domingo, 4 de novembro de 2018

Air Strike

É uma produção chinesa com Bruce Willis no elenco e tendo como um dos produtores o Mel Gibson. Achou estranho? Coloca estranho nisso. Como se sabe os chineses andam investindo bastante em cinema e oferecendo grandes cachês para astros americanos que acabam realizando filmes como esse. Só que nem pense em ficar muito animado. Essa produção ambientada na II Guerra Mundial mostrando bombardeiros aéreos do Japão sobre a China é muito ruim. Praticamente nada se salva. O roteiro é péssimo, onde até mesmo aspectos rudimentares de narrativa são ignorados. O filme também é tão mal editado que o espectador fica com a impressão de que ele foi todo cortado sem maior critério. As cenas acabam de repente e tudo é contado numa pressa enorme, sem qualquer desenvolvimento dos personagens.

Como é um filme com muitos combates aéreos era de se esperar pelo menos que fossem bem feitos. Só que a computação gráfica é uma lástima. Em muitos momentos ficamos com a impressão de estarmos vendo um videogame comum.Os chineses erram em vários aspectos, mas nesse pelo menos esperava que eles acertassem um pouquinho. Não deu certo. E o Bruce Willis no meio dessa bomba? Obviamente ele está aí só pelo cachê que foi milionário. Ele aparece em uma ou outra cena, apenas colocando seu nome para aluguel. Arranjou até um lugar no elenco para a filha, Rumer Willis, que é péssima! O que me impressiona é ver o Mel Gibson envolvido em uma coisa dessas! Logo ele que como diretor sempre foi muito criterioso. Uma mancha na carreira dele como produtor de cinema. Para finalizar basta apenas dizer que tantos os fãs de Gibson como Willis estão dizendo lá fora, em fóruns de cinema, que esse é o pior filme da carreira deles! Se os próprios fãs dizem isso quem sou eu para discordar?

Air Strike (China, 2018) Direção: Xiao Feng / Roteiro: Ping Chen, Tie Dong Zhou / Elenco: Ye Liu, Bruce Willis, Adrien Brody, Rumer Willis, Seung-heon Song / Sinopse: Durante a II Guerra Mundial um militar americano linha dura, o comandante Jack (Willis), lidera e treina um esquadrão de pilotos chineses. Ao mesmo tempo alguns militares da China tentam atravessar o país em um caminhão que carrega algo muito precioso para a resistência.

Pablo Aluísio.

Território Restrito

Filme que ainda é bem atual já que a questão da imigração ilgeral rumo aos Estados Unidos está sempre na ordem do dia. Como se sabe há atualmente uma marcha de imigrantes em direção ao país, cujos contornos ainda vão ser definidos. Pois bem, nesse filme de 2009 o ator Harrison Ford interpreta um agente da imigração que todos os dias precisa lidar com esse problema que parece ser sem solução. Ao seu lado trabalham a advogada de defesa Denise Frankel (Ashley Judd) e o marido Cole (Ray Liotta). A função deles é trabalhar no departamento jurídico, para determinar que pode ou não ficar dentro dos Estados Unidos.

Claro que um trabalho assim coloca em choque os valores humanitários dos personagens, sempre sensibilizados com as histórias tristes de vida dos imigrantes e o dever de lealdade com o governo americano pois eles também precisam expulsar os que não podem ficar. O roteiro é bem ao estilo mosaico, com histórias paralelas. No final os caminhos se cruzam. Penso que o roteiro toca em um assunto que definitivamente não tem solução a curto prazo. Durante anos a "América" (como eles gostam de ser chamados) vendeu a ideia que o país era o paraíso da prosperidade e pujança econômica do mundo. Agora, crentes nessa premissa, hordas de imigrantes miseráveis da América Latina tentam entrar em suas fronteiras a todo custo, em busca de riqueza e de uma vida melhor. É um grande problema para as autoridades americanas, sem solução à vista.

Território Restrito (Crossing Over, Estados Unidos, 2009) Direção: Wayne Kramer / Roteiro:  Wayne Kramer / Elenco: Harrison Ford, Ashley Judd, Ray Liotta, Cliff Curtis / Sinopse: O filme mostra a rotina de trabalho do agente de imigração Max Brogan (Harrison Ford). Ele exerce suas funções em posto de fronteira na Califórnia, porta de entrada para muitos imigrantes ilegais e precisa lidar diariamente com essa delicada questão.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de novembro de 2018

Hotel Artemis

Bem ruim esse novo filme da atriz Jodie Foster. Ela interpreta uma velha senhora, já corcunda, alquebrada pela idade, que trabalha em um velho e decrépito hotel que na realidade funciona mais como hospital de criminosos baleados do que qualquer outra coisa. A situação funciona assim: bandidos são baleados e com receio de irem a algum hospital onde serão presos, acabam indo para o Hotel Artemis, onde Jodie já tem o equipamento necessário para ajudá-los. Tudo feito obviamente por debaixo dos panos, para não despertar a atenção dos policiais. O ano em que se passa esse enredo é 2028, numa Los Angeles inabitável, cheio de violência pelas ruas, com caos e assassinatos ocorrendo o tempo todo. O clima é sufocante. Até que um chefão da máfia local, interpretado por Jeff Goldblum, também vai parar no Artemis, com seus capangas armados e muita violência. Sua presença já causa tensão pois há outros inimigos pelos corredores do hotel.

É a tal coisa, o filme poderia até ser bom com essa premissa. Essa coisa de universo distópico até que consegue funcionar bem em inúmeros filmes. Só que aqui não deu muito certo. O filme tem uma narrativa cansativa e pouca coisa é explicada para o espectador. Sabemos que a pergonagem de Jodie Foster está lá, exercendo ilegalmente a medicina, ajudando criminosos de todos os tipos, mas tudo fica por aí mesmo. Aliás foi meio chocante ver a atriz tão envelhecida, corcunda, mancando de uma perna, um bagaço de mulher! Ela que sempre foi admirada por sua beleza sui generis, aqui aparece despida de qualquer graça ou feminilidade. Vai chocar bastante seus fãs dos anos 80! Sabe aquela mocinha simpática e bonitinha dos filmes daquela década? Não existe mais.

Hotel Artemis (Estados Unidos, 2018) Direção: Drew Pearce / Roteiro: Drew Pearce / Elenco: Jodie Foster, Jeff Goldblum, Zachary Quinto, Sofia Boutella, Dave Bautista / Sinopse: Hotel localizado numa Los Angeles do futuro, caótica e cheia de criminalidade, serve como hospital clandestino para tratar bandidos baleados pela polícia. Jodie Foster interpreta a velha senhora que tenta organizar o lugar, bem no meio do caos completo de sangue e violência desenfreada.

Pablo Aluísio.

Transformers: O Último Cavaleiro

Essa franquia parece ser uma daquelas séries cinematográficas sem fim. A cada dois ou três anos um novo filme entra em cartaz. É a tal coisa, enquanto houver bilheteria, os estúdios lançarão filmes com a marca registrada Transformers. O que me deixa intrigado é que tudo começou com uma linha de brinquedos bem desengonçados, lá nos anos 80. Depois virou desenho animado (dos ruins) e agora ganhou essa bem sucedida (comercialmente falando) série interminável de filmes.

Não há muitas novidades nessa nova pancadaria de robôs que viram carros, caminhões, etc. O diretor Michael Bay repete a mesma fórmula de antes. As cenas de ação são longas e muitas vezes confusas, mas nada que a garotada vá reclamar. De novo mesmo apenas a participação de um grande ator como Anthony Hopkins. Ficou meio constrangedor ver esse excelente mestre da atuação em algo tão vazio. Fora isso o roteiro tenta puxar alguns elementos da lenda do Rei Arthur e é só. O filme ficou longo demais também, com mais de duas horas e meia de duração. Não havia a menor necessidade disso, a não ser torrar ainda mais a paciência dos pais que levaram seus filhos aos cinemas em seu lançamento.

Transformers: O Último Cavaleiro (Transformers: The Last Knight, Estados Unidos, 2017) Direção: Michael Bay / Roteiro: Art Marcum, Matt Holloway / Elenco: Mark Wahlberg, Anthony Hopkins, Josh Duhamel / Sinopse: Robôs gigantes lutam entre si para colocarem as mãos em objetos que pertenceram à lendária tábula redonda, do Rei Arthur e seus cavaleiros medievais. Quem as tiver em mãos vencerá a guerra pela dominação do planeta Terra.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

Foi um dos mais caros filmes franceses de todos os tempos, com orçamento próximo de 200 milhões de dólares - digno de uma grande produção americana. O diretor Luc Besson teve carta branca para adaptar esse famoso mundo dos quadrinhos para as telas de cinema. Sim, realizou um trabalho muito bonito de se ver, mas que nas bilheterias não trouxe retorno. Pois é, "Valerian" acabou se tornando um fracasso comercial. Não deixa de ser uma pena. Particularmente gostei do filme, de seu design de produção, de suas naves, de seus efeitos especiais. É um daqueles filmes que nos fazem lembrar imediatamente de "Star Wars" e essa associação tem uma razão de ser pois foram justamente os quadrinhos que inspiraram o diretor George Lucas a criar o universo de Luke Skywalker e cia. As semelhanças são muitas e o fã de "Guerra nas Estrelas" vai ficar bem surpreso.

A trama é pueril. Nos quadrinhos esse universo de Valerian foi longe com dezenas (diria mesmo centenas) de publicações desde o seu lançamento original. Assim Besson procurou sintetizar tudo em apenas um enredo que pelo menos funcionasse bem no cinema. Nesse aspecto foi bem sucedido. No final de tudo penso que esse filme ganhará o status que merece com o passar dos anos. Vai virar um cult movie da ficção europeia em breve, tenho plena certeza disso. Dias melhores virão.

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (Valerian and the City of a Thousand Planets, França, Bélgica, 2017) Direção: Luc Besson / Roteiro: Luc Besson, baseado nos quadrinhos "Valerian and Laureline", escrito por Pierre Christin e Jean-Claude Mézières / Elenco: Dane DeHaan, Cara Delevingne, Clive Owen / Sinopse: Em um futuro distante e indeterminado um casal de jovens militares tentam recuperar um artefato que pode colocar em risco a existência do universo.

Pablo Aluísio.

A Esposa

Esse filme foi rodado no ano passado, mas a atriz Glenn Close pediu aos produtores que o lançamento fosse adiado alguns meses porque ela ainda tem esperanças de ser indicada ao Oscar por esse trabalho. Penso que Close está muito bem em cena, aliás nunca assisti a nenhuma atuação dela, nem no cinema e nem em séries de TV, que deixasse a desejar. É uma atriz maravilhosa. Vai dar para tentar disputar o Oscar? Só o tempo dirá realmente. Torço por ela, claro, mas sem grandes expectativas. E do que se trata o filme? Ela é a esposa dedicada de um famoso escritor. Já estão na terceira idade, levando uma vida tranquila nos Estados Unidos quando são informados que o marido (em boa atuação de Jonathan Pryce) foi escolhido como o vencedor do prêmio Nobel de literatura daquele ano! Imaginem a alegria de vencer o mais cobiçado prêmio do mundo agora numa fase mais crepuscular da vida... não poderia haver nada melhor.

Só que a felicidade dura pouco. O casal guarda um terrível segredo que começa a ser desvendado por um escritor mais jovem (Slater) que vai escrever uma biografia sobre o premiado. Indo ao passado ele descobriu algo estarrecedor, o que o leva a crer que tudo foi escrito pela esposa e não pelo marido. Ela sempre foi muito mais talentosa do que ele. Só que sem chances no mercado literário decidiu dar a autoria dos livros para o esposo. Agora tudo pode vir a público e logo no momento em que ele ganha o Nobel. Um filme sofisticado, bem conduzido, com uma boa história para contar. Gostei de praticamente tudo. Como já escrevi não sei se terá chances no Oscar, mas isso no final das contas é um mero detalhe. Como cinema de qualidade o filme é irretocável.

A Esposa (The Wife, Estados Unidos, Suécia, 2017) Direção: Björn Runge / Roteiro: Jane Anderson, baseado no romance "The Wife", escrito por Meg Wolitzer / Elenco: Glenn Close, Jonathan Pryce, Christian Slater, Max Irons, Elizabeth McGovern / Sinopse: Escritor americano famoso e sua esposa vão até Estocolmo na Suécia para receber o cobiçado prêmio Nobel de literatura. Um escritor mais jovem porém vai descobrindo um comprometedor segredo envolvendo o casal e o verdadeiro autor das obras premiadas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Decisão de Risco

Filme bem interessante, ainda mais agora que está se pensando em usar drones de ataque contra a criminalidade no Brasil. O enredo gira justamente em torno disso, quando três terroristas são localizados pela inteligência inglesa. Eles estão em uma casa, onde o ataque por drones é iminente, só que bem na hora de apertar o botão surge uma garotinha vendendo frutas na esquina da casa. Ora, se o ataque for feito ela morrerá com certeza. O que fazer então? O roteiro então levanta diversas questões éticas envolvendo o ataque. A atriz Helen Mirren é a chefe da operação. Ela quer pegar aqueles terroristas pois está na cola deles há anos. Aaron Paul (ótimo ator, por sinal) é o jovem piloto do drone que se vê diante da dureza de seu trabalho, ao mesmo tempo que tenta levar uma vida normal fora do período em que ele, como militar, mata pessoas.

Por fim há Alan Rickman, em um de seus últimos trabalhos antes de falecer. Ele interpreta um general que precisa lidar com um monte de políticos vacilantes que ficam em cima do muro na hora de autorizar o ataque mortal. Filme muito bom, com roteiro acima da média, sempre apostando no clima de suspense e apreensão, algo que passa rapidamente para o espectador. Uma boa aula de como se fazer cinema com inteligência e precisão cirúrgica. Não deixe de assistir.

Decisão de Risco (Eye in the Sky, Inglaterra, Estados Unidos, 2015) Direção: Gavin Hood / Roteiro: Guy Hibbert / Elenco: Helen Mirren, Aaron Paul, Alan Rickman / Sinopse: Após encontrar três terroristas internacionais, uma equipe de ataque fica na dúvida entre entrar em ação, com a possível morte de uma garotinha inocente que está perto do lugar de ataque, ou cancelar tudo, deixando os terroristas escaparem mais uma vez.

Pablo Aluísio.

Annabelle 2: A Criação do Mal

De onde veio a maldição da boneca Annabelle? Como tudo começou? Bom, o roteiro desse filme tenta responder a essas perguntas. E os roteiristas escreveram uma estória bem bolada sobre o surgimento da boneca mais famosa do gênero terror atualmente. O espectador é levado de volta ao passado, aos anos 1950, onde encontramos uma família, um pai especialista em fabricar bonecas artesanais e uma adorável menina chamada... Annabelle. Por um desses trágicos destinos ela acaba morrendo, atropelada, ainda na infância. Seus pais ficam arrasados. Depois de muitos anos decidem transformar sua casa em um orfanato, numa forma de superar e ao mesmo tempo homenagear a filha falecida, só que as boas intenções acabam dando origem a estranhos acontecimentos sobrenaturais.

É um bom filme de terror. Sobre isso não precisa ter dúvida. Muitos vão pensar que é apenas mais um caça-níquel Made in Hollywood, mas não vá por esse caminho. Os produtores andam caprichando em todos os filmes que trazem essa marca  "The Conjuring" pois virou uma mina de ouro nas bilheterias. A Annabelle então nem se fala, pois é uma das personagens mais famosas desse universo. Haverá um terceiro filme sobre ela? É bem possível pois essa segunda parte fez sucesso de bilheteria.

Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation, Estados Unidos, 2017) Direção: David F. Sandberg / Roteiro: Gary Dauberman / Elenco: Anthony LaPaglia, Samara Lee, Miranda Otto / Sinopse: O filme conta a estória do surgimento da boneca amaldiçoada Annabelle, desde as primeiras manifestações sobrenaturais, apontando para uma menina que morreu na infância, durante os anos 50.

Pablo Aluísio.