terça-feira, 23 de agosto de 2022

Basta, Eu Sou a Lei

No final dos anos 60 muitos veteranos da era de ouro do cinema se aposentaram. A idade havia chegado e eles tinham todo o direito de desfrutarem seus últimos anos de vida na paz e no sossego. Alguns atores porém se recusaram a se aposentar. Um dos casos mais famosos foi o de Robert Mitchum, que trabalhou praticamente até o fim da vida. E o humor acabou se revelando também um bom caminho para esses veteranos do cinema. Esse filme "Basta, Eu Sou a Lei" traz dois atores da velha escola, Robert Mitchum e George Kennedy. E o roteiro vai por esse caminho, nunca se levando à sério demais, sempre partindo de um certo bom humor. O resultado ficou muito bom, desde que o admirador de filmes de faroeste entenda perfeitamente o contexto histórico em que esse filme foi produzido e lançado, respeitando a idade de seu elenco principal. Afinal respeito é tudo nesse tipo de situação.

O roteiro traz dois homens que já estão curtindo a velhice. Um deles é um velho homem da lei, um xerife veterano que trabalhou em diversas cidades ao longo da vida. O outro é seu extremo, um fora-da-lei que agora não encontra espaço nesse mundo moderno. E eles acabam se unindo contra um inimigo em comum, para surpresa deles mesmos. "Basta, Eu Sou a Lei" é um filme divertido, praticamente uma comédia com uma galeria mais do que engraçada de personagens coadjuvantes. Não recomendaria a todos, mas especialmente para quem deseja dar algumas risadas com um faroeste bem leve e muitas vezes cômico.

Basta, Eu Sou a Lei (The Good Guys and the Bad Guys, Estados Unidos, 1969) Direção: Burt Kennedy / Roteiro: Ronald M. Cohen, Dennis Shryack / Elenco: Robert Mitchum, George Kennedy. Martin Balsam / Sinopse: Um velho homem da lei e um velho fora-da-lei se unem para enfrentar um sujeito asqueroso que deseja dominar a cidade e a região onde vivem.

Pablo Aluísio.

3 comentários:

  1. As vezes esses filmes de herois geriatricos são muito divertidos e estimulantes pra quem acha que a vida já acabou por ser velhos. O John Wayne e o Clint Eastwood são pródigos nessa seara.

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  2. Esse tipo de roteiro investe no choque de gerações para fazer humor, e olha que acaba dando certo.

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