sábado, 12 de abril de 2014

Munique

Título no Brasil: Munique
Titulo Original: Munich
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Tony Kushner e Eric Roth, baseado na obra de George Jonas
Elenco: Eric Bana, Daniel Craig, Ciarán Hinds, Mathieu Kassovitz

Sinopse:
Durante as Olimpíadas de Munique em 1972 um grupo de terroristas palestinos fazem de reféns e depois matam onze atletas israelenses. Depois da tragédia o serviço secreto de Israel começa a procurar os responsáveis pelo bárbaro crime cometido contra os esportistas. O próprio Estado de Israel então começa uma verdadeira caçada em busca dos assassinos.

Comentários:
Achei um filme muito frio para um tema tão quente! Spielberg obviamente só mostra um lado da história. Ele tem raízes judaicas, o que talvez explique sua postura em relação ao material. O problema político que deu origem a tudo continua em aberto, sem sinal de solução. É uma questão complexa. Infelizmente não vejo solução a curto prazo. Enquanto existirem duas nações em um só território os conflitos não cessarão. De qualquer maneira o diretor tenta lidar com esse tema, o que não é nada comum em sua filmografia. Como bem se sabe Spielberg construiu sua brilhante carreira em cima de filmes fantasiosos que mexiam com a imaginação de seu público acima de tudo. Filmes com conteúdo político são bem raros em sua carreira e do estilo de "Munique" não encontraremos nada parecido. Certa vez li uma entrevista em que Spielberg fazia uma mea culpa sobre si mesmo. Ele afirmou que durante décadas negligenciou suas origens e isso mais cedo ou mais tarde começou a ser cobrado dentro de sua comunidade. Muito provavelmente isso explique a produção desse "Munique". Foi a forma encontrada por Spielberg de pedir desculpas aos seus compatriotas. Infelizmente isso não redime o filme de ser fraco e muitas vezes enfadonho. Melhor mesmo é voltar ao seu velho estilo onde sempre reinou absoluto.

Pablo Aluísio.

Os Gritos do Silêncio

Título no Brasil: Os Gritos do Silêncio
Titulo Original: The Killing Fields
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Rolland Joffé
Roteiro: Bruce Robinson
Elenco: Sam Waterston, John Malkovich, Julian Sands, Craig T. Nelson

Sinopse:
Jornalista americano e fotografo cambojano testemunham os horrores das revoluções comunista do Khmer Vermelho no Camboja. Vencedor do Oscar nas categorias de melhor ator coadjuvante (Haing S. Ngor), melhor fotografia e melhor edição. Indicado nas categorias de melhor filme, melhor diretor, melhor ator (Sam Waterston) e melhor roteiro adaptado.

Comentários:
Esse tipo de filme não é recomendado para todos. É um filme com grande teor politico (o que já afasta grande parte do público, principalmente o atual bem mais interessado em cinema chiclete). Pois bem, para quem quiser conhecer um pouco de história, principalmente das atrocidades do Khmer Vermelho, o filme é obrigatório. Também recomendo para "esquerdistas de butique" que acham que o socialismo é tudo de bom. Na realidade o fato é que ditaduras de esquerda costumam ser bem piores que ditaduras de direita. Isso porque as pessoas são mortas em nome de um ideal que na realidade é pura loucura ideológica. Vide as ditaduras de Stalin, Mao Tsé Tung e outros genocidas da história. O filme porém procura mostrar tudo de uma forma mais isenta, sem se tornar panfletário. Na verdade o que vem em primeiro plano é a questão humana, as mortes e assassinatos sem controle. A fachada ideológica certamente é explorada mas sem tanto alarde. Uma produção que nos faz refletir sobre o perigoso mundo em que vivemos. Indicado principalmente para quem deseja conhecer os becos mais obscuros da história.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Meninos Não Choram

Título no Brasil: Meninos Não Choram 
Título Original: Boys Don't Cry
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight Pictures
Direção: Kimberly Peirce
Roteiro: Kimberly Peirce, Andy Bienen
Elenco: Hilary Swank, Chloë Sevigny, Peter Sarsgaard

Sinopse:
Brandon Teena (Hilary Swank) é uma garota que decide assumir uma identidade masculina numa cidadezinha do Nebraska, um dos estados mais atrasados do interior dos Estados Unidos. Se fazendo passar por menino ela acaba ganhando a confiança dos moradores da região, inclusive iniciando um caso amoroso com uma linda jovem de sua idade. As coisas porém logo complicam pois sua identidade é desmascarada, dando origem a muita violência e intolerância por parte daquela sociedade.

Comentários:
O roteiro de "Boys Don't Cry" foi baseado numa história real e talvez por isso tenha mexido tanto com o público em seu lançamento. O interessante é que não se trata de uma fita que levante a bandeira do movimento gay ou algo do tipo mas sim apenas um retrato de uma jovem garota que não consegue lidar com sua identidade feminina. Essa mudança de papel acaba despertando e trazendo à tona o pior lado das pessoas, inclusive de gente próxima a ela, pelo qual tinha verdadeira confiança e amizade. Mesmo após todos esses anos não há como negar que esse foi o melhor trabalho da carreira da atriz Hilary Swank, que inclusive foi merecidamente premiada com o Oscar da Academia. Ela incorpora sem medo o personagem Brandon Teena e dá show de atuação para os espectadores. Um momento brilhante de sua vida como atriz. Assim podemos dizer que "Meninos Não Choram" é um filme que conscientiza e impressiona nas mesmas proporções sem se tornar em nenhum momento panfletário ou vulgar. Não deixe de assistir.

Pablo Aluísio.

Adaptação

Título no Brasil: Adaptação
Título Original: Adaptation
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Charlie Kaufman, Donald Kaufman, Susan Orlean
Elenco: Nicolas Cage, Tilda Swinton, Meryl Streep, Chris Cooper, Jay Tavare, Brian Cox, Maggie Gyllenhaal

Sinopse:
Um roteirista recebe uma tarefa praticamente impossível: adaptar para o cinema um livro técnico sobre orquídeas! Como transformar algo assim em um filme? Desesperado, em crise, resolve inovar escrevendo um outro texto, esse sobre a adaptação de um livro simplesmente impossível de adaptar. Filme que usa brilhantemente a chamada metalinguagem cinematográfica.

Comentários:
Para alguns é um filme chato, pretensioso em demasia e sem sentido. Para outros é uma pequena obra prima que usa a metalinguagem cinematográfica de forma brilhante. Afinal quem tem razão? Na verdade toda obra artística desperta sentimentos e reações contraditórias, dependendo do espectador. "Adaptação" não é diferente. O estilo vem bem ao encontro do cinema pouco convencional de Spike Jonze, um cineasta que passa longe de realizar filmes banais. Na verdade ele utilizou de sua própria experiência profissional e pessoal para criar um enredo muito inteligente e sui generis. Por essa razão não espere nada muito quadradinho e nem dentro dos padrões. No elenco cabe destacar também o trabalho do Nicolas Cage. Hoje em dia infelizmente ele está em uma maré baixa que não parece ter fim mas há mais de dez anos tinha um status de ótimo ator, sempre se envolvendo em projetos ousados e fora do comum. A construção de seu personagem aqui é realmente perfeita e mexe bastante com o espectador que está em busca de algo novo, que fuja do lugar comum. Experimente, conheça, não podemos dizer com certeza que você vai gostar mas certamente será uma experiência cinematográfica diferente.

Pablo Aluísio.

O Corte da Navalha

Título no Brasil: O Corte da Navalha
Título Original: Razorback
Ano de Produção: 1984
País: Austrália
Estúdio: UAA Films, Western Film Productions
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Everett De Roche, baseado no livro de Peter Brennan
Elenco: Gregory Harrison, Arkie Whiteley, Bill Kerr e Chris Haywood

Sinopse:
Mortes recorrentes começam a acontecer em um vilarejo nos rincões australianos. A razão dos ataques é desconhecida mas a população local atribui as mortes a um javali de tamanho descomunal que ronda a região. Para investigar o que está acontecendo uma repórter dos Estados Unidos, que está na Austrália escrevendo sobre a morte de cangurus, resolve se unir a um homem em busca de sua esposa desaparecida e a um caçador para descobrir o que de fato está causando as mortes.

Comentários:
Nos tempos das fitas VHS esse filme era bem fácil de encontrar nas locadoras pois foi lançado bem no comecinho da febre do vídeo cassete. Eu me recordo que sempre esbarrava com "Razorback" todo fim de semana que ia atrás de filmes para locar. Como nem sempre se encontrava os últimos lançamentos comecei a levar para casa filmes mais antigos que não tinha visto ainda. Esse foi um deles. No começo fiquei meio desconfiado, até porque uma sinopse sobre um filme sobre javali assassino não era muito promissor. Para tornar a situação ainda mais complicada o filme era australiano, então era de fato um risco alugar algo assim. Mesmo com reservas resolvi arriscar e aluguei. Não é um filme arrebatador, nem nenhuma obra prima, mas diverte e até surpreende pelas ousadias narrativas do diretor Russel Mulcahy. Valeu bastante a pena assistir. Hoje em dia o ciclo dos filmes VHS já está encerrado e "Razorback" é bem mais complicado de se achar. Mesmo assim se por um desses acasos da vida de cinéfilo encontrar essa fita por aí não deixe de assistir, no mínimo será uma experiência nova ver algo assim tão singular

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Garota, Interrompida

Título no Brasil: Garota, Interrompida
Título Original: Girl, Interrupted
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: James Mangold
Roteiro: Susanna Kaysen, James Mangold
Elenco: Winona Ryder, Angelina Jolie, Brittany Murphy, Jared Leto, Vanessa Redgrave, Whoopi Goldberg, Clea DuVall

Sinopse:
Baseado em fatos reais. O enredo se passa em 1967. A jovem Susanna Kaysen (Winona Ryder) é submetida a uma sessão de psicanálise e em pouco tempo diagnosticada como portadora de uma estranha síndrome chamada de "Ordem Incerta de Personalidade". Na verdade o fato é que ela é apenas uma garota adolescente como outra qualquer, com todos os conflitos típicos dessa idade. Isso porém não é levado em conta e ela é internada em uma instituição psiquiátrica onde por dois longos anos terá contato com o lado mais triste e sombrio do ser humano.

Comentários:
Um retrato cruel do mundo atrás dos muros de hospitais psiquiátricos. A personagem de Winona Ryder (em seu último grande filme) é vítima de muitas coisas (preconceitos, prepotências, etc) mas não de uma verdadeira doença mental. Esse é um filme que se destaca pelo excelente elenco feminino onde as atrizes dão verdadeiro show de talento. Entre as melhores interpretações não poderia deixar de citar Angelina Jolie (quem diria...) e a precocemente falecida Brittany Murphy. Bem acima da média, Além disso não deixa de ser um filme curioso, uma espécie de versão feminina e radical de "Um Estranho no Ninho", mas claro sem o bom humor. A verdade pura e simples é que Hollywood tem tradição de fazer filmes sobre doenças mentais, sejam elas reais ou imaginárias. Aqui o tema é tratado de forma sutilmente mais leve mas não menos perturbadora. Jolie, antes de virar estrela e fazer bobagens blockbusters como Salt, atua bem e praticamente rouba o filme. Bons tempos em que ela não era uma chata da auto promoção desenfreada. Em suma, "Girl, Interrupted" é um primoroso estudo da alma feminina e seus fantasmas psicológicos.

Pablo Aluísio.

Marte Ataca!

Título no Brasil: Marte Ataca!
Título Original: Mars Attacks!
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tim Burton
Roteiro: Len Brown, Woody Gelman
Elenco: Jack Nicholson, Pierce Brosnan, Sarah Jessica Parker, Glenn Close, Annette Bening, Danny DeVito, Martin Short, Michael J. Fox, Rod Steiger, Natalie Portman

Sinopse:
É um dia normal para todos, até que o presidente dos Estados Unidos anuncia que marcianos foram vistos circulando a Terra. O país se prepara então para receber os marcianos da melhor forma possível e um encontro é organizado, mas nem tudo sai como planejado, pois os visitantes parecem ter outros planos para a Terra. Eles são apenas seres mal interpretados em suas intenções ou será que eles realmente querem destruir toda a humanidade?

Comentários:
Outra bizarrice assinada por Tim Burton. Curiosamente nunca consegui gostar desse filme. Também pudera, é um produto muito específico, baseado em uma série de figurinhas dos anos 50 que contava a história da invasão da Terra por marcianos (velho conceito que apesar dos anos continua tão presente em nossa cultura pop). Bom, costumam dizer que um dos problemas de filmes baseados em histórias em quadrinhos é a dificuldade dos roteiristas em criar bons roteiros, até porque o material original provém de outro tipo de linguagem, bem mais simples do que o cinema. Agora imagine construir todo um filme em cima de meras figurinhas de álbum! Coisa de louco não é mesmo? Tim Burton tinha uma ligação sentimental com essas figurinhas pois as colecionou quando era um garoto. Ok, tudo bem você ter uma nostalgia dessas, algo até poético, mas adaptar todo um filme em cima disso?! Me soa meio exagerado e fora de propósito. O mais curioso é ver quanta gente de alto nível resolveu aderir ao projeto. Atores conceituados como Jack Nicholson entraram na brincadeira, só para mostrar a força do cacife que Burton tinha na época - fruto, é claro, do enorme sucesso comercial de "Batman". O resultado é bem irregular. Tecnicamente é um show, com efeitos de encher os olhos mas como cinema em si o que se vê é algo bem decepcionante. Nem as piadas funcionam e nem o clima de trash forçado dá certo. Uma bobagem sem tamanho criada para satisfazer única e exclusivamente o ego de Burton, que pelo visto não tem limites.

Pablo Aluísio.

Os Fantasmas se Divertem

Título no Brasil: Os Fantasmas se Divertem
Título Original: Beetle Juice
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tim Burton
Roteiro: Michael McDowell, Larry Wilson
Elenco: Alec Baldwin, Geena Davis, Michael Keaton

Sinopse:
Adam e Barbara formam um casal normal... que por acaso estão mortos! Eles amam sua casa mas infelizmente uma nova família (de pessoas vivas) resolve se mudar para o imóvel. Adam e Barbara odeiam a ideia de ter que compartilhar seu querido lar com outras pessoas e por isso começam a  assustá-los mas nada parece dar certo, então eles decidem invocar o insano Betelgeuse (Keaton) para colocar aquele povo para correr de lá! Isso porém logo se revelará uma má ideia para todos...

Comentários:
Essa conhecida comédia de humor negro está para ganhar um remake em breve. Durante algum tempo fiquei em dúvida se tinha assistido pela primeira vez no cinema ou em VHS mas depois de pensar um pouco tenho (quase) certeza que vi mesmo em vídeo. Na época não conhecíamos ainda o estilo do diretor Tim Burton (esse foi seu primeiro filme de repercussão). Ao primeiro olhar realmente tudo parecia bem inovador. A direção de arte saltava aos olhos com figurinos e maquiagens fora do comum. O enredo também era bem fora do convencional com esse estranho personagem interpretado pelo ator Michael Keaton (que ora vejam só iria virar o próprio Batman na primeira versão para o cinema, com o mesmo Burton na direção pouco tempo depois). Embora tivesse um tema, digamos, mórbido, "Os Fantasmas se Divertem" ainda surpreendia por trazer números musicais (entre eles um que ficou bem famoso ao redor da mesa). Confesso que na época estranhei um pouco aquela mistura de gêneros - terror, comédia e musical tudo num só caldeirão! Rever esse filme hoje em dia acaba virando um exercício de nostalgia, não apenas dos anos 1980 mas também da estética cinematográfica da época. Eram outros tempos onde a ousadia ainda era muito bem-vinda e os estúdios não tinham receios de arriscar - afinal de contas se o filme não fosse bem sucedido no cinema ainda existia a possibilidade de faturar com a fita nas locadoras depois. Certamente ficou um pouco datado mas pensando bem isso acaba contribuindo ainda mais para seu charme. Aproveite enquanto o remake não vem para estragar tudo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Por Amor

Título no Brasil: Por Amor
Título Original: For Love of the Game
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Michael Shaara, Dana Stevens
Elenco: Kevin Costner, Kelly Preston, John C. Reilly

Sinopse:
Billy Chapel (Kevin Costner) foi uma lenda do beisebol americano. Com um passado cheio de glórias ele agora enfrenta a dura realidade da idade chegando. Com mais de 40 anos não consegue mais ser páreo para os novos valores do esporte. Agora ele terá sua última chance de provar seu valor dentro da liga ao mesmo tempo em que tentará conquistar o coração da mulher que sempre amou.

Comentários:
Mais uma incursão de Kevin Costner no gênero filmes de esporte. Muitas pessoas que leram a sinopse acima vão notar uma incrível semelhança de enredo com outro filme de Costner que comentei há pouco tempo aqui no blog, o filme "O Jogo da Paixão". De fato são roteiros bem semelhantes, onde a grande diferença vem porém do esporte que é pano de fundo da trama, se lá tínhamos o golf, aqui temos o esporte nacional dos Estados Unidos, o beisebol. Esse filme tem um clima vintage que aprecio bastante. Aliás o próprio beisebol anda em crise nos EUA porque é considerado um esporte ultrapassado, adorado apenas pelos mais velhos. Os jovens andam preferindo mesmo o futebol americano, o basquete e em menor grau o soccer (o nosso futebol, que é apreciado especialmente pelas jovens em idade escolar, a ponto inclusive da seleção americana de futebol ser a melhor do mundo atualmente). Com a concorrência de tantos esportes mais vibrantes o beisebol vai ganhando esse status de esporte decadente, curtido apenas pelos veteranos. De uma forma ou outra não há como negar que ele também é um símbolo cultural dentro da nação ianque e é justamente em cima disso que Costner aposta para atrair boas bilheterias aqui. O elenco coadjuvante também é interessante com destaque para a bonita Kelly Preston (esposa de John Travolta na vida real) e John C. Reilly (um bom ator que quase sempre é subestimado). O filme tem clichês e de certo modo é previsível mas no final das contas vale a sessão, seja você um fã de beisebol ou não.

Pablo Aluísio.

Anna Karenina

Título no Brasil: Anna Karenina
Título Original: Anna Karenina
Ano de Produção: 1948
País: Inglaterra
Estúdio: London Film Productions
Direção: Julien Duvivier
Roteiro: Jean Anouilh, Guy Morgan, baseados na obra de Leo Tolstoy 
Elenco: Vivien Leigh, Ralph Richardson, Kieron Moore

Sinopse:
Stefan e Dolly Oblonsky aparentemente formam um casal feliz mas por baixo dessa fachada as brigas são constantes. Para contornar a situação conjugal complicada Stefan entra em contato com Anna Karenina (Leigh), sua irmã, para ir até Moscou. Na viagem entre São Petersburgo e Moscou, Karenina acaba conhecendo outro casal, a condessa e o conde Vronsky. O que começa como uma simples amizade no trem em que viajam acaba virando algo mais entre Karenina e o coronel e conde russo.

Comentários:
Mais um filme baseado no livro imortal de Leo Tolstoy. É uma produção inglesa que teve grande repercussão em seu lançamento por causa da bela presença da atriz Vivien Leigh, na época ainda colhendo os frutos de seu grande filme, "E o Vento Levou". A atriz surge em cena com os cabelos levemente cacheados, bem escurecidos, em figurino e joias de luxo, além de seu habitual carisma e talento. A direção parece perdidamente apaixonada por ela pois o filme tem longos planos focando apenas seu rosto em close, usando belamente a fotografia em preto e branco para contrastar seu belo rosto iluminado com um fundo escuro e misterioso. O único brilho que surge no meio da escuridão é a de seu colar de diamantes e pedras preciosas. Um belo efeito que dá um toque muito sensual e glamoroso ao filme em si. O enredo é clássico mas há uma tentativa de transformar o perigoso caso de amor em uma ode ao sentimento proibido, seja pelas convenções sociais, seja pelos valores morais e religiosos. No final as mais românticas vão ficar devidamente satisfeitas pois o filme tem drama, romance e também cenas de bailes, com roupas da época e muito luxo. Tudo embalado em muito romantismo à moda antiga. Para o público masculino a sessão também valerá a pena, pois chegará à conclusão de que a Vivien Leigh era realmente uma graça, como atriz e como personalidade.

Pablo Aluísio.