Esse foi o primeiro filme de James Bond no cinema. Foi uma produção complicada, fruto das dificuldades de se adaptar para o cinema as aventuras escritas por Ian Fleming no mundo da literatura. O interesse dos estúdios surgiu curiosamente após o presidente John Kennedy declarar que os livros de Fleming eram os seus preferidos para se ler em momentos de lazer. Assim os direitos do livro foram comprados, porém havia um problema básico a se superar. Quem iria interpretar o agente James Bond, 007? Após várias especulações o estúdio escolheu um ator que era relativamente desconhecido na época, o escocês Sean Connery. E mesmo com todas as críticas por sua escolha (o sujeito nem era inglês!), o resultado se mostrou melhor do que se poderia esperar. Tanto que hoje em dia Connery ainda é escolhido em diversas listas como o melhor James Bond da história do cinema.
De qualquer forma temos também que admitir que apesar de ser um filme importante, por ter sido o primeiro Bond e tudo mais, esse filme envelheceu muito. Esteticamente ainda soa nostálgico e elegante, principalmente quando Connery está em cena, vestindo um elegante smoking. Porém nas cenas finais de ação, com toda aquela parafernália antiga, o filme se mostra completamente datado nos dias atuais. O diretor Terence Young fez um bom trabalho com o que tinha à disposição naqueles tempos, mas revisto hoje em dia o peso dessa mesma produção se faz sentir e de uma maneira bem ultrapassada.
O Satânico Dr. No (Dr. No, Inglaterra, 1962) Direção: Terence Young / Roteiro: Richard Maibaum, Johanna Harwood, baseados no livro escrito por Ian Fleming / Elenco: Sean Connery, Ursula Andress, Joseph Wiseman, Jack Lord, Bernard Lee / Sinopse: O agente inglês James Bond (Sean Connery) é enviado para desvendar o desaparecimento de um membro do serviço de inteligência de sua majestade, ao mesmo tempo que encontra uma ligação com a suspensão do programa espacial dos Estados Unidos. Por trás de tudo há um vilão sinistro, o misterioso Dr. No.
Pablo Aluísio.
Cinema Clássico
ResponderExcluirPablo Aluísio.
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ResponderExcluirEsse filme "O Satanico Dr. No", na pobreza da sua produção de médio orçamento, conseguiu produzir um astro de fama mundial, Sean Connery, e um mito, Bruce Lee.
ResponderExcluirExplico: o Sean Connery, um lenhador, caiu nas graças da esposa do Ian Flemming e conseguiu ser escolhido para o papel do refinado e chamoso James Bond, apesar de ser um brucutu, mas que, segundo Paulo Francis numa resenha de 007, mesmo sofisticado, transpirava perigo .
Já Bruce Lee, que só tinha feito uma série nos EUA, O Besouro Verde, tosca porém de sucesso, e três filmes na China, de sucesso, porém também toscos na produção; conseguiu na refilmagem asiática do "Satânico Dr
No", "Operação Dragão", se transformar, do dia pra noite, num mito eterno, assim como James Dean, ou Elvis Presley.
Nada mal para um filme de baixo orçamento, devido as baixas expectativas de sucesso.
Viva "O Satânico Dr. No"!
Sem negar a importância histórica desse filme, ele é seguramente um dos que menos gosto da fase Sean Connery sendp pior talvez só Os diamantes são eternos!
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