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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Três Vezes Amor

Título no Brasil: Três Vezes Amor
Título Original: Definitely, Maybe
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Adam Brooks
Roteiro: Adam Brooks
Elenco: Ryan Reynolds, Abigail Breslin, Rachel Weisz, Elizabeth Banks, Isla Fisher, Kevin Kline

Sinopse:
Will Hayes (Ryan Reynolds) está passando por uma fase particularmente complicada de sua vida. Enfrentando o divórcio, ele resolveu contar para sua filhinha, Maya (Abigail Breslin), como conheceu sua mãe. Para tornar as coisas mais divertidas ele troca o nome de três de suas namoradas do passado para que Maya descubra qual delas é a sua mãe! E assim recorda seu passado de relacionamentos amorosos complicados desde de que chegou a Nova Iorque em 1992.

Comentários:
Uma comédia romântica das mais simpáticas, valorizada pelo bom elenco e pelo roteiro muito bem escrito e desenvolvido. O enredo se desenrola em forma de flashback quando Will (Reynolds) começa a recordar seu passado para sua pequena filha. Assim o espectador é transportado para o começo dos anos 90 quando Will vai até Nova Iorque trabalhar na campanha presidencial de Bill Clinton. No começo as coisas não andam muito bem, mas ele segue em frente com a intenção de se estabelecer profissionalmente para se casar em breve com sua namoradinha da faculdade, Emily (Elizabeth Banks), que ficou no Wisconsin para terminar sua universidade. O problema é que Nova Iorque se revela uma cidade cheia de mulheres interessantes, entre elas a alternativa e espevitada April (Isla Fisher) e a inteligente e charmosa jornalista Summer (Rachel Weisz). Dividido entre essas três mulheres realmente especiais, Will terá que decidir com quem ficará para um relacionamento realmente mais sério e maduro. O grande destaque desse filme fica mesmo por conta do elenco. Nesse aspecto quem brilha de fato são as atrizes (Banks, Weisz e Fisher), todas encantadoras em seus respectivos personagens. É um daqueles filmes que inicialmente você não dá grande importância mas que acaba lhe conquistando pela honestidade de sua proposta. Simples, mas bem cativante no final das contas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Círculo de Fogo

Após várias operações de sucesso pela Europa, inclusive a invasão e ocupação da França pelas tropas de Hitler, não parecia haver mais barreiras para o avanço do nazismo. Hitler, completamente alucinado e empolgado pelos sucessos militares de suas forças armadas, então deu inicio ao pior plano de ataque da história: a invasão da Rússia! Foi a maior operação de guerra da história e o maior desastre que se tem noticia. Naquela ocasião a Rússia era governada com mão de ferro por outro ditador sanguinário, Stálin, que não iria permitir que algo assim acontecesse. Inicialmente os alemães enfrentaram a fome, o frio e os retrocessos típicos de uma invasão mal conduzida, mal planejada e impossível de ser bem sucedida. Quando chegaram nos portões de Stalingrado deu-se o grande massacre. Cercados por todos os lados as tropas do exército vermelho lutou bravamente para expulsar o invasor nazista. Lembrado até hoje como uma das maiores batalhas da história esse filme tenta reconstruir aquela resistência heroica.

Esse projeto nasceu inicialmente pelas mãos de Sergio Leone que tencionava realizar aquele que seria o maior filme de guerra produzido na Europa. Infelizmente ele morreu antes de ver o começo das filmagens. Com sua morte o projeto foi arquivado por longos anos sendo resgatado do esquecimento pelo corajoso cineasta Jean-Jacques Annaud. “Círculo de Fogo” foi a produção europeia mais cara da história. O financiamento veio de quatro nações diferentes mas infelizmente o roteiro foi em grande parte fracionado,  focado apenas na disputa psicológica que é travado por Vassili Zaitsev (Jude Law), exímio atirador de elite do exército vermelho e o Major König  (Ed Harris), oficial alemão do Reich. De certa forma esse verdadeiro duelo é uma metáfora do que aconteceu em toda a batalha. Há cenas extremamente bem realizadas – como a luta nos portões da cidade – e momentos de tensão e suspense. Provavelmente seria um filme bem diferente se fosse dirigido pelo grande Sergio Leone mas mesmo assim mantém o interesse e o impacto. No final das contas vale principalmente por relembrar uma das maiores carnificinas da Segunda Guerra Mundial.

Círculo de Fogo (Enemy at the Gates, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda, Alemanha, 2001) Direção: Jean-Jacques Annaud / Roteiro: Jean-Jacques Annaud, Alain Godard / Elenco: Jude Law, Ed Harris, Rachel Weisz, Joseph Fiennes,  Bob Hoskins,  Ron Perlman / Sinopse: O filme recria o cerco e a batalha travado em Stanligrado durante a II Guerra Mundial.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Amor Profundo

Filmes desse estilo sempre são interessantes, principalmente para quem é particularmente interessado em história e costumes da sociedade. O roteiro mostra um aspecto em que muitas mulheres provavelmente vão se identificar. A personagem principal da trama é Hester Collyer (Rachel Weisz). Aparentemente é uma jovem que tem tudo que toda mulher almeja em sua vida, uma boa posição social, uma excelente reputação, uma vida financeira estável e confortável e um bom casamento – ela é casada com um influente e prestigiado juiz. A questão é que a verdadeira felicidade sempre parece ser algo mais. Embora seja casada ela não se sente realizada ou feliz do ponto de vista emocional. Por isso, contra todas as convenções sociais, morais e religiosas, resolve arriscar tudo ao se envolver com outro homem, um piloto da força aérea, interpretado pelo bom ator Tom Hiddleston. Não demora muito para ela entender que na sociedade a hipocrisia e a mentira são mais bem aceitos do que a verdade e a busca pela felicidade plena.

“Amor Profundo” é um drama ao velho estilo. A estória não tem pressa de acontecer e a teia de relacionamentos vai se construindo aos poucos, de forma gradual. Eu particularmente gosto desse estilo de narrativa, mas entendo que o público atual vai acabar se sentindo um pouco entediado com o desenrolar da trama. Em tempos atuais, onde os filmes precisam ter um ritmo acelerado, feito para jovens com déficit de atenção, é muito prazeroso encontrar uma obra assim em cartaz. O filme mostra muito bem as rígidas regras sociais vigentes no período pós-guerra, onde um caso extraconjugal poderia arruinar a vida de uma esposa. Na mentalidade de então era preferível que a mulher mantivesse um casamento de fachada, mesmo que se sentisse extremamente infeliz do que partir para novas experiências, ouvindo o seu coração abertamente. Reconstituição de época maravilhosa, excelentes figurinos e um sensível elenco completam o quadro. Rachel Weisz está cada vez melhor. Suas cenas à beira do suicido são grandiosas e não me admirei em nada quando foi indicada ao Globo de Ouro por sua sensível atuação. Enfim, “Amor Profundo” é pesado, dramático e complexo e por isso merece ser assistido por pessoas em busca de algo mais cultural e relevante nos cinemas.

Amor Profundo (The Deep Blue Sea, Estados Unidos, 2012) Direção: Terence Davies / Roteiro: Terence Davies / Elenco: Rachel Weisz, Tom Hiddleston, Ann Mitchell, Jolyon Coy, Karl Johnson / Sinopse: Durante o pós-guerra, esposa infeliz no casamento com um importante juiz decide ouvir seu coração ao se relacionar com um piloto da força aérea.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 21 de maio de 2013

A Informante

Filme que denuncia um dos maiores escândalos da história da ONU (Organização das Nações Unidas). Baseado em fatos reais o enredo mostra a luta de Kathryn Bolkovac (Rachel Weisz), uma jovem policial americana que é designada pela ONU para trabalhar na Bosnia Herzegovina. Como se sabe desde o fim dos regimes socialistas do leste europeu muitos países se fragmentaram, sendo um dos mais atingidos nesse processo a antiga Iugoslávia. Depois de anos de guerra civil várias nações surgiram como Croácia e Bósnia. Kathryn começa como investigadora de pequenos casos e depois começa a ser promovida na carreira. Em um novo posto, de hierarquia mais elevada, começa a descobrir a existência de uma grande rede de tráfico humano, que leva garotas jovens e pobres de países do leste europeu para casas de prostituição na Bósnia. Para sua grande surpresa descobre também que os principais clientes eram, ora vejam só, funcionários e membros de equipes de empresas privadas e órgãos internacionais como a própria ONU. Tentando denunciar tudo o que acontecia a oficial acabou sendo perseguida e depois demitida de suas funções. Uma história escabrosa!

O filme choca o espectador porque mostra um completo desvirtuamento de valores. Pessoas que deveriam zelar pela paz e segurança daquelas populações acabaram se envolvendo em crimes horríveis. Os chefões desses esquemas de tráfico humano e prostituição jogavam todas aquelas garotas jovens e bonitas em um verdadeiro terror. Os locais onde viviam mais pareciam masmorras medievais, com correntes e completa falta de higiene. Para piorar elas viravam verdadeiras escravas pois os cafetões não deixavam voltar ao seu país de origem antes que pagassem todas as suas contas de despesas, algo que as impedia de fugir daquele show de horrores. O pior de tudo porém é saber que americanos e europeus, agentes enviados para a Bósnia para ajudar a população local se aproveitavam disso, se envolvendo até o pescoço com todos esses crimes. Triste e lamentável. O filme é muito bom, extremamente bem roteirizado e conta com o grande talento da atriz Rachel Weisz, que tem se destacado cada vez mais em produções relevantes, de excelente nível cinematográfico. Não deixe de conhecer “A Informante” que mostra que de boas intenções o inferno realmente está cheio!

A Informante (The Whistleblower, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, 2010) Direção: Larysa Kondracki / Roteiro: Larysa Kondracki, Eilis Kirwan / Elenco: Rachel Weisz, Vanessa Redgrave, Monica Bellucci / Sinopse: Policial americana a serviço da ONU na Bósnia acaba descobrindo uma rede de tráfico humano e prostituição envolvendo membros da organização. Depois de revelar tudo acaba sofrendo todos os tipos de pressões para abafar o caso.

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de março de 2013

Dezesseis Luas

Rei morto, rei posto! Já que a franquia “Crepúsculo” chegou ao seu final Hollywood tratou de adaptar outra obra literária para tentar repetir as maravilhosas bilheterias dos vampiros que brilham ao sol. Aqui temos novamente um casal improvável que tem que cultivar seu romance no meio de questões sobrenaturais. Se em “Crepúsculo” tínhamos o amor adolescente de uma humana com um vampiro aqui em “Dezesseis Luas” temos a paixão brotando entre um garoto humano e uma jovem pertencente a um clã de poderes sensitivos que transita entre a luz e as trevas. A cada nova geração os novos membros precisam se decidir se vão abraçar o lado bom ou não de seus poderes transcendentais. Embora o estúdio tenha nos últimos meses se esforçado para esclarecer que “Dezesseis Luas” nada tem a ver com a saga “Crepúsculo” a verdade é que há mais semelhanças do que diferenças entre os dois filmes. Esse aqui inclusive se propõe a ser uma nova franquia milionária – isso se conseguir se destacar nas bilheterias com sucesso, é óbvio.

O curioso é que tal como acontecia em “Crepúsculo” aqui também temos uma atriz principal que se destaca por ser muito apática e sem carisma. Estou falando de Alice Englert que não consegue passar uma grande atuação no filme. Ela é filha da diretora de “O Piano”, Jane Campion, mas parece não ter herdado muito talento da mãe e não diz a que veio. O seu par romântico também não é grande coisa pois Alden Ehrenreich faz Robert Pattinson parecer Laurence Olivier tamanha sua falta de jeito nas cenas mais emblemáticas do longa. Se o filme não vale pelas atuações pelo menos a trilha sonora é boa, recheada de boas canções, algumas inclusive pequenos clássicos da música americana. Outro ponto positivo é a coleção de citações literárias que desfilam pela tela o que cria uma situação mais do que curiosa.  Apesar da atriz ser fraca seu personagem tem boas falas e diálogos o que salva de certo o filme de cair no marasmo constrangedor de se acompanhar apenas mais um romance adolescente em um universo de realismo sobrenatural fantástico. Enfim é isso. Eu aconselho o filme às fãs de “Crepúsculo”, pois como elas agora estão órfãs de sua franquia preferida possa ser que venham a gostar desse novo “Dezesseis Luas”. Na dúvida arrisquem meninas!

Dezesseis Luas (Beautiful Creatures, Estados Unidos, 2013) Direção: Richard LaGravenese / Roteiro: Richard LaGravenese / Elenco: Alden Ehrenreich, Alice Englert, Susan Lynch, Iain Glen, Jake D'Arcy, Rachel Weisz, Tom Mannion, Maurice Roëves / Sinopse: Garoto excluído em sua escola acaba se apaixonando por uma novata muito especial que aparenta ter poderes sobrenaturais!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O Legado Bourne

Quarto filme da franquia Bourne. Como Matt Damon não chegou a um acordo satisfatório sobre seu cachê nesse filme seu personagem, Jason Bourne, foi retirado da trama. Ao invés disso os roteiristas se concentraram em um outro agente da CIA, Aaron Cross (Jeremy Renner). Fruto do mesmo programa que criou Bourne, ele tem que escapar das garras da própria agência pois a informação sobre o projeto ameaça vazar para o grande público através da imprensa. Para evitar um escândalo nacional  a CIA então resolve, sob o comando do diretor Eric Byer (Edward Norton), eliminar todos os agentes do programa. Em vista disso Aaron começa a ser caçado pelos quatro cantos do mundo. Para ajudá-lo a conseguir as drogas de que precisa para sobreviver Aaron acaba contando com a ajuda da cientista Dra. Marta Shearing (Rachel Weisz). Juntos vão até Manila para tentar conseguir as tais pílulas. Essa franquia Bourne sempre se destacou por unir muita ação com roteiros complexos, bem trabalhados, com muitas reviravoltas. Esse "O Legado Bourne" porém só tem ação. A estória é rasa, ao estilo "caça ao rato" sendo que o agente Aaron aqui é o rato. Nada de muito inteligente ou complexo se encontra no roteiro que é bem derivativo. Como o argumento não é lá essas coisas os produtores se concentraram na elaboração de várias cenas de ação, algumas muito boas, é verdade, mas que não conseguem esconder as fragilidades do produto final. 

O que mais me surpreendeu em "O Legado Bourne" foi o elenco que a Universal conseguiu reunir. Ótimos atores como Edward Norton e Rachel Weisz que não tem muito o que fazer em cena, a não ser participar da correria reinante. Já Jeremy Renner só confirma sua falta de carisma. Hollywood vem tentando transformar esse ator em astro desde "Guerra ao Terror" mas as coisas pelo visto não andam muito boas. Esse novo Bourne, por exemplo, que deveria ter sido o primeiro de uma trilogia com o mesmo Renner não se deu bem nas bilheterias, se tornando um verdadeiro fiasco em lucros para a Universal. A produção foi muito cara e mal conseguiu recuperar o investimento desde seu lançamento. Por isso muito provavelmente esse seja o último da franquia original Bourne. Talvez daqui alguns anos eles tentem reinventar o personagem Jason Bourne com outro ator mas até lá todo mundo (Bourne, Aaron, a CIA, etc) vão ficar mesmo é na geladeira em Hollywood. 

O Legado Bourne (The Bourne Legacy, Estados Unidos, 2012) Direção: Tony Gilroy / Roteiro: Tony Gilroy, Dan Gilroy / Elenco: Jeremy Renner, Rachel Weisz, Edward Norton, Joan Allen, Albert Finney, Corey Stoll, Scott Glenn, Oscar Isaac, Stacy Keach, Sheena Colette / Sinopse: A CIA tentando desativar um projeto ultra-secreto começa a eliminar os agentes criados pelo programa, entre eles Aaron Cross (Jeremy Renner), que tentará de todas as formas se manter vivo. 

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Um Olhar do Paraíso

Achei um bom filme, não é uma maravilha mas é bom entretenimento. Como estamos em um tipo de moda do espiritismo no cinema o filme certamente irá agradar a quem segue essa doutrina religiosa. O roteiro nunca se assume como tal mas os dogmas do Kardecismo estão praticamente todos lá. É uma produção que se revela apenas boa mas não excepcional. O problema é que muitos foram com expectativas altas, por se tratar de Peter Jackson. A direção dele não é excelente mas é correta. Visualmente o filme é bem feito e tem ótimas soluções visuais nas cenas ambientadas no "lado de lá" (o mundo espiritual é retratado com requinte e bom gosto). Não parece mas no fundo estamos na presença de um filme sobre um Serial Killer com mensagem espiritualista! Além disso o argumento inova ao ser contado sob o ponto de vista das vitimas. Isso não deixa de ser uma boa inovação já que estamos acostumados a assistir filmes de assassinos em série em que quase sempre as vitimas são ignoradas ou então transformadas em mero objeto dos assassinos nos roteiros. Aqui ela tem voz. Narrado em primeira pessoa a garotinha assassinada vai localizando o espectador na trama. O argumento também está correto do ponto de vista técnico, já que serial killers geralmente são como retratados no filme: para a sociedade se mostram de forma cordial, acima de quaisquer suspeitas e levam uma fachada de vida pacata. São ótimos camaleões sociais. Por baixo dessa fachada são assassinos cruéis e brutais. Esses são os pontos positivos.

A parte negativa surge em determinadas atuações. O elenco é irregular. Ao lado da ótima atuação de Stanley Tucci temos que aguentar Mark Wahlberg, péssimo como sempre. A garota Saoirse Ronan é talentosa e tem futuro. Já tinha gostado dela em "Desejo e Reparação" e agora seu talento se confirma. Dona de um olhar muito marcante ela se sobressai e consegue carregar uma produção desse porte sem se intimidar. Para minha total surpresa temos uma surpreendente fraca atuação de Rachel Weisz (e olha que considero ela uma boa atriz). Aqui surge sem inspiração e envolvimento. Quem acaba salvando o filme é realmente Susan Sarandon. Com boa postura e trabalho elegante ela mostra porque é considerada uma das grandes profissionais do cinema americano. Talvez o filme soasse melhor se não tivesse uma duração tão longa. Ela me pareceu excessiva. Além disso os efeitos digitais muitas vezes perdem o foco do enredo apenas para deixar impressionado o público. Um pouco mais de inibição nesse ponto cairia bem. Apesar de todas essas observações não deixarei de recomendar essa obra. O título original, que pode ser traduzido como “ossos queridos”, se refere aos restos mortais da jovem garota que seguem desaparecidos. Assim, em conclusão digo que é aquele tipo de filme que você deve procurar assistir pelo menos uma vez na vida.

Um Olhar do Paraíso (The Lovely Bones, Estados Unidos, 2009) Direção: Peter Jackson / Roteiro: Fran Walsh, Philippa Boyens, Peter Jackson / Elenco: Saoirse Ronan, Mark Wahlberg, Rachel Weisz, Susan Sarandon, Stanley Tucci. / Sinopse: Susie Salmon (Saoirse Ronan) é uma jovem garota de apenas 14 anos que é assassinada de forma brutal por um vizinho, um serial killer que se faz passar por um pacato e simples cidadão em seu bairro. Narrado em primeira pessoa a garota acaba narrando tudo o que lhe aconteceu e os efeitos de sua morte na existência de todos que viveram e a amaram em vida. Indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Stanley Tucci).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Constantine

O personagem Constantine dos quadrinhos é muito diferente desse que vemos nessa adaptação para o cinema. Nos gibis Constantine é um verdadeiro anti-herói, um fumante inveterado, loiro, magro e nada atraente. Ele é o protagonista do grande sucesso Hellblazer, que mistura ecos do cinema noir com misticismo e magia. O clima é sombrio, de total desesperança. Como toda criação de Alan Moore, Constantine é um outsider, um sujeito á margem da sociedade, que pouco está ligando para as convenções sociais. Já no cinema Constantine é um sujeito bonitão, interpretado pelo canastrão e galã Keanu Reeves, com jeitão de surfista havaiano, fazendo o estilo mauricinho bem vestido. Seu cabelo é impecável e ele passa o tempo todo fazendo biquinhos. Assim o que temos em essência é uma equivocada releitura Hollywoodiana pouco fiel à obra original. Não adianta, Alan Moore definitivamente não tem sorte no cinema. Ele é um sujeito recluso que não dá entrevistas mas nas poucas e raras vezes que resolveu falar foi justamente para amaldiçoar os produtores de Hollywood e reclamar das bisonhas adaptações que suas obras geralmente ganham no cinema americano. Ele tem toda a razão.

Essa produção é um exemplo claro disso. O clima soturno de Hellblazer desaparece. Constantine na pele de Keanu Reeves vira um herói clássico sempre lutando ao lado do bem contra o mal. Seu cinismo desaparece completamente e o pior é que ele acaba ficando sem personalidade em cena, fruto da canastrice de Reeves que não consegue passar qualquer emoção ou expressão com veracidade. Para piorar o espectador ainda tem que engolir a presença medíocre de Shia LaBeouf, seguramente um dos piores atores já surgidos nos últimos anos. O projeto foi desenvolvido pelo estúdio para ser estrelado por Nicolas Cage, uma escolha bem mais adequada, mas depois por diferenças criativas com o diretor, ele resolveu cair fora. Provavelmente Cage pressentiu a bomba que vinha por aí. Por razões puramente comerciais então foi escalado o Keanu Reeves que com sua atuação obtusa jogou a última pá de cal na esperança dos fãs de quadrinhos. Seguramente uma escolha muito equivocada. O que sobrou de todo esse processo foi apenas um filme sem alma, sem identidade mas com centenas de tomadas de efeitos digitais. Uma produção vazia que não diz a que veio.

Constantine (Constantine, Estados Unidos, 2003) Direção: Francis Lawrence / Roteiro: Frank A. Capello, Kevin Brodbin, Mark Bomback / Elenco: Keanu Reeves, Rachel Weisz, Shia LaBeouf, Max Baker, Tilda Swinton, Gavin Rossdale / Sinopse: Constantine (Keanu Reeves) é um exorcista e ocultista que terá que enfrentar terríveis forças do mal.

Pablo Aluísio. 

domingo, 29 de janeiro de 2012

A Casa dos Sonhos

O roteiro tem ecos de várias produções que eu conheço. Não quero entregar as reviravoltas mas estão lá pedaços de "Terror em Amytiville", "A Ilha do Medo", "Ghost", "Poltergeist" e até "Coração Satânico". Não que esses filmes sejam iguais a "Dream House" mas sim as semelhanças de suas principais reviravoltas psicológicas, interação mundo dos vivos e mortos, trocas de identidade, etc. Não gostei muito da produção em si. A casa que deveria ser um dos pontos altos do filme não assusta, não mete medo. Claro que aqui temos algo mais psicológico mas não custava nada a direção de arte e a equipe de cenografia criarem algo mais assustador, afinal quem já viu filme de casa mal assombrada com casa que não dá medo no espectador? Além disso achei muito mal aproveitadas as cenas com "o homem que ronda a casa na floresta". Perdeu-se muito potencial ali - justamente em cenas de suspense tipicamente de filmes de terror! Uns sustinhos ali caíam bem!

O elenco tem espasmos de esforço. Daniel Craig até tenta, se esforça mas nunca convence. Fiquei imaginando seu papel interpretado por outro ator com mais talento. Ele falha nas cenas de angústia, de terror e de loucura. Como um bom James Bond só funciona nas poucas cenas de ação mesmo! Mas isso convenhamos é muito pouco. Sem dúvida o filme ganharia muito. Eu gosto da Rachel Weisz mas aqui nada de mais. Atua no controle remoto, idem a bonita Naomi Watts. O diretor é Jim Sheridan que teve o auge de sua carreira ao lado de Daniel Day Lewis em vários bons filmes nos anos 80 e 90 como "Meu Pé Esquerdo", "Em Nome do Pai" e "O Lutador". Infelizmente aqui parece que perdeu o controle das filmagens e edição, brigou com o estúdio e não ficou feliz com os resultados. Uma pena, esperava bem mais dele - talvez sua época já tenha passado, quem sabe. Enfim, "A Casa dos Sonhos" ficaria melhor se tomasse outro rumo. A pirotecnia e o final "Ghost" - com direito a adeus e tudo mais - tirou mais impacto ainda do filme. No saldo final posso dizer que é apenas um filme mediano que não cumpre tudo aquilo que promete. Fica para a próxima então.

A Casa dos Sonhos (Dream House, Estados Unidos, 2011) Direção: Jim Sheridan / Roteiro : David Loucka / Elenco: Daniel Craig, Rachel Weisz, Naomi Watts, Marton Csokas, Jane Alexander / Sinopse: Uma família se muda para uma nova casa sem saber que o local é cercado de mistérios e um passado tenebroso.

Pablo Aluísio

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Beleza Roubada

Título no Brasil: Beleza Roubada
Título Original: Stealing Beauty
Ano de Produção: 1996
País:  Itália / França / Reino Unido
Estúdio: Fiction Films, France 2 Cinéma
Direção: Bernardo Bertolucci
Roteiro: Bernardo Bertolucci, Susan Minot
Elenco: Liv Tyler, Jeremy Irons, Jason Flemying, Stefania Sandrelli, Rachel Weisz.

Sinopse:
Lucy Harmon (Liv Tyler) é uma jovem americana que decide ir até a Itália para descansar, reencontrar velhos amigos e repensar sua vida. Sua mãe havia se suicidado e ela procura entender o que de fato teria acontecido. A paz e a tranquilidade da Europa podem lhe trazer todas as respostas. Além disso ela pretende na viagem à Toscana descobrir a identidade de seu pai biológico, há muito desconhecido. A bucólica região acabará lhe trazendo novas perspectivas, com alegrias, novos amores e reflexões sobre si mesma.

Comentários:
O filme mais leve e despretensioso do grande cineasta Bernardo Bertolucci. Aqui ele deixa a complexidade torturada de alguns de seus personagens de filmes anteriores para mostrar a bucólica realidade de uma garota que está em busca do amor de sua vida enquanto passeia numa Itália dos sonhos. Essa produção transformou Liv Tyler na musa dos filmes cults, muito embora tenha chamado a atenção inicialmente em sua carreira em diversos videoclips ao estilo MTV. Em termos de elenco porém quem rouba os holofotes é realmente Jeremy Irons que está soberbo em cada cena. Um grande ator em um filme menor. A Toscana nunca foi tão linda e solar! Mesmo assim acho um filme bem mediano que exagera na linguagem e no ritmo europeu de fazer cinema. No fundo a estória criada por Bernardo Bertolucci não é grande coisa e ele próprio parece deslumbrado com a presença de Liv Tyler em seu filme. Por certo estava apaixonado! Infelizmente nada disso transparece para a tela e Beleza Roubada logo se torna cansativo. Pois é, até beleza demais cansa em excesso.

Pablo Aluísio.