico e para isso resolve subir às montanhas geladas do Alasca em busca de locais onde possa achar ouro. No caminho acaba se tornando amigo de um lobo selvagem que parece se afeiçoar a ele. Jack resolve chamar o novo amigo de "Caninos Brancos". Juntos viverão muitas aventuras no meio da neve e do clima hostil da região.

Comentários:
Produção Disney levemente inspirada em um filme antigo estrelado por Clark Gable chamado "O Grito da Selva". O que temos aqui é um filme muito agradável, com enredo louvando a amizade entre homem e animal que lutam juntos para sobreviver em um lugar onde a natureza se faz presente de forma hostil e severa. Ethan Hawke, que anos depois iria cultivar uma imagem cult aqui se mostra um bom ator de aventuras. Seu companheiro de cena, o tal lobo "Caninos Brancos" rouba o show, mostrando uma postura quase humana. Curiosamente, como sempre acontece em filmes assim com animais, o personagem animal na realidade é "interpretado" por vários lobos diferentes, cada um com sua especialidade (alguns em saltar, outros em correr e por aí vai). Bom entretenimento com o padrão de qualidade Walt Disney para a garotada em geral.

Pablo Aluísio.

O Guia do Mochileiro das Galáxias

Título no Brasil: O Guia do Mochileiro das Galáxias
Título Original: Hitchhiker's Guide to The Galaxy
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Garth Jennings
Roteiro: Douglas Adams
Elenco: Bill Nighy, Alan Rickman, Mos Def, Zooey Deschanel, Sam Rockwell, John Malkovich, Stephen Fry

Sinopse:
A Terra está prestes a ser destruída e varrida  do universo quando dois amigos chamados Arthur Dent e Ford Prefect, resolvem viajar pelo universo de carona. A odisséia será uma surpresa e tanto para todos.
                                                                   
Comentários:
A proposta é diferente e nem todos vão embarcar no humor singular do filme. No fundo o que temos aqui é uma crítica ao próprio sistema governamental inglês, com sua burocracia ineficiente e sem sentido. O livro que deu origem ao filme é muito popular na Europa, tendo ganho várias edições por causa de seu sucesso de vendas. A opinião dos leitores é a de que a literatura é de fato muito superior ao que se vê nas telas, até porque nem sempre é possível fazer uma adaptação eficiente do que está escrito no texto. Em relação aos espectadores brasileiros a situação é ainda mais complicada pois várias das gags ou trocadilhos só fazem sentido em língua inglesa e quando traduzidos perdem muito de seu fino humor. Não recomendo a todo mundo mas apenas aos que gostaram e leram o livro original. Para o resto do público a sensação vai ser estranha e até mesmo bizarra demais, Chegou tão badalado aos cinemas que até me empolguei para assistir. Chegando na sessão a decepção... não conhecia a obra que deu origem ao filme, achei tudo uma bobagem tão grande... tão chatinho. As piadas me fizeram dar os risinhos mais amarelos de toda a minha vida! Com meia hora de exibição pensei comigo mesmo: O que diabos estou fazendo aqui? Enfim, o filme é bem feito, tem boa produção, mas é uma bobageira sem fim. Bola fora.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de julho de 2016

Dois Caras Legais

Título no Brasil: Dois Caras Legais
Título Original: The Nice Guys
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Diamond Films
Direção: Shane Black
Roteiro: Shane Black, Anthony Bagarozzi
Elenco: Russell Crowe, Ryan Gosling, Kim Basinger, Angourie Rice, Margaret Qualley
  
Sinopse:
Jackson Healy (Russell Crowe) e Holland March (Ryan Gosling) são dois detetives particulares que na Los Angeles dos anos 70 tentam desvendar o mistério da morte de uma pornstar chamada Misty Mountains. Todas as pessoas que trabalharam ao seu lado em seu último filme de conteúdo adulto acabaram mortas, o que torna tudo ainda mais misterioso e complexo de se revelar. Por trás de tudo parece haver a mão da própria diretora do departamento de justiça da cidade, a procuradora Judith Kuttner (Kim Basinger). Qual seria a sua real participação em todos aqueles crimes?

Comentários:
Uma comédia estrelada por Russell Crowe?! Bem, isso já seria motivo suficiente para conferir esse "The Nice Guys". O fato dele contracenar com Ryan Gosling (bem mais à vontade fazendo humor) também é outro atrativo. O problema é que o filme não funciona muito bem. A produção passa longe de ser uma comédia realmente divertida e tampouco agrada como fita policial. Ficou assim no meio do caminho em ambos os gêneros cinematográficos, afundando em suas pretensões. Além disso o diretor Shane Black errou feio a mão no corte final do filme, o tornando longo demais para uma fita como essa, aliás longo e arrastado, muitas vezes bocejante e aborrecido. Se isso já não fosse uma sentença de morte para qualquer filme de humor some-se ainda a preguiçosa trama que não traz nenhuma grande surpresa, ficando aquela sensação desagradável de que tudo já foi visto antes - e bem melhor! Uma das poucas coisas interessantes vem do fato da estória se passar na década de 1970. Essa seria uma boa oportunidade para pelo menos rechear a trilha sonora com clássicos musicais da época, mas o diretor Black cochilou também nesse aspecto, só se salvando mesmo os figurinos e uma ou outra citação sobre a cultura pop (como, por exemplo, quando um cartaz de "Tubarão 2" surge em uma rodovia expressa). Em termos de elenco quem acabou se saindo melhor foi Crowe, o que não deixa de ser uma surpresa. Seu segredo para sair menos chamuscado dessa fraca comédia foi não ter bancado o engraçadinho, tentando fazer o espectador rir com caretas e coisas do tipo. Na verdade Crowe parece estar em um filme sério, sem gracinhas, atuando de cara fechada. Já Ryan Gosling tenta ser um pouco mais divertido, apostando até mesmo em uma interpretação mais caricatural. Afinal alguém tinha que bancar o engraçado. Pena que ele funcione melhor em outro tipo de filme, onde interpreta sujeitos esquisitos, bizarros e fora do comum. Aqui seu personagem não consegue cativar o espectador. Nem a curiosidade de rever a atriz Kim Basinger salva "The Nice Guys" de ser uma chatice! Enfim, diante de tudo isso o saldo é negativo. Com essa boa dupla de atores daria certamente para realizar um filme melhor... bem melhor do que isso.

Pablo Aluísio.

Os Cavaleiros da Sombra

Título no Brasil: Os Cavaleiros da Sombra
Título Original: The Shadow Riders
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Entertainment
Direção: Andrew V. McLaglen
Roteiro:  Louis L'Amour, Jim Byrnes
Elenco: Tom Selleck, Sam Elliott, Dominique Dunne, Ben Johnson, Geoffrey Lewis
  
Sinopse:
Dois irmãos, Mac (Tom Selleck) e Dal Traven (Sam Elliott) retornam da guerra civil após o seu fim. Eles pretendem retomar o trabalho no rancho de sua família, mas ao chegarem lá descobrem que suas irmãs foram levadas por bandoleiros e foras-da-lei que infestam a região. Sem pensar duas vezes os dois irmãos então resolvem partir para o acerto de contas, restabelecendo a justiça naquela terra esquecida por Deus.

Comentários:
Telefilme muito bom, acima da média, que chegou a ser lançado no mercado de vídeo no Brasil nos tempos do VHS. É curioso que nessa mesma época o ator Tom Selleck foi convidado pelos diretores Steven Spielberg e George Lucas para estrelar seu novo filme, nada mais, nada menos, do que "Os Caçadores da Arca Perdida"! Pois é, Selleck foi o primeiro ator a ser pensado para interpretar o famoso Indiana Jones. Infelizmente para todos os envolvidos ele não poderia fazer o filme pois havia assinado um contrato de exclusividade com o canal CBS, onde trabalhava atuando como o detetive Magnum na série de mesmo nome. Para amenizar um pouco a frustração de não ter feito uma das maiores bilheterias da história do cinema, Selleck acabou atuando nesse faroeste feito para a TV, para ser exibido na própria CBS. O resultado acabou sendo muito bom. O filme é bem realizado, tem uma produção muito boa (o que é de surpreender pelo fato de ser um telefilme) e ainda conta com um elenco realmente muito bom, com destaque para Sam Elliott, sempre uma excelente opção para esse tipo de filme ambientado no velho oeste americano.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de julho de 2016

Deadpool

Título no Brasil: Deadpool
Título Original: Deadpool
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Tim Miller
Roteiro: Rhett Reese, Paul Wernick
Elenco: Ryan Reynolds, Morena Baccarin, Ed Skrein, T.J. Miller
  
Sinopse:
Wade Wilson (Ryan Reynolds) é um mercenário que, prestes a se casar com o amor de sua vida, é diagnosticado com um câncer extremamente agressivo. Com a morte certa batendo sua porta ele resolve participar de um "tratamento" que parece ser sua última esperança de vida. O que Wade não sabe é que tudo não passa de uma armadilha que a despeito disso tudo acaba despertando mudanças em seu corpo que o tornam praticamente um ser imune a morte e ferimentos, inclusive com capacidade de regeneração de órgãos de seu corpo. Nasce assim Deadpool, um "herói" diferente, que sequer deseja seguir os passos de outros super-heróis, pois ele definitivamente não se vê como um deles.

Comentários:
Quem diria que o ator Ryan Reynolds conseguiria dar a volta por cima nesse mundo de adaptações em quadrinhos depois do fracasso de "Lanterna Verde"? O fato porém é que ele conseguiu superar aquela péssima experiência, pois esse "Deadpool" é seguramente uma das mais divertidas transposições de personagens da Marvel para o cinema que já assisti. Gostei de praticamente tudo, embora não seja um leitor de quadrinhos achei o roteiro muito bem escrito, cheio de ironias e piadinhas que funcionam muito bem. O personagem Deadpool é bem conhecido por ser um sujeito que nunca se leva muito à sério e os roteiristas foram pelo mesmo caminho, inclusive usando de auto ironias em relação ao próprio filme em si. O protagonista, por exemplo, conversa com o público, olhando para a câmera, com várias sacadas divertidas. Numa delas ele brinca com o fato de que apesar de Deadpool fazer parte de certa forma do universo dos X-Men, praticamente nenhum deles surge no filme, a não ser o brutamontes Colossus e a adolescente Negasonic Teenage Warhead, dois personagens secundários. Por falar nessa última, as piadas de Deadpool em relação a ela (e de quebra em relação à própria adolescência em si) são as melhores coisas do filme. Há uma variedade de citações divertidas sobre o universo e a cultura pop que funcionam muito bem, inclusive na última cena, já depois dos créditos, em que Deadpool satiriza uma das cenas mais engraçadas do clássico juvenil "Curtindo a vida adoidado". Só vendo para crer. Em termos de elenco além da boa atuação de Ryan Reynolds ainda temos a brasileira Morena Baccarin como a namorada de Wade Wilson / Deadpool. Ela que já havia se destacado em tantas séries americanas como "Homeland" (onde interpretava Jessica Brody, esposa do militar enlouquecido e doutrinado Brody) traz para esse filme um elemento de identificação e familiaridade para todos nós, brasileiros. Enfim, temos aqui um filme que deu realmente muito certo, divertido e ótimo passatempo. Que venham mais filmes com esse herói sui generis e nada convencional.

Pablo Aluísio.

Kill Command

Título Original: Kill Command
Título no Brasil: Ainda não definido
Ano de Produção: 2016
País: Inglaterra
Estúdio: Vertigo Films
Direção: Steven Gomez
Roteiro: Steven Gomez
Elenco: Vanessa Kirby, Thure Lindhardt, Tom McKay
  
Sinopse:
Em um futuro próximo um grupo de soldados são enviados para um planeta distante para completar seu treinamento. O lugar, uma selva fechada, está toda monitorada por drones observadores das operações, porém algo sai errado. As máquinas começam a desenvolver uma inteligência artificial, caçando e eliminando todos os humanos que encontram pela frente.

Comentários:
Produção inglesa B de ficção. Com o avanço da computação gráfica até mesmo filmes menores como esse, que possuem orçamento restrito, acaba dando ao espectador um bom resultado, isso em termos de efeitos especiais. É curioso como a tecnologia realmente está disponível a todos. No caso desse filme temos basicamente um roteiro que explora a luta entre seres humanos e máquinas assassinas. Tudo muito básico. Os militares chegam em um planeta e começam a ser caçados por máquinas cujo protocolo de programação saiu do que era esperado. Ao lado dos soldados se destaca a presença de uma mulher, ou quase isso. Mills (Vanessa Kirby) foi geneticamente modificada, tendo a capacidade de entrar em sistemas tecnológicos sem nenhum equipamento eletrônico. Ela tenta deter o avanço das máquinas, até porque participou de seu projeto inicial, enquanto seus colegas vão sendo mortos em série. Como diversão B até que esse filme diverte. De certa maneira tudo parece mais um game, onde o mais importante é sobreviver. O design das máquinas de guerra são bem interessantes e isso acaba sendo o maior atrativo desse filme que muito provavelmente não será lançado comercialmente no Brasil.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Contos Assombrosos

Título no Brasil: Contos Assombrosos
Título Original: Amazing Stories
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Amblin Entertainment, Universal Television
Direção: Steven Spielberg, Joshua Brand, John Falsey
Roteiro: Joshua Brand, John Falsey
Elenco: Kevin Costner, Charles Durning, Dom DeLuise, Christopher Lloyd
  
Sinopse:
Fita com três episódios da série "Amazing Stories" entre elas "Pilot" onde Kevin Costner interpretava um piloto da Segunda Guerra Mundial e "Professor B.O. Beanes" onde o ator Christopher Lloyd interpretava um professor sádico que literalmente perdia sua cabeça. Por fim em "The Mummy" um dublê de filmes de terror passava por apuros ao ter que sair rapidamente do set de filmagens para encontrar sua esposa no hospital onde ela estava tendo seu filho. Muita diversão e humor com a marca registrada de Steven Spielberg, em seu auge na carreira.

Comentários:
Vamos voltar um pouquinho aos anos 80? Naquela década não existia internet, nem TV a cabo e nem muito menos o mundo digital que conhecemos hoje em dia. A maioria das séries americanas não passavam na TV aberta brasileira (que era a única que existia). Por isso algumas fitas VHS (lembra delas?) chegavam ao nosso mercado com episódios dessas mesmas séries. Uma delas era especialmente interessante porque era produzida pelo genial Steven Spielberg. Assim por volta de 1986 o selo CIC começou a lançar episódios de "Amazing Stories" com o título de "Contos Assombrosos". Na primeira fita tínhamos 3 deles. No primeiro o astro Kevin Costner interpretava um piloto da força aérea americana que se via numa situação absurda: o trem de pouso de seu avião era destruído pelos inimigos! Sem ter como pousar ele acaba sendo abençoado por uma solução mágica! (só vendo para crer). Outro episódio trazia Christopher Lloyd (o cientista maluco de "De Volta Para O Futuro") em outro conto com muito realismo (nem tanto) fantástico! Eram tempos muito complicados para quem era fã da sétima arte, porém havia também muita alegria em chegar numa locadora e alugar uma série americana que quase ninguém tinha visto. Bons tempos aqueles...

Pablo Aluísio.

O 13º Guerreiro

Título no Brasil: O 13º Guerreiro
Título Original: The 13th Warrior
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: John McTiernan
Roteiro: Michael Crichton, William Wisher Jr
Elenco: Antonio Banderas, Diane Venora, Dennis Storhø
  
Sinopse:
No século VIII o poeta Ahmed Ibn Fahdlan (Antonio Banderas) é enviado para terras distantes após se envolver com uma mulher errada, devidamente comprometida com outro homem, poderoso e influente. Nessa terra do norte acaba entrando em contato com os povos de origem Viking. Lá acaba sendo arrastado por uma velha profecia que dizia haver 13 homens guerreiros escolhidos para vencer um terrível mal que se abate sobre aquela comunidade. Filme indicado ao International Film Music Critics Award na categoria de Melhor Trilha Sonora incidental (Jerry Goldsmith).

Comentários:
O filme foi dirigido pelo competente diretor de ação John McTiernan, a estória é baseada em livro escrito por Michael Crichton e o elenco liderado pelo carismático ator Antonio Banderas, mas nada disso ajuda. O filme simplesmente não funciona. A culpa? Talvez tenha faltado uma melhor adaptação em termos de roteiro. Falando de maneira bem simples e direta: "The 13th Warrior" é simplesmente chato! Isso mesmo, parece óbvio, mas é a verdade. O espectador fica logo aborrecido com o roteiro que surge muito truncado, sem desenvolvimento, sem atração. Com isso tudo acaba ruindo. Os figurinos são interessantes, porém a fotografia - extremamente cinzenta e escura - mais atrapalha do que ajuda. A tese que o roteiro também tenta defender - a de que os povos do oriente eram superiores aos europeus brutos e selvagens da época também soa fora do bom senso. Pura propaganda ideológica moura (para usar uma expressão antiga). Em termos de bilheteria o filme naufragou. Todo filmado em belas paisagens do Canadá com orçamento generoso de 85 milhões de dólares não conseguiu recuperar o investimento nos cinemas e nem tampouco no mercado de vídeo depois. Assim não sobrou realmente muita coisa para celebrar. O filme é no final das contas apenas mal sucedido, tanto em termos de qualidade cinematográfica como comerciais. Bola fora medieval.

Pablo Aluísio.