sábado, 20 de maio de 2017

A Morte Não Manda Aviso

Título no Brasil: A Morte Não Manda Aviso
Título Original: The Quiller Memorandum
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Michael Anderson
Roteiro: Trevor Dudley Smith, Harold Pinter
Elenco: George Segal, Alec Guinness, Max von Sydow, Senta Berger, George Sanders
  
Sinopse:
Cortina de ferro, em pleno auge da guerra fria. Depois do assassinato de uma agente inglês em Berlim, um novo agente chamado Quiller (George Segal) é enviado para investigar. Segundo seu superior no departamento de inteligência, o comandante Pol (Alec Guinness), há um grupo de neonazistas operando na cidade alemã. Eles seriam liderador por uma figura misteriosa e desconhecida, que usaria o codinome Oktober (Max von Sydow). Caberá então a Quiller descobrir onde atua e como se coordena essa organização de criminosos nazistas. Filme indicado ao BAFTA Awards nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado (Harold Pinter), Melhor Edição (Frederick Wilson) e Melhor Direção de Arte (Maurice Carter).

Comentários:
As adaptações dos livros de James Bond ao cinema fizeram escola. Depois delas um nova onda de filmes inspirados no famoso agente inglês foi lançado nos cinemas durante a década de 1960. Tentando pegar carona no sucesso de 007 tivemos filmes como esse "The Quiller Memorandum" estreando nas telas. É, como se pode perceber, mais um filme de espionagem, com agentes britânicos tentando colocar as mãos em um líder de uma verdadeira seita de neonazistas no pós-guerra em Berlim. Nada é muito discutido sobre o fato da ideologia nazista ter sobrevivido ao caos do fim da II Guerra Mundial. O que parece ter interessado mais aos realizadores do filme foi justamente o clima de mistério e suspense que atravessa todo o enredo. No elenco há dois excepcionais atores em papéis secundários. O primeiro deles é o grande Sir Alec Guinness, que interpreta o chefe do setor de inteligência inglesa em Berlim. Ele tem poucas cenas, praticamente apenas duas, mas como sempre rouba o show, dando um ar um tanto afetado ao seu personagem. Max von Sydow, outro fabuloso talento, é o vilão do filme. Usando uma postura de fina elegância, bons modos e educação prussiana, ele se mostra a melhor coisa do filme, tanto em termos de atuação, como de personagem. Curiosamente o protagonista, o agente Quiller interpretado por George Segal, é fraco, uma mera imitação pálida de Bond. Melhor para o espectador é prestar atenção na beldade austríaca Senta Berger. Ele é uma nazista charmosa e sensual que seduz o agente britânico, o manipulando completamente. Com um roteiro extremamente simples ao meu ver (onde o agente apenas localiza o esconderijo dos criminosos, é feito refém e tenta sobreviver), o filme "The Quiller Memorandum" não chegou a me impressionar. Tem boa fotografia, um elenco de apoio acima da média, mas no plano geral não consegue ser uma grande obra prima do gênero espionagem internacional. No fundo é apenas uma boa fita para diversão e esquecimento logo em seguida. Não passou definitivamente no teste do tempo.

Pablo Aluísio.

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