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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Pássaros Amarelos

O cinema ainda deve uma obra prima sobre a intervenção americana no Iraque. No ciclo dos filmes sobre o Vietnã tivemos inúmeros clássicos modernos do cinema, mas em relação à presença das tropas americanas no Oriente Médio isso ainda não aconteceu. Esse drama de guerra chamado "Pássaros Amarelos" é apenas mais um filme meramente mediano sobre o tema. Nada espetacular, apenas cumpre modestamente seus objetivos, gerando uma hora e meia de entretenimento para o espectador, nada além disso.

O curioso é que o filme foi produzido pela atriz Jennifer Aniston. Ela também está no elenco interpretando a mãe de um jovem soldado americano chamado Murphy (Tye Sheridan) que desaparece durante uma missão numa cidade do Iraque. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu com ele. Os relatórios militares são inconclusivos. Ele simplesmente saiu da formação da tropa durante uma operação e nunca mais foi visto. Pelo menos essa é a versão oficial.

Quando seu mais próximo companheiro de armas volta para casa, as coisas começam a ficar mais claras. O soldado Brandon Bartle (Alden Ehrenreich) parece estar sofrendo de algum trauma após o combate. Mesmo de volta aos Estados Unidos ele não consegue mais ter interesse por nada. Passa os dias na cama, em estado depressivo. Quando sai começa a ter atitudes nada normais, como atravessar um rio sujo com roupa e tudo. O pior é que o exército vai atrás dele, justamente para dar seu depoimento sobre o desaparecimento do recruta Murphy.

E o filme se desenvolve assim, com farto uso de flashback, mostrando passado e presente, tudo para desvendar o mistério do sumiço do jovem soldado. Digo que a solução para tudo me soou bem pouco convincente. Em minha opinião um militar americano jamais tomaria a decisão que o sargento da tropa toma no filme durante uma operação padrão no Iraque. O final realmente deixou a desejar. No começo pensei que se tratava de uma história baseada em fatos reais, mas não. É mesmo tudo baseado em uma novela escrita. Não me admira. Algo assim raramente teria ocorrido na vida real, ainda mais entre o exército dos Estados Unidos, dado o seu grau de profissionalismo dos dias atuais.

Pássaros Amarelos (The Yellow Birds, Estados Unidos, 2017) Direção: Alexandre Moors / Roteiro: David Lowery, R.F.I. Porto, baseados na novela escrita por Kevin Powers / Elenco: Alden Ehrenreich, Tye Sheridan, Jennifer Aniston, Toni Collette / Sinopse: Brandon Bartle, um jovem soldado americano, volta para seu país após servir ao exército no Iraque. Ele retorna com trauma de guerra e trazendo um segredo do campo de batalha, envolvendo o desaparecimento do soldado Murphy, seu amigo de armas mais próximo.

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de março de 2013

Dezesseis Luas

Rei morto, rei posto! Já que a franquia “Crepúsculo” chegou ao seu final Hollywood tratou de adaptar outra obra literária para tentar repetir as maravilhosas bilheterias dos vampiros que brilham ao sol. Aqui temos novamente um casal improvável que tem que cultivar seu romance no meio de questões sobrenaturais. Se em “Crepúsculo” tínhamos o amor adolescente de uma humana com um vampiro aqui em “Dezesseis Luas” temos a paixão brotando entre um garoto humano e uma jovem pertencente a um clã de poderes sensitivos que transita entre a luz e as trevas. A cada nova geração os novos membros precisam se decidir se vão abraçar o lado bom ou não de seus poderes transcendentais. Embora o estúdio tenha nos últimos meses se esforçado para esclarecer que “Dezesseis Luas” nada tem a ver com a saga “Crepúsculo” a verdade é que há mais semelhanças do que diferenças entre os dois filmes. Esse aqui inclusive se propõe a ser uma nova franquia milionária – isso se conseguir se destacar nas bilheterias com sucesso, é óbvio.

O curioso é que tal como acontecia em “Crepúsculo” aqui também temos uma atriz principal que se destaca por ser muito apática e sem carisma. Estou falando de Alice Englert que não consegue passar uma grande atuação no filme. Ela é filha da diretora de “O Piano”, Jane Campion, mas parece não ter herdado muito talento da mãe e não diz a que veio. O seu par romântico também não é grande coisa pois Alden Ehrenreich faz Robert Pattinson parecer Laurence Olivier tamanha sua falta de jeito nas cenas mais emblemáticas do longa. Se o filme não vale pelas atuações pelo menos a trilha sonora é boa, recheada de boas canções, algumas inclusive pequenos clássicos da música americana. Outro ponto positivo é a coleção de citações literárias que desfilam pela tela o que cria uma situação mais do que curiosa.  Apesar da atriz ser fraca seu personagem tem boas falas e diálogos o que salva de certo o filme de cair no marasmo constrangedor de se acompanhar apenas mais um romance adolescente em um universo de realismo sobrenatural fantástico. Enfim é isso. Eu aconselho o filme às fãs de “Crepúsculo”, pois como elas agora estão órfãs de sua franquia preferida possa ser que venham a gostar desse novo “Dezesseis Luas”. Na dúvida arrisquem meninas!

Dezesseis Luas (Beautiful Creatures, Estados Unidos, 2013) Direção: Richard LaGravenese / Roteiro: Richard LaGravenese / Elenco: Alden Ehrenreich, Alice Englert, Susan Lynch, Iain Glen, Jake D'Arcy, Rachel Weisz, Tom Mannion, Maurice Roëves / Sinopse: Garoto excluído em sua escola acaba se apaixonando por uma novata muito especial que aparenta ter poderes sobrenaturais!

Pablo Aluísio.