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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Caninos Brancos

Título no Brasil: Caninos Brancos
Título Original: White Fang
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Randal Kleiser
Roteiro: David Fallon, Jeanne Rosenberg, Nick Thiel
Elenco: Ethan Hawke, James Remar, Klaus Maria Brandauer, Seymour Cassel

Sinopse:
Jack Conroy (Ethan Hawke) sonha em ficar rico e para isso resolve subir às montanhas geladas do Alasca em busca de locais onde possa achar ouro. No caminho acaba se tornando amigo de um lobo selvagem que parece se afeiçoar a ele. Jack resolve chamar o novo amigo de "Caninos Brancos". Juntos viverão muitas aventuras no meio da neve e do clima hostil da região.

Comentários:
Produção Disney levemente inspirada em um filme antigo estrelado por Clark Gable chamado "O Grito da Selva". O que temos aqui é um filme muito agradável, com enredo louvando a amizade entre homem e animal que lutam juntos para sobreviver em um lugar onde a natureza se faz presente de forma hostil e severa. Ethan Hawke, que anos depois iria cultivar uma imagem cult aqui se mostra um bom ator de aventuras. Seu companheiro de cena, o tal lobo "Caninos Brancos" rouba o show, mostrando uma postura quase humana. Curiosamente, como sempre acontece em filmes assim com animais, o personagem animal na realidade é "interpretado" por vários lobos diferentes, cada um com sua especialidade (alguns em saltar, outros em correr e por aí vai). Bom entretenimento com o padrão de qualidade Walt Disney para a garotada em geral.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de abril de 2014

A Lagoa Azul

Título no Brasil: A Lagoa Azul
Título Original: The Blue Lagoon
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Randal Kleiser
Roteiro: Douglas Day Stewart baseado no livro de Henry De Vere Stacpoole
Elenco: Brooke Shields, Christopher Atkins, Leo McKern

Sinopse:
Casal de náufragos vive em ilha perdida no pacífico sul. Juntos vão crescendo e vivendo as primeiras experiências amorosas e sentimentais. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Fotografia (Néstor Almendros). Indicado ao Globo de Ouro na categoria de revelação masculina (Christopher Atkins). "Vencedor" do Framboesa de Ouro na categoria Pior Atriz (Brooke Shields).

Comentários:
Se você perguntasse a um jovem do começo da década de 80 quem ele levaria para uma ilha deserta era quase certo que ele responderia: Brooke Shields. O filme "A Lagoa Azul" estaria em cartaz e a bela adolescente fazia parte do imaginário romântico e sexual de todo garoto daqueles anos. De certa forma "A Lagoa Azul" era o sonho de todo rapaz apaixonado. Ficar sozinho com uma linda jovem em uma ilha paradisíaca no meio do Oceano. O roteiro foi escrito a partir do famoso livro do romancista inglês Henry De Vere Stacpoole. A estória em si já é uma miscelânea dos ideais românticos que se espalharam pela literatura no começo do século XX. Lá está a jovem donzela, o garoto, quase homem, que a venera e o cenário extremamente bucólico ao redor. Além do romantismo, "A Lagoa Azul" ainda pincela momentos que de uma forma ou outra revisitam o livro do gênesis da Bíblia. Pois ambos são puros de coração mas vão aos poucos se descobrindo, perdendo a inocência original.

O filme foi realizado nas lindas locações das ilhas Fiji. Houve um certo desconforto com as muitas cenas sensuais e de nudez pois a atriz Brooke Shileds era menor de idade. Com extrema sensibilidade o diretor  Randal Kleiser resolveu então com habilidade na edição suavizar esses momentos, deixando tudo com um olhar de muito bom gosto, conseguindo ser sensual sem se tornar vulgar ou apelativo. Com isso a produção conseguiu uma classificação etária que não prejudicasse sua bilheteria. E por falar em bilheterias "A Lagoa Azul" se tornou um filme extremamente lucrativo para o estúdio. Com custo reduzido de meros quatro milhões de dólares conseguiu render quase 80 milhões ao redor do mundo, um resultado realmente excepcional para a Columbia que dessa forma encheu seus cofres, superando uma velha crise financeira que teimava em persistir por anos. O sucesso transformou  Brooke Shields em estrela, conseguindo um bom espaço que só não foi maior por causa de erros na administração de sua carreira. Pior aconteceu com seu parceiro de cena, Christopher Atkins, que não conseguiu alcançar maiores vôos. De qualquer modo mesmo tendo consciência que o filme envelheceu e que de certa forma saturou por ter sido muito satirizado ao longo dos anos, não há como negar que ainda continua charmoso e muito romântico, quase atemporal. Se você é uma pessoa que ainda acredita no amor não deixe de assistir "A Lagoa Azul".

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Grease - Nos Tempos da Brilhantina

Grease significa literalmente graxa em português. Não que esse famoso musical fosse sobre mecânicos e seu trabalho diário com graxa, nada disso, graxa aqui é uma gíria usada para nomear a famosa brilhantina usada nos cabelos pelos jovens da década de 50. O produto era tão oleoso e pegajoso que mais parecia uma graxa daquelas que se usavam nos motores dos carros! Mas deixemos essa curiosidade de lado. Grease - Nos Tempos da Brilhantina foi certamente um dos melhores musicais já feitos na história do cinema. Adaptado de uma famosa peça da Broadway escrita por Jim Jacobs e Warren Casey o filme atravessou gerações e até hoje encanta por ser divertido, romântico e ter uma trilha sonora recheada de canções maravilhosas. É curioso porque a cada 20 anos surge um clima de saudosismo sobre a década que ficou. Hoje por exemplo vivemos uma onda de nostalgia em cima dos artistas e da cultura da década de 80, então nos anos 70 a saudade bateu em cima dos anos 50. Grease foi a melhor produção que captou esse clima que pairava naqueles anos. O elenco principal reunia dois jovens atores, muito talentosos e já naquela época bem famosos: John Travolta e a maravilhosa Olivia Newton-John de tantos sucessos nas paradas musicais e nas bilheterias de cinema.

O enredo do filme tenta reproduzir os antigos filmes de verão dos anos 50. Geralmente neles acompanhamos o relacionamento de dois jovens que na flor da idade se entregam ao amor adolescente em algum lugar tipicamente de férias. Grease não é nada muito diferente disso. O grande diferencial realmente vem nas canções e nas coreografias, todas muito bem realizadas  por todo o elenco. Travolta, jovem e no auge de seu rebolado, imprime nuances de seu trabalho anterior, o grande sucesso "Os Embalos de Sábado à Noite". Pra falar a verdade ele apenas levou seu Tony Manero para a década de 50. Já a cantora e atriz Olivia Newton-John inauguraria com Grease a melhor fase de toda sua carreira. Depois do sucesso desse filme ela emplacou outras produções musicais nos cinemas como o sempre lembrado Xanadu. Se você gosta de filmes musicais alto astral, com muita dança e ótimas canções então Grease é mais do que recomendado. Um filme que parece não envelhecer nunca, ainda mantendo o mesmo charme e o carisma de quando foi lançado. Não deixe de assistir e se divirta!

Grease - Nos Tempos da Brilhantina (Grease, Estados Unidos, 1978) Direção: Randal Kleiser / Roteiro: Bronte Woodard, Allan Carr baseados no musical "Grease" de Jim Jacobs e Warren Casey / Elenco: John Travolta, Olivia Newton-John, Stockard Channing, Jeff Conaway / Sinopse: Danny Zuko (John Travolta) conhece Sandy Olsen (Olivia Newton-John) durante as férias de verão. De volta às aulas descobre que ela é a nova garota caloura na escola onde estuda. O problema é que Zuko tem que manter sua fama de mau com seus amigos de turma e para isso terá que esnobar e fazer pouco caso de Sandy, embora por dentro ainda esteja completamente apaixonado por ela. Baseado no famoso musical da Broadway, Grease.

Pablo Aluísio.