sábado, 9 de março de 2013

Dezesseis Luas

Rei morto, rei posto! Já que a franquia “Crepúsculo” chegou ao seu final Hollywood tratou de adaptar outra obra literária para tentar repetir as maravilhosas bilheterias dos vampiros que brilham ao sol. Aqui temos novamente um casal improvável que tem que cultivar seu romance no meio de questões sobrenaturais. Se em “Crepúsculo” tínhamos o amor adolescente de uma humana com um vampiro aqui em “Dezesseis Luas” temos a paixão brotando entre um garoto humano e uma jovem pertencente a um clã de poderes sensitivos que transita entre a luz e as trevas. A cada nova geração os novos membros precisam se decidir se vão abraçar o lado bom ou não de seus poderes transcendentais. Embora o estúdio tenha nos últimos meses se esforçado para esclarecer que “Dezesseis Luas” nada tem a ver com a saga “Crepúsculo” a verdade é que há mais semelhanças do que diferenças entre os dois filmes. Esse aqui inclusive se propõe a ser uma nova franquia milionária – isso se conseguir se destacar nas bilheterias com sucesso, é óbvio.

O curioso é que tal como acontecia em “Crepúsculo” aqui também temos uma atriz principal que se destaca por ser muito apática e sem carisma. Estou falando de Alice Englert que não consegue passar uma grande atuação no filme. Ela é filha da diretora de “O Piano”, Jane Campion, mas parece não ter herdado muito talento da mãe e não diz a que veio. O seu par romântico também não é grande coisa pois Alden Ehrenreich faz Robert Pattinson parecer Laurence Olivier tamanha sua falta de jeito nas cenas mais emblemáticas do longa. Se o filme não vale pelas atuações pelo menos a trilha sonora é boa, recheada de boas canções, algumas inclusive pequenos clássicos da música americana. Outro ponto positivo é a coleção de citações literárias que desfilam pela tela o que cria uma situação mais do que curiosa.  Apesar da atriz ser fraca seu personagem tem boas falas e diálogos o que salva de certo o filme de cair no marasmo constrangedor de se acompanhar apenas mais um romance adolescente em um universo de realismo sobrenatural fantástico. Enfim é isso. Eu aconselho o filme às fãs de “Crepúsculo”, pois como elas agora estão órfãs de sua franquia preferida possa ser que venham a gostar desse novo “Dezesseis Luas”. Na dúvida arrisquem meninas!

Dezesseis Luas (Beautiful Creatures, Estados Unidos, 2013) Direção: Richard LaGravenese / Roteiro: Richard LaGravenese / Elenco: Alden Ehrenreich, Alice Englert, Susan Lynch, Iain Glen, Jake D'Arcy, Rachel Weisz, Tom Mannion, Maurice Roëves / Sinopse: Garoto excluído em sua escola acaba se apaixonando por uma novata muito especial que aparenta ter poderes sobrenaturais!

Pablo Aluísio.

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