Mostrando postagens com marcador Papas da História. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Papas da História. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 18 de março de 2011

Papa Leão XI

Esse foi um Papa de breve papado. Apenas 26 dias no trono de Pedro. Seu nome de batismo era Alessandro Ottaviano de' Medici, nascido em Florença. Foi embaixador, Bispo de Pistola e Arcebispo de Florença. Pertencia à poderosa família Medici, clã tradicional na formação de Papas durante a história. Para se ter uma ideia de sua linhagem ele era parente direto de dois Papas. Era sobrinho-neto de Leão X, ao qual homenageou quando se tornou Papa. Também era parente de Clemente VII. Então ter Papas em sua família era algo até mesmo normal.

Esse Papa foi eleito contra os interesses do Rei da Espanha, porém apoiado pelo clero italiano em Roma. Também contava com a simpatia e o apoio de toda a nobreza francesa. Assim criou-se uma rivalidade entre as mais importantes coroas da Europa sobre sua eleição. Porém uma vez empossado não havia mais como retroceder.

Como esteve como Papa por poucos dias - foi um dos mais breves papados da história - ele não teve tempo de fazer grandes realizações. Para falar a verdade não houve tempo para nada, nem para organizar os principais cargos dentro da cúria romana. O que teria causado sua morte? Até hoje são levantadas suspeitas, mas sem provas concretas. Na época de sua morte falou-se em envenenamento por parte de enviados da coroa espanhola. Outros dizem que sua morte foi natural. De uma forma ou outra esse Papa subiu ao trono de Pedro no dia prmeiro de abril de 1606 e morreu no dia 27 desse mesmo mês. Por isso alguns historiadores se referem a essa Papa como Leão, o Breve.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Papa Inocêncio X

Quando o Papa Urbano VIII faleceu o trono de Pedro ficou vazio e começaram as acirradas disputas para saber quem seria o novo Papa. Os reinos da França e Espanha começaram uma intensa luta política para decidir o conclave. Por parte da Espanha o indicado era o cardeal Jules Mazarin. A França, na figura do "Rei Sol" Luís XIV, apoiava o cardeal Giambattista Pamphili. Quando finalmente os votos foram contados o favorito do rei francês venceu a eleição. Luís XIV ficou extremamente contente e mandou que fosse realizada uma grande festa em Roma, tudo pago pelo trono francês.

Um grande desfile foi realizado com carruagens douradas e fogos. O novo Papa assumiu como Inocêncio X. Inicialmente temia-se por causa de sua idade. Quando se tornou Papa já contava com mais de 70 anos de idade, considerado muito velho por alguns. Porém o novo Papa surpreendeu a todos, ficando uma década no trono em Roma. Ele inclusive se revelou um ótimo estadista, sabendo aparar as intrigas e animosidades entre França e Espanha, nações inimigas da época.

O Papa também conseguiu pacificar regiões germânicas, naquele momento em intenso conflito por questões religiosas, econômicas e sociais. Não obteve porém melhor resultado na Inglaterra. Por lá um rebelde republicano chamado Oliver Cromwell havia tomado o poder. O rei tinha sido decapitado. Mesmo que a Igreja Católica tivesse rompido com o trono inglês na época de Henrique VIII, havia ainda uma preocupação com a queda da casa real. Via de regra Roma apoiava todas as monarquias da Europa e sustentava teologicamente que os reis tinham direito divino de governar. A coroa era uma determinação de Deus na Terra.

Em Roma mandou construir novos prédios e promoveu o embelezamento da cidade, inclusive determinado por decreto uma série de reformas de cunho sanitário. Foi considerado um excelente gestor da cidade eterna. Apesar de todos os seus méritos pessoais esse Papa também enfrentou problemas particulares envolvendo seus familiares. O clero romano tinha pavor de familiares próximos demais ao Papa, principalmente pelos acontecimentos envolvendo Alexandre VI e por isso esses parentes foram vistos com desconfiança. O Papa faleceu em 7 de janeiro de 1655 e foi sucedido por Alexandre VII. Para os historiadores esse Papa Inocêncio X foi considerado um bom pontífice. Homem correto, honesto e sem manchas em sua reputação pessoal.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Papa Bento I e a Reconstrução de Roma

Após a brutal invasão dos Lombardos (povo bárbaro e saqueador) Roma foi praticamente destruída e o Papa João III deposto. Durante mais de um ano a Igreja Católica ficou sem um Papa em Roma, fruto do caos que reinava em toda a cidade. Bento I, o 62º papa, surge no meio desse período terrível para os cristãos. Ele é eleito em 2 de Junho de 575 e começa a trabalhar pela reconstrução da cidade eterna.

Por esses tempos a única coisa que mantinha a cidade em pé era sua fé cristã. Todas as instituições do império romano tinham desaparecido. Os bárbaros destruíram o senado, as legiões do exército e tudo o mais que pudesse se identificar com o antigo poder da Roma Imperial do tempo dos Césares da antiguidade. Apenas a figura do Papa, do líder da Igreja Católica, poderia reverter esse quadro. De certo modo, olhando-se criticamente, podemos dizer que a herdeira direta do antigo império era justamente a Igreja Católica. Saiu de cena os antigos brasões imperiais com suas águias douradas e entrou em cena a cruz cristã.

O Papa passa então a exercer as funções políticas que eram do imperador. Ele se torna não apenas uma figura espiritual, mas também e principalmente de poder político. Após a consolidação de sua posição papal (confirmada por concílio realizado em Constantinopla) Bento I seguiu em frente trazendo paz e prosperidade para vastas regiões da França e Itália que tinham sido destruídas pelas forças invasoras Lombardas. Foi um homem de grande coragem e empenho em reerguer o mundo cristão que estava em ruínas. Cronistas da época relatam que não apenas a guerra assolava Roma, mas também a fome e a peste, a ponto inclusive de muitos romanos se entregarem aos invasores em troca de um pouco de comida.

Apenas a subida ao trono de Pedro de um novo Papa conseguiu reconstuir a base da sociedade romana. Para o povo em geral ele passou a ser conhecido como Bento, o Grande. Um título que já havia sido dado antes a grandes conquistadores como Alexandre da Macedônia. Bento I, considerado herói dos cristãos, morreu em 30 de julho de 579 aos 54 anos e foi enterrado abaixo da cúpula da Basílica de São Pedro no Vaticano. Foi sucedido por Pelágio II, dando continuidade ao processo de seleção dos novos papas..É considerado hoje um dos grande Papas da história porque conseguiu manter a unidade da Igreja mesmo diante de um dos mais conturbados períodos históricos da Europa cristã.

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de março de 2011

Papa Pio XII

Alguns Papas foram alvos de crimes contra a honra ao longo da história. O caso mais grave da história aconteceu com o Papa Pio XII. Sob ordens diretas de Stálin a máquina de calúnia e difamação soviética caiu sobre a reputação do santo padre de forma brutal. A principal acusação falsa sobre ele foi a de que teria colaborado com o regime nazista de Hitler, a tal ponto que chegou a ser chamado jocosamente de "O Papa de Hitler". Que grande mentira, que grande calúnia! O Papa Pio XII foi um homem que ao seu modo lutou contra o nazismo, salvando da morte milhares de judeus perseguidos. A tal ponto que seu nome foi incluído na galeria dos justos do povo de Israel, uma das maiores honrarias dadas a um personagem histórico.

Pio XII de forma interna mandou que todas as igrejas, mosteiros e abadias católicas espalhadas pelo mundo mantivessem sempre abertas as portas para acolher e salvar judeus perseguidos pelos nazistas. Seu empenho pessoal foi tão incisivo nesse ponto que o próprio Hitler mandou que um general alemão se preparasse para matar o Papa. O militar só não cumpriu a ordem porque era um católico e sabia que a guerra estava perdida, com Hitler completamente enlouquecido em seu bunker. Jamais ele iria cometer um crime tão horrível, pelo qual seria julgado pela história nos séculos que viriam. Prevaleceu o bom senso.

Depois da guerra foi a vez de Stálin em se irritar profundamente com o Papa. A doutrina da Igreja Católica era abertamente contra o comunismo. Assim o catolicismo se tornou uma barreira contra o avanço do socialismo na Europa ocidental. Stálin, um dos ditadores mais sanguinários de todos os tempos decidiu que iria matar não a pessoa do Papa Pio XII, mas sim sua reputação. Nos escritórios da KGB então foram montadas as farsas e mentiras que iriam ser espalhadas nos anos que viriam. Um crime imperdoável. Em vista disso o Papa Pio XII acabou sendo um dos líderes religiosos mais caluniados e difamados de todos os tempos. Agora é hora da história reabilitar sua dignidade pessoal.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de março de 2011

Papa Gregório XV

Alessandro Ludovisi nasceu na cidade de Bolonha em 1554. Era filho de Camilla Bianchini e Pompeo Ludovisi, uma família de nobres da região. Estudioso e focado se tornou padre ainda bastante jovem e depois foi subindo os degraus da hierarquia da igreja católica. Em 1612 se tornou um dos príncipes do cristianismo, se tornando o Arcebispo de Bolonha.

Bem relacionado e considerado um homem culto e preparado, além de bastante sensato, se tornou um dos mais notórios papáveis de sua época. Quando o Papa Paulo V faleceu seu nome logo se tornou forte entre os participantes do conclave. Em fevereiro de 1621 foi eleito Papa e adotou o nome de Gregório XV.

Seu papado não foi tão longo, durando apenas dois anos, porém foi marcante porque ele criou a Congregação para a Evangelização dos Povos (Congregatio pro Gentium Evangelizatione), um dos órgãos mais importantes da história da Igreja Católica. Sua principal função era expandir e evangelizar as novas terras que tinham sido descobertas na América. Aqueles povos que lá habitavam eram pagãos, veneravam deuses indígenas e não conheciam a mensagem do evangelho cristão.

Foi através dessa ordem que muitos membros do clero católico foram enviados para as terras descobertas do além-mar e lá propagaram a fé cristã entre os povos dessas novas colônias. Assim aconteceu também no Brasil onde a ordem teve uma grande influência em nossa história, desde os tempos coloniais, passando pelo império e chegando até mesmo na fundação da república brasileira. Por isso Gregório XV pode ser considerado um dos papas mais influentes de todos os tempos pois sua decisão ajudou a espalhar a palavra de Jesus até mesmo em regiões que sequer eram conhecidas pelos europeus naquele instante, no século XVII.

Pablo Aluísio.

Papa Paulo V

O Papa anterior, Leão XI, ficou apenas 26 dias no trono de Pedro. Ele era um Médici e dizem ter sido vítima de dois grandes grupos em disputa, um grupo italiano e outro que defendia os interesses do Rei da França. Com sua morte o conclave reuniu-se novamente para eleger um novo Papa. Era romano de nascimento, um cardeal com muito prestígio dentro da Cúria. Com o falecimento de Leão XI ele logo se tornou um dos mais fortes candidatos a subir ao trono de Pedro. Sua formação era impecável. Jurista e diplomata, homem dedicado aos estudos, se revelava uma pessoa ideal para o cargo.

Paulo V era um defensor da doutrina da Igreja. Em razão dessa visão muito inflexível ele acabou cometendo alguns erros históricos. Um deles foi a perseguição a Galileu Galilei, algo que iria reverberar pelos séculos seguintes. Também foi contra as ideias do pensador e cientista Nicolau Copérnico. Embora tivesse morrido há mais de 60 anos, seus textos e livros começavam a se tornar bem populares entre os jovens da época.

No plano administrativo Paulo V procurou melhorar a cidade de Roma. Mandou fazer um plano de modernização urbana encomendado a arquitetos e engenheiros para melhorar as ruas e monumentos por toda a grande cidade eterna. Ele era um admirador da arquitetura da Roma Antiga e por isso mandou que os novos lugares públicos da cidade tivessem essa inspiração. Para a Basílica de São Pedro também mandou construir uma bela e suntuosa fachada que existe até os dias atuais, contando inclusive com uma inscrição com seu nome em destaque. Paulo V foi Papa por 15 anos, vindo a falecer em 1621. Entre erros e acertos foi considerado até um bom pontífice, dando uma ordem, uma estabilidade dentro da igreja, algo que era visto como necessário na época. Seu sucessor foi o Papa Gregório XV,

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Papa Alexandre VI

Quando o Brasil foi descoberto o Papa era Alexandre VI. Seu nome real era Rodrigo Bórgia e ele certamente foi um Papa diferente. Além de não ser italiano, o que era comum na época, Bórgia não provinha de uma tradicional e rica família da nobreza europeia. Sua origem plebeia porém  mudou completamente quando seu próprio tio foi eleito Papa em 1455. Calisto III abriu as portas do Vaticano para o sobrinho e ele certamente aproveitou todas as oportunidades provenientes desse parentesco.

Seu tio o transformou em cardeal e Rodrigo começou a jogar a intensa política que havia dentro dos muros do Vaticano. Durante vários papados ele exerceu postos de influência, notadamente nos cargos diplomáticos. Sempre foi uma figura central dentro da Cúria, mas não tinha prestígio e nem riqueza para se tornar um Papa. Quando tinha 60 anos de idade resolveu que iria se candidatar ao pontificado. Com a morte do Papa Inocêncio VIII ele surgiu como um possível sucessor.

Sua eleição foi marcada por acusações. Rodrigo Bórgio disputou contra Ascanio Sforza, filho de uma rica e tradicional família, considerado o favorito. Para surpresa de muitos ele foi vencido. Na visão de historiadores renomados o cardeal Rodrigo simplesmente comprou o voto dos cardeais para se tornar Papa. De uma forma ou outra em agosto de 1492 Rodrigo Bórgia se tornou o Papa Alexandre VI. Seu Papado foi um dos mais problemáticos da história, com inúmeras acusações de corrupção. Para se ter uma ideia de sua forma de administrar a Igreja, Rodrigo Bórgia, pouco tempo depois de se tornar Papa, elegeu seu próprio filho de apenas 16 anos, César Bórgia, como cardeal. Foi um escândalo sem precedentes, não apenas por causa do descarado nepotismo, mas também pelo fato do Papa ter filhos e filhas, além de inúmeras amantes!

César Bórgia era um sujeito inescrupuloso, conhecido por ser assassino e cruel. A Igreja Católica nunca antes tivera uma dinastia tão corrupta no poder. Mesmo assim Bórgia continuou seu reinado de corrupção e sombras. Na política ele foi peça central nas principais monarquias da Europa, sempre envolvido em conspirações para que subissem ao trono os monarcas de sua preferência. Também foi peça central na elaboração do Tratado de Tordesilhas, que iria definir as fronteiras nas nova terras conquistadas na América. Foi a partir desse Tratado histórico que as fronteiras do Brasil começaram a ser definidas (influenciando decisivamente o mapa atual de nosso país). Espanhol de nascimento o Papa decidiu que o novo mundo seria dividido entre Portugal e Espanha, as duas potências navais da época. As terras a oeste seriam da coroa espanhola e as terras a leste seriam de Portugal. Uma linha foi traçada e ela iria determinar os novos domínios das coroas dessas nações.

Em 1503, aos 72 anos de idade, o Papa morreu. Para muitos ele foi envenenado, com acusações de que seu próprio filho César teria sido o autor do crime. O legado histórico de Alexandre VI foi dos piores. Muitos crimes e casos de corrupção foram revelados após sua morte, colocando luz sob um dos Papados mais corruptos da história. Rodrigo Bórgia foi certamente um Papa que manchou a história da Igreja, se tornando símbolo de uma era que séculos depois seria conhecida como a "Era das grandes prostitutas", uma referência nada lisonjeira aos Papas que reinaram nesses tempos obscuros. Por ter sido um Papa tão condenável em atos e atitudes, Alexandre VI acabou sendo objeto de inúmeros livros, filmes e séries ao longo da história, onde basicamente surge como um Papa vilanesco, cruel e corrupto. Uma imagem não muito distante do que realmente foi em vida.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Papa Clemente VIII

Advogado de formação, homem disciplinador e duro, o italiano Ippolito Aldobrandini se tornou Papa em 1592. Era uma época perigosa para ser Papa, principalmente por causa das inúmeras conspirações que eram planejadas pelos corredores do Vaticano. Mesmo assim conseguiu ficar por 13 longos anos no trono de São Pedro. Na política externa o Papa procurou costurar a paz entre os principais Estados católicos da Europa. Assim fez a paz entre França e diversas outras nações, incluindo a Espanha, que tinham diferenças com Paris.

No plano interno, dentro da política da doutrina católica, impôs uma dura repressão contra as heresias, fazendo inclusive com que a inquisição ganhasse mais força. Um dos executados durante seu pontificado foi Giordano Bruno, considerado herege e blasfemo, por ter escrito um livro que na ótica do Vaticano blasfemava a santa eurcaristia. Para edificar e proteger ainda mais a doutrina da Santa Madre Igreja, o Papa Clemente VIII criou a Congregatio de Propaganda Fide (Congregação para a Propagação de Fé), um órgão do clero que até hoje existe e funciona no seio da administração da Igreja Católica.

Um aspecto curioso de seu papado foi a liberação do café. Durante anos o café foi considerado uma bebida associada ao islã, pois foi trazida para a Europa pelos árabes. A questão foi levada ao Papa, que não viu nenhum problema no consumo de café pelos cristãos europeus, liberando a bebida por todo o continente, algo que iria beneficiar o Brasil (que ainda não havia sido descoberto) no futuro, pois nossa nação acabou sendo uma dos grandes exportadoras de café do mundo. Clemente morreu em 1605. Ele foi envenenado em sua comida, através de um cogumelo da espécie 'Amanita Phalloides'. Seu sucessor foi o Papa Leão XI, o primeiro Papa do século XVII.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de março de 2011

Papa Celestino V

O último Papa que havia renunciado antes de Bento XVI foi o Papa Celestino V no distante ano de 1294. Esse Papa foi bastante controverso. Ele era um eremita, que vivia em reclusão em uma isolada caverna nas encostas do monte Mailla, quando foi levado até Roma e lá acabou se tornando Papa para o espanto e a surpresa da população! Mas o que teria levado um homem que nunca havia estado em Roma antes ao trono de Pedro? As razões são complexas, mas tudo leva a crer que ele foi uma solução para o terrível impasse que havia surgido no Vaticano após a morte do Papa Nicolau IV.

Já havia se passado dois anos da morte do Papa e o conclave ainda não conseguia chegar a um nome para sua sucessão. A peste havia devastado Roma e demais cidades da região e a Igreja vivia um período de turbulências. Diante do impasse dos cardeais, o Rei Carlos II resolve interferir pessoalmente na sucessão do Papa. Ele sugeriu o nome de Pietro Angeleri para ser o novo papa pois ele tinha fama de santo, um homem que vivia em extrema pobreza, em oração, como um eremita, um asceta.

Como não havia se envolvido no jogo político dos cardeais, da cúria, igualmente era considerado uma alma pura que não iria se contaminar pelo jogo da política do clero. Em julho de 1294 ele finalmente foi eleito o novo Papa. Só que a verdade é que Celestino V não tinha vocação para esse tipo de cargo. Um homem que havia tido uma vida tão isolada e de oração nas montanhas, não iria mesmo se dar bem como Papa. Havia muitas questões políticas, diplomáticas, sociais, que para ele era um farto pesado demais para carregar.

A influência do Rei Carlos II também foi um problema em seu pontificado. Ele foi acusado de ser submisso ao Rei, de fazer suas vontades sem se importar com as questões da Igreja. Diante de tantas pressões acabou renunciando apenas cinco meses após ser eleito Papa. Foi um choque em Roma. Alguns historiadores afirmam que os clãs dominados pelas famílias Orsini e Colonna mandaram ele escolher ou a renúncia ou a destituição. Assim o Papa Celestino V preferiu mesmo renunciar. Depois da abdicação o ex-Papa voltou para sua vida de reclusão, mas morreu dois anos depois, aos 81 anos de idade. Há especulações que teria sido envenenado, porém nenhuma prova foi encontrada sobre isso. Seus restos mortais hoje se encontram em exposição em uma igreja na região onde viveu e foi visitada pelo Papa Bento XVI, naquela que foi considerada uma visita simbólica, pois o Papa alemão acabou seguindo os passos de Celestino V, renunciando também ao Papado.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 7 de março de 2011

Papa Inocêncio IX

O Papa Inocêncio IX teve um pontificado extremamente breve. Após subir ao trono de Pedro ele caiu doente, sendo Papa por apenas dois meses. Quando isso acontecia geralmente surgiam suspeitas de envenenamento e assassinato, pois muitos Papas foram mortos dessa maneira ao longo da história. Esse porém não parece ter sido o caso de Giovanni Antonio Facchinetti (seu nome real). A sua saúde parecia ser muito frágil realmente e diante das pressões enormes da época ele acabou sucumbindo cedo demais.

Esse Papa teve origem humilde. Ele não fazia parte das tradicionais famílias nobres que coroavam seus Papas durante o século XVI. Sua família era da classe trabalhadora, de origens ancestrais na região da Cravegna, perto de Bolonha. O jovem desde cedo demonstrou ter aptidão aos estudos. Assim acabou entrando numa escola mantida pela Igreja Católica. O ensino naqueles tempos era ministrado principalmente pela Igreja. Sendo um bom aluno ganhava bolsas e conseguia seguir em frente com seus estudos. Acabou sendo o primeiro de sua família a se formar em um curso na universidade, algo raro e muito admirado em um tempo onde quase todas as pessoas eram analfabetas.

Depois de terminar os estudos decidiu ingressar no clero, que ao lado da nobreza formava a elite administrativa, política e jurídica dos estados italianos. Assim se tornou secretário do poderoso e influente cardeal Alejandro Farnesio, sobrinho do Papa Paulo III. Demonstrando ser um homem trabalhador, sério e concentrado, acabou caindo nas graças do cardeal. Em pouco tempo se tornou também uma pessoa influente dentro da cúria romana, quando foi para a cidade eterna acompanhando Farnesio. Como era um homem erudito acabou se destacando dentro do importante Concílio de Trento em 1562. Por seu desempenho foi eleito Cardeal por seus pares.

Quando Gregório XIV faleceu ele se tornou um dos nomes mais importantes para sua sucessão. Assim acabou sendo eleito em um conclave considerado calmo e pacífico. O apoio de dois reis importantes, Felipe II da Espanha e Henrique IV da França foi decisivo para sua eleição. O problema é que o novo Papa já era um homem doente e por essa razão não sobreviveu por muito tempo. Mesmo assim ainda teve tempo de reforçar ainda mais a Liga Católica da Europa, importante associação de nações cristãs. Na manhã do dia 30 de dezembro de 1591 o Papa foi encontrado morto em sua cama, em sua suíte em Roma. Ele tinha 72 anos de idade. Uma vida inteira dedicada ao catolicismo. Seu selo foi quebrado e o trono de Pedro foi declarado vago pelos Cardeais romanos.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de março de 2011

Papa Júlio I

O Papa Júlio I criou o Natal. Ele foi escolhido para o trono de Pedro pescador no ano de 337. Foi um Papa jovem, eleito com apenas 37 anos de idade - algo impensável nos dias de hoje! Acontece que há 1700 anos a Igreja Católica ainda era considerada uma instituição religiosa jovem (em termos históricos) e por essa razão ainda não havia muitas da hierarquias que só iriam surgir algumas décadas depois. Assim bastava que um padre ou bispo fosse querido pelo povo romano para ser eleito Papa. Esse pontífice era bem admirado pelo povo mais pobre de Roma, sempre presente nas vilas mais humildes. Cronistas da época afirmam que ele era uma pessoa alegre, de sorriso aberto, muito carismático.

A criação do Natal certamente foi o evento mais marcante de seu papado. Sua criação nasceu de um desejo e uma dúvida do Papa! Júlio I percebeu que não havia ainda no calendário cristão uma data que celebrasse o nascimento de Jesus Cristo. Embora os Evangelhos trouxessem inúmeros detalhes de sua natalidade, como a manjedoura, os três reis magos, a estrela de Belém, etc, não se sabia o exato dia em que Jesus nasceu. O Novo Testamento era omisso sobre isso. O Papa então determinou que os estudiosos e sábios da Igreja pesquisassem a data certa nos arquivos da Igreja, consultando textos seculares, tradições orais e papiros. Apesar dos esforços nada foi concluído sobre o dia em que Jesus de Nazaré nasceu. Não havia informações históricas exatas sobre essa questão.

O Papa então foi aconselhado pelos bispos a determinar o dia 25 de dezembro como o dia oficial de Natal. Havia várias razões para isso, mas uma das mais determinantes foi que nesse mesmo dia havia uma comemoração muito popular em Roma realizada em homenagem ao deus romano Saturno. Apesar do cristianismo ter se espalhado de uma forma incrível em três séculos por toda a Europa, resquícios do velho mundo pagão ainda persistiam. A Saturnália era um desses pedaços de paganismo que ainda persistiam em existir. O Papa queria combater esse feriado pagão. Com o decreto Papal a festa do deus Saturno praticamente deixou de existir pois a partir da decisão do Papa Julius no ano de 350, o Natal passou a ser celebrado por todos os cristãos justamente nessa data. E assim foi e segue sendo até os dias de hoje.

Outro aspecto muito lembrado do Papado desse jovem Papa foi o fato dele ter unificado a doutrina da Igreja em seu terceiro século de existência. O Papa era bastante diplomático e uniu os sacerdotes ocidentais e orientais que teimavam em discordar em determinados aspectos religiosos. O simpático Júlio chamou todos ao Vaticano e depois de alguns encontros tudo foi acertado, de forma amigável.  O Papa Júlio I ficou 15 anos no trono de Pedro. Ele morreu aos 52 anos de idade, no ano de 352. Roma passava por uma epidemia de uma praga até hoje desconhecida. Supõe-se que o Papa acabou sendo vítima dessa doença desconhecida, que para alguns estudiosos e historiadores foi a temida peste negra. Alguns séculos depois o querido Papa Júlio I, que criou o Natal, foi canonizado pela mesma Igreja que um dia ajudou a construir e edificar.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Papa Gregório XIV

O conturbado século XVI ia chegando ao fim quando o cardeal Niccolò Sfondrati foi eleito o novo Papa. Ele adotou o nome papal Gregório XIV e se viu diante de mais crises políticas envolvendo a Igreja Católica. Havia uma enormidade de reis, rainhas, nobres, todos lutando entre si pelo poder e todos igualmente pedindo o apoio da Igreja para consolidar seus interesses pessoais. Só que conforme logo saberiam tinham batido na porta errada.

Niccolò Sfondrat passou para a história como um dos papas mais humildes que já tinham reinado no trono de São Pedro. Ele definitivamente não estava interessado nos jogos políticos da nobreza europeia e nem na guerra interna entre eles para assumir o poder supremo em suas nações, feudos e reinos. O novo Papa queria saber mesmo dos assuntos da fé e não da politicagem que teimava em chamar sua atenção.

Criado de forma humilde na cidade de Cremona, na Itália, o Papa teve uma infância feliz, passada ao lado de pessoas bem humildes da região. Ele nunca esqueceu de onde veio e procurou levar essa humildade para Roma, lugar aliás de que ele não gostava muito. Mesmo quando ele foi eleito cardeal pouco ia para a sede da igreja, não se envolvendo nas intrigas palacianas próprias da época. Muitos historiadores acreditam que essa forma de ser e agir foi a chave para sua eleição, pois ele nunca se envolveu em brigas entre grupos rivais dentro da igreja. Assim quando surgiu a nova eleição todos preferiram apoiar um homem que representava o equilíbrio, a sensatez ou como foi dito na época "uma terceira via".

Sobre esse Papa um cronista da época escreveu: "Nasceu na região de Somma Lombarda. Seus pais e antepassados sempre viveram em Cremona, embora alguns parentes fossem de Milão. Ele morou em Cremona por muitos anos, sendo um amigo próximo da família de Carlo Borromeo. Não se sabe ao certo quando decidiu se tornar padre e entrar para a vida eclesiástica. Suas motivações ainda hoje são desconhecidas. O certo é que em fevereiro de 1560 decidiu estudar para fazer parte do clero católico. Sua atuação como padre foi considerada maravilhosa pelas pessoas de sua paróquia, principalmente pelos atos de caridade que praticava com os mais pobres e miseráveis. Logo se tornou bispo de Cremona. Depois Roma soube de seus feitos e o fez Cardeal. Para Nicolo o que importava era fazer diferença em sua paróquia, por isso pouco ia a Roma, a não ser quando era preciso e necessário, para votar nos conclaves ou então para cumprir suas obrigações congregacionais. Quando se tornou papa resolveu homenagear o velho papa Gregório XIII, cuja história admirava.". O Papa Gregórius XIV morreu em 15 de outubro de 1591, tendo ficado pouco tempo como pontífice, apenas dez meses no mais alto cargo da igreja católica.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 1 de março de 2011

Papa Urbano VII

O Papa Urbano VII passou para a história como Urbano, o Breve. A razão do título se deu por causa da brevidade de seu papado. Urbano ficou apenas 13 dias no trono de Pedro. Ele morreu antes mesmo de completar duas semanas no poder. O que teria acontecido? Por muitos anos se especulou que Urbano teria sido envenenado, pura e simplesmente. Afinal muitos papas foram envenenados e assassinados no Vaticano durante a história. Ele provavelmente não teria sido uma exceção.

Estudos históricos mais recentes porém demonstram que a verdade provavelmente foi bem mais simples. Ao invés de tramas e conspirações de assassinatos, o que teria acontecido é que Giambattista Castagna teria subido ao trono papal já muito doente. Ele havia contraído malária durante seus anos como cardeal na Espanha. Essa doença é traiçoeira, nunca deixando o paciente totalmente curado. Com os anos ela vai piorando.

Durante o conclave o cardeal Castagna demonstrava superficialmente gozar de boa saúde. O fato porém é que ele escondeu dos demais cardeais seus graves problemas de saúde. No século XVI houve uma intensa movimentação entre as metrópoles e suas colônias. Colonizadores, navegadores e europeus iam até o novo mundo, as Américas, e de lá traziam doenças tropicais que não eram muito conhecidas dos europeus. A Espanha era uma dessas metrópoles colonizadoras, uma potência militar que explorava o continente recentemente descoberto. O cardeal Castagna provavelmente esteve em algum lugar de contágio enquanto trabalhava nas cidades espanholas. Quando retornou ao Vaticano já estava doente.

Em menos de 13 dias de papado não há muito o que se fazer, nem o que conspirar contra. Por isso os historiadores acham muito improvável que tenha surgido uma conspiração de assassinato para matá-lo, até porque o Papa ainda era bem visto de seu clero. Ninguém realmente o odiava naqueles breves dias como Papa para o envenenar assim, tão prematuramente. Urbano VII morreu em 15 de setembro de 1590. Ele tinha 69 anos de idade. Sua morte foi um choque em Roma. Os sintomas que o atingiram no leito de morte corroboram a tese de que de fato ele morreu da famigerada e temida malária, uma doença dos navios que iam e vinham das terras da América.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Urbano II e a Primeira Cruzada

Em 1070 a cidade santa de Jerusalém caiu nas mãos dos muçulmanos. O império Turco imediatamente proibiu o cristianismo na região, punindo com a morte quem não seguisse a religião do Islã. O fato chocou os cristãos da Europa. Não haveria mais como ir para a Terra Santa em peregrinação. Os seguidores de Maomé não iriam mais admitir essa heresia sob o ponto de vista de sua religião. A crise entre cristãos e muçulmanos não parou por aí. O Império Bizantino (que era cristão, também conhecido como Império Romano do Oriente) também sofria com a expectativa de uma grande invasão dos turcos. O desastre era iminente.

Diante de toda essa situação o Papa Urbano II resolveu agir. Ele pensou que todos os cristãos da Europa precisavam se unir para lutar contra a ameaça militar que vinha do Oriente. A solução em sua opinião era a organização de uma grande cruzada de cristãos para irem em direção à Terra Santa, para libertar Jerusalém das mãos do califado islâmico. Havia uma grande massa de pessoas pobres e sem perspectivas dentro do continente europeu. Muitos deles eram criminosos e tinham desperdiçado sua existência em crime e pecado. Para o Papa a violência entre cristãos deveria acabar definitivamente. A luta deveria ser travada contra o mundo muçulmano que colocava em perigo a existência do cristianismo.

Assim o Papa Urbano II proclamou em discurso: "Ricos e pobres devem igualmente partir, devem parar de se matar uns aos outros e, em vez disso, lutar uma guerra justa, realizando a obra de Deus; Deus os guiará. Quem morrer em combate receberá a absolvição e a remissão dos pecados. Aqui, a vida é miserável e malvada com homens que se entregam até destruir o próprio corpo e a própria alma; aqui, eles são pobres e infelizes, lá, serão felizes, ricos e verdadeiros amigos de Deus."

O Papa pensava que seu pronunciamento iria despertar a honradez de senhores feudais, reis e nobres, mas isso não aconteceu. Apenas as camadas mais populares responderam ao apelo papal. Assim as massas mais pobres das cidades da Europa começaram a se organizar. O problema é que não havia liderança entre eles e em pouco tempo a anarquia tomou conta da Primeira Cruzada que seria conhecida pela história como A Cruzada dos "Mendigos"!

Essa massa de pessoas, sem treinamento militar, sem hierarquia e sem disciplina começou a marchar indo em direção a Jerusalém. Sem recursos muitos começaram a pilhar as cidades por onde passavam. O pânico tomou conta as populações. Havia anarquia e crime entre seus participantes. Nem mesmo a suposta liderança de um homem chamado Pedro, o Eremita, conseguiu evitar o desastre completo. Por três anos esses cruzados - na verdade uma massa de pessoas pobres e desesperadas - destruíram tudo por onde passavam. Para o Papa Urbano II a convicção inicial havia sido esquecida. Os efeitos foram bem piores do que ele pensava e não havia qualquer controle sobre o que acontecia. A igreja assim retirou seu apoio. 

Por fim, o que era previsível aconteceu. Ao encontrar o exército turco aqueles pessoas que se diziam cruzados foram facilmente trucidados pelos islâmicos. Os homens foram mortos, as crianças e mulheres se tornaram escravos. Antes de matar todos os cruzados os muçulmanos lhes davam uma ótima chance de viver: eles poderiam se converter ao Islã, caso contrário teriam suas cabeças cortadas! E assim foi com milhares de pessoas. O Papa percebeu que apenas a boa fé não era suficiente. Era necessária a participação dos nobres, dos reis e de seus exércitos profissionais, não uma multidão de pessoas sem qualquer preparo. Em sua forma de pensar a ideia da cruzada não era ruim, mas teria que acontecer com planejamento e disciplina, caso contrário a matança seria inevitável.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Papa Urbano VIII

Papa Urbano VIII
Esse papa passou para a história pelos motivos errados. Ele sempre será lembrado como o Papa que pressionou o cientista e astrônomo Galileu Galilei. O papa não aceitava as premissas do famoso astrônomo. E deu um ultimato. Ou ele voltava atrás de suas afirmações, ou então iria enfrentar a Santa inquisição. Correndo o risco de ser morto na fogueira. Assim Galileu Galilei voltou atrás de suas afirmações e disse que elas estavam incorretas, mesmo sabendo que estavam certas, o que iria ser provado séculos depois. Foi uma prova vergonhosa da intromissão da igreja na ciência. Um exemplo que não poderia mais ser repetido. 

E também ficou conhecido em Roma por ter sido um dos maiores praticantes do nepotismo. Ele empregou praticamente todos os seus familiares do Vaticano. Mesmo aqueles que não tinham qualquer ligação com a religião católica e nem tinham uma vida digna de ser exaltada. Era empreguismo puro, nepotismo sem qualquer critério de escolha. Bastava ser parente para ganhar um alto cargo dentro dos muros da sede da igreja católica. 

Foi um Papa impopular, muito odiado pelo povo de Roma. Era um nobre de imensa Riqueza. Herdou toda a Fortuna de seu tio, que era um homem rico com fama de homossexual. Com tanto dinheiro, conseguiu construir sua chegada ao trono de São Pedro. Com esse poder acabou quebrando as finanças da igreja católica. O povo Romano definitivamente não gostava dele. 

Quando morreu, seu busto foi destruído por uma multidão em fúria. Ficou como papa durante 21 anos, mas não deixou saudades aos católicos da época. Faleceu em julho de 1644. Foi uma morte misteriosa. Até hoje, acredita-se que foi envenenado por cardeais. Eles tentavam salvar a imagem pública da igreja católica depois de seu desastrado papado. 

Nome real: Maffeo Vincenzo Barberini
Papado: 1623 a 1644 
Sucessor: Inocêncio X

Pablo Aluísio.