sexta-feira, 7 de março de 2008

Dom Pedro I

Durante sua vida Dom Pedro I teve uma conduta sexual e moral muito condenável. Enquanto era um jovem solteiro, herdeiro do trono, vivendo no Rio de Janeiro, ele colecionou amantes. Habitualmente frequentava tavernas onde prostitutas se ofereciam a quem pagava mais. Seu mais próximo amigo, o tal "Chalaça", não passava de um alcoviteiro, um sujeito cuja principal função era arranjar mulheres ao jovem príncipe.

Quando se casou a situação que deveria ter melhorado, piorou e muito. Casado com a bela, refinada e educada Imperatriz Leopoldina, Pedro I deveria mostrar uma postura de bom pai de família, honrado e respeitoso com sua esposa. Só que isso nunca aconteceu. Ele continuou pulando a cerca, tendo inúmeras amantes, chegando ao ponto de engravidar uma freira - e ter casos com escravas, mulheres que por sua condição jamais poderiam dizer não a ele!

Pior de tudo foi transformar sua amante número 1, a Marquesa de Santos, em uma mulher pública, rica e poderosa dentro da corte. Quando isso acontece a própria monarquia se torna desmoralizada, pois em um Estado como o Brasil imperial, onde a Igreja era fundida com o Estado, que moral poderia ser exigida dos cidadãos se o próprio imperador era um sujeito galinha, que desmoralizava seu casamento e sua própria esposa, a imperatriz?

D. Pedro teve filhos com a amante e os trouxe para a corte. Chegou a fazer viagens oficiais ao lado dela, para humilhação da imperatriz. Depois de tantas humilhações Leopoldina sucumbiu, provavelmente teve uma depressão que se manifestou também em sua saúde, a levando à morte de forma prematura. D. Pedro reconheceu tudo isso em seu funeral. Ele ficou muito abalado com tudo e assumiu sua culpa. Só que já era tarde, ela estava morta. Claro, não morreu de um espancamento promovido pelo imperador como foi dito em boatos na época, mas certamente ajudou na morte dela, mesmo que indiretamente. Não existe conduta imoral que não traga sérias consequências.

Pablo Aluísio.

Um comentário:

  1. História e Literatura
    Dom Pedro I e a sua condenável conduta sexual e moral
    Pablo Aluísio.

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