sexta-feira, 10 de abril de 2015

Mr. Jones

Título no Brasil: Mr. Jones
Título Original: Mr. Jones
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Anchor Bay Films
Direção: Karl Mueller
Roteiro: Karl Mueller
Elenco: Jon Foster, Sarah Jones, Mark Steger
  
Sinopse:
Um jovem casal decide ir para uma cabana no meio da floresta. Lá eles pretendem revitalizar o relacionamento ao mesmo tempo em que Scott (Jon Foster), o marido, pretende rodar um documentário sobre a natureza. Eventualmente acabam esbarrando em uma figura estranha, um homem que vive isolado no meio da mata, sem contato com ninguém há anos. Penny (Sarah Jones) acaba descobrindo ser Mr. Jones, um nome bem conhecido no mundo das artes em Nova Iorque. Há anos ele havia enviado suas peças (na verdade espantalhos criados com objetivos desconhecidos) para várias pessoas ao redor do mundo e essas esculturas acabaram sendo reconhecidas como grandes obras de arte. Mas a dúvida sempre permaneceu na mente de todos: afinal quem seria mesmo esse misterioso Mr. Jones?

Comentários:
Filme de terror que procura seguir a estética do sucesso "A Bruxa de Blair". Claro que esse estilo de filme já aborreceu muita gente, mas podem ficar mais tranquilos pois "Mr. Jones" não é tão intencionalmente mal filmado como esse "clássico" que acabou dando origem ao subgênero Mockumentary. O roteiro não me surpreendeu muito, a não ser nos vinte minutos finais quando ele dá uma guinada e joga todos os personagens em um verdadeiro mundo de delírios e pesadelos, isso literalmente falando. Se você é daquele tipo de espectador que gosta de ter tudo explicadinho, certamente vai ficar desapontado com esse roteiro, pois na realidade ele não parece estar preocupado em decifrar muita coisa. Depois que o filme termina o público terá que catar pequenas pistas que são dadas ao longo da duração para montar seu próprio painel explicativo sobre tudo o que assistiu. O estreante diretor Karl Mueller merece, pelo menos pela coragem, algum tipo de elogio por ter escolhido ir por esse caminho. Em termos de elenco o destaque vai para a atriz Sarah Jones no papel de Penny. Eu sempre gostei muito do trabalho dela, principalmente em séries como "Vegas", "Alcatraz" e "Justified". Aqui ela surge mais bonitinha do que nunca, o que ajudou bastante a passar o tempo enquanto as coisas não ficavam muito claras. No final das contas ela acaba sendo mesmo o grande atrativo para conferir mais essa fita de terror.

Pablo Aluísio.

Os Últimos Cavaleiros

Na Europa medieval um rico senhor feudal, Lord Bartok (Morgan Freeman), é convocado para comparecer na corte, no gabinete do ministro Gezza Mott (Aksel Hennie). Ele é um membro corrupto do governo imperial e está atrás de puro suborno. O nobre Bartok porém se recusa a lhe dar uma grande fortuna em dinheiro, pois entende que isso corrompe os valores mais importantes da nação. Agindo assim acaba ganhando um inimigo poderoso, que estará disposto a tudo para colocar o seu clã Bartok em desgraça. O íntegro e honesto Lord só conta porém com a ajuda do comandante Raiden (Clive Owen), seu braço direito. A luta pela busca do poder será brutal. "Last Knights" é uma nova aventura que está chegando nas telas. A proposta é realizar um filme à moda antiga, passada na era medieval, embora o roteiro nunca deixe claro em que país se passe a estória. Isso é bem curioso e a direção de arte do filme, que usa elementos de culturas diferentes, parece confirmar a intenção de seus realizadores em não determinar em que nação se desenvolve todo o enredo. Em termos de elenco se destaca novamente Morgan Freeman. Sua participação porém dentro do roteiro é breve. Embora seja um dos personagens centrais do argumento ele logo deixa a cena, abrindo margem para a sede de vingança do personagem interpretado por Clive Owen.

A produção é bem feita, embora não seja excepcional. Nos tempos atuais não há mais a construção de grandes cenários, sendo tudo criado em computador, em pura realidade virtual. Assim os grandes castelos e muralhas são apenas técnicas da mais pura computação gráfica. Algumas vezes funciona, mas devo confessar que em certos momentos tudo me pareceu pouco convincente. Não me passou veracidade. O roteiro também não traz maiores novidades, se concentrando na velha fórmula da vingança pessoal. Há uma quebra de ritmo na segunda metade do roteiro que poderá desagradar a algumas pessoas. De bom mesmo eu apontaria as boas cenas de lutas de espadas e uma ou outra bem realizada sequência de ação. "Last Knights" não chega a ser um grande filme, mas diverte, sem maiores pretensões.

Os Últimos Cavaleiros (Last Knighs, EUA, 2015) Direção: Kazuaki Kiriya / Roteiro: Michael Konyves, Dove Sussman / Elenco: Clive Owen, Morgan Freeman, Aksel Hennie / Sinopse: Comandante feudal (Owen) parte em busca de vingança após seu senhor (Freeman) ser morto por se recusar a pagar suborno a um importante e poderoso ministro da corte do Imperador. Dado como irrelevante e decadente ele está disposto a tudo para honrar o nome de seu clã de cavaleiros guerreiros.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Kurt Cobain: Montage of Heck

Título no Brasil: Ainda Sem Título Definido
Título Original: Kurt Cobain - Montage of Heck
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Documentary Films
Direção: Brett Morgen
Roteiro: Brett Morgen
Elenco: Kurt Cobain, Courtney Love, Krist Novoselic, Don Cobain, Jenny Cobain, Kim Cobain
  
Sinopse:
Documentário do canal HBO que conta a história de vida do cantor, compositor e líder do grupo Nirvana, Kurt Cobain (1967 - 1994). Através de entrevistas, filmagens caseiras e momentos captados durante shows da banda de rock, o espectador é levado de volta aos anos 1990, quando o Nirvana acabou se tornando um dos mais populares grupos de rock da história. A esposa de Kurt, Courtney Love, e o colega de banda Krist Novoselic são apenas algumas das pessoas que relembram em suas memórias a trajetória de Kurt rumo ao sucesso.

Comentários:
Não é o primeiro e nem tampouco será o último documentário explorando a vida do líder do grupo de rock Nirvana, mas certamente é um dos melhores já realizados. O diferencial fica no fato de que tudo foi produzido com o apoio da família Cobain, de sua esposa Courtney Love e dos demais donos dos direitos autorais da obra do grupo, o que significa que não existiram limites no uso da música do Nirvana e nem das cenas amadoras em Super-8 que pertenceram à família do músico em sua produção. Esse tipo de situação, a de um documentário sobre o Nirvana sem a utilização das músicas da banda, já tinha me aborrecido antes em outros documentários. Aqui pelo menos esse problema não existe. O filme se propõe a contar a vida de Kurt, desde a infância do roqueiro em Aberdeen, com muitas imagens tiradas do acervo particular da família Cobain, passando por sua juventude traumática marcada pelo divórcio dos pais até o sucesso como rockstar. 

O diretor teve uma ótima ideia ao utilizar diversas animações para contar parte da juventude de Kurt. Sem imagens ou fotos, ele acertou em cheio ao utilizar essa técnica. Essa fase foi uma das mais marcantes de sua vida pois ele sentiu muito o fato de não ter um lar estruturado. Com a separação dos pais ele ficou indo de casa em casa, tentando se adaptar, ora com o pai, ora com a mãe ou os avós, mas sempre sem sucesso. Praticamente largado na rua, acabou trilhando o caminho para a formação de sua banda de rock, algo que mudaria sua vida para sempre. Também há uma bem bolada animação de desenhos feitos pelo próprio Kurt. Seu diário pessoal acabou servindo de rica fonte de informações para o roteiro. A história de vida de Kurt Cobain assim vai sendo narrada, principalmente fundamentada em diversas entrevistas de pessoas que foram importantes em sua vida. O documentário é longo, com mais de duas horas e meia de duração, mas jamais cansa o espectador. Essa história é tão interessante que jamais poderia se tornar tediosa. No final temos mais um belo trabalho de resgate da história do rock, tudo realizado com extremo bom gosto e riqueza de detalhes. Um filme tão bom que certamente interessará todos os que gostam de um bom documentário musical e não apenas aos fãs do Nirvana. 

Pablo Aluísio.

Coragem Sob Fogo

Título no Brasil: Coragem Sob Fogo
Título Original: Courage Under Fire
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox 2000 Pictures
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Patrick Sheane Duncan 
Elenco: Denzel Washington, Meg Ryan, Lou Diamond Phillips
  
Sinopse:
O tenente-coronel Nathaniel Serling (Denzel Washington) é designado para investigar o passado da tenente Karen Emma Walden (Meg Ryan), morta durante a operação Tempestade do Deserto, quando os Estados Unidos invadiram o Iraque nos anos 1990. A Casa Branca quer honrar sua memória lhe dando postumamente a Medalha de Honra, a mais alta condecoração militar do país. O momento se mostra ótimo para isso pois ela seria a primeira mulher a ser honrada com a medalha, o problema é que Serling acaba descobrindo que ela não era exatamente a heroína que todos procuravam. Filme indicado ao Chicago Film Critics Association Awards na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington).

Comentários:
Achei bem morno para falar a verdade. De fato o filme prometia, havia uma boa trama envolvida (que aproveitava o momento histórico da intervenção americana no Oriente Médio), um diretor competente (Edward Zwick, quase sempre impecável) e uma dupla de protagonistas muito boa formada por Denzel Washington e Meg Ryan. Ele vinha de dois filmes que não tinham feito muito sucesso de bilheteria, "Assassino Virtual" e "O Diabo Veste Azul", ambos colocando em dúvida sua capacidade de se transformar em um astro do primeiro time de Hollywood. Ela também queria mudar um pouco o rumo de sua carreira após virar a nova "namoradinha da América" ao estrelar uma sequência de filmes do gênero comédia romântica. Assim tínhamos uma equipe muito boa de profissionais competentes do ramo, o problema é que infelizmente, mesmo com todos os ingredientes presentes algo acabou saindo errado, fazendo com que a fórmula não fosse muito bem sucedida. Foi o que aconteceu aqui. O filme não decola e fica girando em círculos. Mesmo com os atores empenhados em fazer tudo dar certo. Há farto uso de flashbacks e eles acabam cansando um pouco. É aquele tipo de filme que você assiste uma vez na vida e depois ou perde o interesse em revê-lo ou simplesmente o esquece completamente. Definitivamente não cumpriu tudo aquilo que havia prometido.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Amazônia em Chamas

Esse é um telefilme muito bem intencionado, mas também bem bobo em seus resultados finais, que acabou sendo realizado em homenagem à memória do ativista brasileiro Chico Mendes, interpretado pelo sempre competente Raul Julia. Um dos aspectos que mais me chamaram a atenção nesse roteiro foi que seus escritores varreram para debaixo do tapete o lado socialista de Mendes, o transformando em um puro ecologista de bom coração. Como todos sabemos antes de se posicionar como ecologista, Chico Mendes estava mais interessado nas péssimas condições de trabalho dos seringueiros de sua região, além disso ele sempre foi um socialista, de corpo e alma (e nunca escondeu isso de ninguém). Por certo o diretor John Frankenheimer percebeu que isso não seria muito bem visto por ingleses e americanos e então tudo foi, não diria escondido, mas sim amenizado, omitido de propósito. 

Provavelmente o maior defeito desse filme foi não escolher um ator brasileiro para viver Chico. Raul Julia era de fato um excelente ator, mas não consegue passar veracidade, principalmente para nós, brasileiros, que ficamos com aquela sensação ruim de ver um Chico Mendes para gringo ver. Sinceramente não tenho nenhum receio em dizer que ele não me convenceu em nenhum momento. Diante de tudo isso a única forma de gostar mais do filme é o de encara-lo como uma novela, um romance baseado em fatos reais, tudo bem romanceado mesmo. Historicamente a produção é bem equivocada, mas como puro divertimento ainda vale um pouco, se você não for muito crítico em relação ao que está vendo. 

Amazônia em Chamas (The Burning Season, Estados Unidos, 1994) Direção: John Frankenheimer / Roteiro: Andrew Revkin, William Mastrosimone / Elenco: Raul Julia, Edward James Olmos, Sônia Braga / Sinopse: o filme conta a história real do ativista ambiental brasileiro Chico Mendes, assassinado por causa de sua nobre luta em prol da preservação da Amazônia. Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Telefilme, Melhor Ator - telefilme (Raul Julia) e Melhor Ator Coadjuvante (Edward James Olmos).

Pablo Aluísio.

O Sombra

Não gostei dessa adaptação dos quadrinhos. Em uma época em que não havia ainda esse boom de personagens de comics sendo adaptados para o cinema surgiu esse "O Sombra" nas telas americanas. Por lá o filme fracassou, o que inviabilizou seu lançamento em nossos cinemas. Assim no Brasil seu lançamento se deu mesmo no mercado de vídeo VHS. Esperando pelo melhor resolvi locar e me decepcionei completamente. O personagem principal, Lamont Cranston (Alec Baldwin), é um sujeito aparentemente normal que encarna esse herói chamado "Sombra" que sai pelas ruas escuras combatendo seus inimigos que planejam construir uma bomba nuclear para jogar em Nova Iorque. Ele tem um jeito estranho de ser, com risadas estridentes e muito exagero - com direito inclusive a levantar de sobrancelhas e caretas, entre outras coisas do tipo.

Parece um canastrão do mundo dos super-heróis. Sei que ele já havia sido adaptado muitas décadas antes, em especial nos anos 1940. Naqueles tempos pode ser que funcionasse, já cinquenta anos depois só fiquei mesmo com vergonha alheia de Baldwin tentando convencer no papel. Dito isso é bom salientar também que em termos de produção o filme não é ruim e não deixa a desejar - tem boa fotografia, ótimos figurinos, bem realizados efeitos especiais e uma direção de arte para lembrar mesmo o mundo dos gibis. Só não conseguiu mesmo me agradar... pode até ser que seja algo puramente pessoal... quem sabe! De qualquer maneira minha decepção foi maior porque Russell Mulcahy sempre foi um cineasta que admirei e respeitei. Nessa fita ele apenas me decepcionou.

O Sombra (The Shadow, Estados Unidos, 1994) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Walter B. Gibson, David Koepp / Elenco: Alec Baldwin, John Lone, Penelope Ann Miller / Sinopse: O filme mostra a adaptação para o cinema de um famoso personagem em quadrinhos do passado. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Figurino, Melhor Música, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Atriz (Penelope Ann Miller).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Alguém Para Dividir os Sonhos

Para muitas pessoas os filmes sobre doenças mentais não são muito interessantes. Alguns até evitam assistir algo nesse sentido. A verdade é que muitos procuram o cinema apenas como diversão escapista e nada mais. Bom, se esse não for o seu caso, se você estiver mesmo interessado em assistir um bom drama sobre esquizofrenia (um mal terrível que acomete milhões ao redor do mundo) eu recomendo esse muito bom "Alguém Para Dividir os Sonhos". A trama gira em torno de Matthew (Matt Dillon), um jovem esquizofrênico que acaba reencontrando o prazer da vida ao encontrar com Jerry (Danny Glover), um pobre homem negro que vive há muitos anos nas ruas. Como Matthew é despejado de seu apartamento e acaba virando um sem-teto, ambos começam a se apoiar mutuamente. 

Já que é um veterano, Jerry vai ensinando a seu jovem pupilo como sobreviver nas ruas, transformando o que seria inicialmente uma amizade numa verdadeira relação entre pai e filho. Um roteiro muito tocante, humano, que investe nos que estão à margem da sociedade, na realidade dos pobres, dos abandonados, dos excluídos e dos doentes mentais. Também revela indiretamente a verdadeira face cruel do selvagem capitalismo americano, mostrando que naquela nação, ao contrário do que muitos pensam, também existe muita pobreza e injustiça social, principalmente para os que não se enquadram dentro de seu sistema social e financeiro. Filme indicado ao Chicago Film Critics Association Awards na categoria de Melhor Ator (Matt Dillon). Também indicado aos prêmios do Toronto International Film Festival e Stockholm Film Festival. 

Alguém Para Dividir os Sonhos (The Saint of Fort Washington, Estados Unidos, 1993) Direção: Tim Hunter / Roteiro: Lyle Kessler / Elenco: Danny Glover, Matt Dillon, Rick Aviles./ Sinopse: Um homem com problemas mentais se torna amigo de um negro. Juntos as complicações da vida cotidiana se tornam mais suportáveis.

Pablo Aluísio.

Com Mérito

Um estudante da aclamada universidade de Harvard acaba entrando em apuros quando encontra pela frente um mendigo que parece disposto a infernizar sua vida. Um misto não muito bem sucedido de drama com comédia que em momento algum me convenceu. Na verdade o filme procura se sustentar nas presenças dos atores Joe Pesci e Brendan Fraser, que interpretam os dois personagens principais. Assim o roteiro tenta fazer graça em cima dessa estranha dupla. O problema é que o tiro saiu pela culatra. O filme tem um enredo tolo e derivativo, que no fundo acaba não indo para nenhum lugar. Para piorar o que por si já não é muito bom, a mistura de comédia com um pouco de drama social foge do que seria esperado.

O resultado é fraco, nada marcante. Joe Pesci é aquele tipo de humorista que precisa de alguém para lhe dar alguns freios, caso contrário a coisa desanda. Ele aqui está particularmente irritante, com aquela sua voz característica, bem fina, que dói nos ouvidos. Fraser, por outro lado, não convence como um estudante de Harvard por causa de sua cara de bobão. Ora, essa universidade é uma das mais concorridas do sistema educacional americano, integrante da Ivy League, quem vai se convencer que um idiota desses conseguiu entrar em seus concorridos quadros? Tem que ser muito bobo para cair nesse conto da carochinha, não é mesmo?

Com Mérito (With Honors, Estados Unidos, 1993) Direção: Alek Keshishian / Roteiro: William Mastrosimone / Elenco: Joe Pesci, Brendan Fraser, Moira Kelly, Patrick Dempsey. / Sinopse: Um estudante de Harvard se aproxima de um morador de rua. Um sujeito que parece ser muito inteligente, mas que também lhe traz muitos problemas. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original ("I'll Remember" de Madonna).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Os Irmãos Grimm

Título no Brasil: Os Irmãos Grimm
Título Original: The Brothers Grimm
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Inglaterra, República Tcheca
Estúdio: Dimension Films, Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Ehren Kruger
Elenco: Matt Damon, Heath Ledger, Monica Bellucci
  
Sinopse:
Wilhelm Grimm (Matt Damon) e seu irmão Jacob (Heath Ledger) decidem percorrer vilas e comunidades do interior da Europa em busca de contos de fadas e estorinhas infantis para realizar um verdadeiro levantamento escrito do folclore da região. Na sua jornada de preservação desse patrimônio artístico acabam descobrindo que nem tudo é apenas fantasia e imaginação no mundo em que vivemos. Filme indicado ao Leão de Ouro no Venice Film Festival. 

Comentários:
Terry Gilliam não é um diretor comum. Geralmente ele transforma seus filmes em verdadeiros delírios cinematográficos. Gosto de dizer que ele é um cineasta barroco, com tudo o que há de significado nesse tipo de qualificação. Sempre trabalhando com talentosos diretores de arte, ele acabou realizando um filmografia que é puro deleite visual e sensorial. Não é diferente nesse "The Brothers Grimm". O projeto nasceu bem convencional, com a proposta de contar a história real desses dois estudiosos e escritores que foram atrás de centenárias estórias infantis e as colocaram em edições de grande resgate histórico. Por essa razão os irmãos Grimm entraram na história. Indo de vila em vila eles foram compilando as historinhas infantis que lhes eram contadas. Pense em um famoso conto infantil e provavelmente os Grimm terão participado de algum forma ou em sua criação ou então em sua preservação, pois trazendo a tradição oral para o papel eles acabaram imortalizando esse rico acervo da cultura mundial. Embora rica do ponto de vista cultural, Gilliam preferiu acrescentar magia e fantasia na vida dos irmãos. Nada que fosse historicamente muito preciso. O resultado é criativo, não se pode negar, mas também irregular. Eu tive a oportunidade de ver esse filme no cinema, mas infelizmente nem mesmo na tela grande houve melhoras. O resultado é de fato apenas bem mediano. O que ajuda muito é seu bom elenco principal. Com a morte do ator Heath Ledger o filme acabou ganhando ainda mais ares cult, embora bom mesmo seja a beleza de Monica Bellucci, praticamente uma deusa em suas cenas.

Pablo Aluísio.

Highlander 3 - O Feiticeiro

A franquia Highlander começou muito bem, mas em pouco tempo afundou completamente. Esse terceiro filme, por exemplo, é uma lástima completa. Não gostei na época que assisti pela primeira vez e continuo não gostando de praticamente nada nos dias de hoje. A produção é mal feita, mal realizada e o roteiro é completamente confuso e sem foco algum. Christopher Lambert retornou ao personagem Connor MacLeod para enfrentar Mario Van Peebles, que interpreta Kane, misto de imortal e bruxo, feiticeiro que nas horas vagas pratica o mal em sua essência. Poderia ser bacana, mas o resultado é fraco demais.

Os efeitos especiais são constrangedores e ficamos realmente com pena do diretor Andrew Morahan. Ele deveria ter sido mais inteligente. Se não havia dinheiro suficiente para encher a fita de efeitos, então que procurasse contar um enredo em que eles não fossem necessários. Entre ter efeitos especiais ruins e mal feitos e não tê-los, é óbvio que é bem melhor seguir a segunda opção. O filme é mal produzido em minha opinião porque foi realizado por produtores independentes, fora dos Estados Unidos. Sem distribuição, sem capricho e cuidado, o filme foi um tremendo fracasso comercial - merecidamente, é bom salientar.
 
Highlander 3 - O Feiticeiro (Highlander III: The Sorcerer, Inglaterra, Canadá, França, 1994) Direção: Andrew Morahan / Roteiro: Gregory Widen, Brad Mirman / Elenco: Christopher Lambert, Mario Van Peebles, Deborah Kara Unger / Sinopse: Terceiro filme da franquia Highlander, dessa vez com o personagem enfrentando um vilão com poderes sobrenaturais.

Pablo Aluísio.