terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias

Título no Brasil: Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias
Título Original: Multiplicity
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Chris Miller, Mary Hale
Elenco: Michael Keaton, Andie MacDowell, Zack Duhame

Sinopse:
Doug Kinney (Michael Keaton) descobre a solução para a falta de tempo em sua vida. Ele cria um monte de cópias de si mesmo, colocando todas elas para trabalhar em seu lugar, mas isso obviamente acaba criando uma série de problemas e confusões, principalmente com sua própria esposa. 

Comentários:
Depois de Batman, de ter interpretado o famoso personagem dos quadrinhos em dois filmes de sucesso, muita gente pensou que o ator Michael Keaton iria avançar na linha dos filmes de ação, tentando emplacar como novo action hero em seus filmes seguintes. Que nada! Ao invés disso ele voltou para seu velho estilo, a das comédias, algumas bem bobocas. Esse filme aqui segue nessa linha. Tem um pequeno contexto no começo, quase um draminha, mas logo se assume como tal, como um filme de humor. De repente os avanços da tecnologia digital tornou tudo possível, então muitos roteiros que iam nessa direção foram escritos. O filme é, com muita boa vontade, bacaninha e tudo mais. Os efeitos são muito bem feitos, na época endo recebidos como inovadores. Só que é aquele tipo de filme que você assiste apenas uma vez, dá umas risadinhas e depois esquece pra sempre. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Oppenheimer

Oppenheimer 
Finalmente assisti a esse que foi um dos filmes mais falados, comentados e badalados de 2023. Conta a história do físico teórico J. Robert Oppenheimer em um dos momentos mais importantes de sua carreira, quando participou e coordenou o trabalho de diversos cientistas que iriam desenvolver em conjunto a primeira bomba atômica da história. O projeto Manhattan do governo dos Estados Unidos tinha como objetivo chegar naquela arma que seria tão poderosa que iria colocar um fim definitivo no conflito armado mais letal e destrutivo da história da humanidade, a Segunda Guerra Mundial. E como vemos no filme tudo foi muito bem sucedido, ou melhor dizendo, alcançaram todos os objetivos demarcados inicialmente pelos planos do governo Truman.

O tema, a história do filme, já é por demais interessante. É aquele tipo de filme em que a vitória já está meio confirmada, antes mesmo da bola rolar. A questão seria apenas decidir como contar essa história. No caso do roteiro aqui o foco foi mesmo todo para o protagonista. E aqui vejo problemas. O roteiro não tem coragem suficiente para mostrar exatamente tudo sobre Oppenheimer. Seu pensamento e mentalidae socialista, por exemplo, é sutilmente varrida para debaixo do tapete. Tudo fica em cima do muro, nada é decidido, nada é devidamente explicado. Se ele era ou não um socialista convicto fica sempre no meio das nuvens de indecisão. Parece que o diretor Nolan não teve coragem suficiente para mostrar esse lado da personalidade do cientista. Em tempos tão polarizados, principalmente dentro da política dos Estados Unidos, ele temeu revelar tudo. E isso é sem dúvida um ponto negativo. 

O roteiro também segue numa montanha-russa. O filme começa meio vacilante, mas logo começa a crescer em interesse, principalmente por causa dos planejamentos da primeira bomba atômica. Só que uma vez construída e testada a grande arma de destruição em massa, o filme desce a montanha, se refletindo em uma parte final cansativa, sem rumo, que cai no marasmo. Aquelas reuniões todas, aqueles depoimentos, etc. Nolan deveria ter optado por algo mais ágil, de acordo com o ritmo que a sétima arte pede e necessita para se fazer um bom filme. 

Então é isso. É um bom filme, não deixo de reconhecer. Só que faltou um pouco mais de cuidado no ritmo e na narração dos acontecimentos e também de coragem para revelar tudo sobre o cientista em foco. Poderia ser bem melhor se Nolan não fosse tão precavido, sempre com medo de pisar em ovos. Além disso é um filme, se formos pensar bem, um tanto convencional. Se falou muito em ousadia narrativa do diretor. Bom, eu particularmente não vi nada disso. O filme é no final das contas bem quadradinho e convencional em termos narrativos e de desenvolvimento da história.

Oppenheimer (Estados Unidos, 2023) Direção: Christopher Nolan / Roteiro: Christopher Nolan, Kai Bird, Martin Sherwin / Elenco: Cillian Murphy, Robert Downey Jr, Emily Blunt, Matt Damon / Sinopse: Baseado em fatos históricos reais, o filme conta a história do cientista americano J. Robert Oppenheimer e o seu papel no desenvolvimento da primeira bomba atômica.

Pablo Aluísio.

Paixões Violentas

Título no Brasil: Paixões Violentas
Título Original: Against All Odds
Ano de Lançamento: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Taylor Hackford
Roteiro: Eric Hughes, Daniel Mainwaring
Elenco: Jeff Bridges, James Woods, Rachel Ward

Sinopse:
Um gângster contrata um ex-jogador de futebol para encontrar sua ex-namorada, pois ou ela desapareceu ou então definitivamente não quer ser encontrada. Quando o tal sujeito finalmente a encontra, eles se apaixonam e intrigas e reviravoltas começam a acontecer, sem controle.

Comentários:
O James Woods sempre foi um ator subestimado. Pena, pois sempre foi talentoso, mesmo com seu rosto marcado por acne mal curada da juventude. Aqui ele precisou se cuidar pois o filme de certo modo foi roubado pelo Jeff Bridges. Ainda jovem, magro, com barba, ele protagonizou cenas despudoradamente românticas na praia ao lado da mulher que deveria localizar para quem o contratou, justamente o bandido interpretado por Woods. Então o cerco se fecha, pois ele ainda ama a tal mulher que seu contratado quer porque quer, levar para a cama. Situação, no mínimo, delicada, vamos ser bem sinceros. Colocar chifres em um criminoso violento e sem freios, definitivamente não parece ser uma boa ideia! Ainda bem que tudo isso rendeu um bom filme, embora seja de certa forma bem convencional e quadradinho. 

Pablo Aluísio.

8 de janeiro - Um Ano Depois...

8 de janeiro - Um Ano Depois...
Faz um ano que se tentou dar um golpe de Estado em nosso país. Como advogado me sinto na obrigação de escrever um texto sobre o que aconteceu. Aquelas pessoas que tentaram destruir nosso Estado Democrático de Direito eram pessoas sórdidas, criminosas e moralmente doentes. Não tinha nada de gente de bem, nem de patriota e nem de religioso. Eram apenas criminosos vis e sórdidos. Nada justifica o que foi feito. Embora o sistema democrático tenha seus problemas, principalmente no Brasil, não existe alternativa para qualquer tipo de autoritarismo e regime ditadorial. 

Ainda mais em se tratando dessa agressiva, insana e violenta extrema-direita. O que começou como um movimento legítimo, de pessoas que estavam indignadas com casos de corrupção de atores políticos da esquerda, logo desandou para um radicalismo insano, desconectado com a realidade, fanatizado por toneladas de fakes news produzidos em massa em redes sociais. O que sobrou é o que se pode chamar de Bolsonarismo, o que há de pior que foi produzido na política nacional nas últimas décadas. O lixo da ignorância política e a escória da intolerância. 

Essas pessoas alinhadas com o radicalismo calcado nas raias da loucura, não são atores políticos legítimos. Não estão na margem da civilidade, não estão dentro da legalidade. Em palavras sinceras são pessoas vis, nojentas, cheias de ódio, prontas para cometerem as maiores barbaridades que se possa imaginar. O sadismo louco e insano desse tipo de fanático deve ser punido de forma exemplar. Além de criminosos, são perigosos e devem ser levadas às rais da punição penal, como aliás estão sendo. Os executores já estão sendo sentenciados com penas pesadas. Faltam os mentores, os autores intelectuais, que todos conhecem, mas que ainda estão sendo investigadas, com produção de material probatório pela polícia federal. 

E o papel das forças armadas também precisa ser bem avaliado. Embora a instituição militar não tenha dado apoio ao golpismo, é fato que existem muitos fanáticos extremistas dentro das fileiras das forças armadas. Essas pessoas precisam ser identificadas e se tiveram alguma participação em tudo o que aconteceu, devem ser criminalizadas. Não há espaço para anistia, principalmente em relação a criminosos fardados. Muitos só não foram em frente pois sabiam que o golpe iria cair rapidamente, frente à organização da sociedade civil e apoio internacional. As forças armadas não mandam no povo brasileiro, não estão acima dos poderes constituídos e precisam atuar apenas dentro de sua competência legal e constitucional. Nunca atuar como agente político agindo de força e violência para aniquilar grupos políticos antagônicos. 

Em conclusão. Viva a democracia brasileira, vida o Estado Democrático de Direito. Não existe caminho fora dessas escolhas políticas. O que sobra é loucura, fanatismo, insanidade, violência, ignorância política, perversidade e criminalidade. Devemos sempre valorizar nossa democracia, a protegendo desse tipo de inseto que quer destruir nosso regime democrático. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 7 de janeiro de 2024

A Chamada

Título no Brasil: A Chamada 
Título Original: Retribution
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: StudioCanal
Direção: Nimród Antal
Roteiro: Alberto Marini, Christopher Salmanpour
Elenco: Liam Neeson, Matthew Modine, Noma Dumezweni, Lilly Aspell, Jack Champion, Arian Moayed

Sinopse:
Matt Turner (Liam Neeson), um pai de família, aparentemente dos mais normais, decide levar os filhos adolescentes para a escola, mas no meio do caminho recebe uma perturbadora chamada de celular. O homem, que não se identifica, avisa a ele há uma bomba debaixo de sua cadeira no carro. Se ele tentar sair do veículo tudo voará pelos ares. 

Comentários:
Bom filme, eu gostei. Parte de uma premissa básica, uma situação de tensão e perigo. Nesse aspecto me lembrou até mesmo de antigos filmes dos anos 90 que apresentavam roteiros exatamente nessa linha. O diferencial é que a tensão e o suspense da trama ficam em segundo plano, se valorizando mais a ação nas cenas. Algo de se esperar nessa fase da carreira do ator Liam Neeson que tem mesmo optado por filmes desse gênero cinematográfico. O filme também acertou em não exagerar, não se alongar demais, de forma desnecessária, não ter longa duração, porque caso isso viesse a acontecer as chances de ficar chato seriam bem grandes. A única coisa nesse filme que me decepcionou um pouco foi seu final, nada corajoso ou diferenciado. Aqui se optou por um desfecho mais normal, convencional. Se tivessem levado tudo às últimas consequências teríamos um filme memorável para se assistir. 

Pablo Aluísio.

Drive

Drive é um filme seco, cru e pra falar a verdade bem cruel. O clima é totalmente insípido. O personagem Driver (que não tem nome e é interpretado por Ryan Gosling) é esquisito, quase não fala e não parece transparecer emoções. Até seu "quase relacionamento" com Irene (feito pela sempre gatinha Carey Mulligan) é destituído de calor verdadeiramente humano. A postura em cima desses personagens me deixou surpreso mas não vi isso como algo negativo por parte do roteiro. Na realidade entendi a intenção dos roteiristas em elaborar quase um "não personagem", ou seja, alguém sem passado, sem nome, sem objetivos, que apenas existe mas não interage bem com outras pessoas (a não ser quando se trata de ser violento e cruel).

Talvez por ser tão árido o filme seja bem melhor nas cenas de assalto e perseguições. A sequência inicial, por exemplo, é uma das melhores coisas de todo o filme pois achei realmente muito bem feita e editada. O elenco de apoio também é um dos pontos altos do filme. Cheio de estrelas da tv como Christina Hendricks (Mad Men), Bryan Cranston (Breaking Dad) e Ron Perlman (Sons of Anarchy). Fiquei impressionado também pela participação de Albert Brooks, fazendo um personagem completamente fora de seu habitual, um sujeito envelhecido e violento, que dá o tom ao resto da estória. Enfim, é isso. Drive não é um filme fácil, leve e nem pipoca. No saldo final esse é seu grande mérito.

Drive (Drive, Estados Unidos, 2011) Direção: Nicolas Winding Refn / Roteiro: Hossein Amini, baseado em obra de James Sallis / Elenco: Ryan Gosling, Carey Mulligan, Bryan Cranston e Christina Hendricks / Sinopse: Um dublê de Hollywood, interpretado por Ryan Gosling, tem um outro emprego. Ele é piloto de fuga no submundo do crime em Los Angeles. A trama se aprofunda quando ele resolve ajudar a sua vizinha (Carey Mulligan), que tem um namorado ex-presidiário.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de janeiro de 2024

As Aventuras de Tintim

Argumento e roteiro: O roteiro de "As Aventuras de Tintim" é bastante feliz no aspecto de não deixar a bola cair nunca durante a projeção do filme. O ritmo é realmente de história em quadrinhos, com muita ação e bom humor mesclados de forma a não deixarem o espectador se entediar ou perder o interesse pelo que se passa na tela. O ritmo é ágil e adequado a proposta do personagem. Até mesmo o desvendamento do mistério no qual a trama se desenvolve é bem roteirizado. Nunca fui leitor do personagem Tintim mas pelo que ando lendo o filme realmente é fiel à obra original. Então mais um ponto positivo para o roteiro aqui.

Produção: Assim como "A Invenção de Hugo Cabret" aqui a produção ganha importância ímpar. O filme é todo produzido em cima da tecnologia de captação de movimentos, algo que se desenvolveu absurdamente desde os tempos de "O Expresso Polar", um dos primeiros filmes comerciais a usar dessa técnica. Em Tintim se nota muito bem que os personagens ganharam bastante em termos de expressividade, inclusive facial. O ambiente também está extremamente bem feito, inclusive o próprio oceano é recriado com ótima veracidade (sempre houve problemas em recriar água e fumaça digitalmente). Em resumo a produção é de encher os olhos do espectador.

Elenco: Em um filme baseado na tecnologia de captação de movimentos é até complicado avaliar o elenco do filme. Os produtores ainda tentaram emplacar uma indicação para o ator Andy Serkis (que faz o Capitão Haddock, o melhor personagem do filme) mas não conseguiram. Pelo visto a Academia ainda não comprou essa ideia, quem sabe no futuro. De qualquer forma o elenco deve ser reconhecido - principalmente aos que além das vozes também contribuíram fazendo as cenas para posterior recriação digital.

Direção: O maior receio dos fãs de Tintim quando Steven Spielberg anunciou seus planos de fazer um filme sobre o personagem era de que suas conhecidas pieguices e sentimentalismos estragassem o projeto. Bom, podem ficar tranquilos. Spielberg apenas dá o melhor de seu talento e não deixa seus defeitos atrapalharem o resultado final. Na minha opinião esse é o melhor trabalho do diretor em muito tempo. Ele foi muito feliz na transposição do personagem de quadrinhos para a telona. Não se colocou á frente do espírito da obra original e nem tampouco atrapalhou essa adaptação com egos inflados. Foi discreto e fiel ao autor Hergé, o que é uma qualidade e tanto. O final abre margem para futuras continuações, demonstrando que Spielberg tem esperanças de inaugurar uma nova franquia. Se tudo der certo e as sequências conseguirem manter o mesmo nível dessa produção então teremos boas coisas vindo por aí. Vamos aguardar.

As Aventuras de Tintim (The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn, Estados Unidos, 2011) Diretor: Steven Spielberg / Roteiro: Steven Moffat, Edgar Wright, Joe Cornish, baseado na obra de Hergé / Elenco: Vozes na versão original de: Daniel Craig, Simon Pegg, Jamie Bell, Andy Serkis, Cary Elwes, Toby Jones, Nick Frost, Tony Curran, Sebastian Roché, Mackenzie Crook / Sinopse: adaptação do personagem Tintim do desenhista belga Hergé

Pablo Aluísio.

A Invenção de Hugo Cabret

Argumento e roteiro: O filme é baseado no livro "A Invenção de Hugo Cabret" cujo teor é nitidamente de realismo fantástico pois mistura personagens reais (como o diretor George Melies) em situações de ficção. Em termos de desenvolvimento temos aqui um começo um pouco cambaleante, quase caindo no chato, mas que conforme o filme avança melhora bastante. Talvez isso seja atribuído ao fato do roteiro não ter sido tão polido quanto a produção, essa sim rica e bonita. De qualquer forma não há maiores danos dessa falta de ritmo na terça parte inicial do filme pois logo ele consegue superar esse problema e finalmente encontra o tom certo conforme o filme avança..

Produção: A grande qualidade de "A Invenção de Hugo Cabret" é sua produção nota 10. Não é complicado de entender porque tiveram tanto capricho nesse aspecto do filme. Rodado para se tornar o primeiro projeto 3D do diretor Martin Scorsese o filme supervaloriza cada cena, cada cenário, cada ambiente, tudo ricamente desenvolvido chegando quase ao ponto da saturação, da poluição visual (são tantos os detalhes que o espectador simplesmente cansa de prestar atenção de tudo). Em resumo, uma produção de alto luxo e rica direção de arte.

Elenco: Aqui se destacam os veteranos Ben Kingsley (finalmente fazendo um personagem carismático depois de aparecer em alguns abacaxis por aí) e Christopher Lee (que consegue se destacar mesmo em um papel mínimo e mal desenvolvido pelo roteiro). Já o elenco infantil é de mediano para fraco, o que é um problema em um filme baseado nas peripécias dos guris. Achei o ator que faz o garoto Hugo (Asa Butterfield) sem carisma, quase beirando a antipatia. Não mostrou nada de muito especial em cena, sendo apenas correto. A garotinha Chloe Grace Moretz (que fez a vampirinha do remake "Deixe-me Entrar") se sai melhor mas como o papel dela é limitado não melhora muito sua situação.

Direção: Não é o tipo de filme que estamos acostumados a ver com Martin Scorsese. De fato, "Hugo" é seu filme mais singular. Em vista disso não consegui visualizar maiores marcas da presença do cineasta. A antiga maestria em extrair o melhor de seu elenco aqui está nitidamente atenuada, uma vez que o filme é baseado mesmo em alta tecnologia na criação de cenários e ambientes totalmente virtuais. De certa forma achei a direção mais modesta desde "Gangues de Nova Iorque".Espero que ele deixe de lado essa fase "George Lucas" para retornar aos bons e velhos filmes baseados em atuações e situações reais.

A Invenção de Hugo Cabret (Hugo, Estados Unidos, 2011) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: John Logan / Elenco: Ben Kingsley, Sacha Baron Cohen, Asa Butterfield, Chloë Grace Moretz, Ray Winstone, Emily Mortimer, Christopher Lee, Helen McCrory, Michael Stuhlbarg, Frances de la Tour / Sinopse: Garoto vive aventuras na estação de trem em Paris. Lá acaba conhecendo uma garotinha que irá lhe levar a ter uma outra perspectiva de vida.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Jogos Mortais X

Título no Brasil: Jogos Mortais X
Título Original: Saw X
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Twisted Pictures
Direção: Kevin Greutert
Roteiro: Pete Goldfinger, Josh Stolberg
Elenco: Tobin Bell, Shawnee Smith, Synnøve Macody Lund, Steven Brand, Joshua Okamoto, Paulette Hernandez

Sinopse:
Sofrendo de um câncer agressivo e incurável, John Kramer (Tobin Bell) descobre que tem poucos dias de vida. Desesperado, acaba caindo nas mãos de golpistas e estelionatários que arrancam seu dinheiro após oferecer uma espécie de cura milagrosa. Pura balela e estelionato. Sabendo disso chegou a hora de Jigsaw se vingar de todos aqueles vigaristas. 

Comentários:
Eu não dei bola quando soube da existência desse filme. Até porque quem iria dar bola para a décima continuação de uma franquia de terror como essa, que já teve tantos altos e baixos? Mas para minha grande surpresa acabei gostando. Incrivelmente esse décimo filme traz um dos melhores roteiros da série. OK, a violência extrema ainda está lá, mas antes disso há todo um desenvolvimento da história mostrando um John Kramer até mesmo vulnerável, cheio de esperanças. Ele chega a sorrir em cena! Sim, é um sorriso um tanto psicótico, mas ainda assim uma face sorridente. Quem poderia imaginar que algo assim iria acontecer? Já para quem deseja ver a parte torture porn do filme, não espere por coisas tão bem elaboradas como nos filmes anteriores. E issso tem justificativa na própria história. Inclusive deve ter sido gratificante para o ator Tobin Bell, que aqui teve muito mais espaço para atuar, desenvolver seu torturado personagem. Assim o lado final é positivo. Esse é um bom filme da franquia. Eu o colocaria em segundo lugar na lista dos melhores. E sim, isso é de surpreender. 

Pablo Aluísio.

Navio Fantasma

Título no Brasil: Navio Fantasma
Título Original: Ghost Ship
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Steve Beck
Roteiro: Mark Hanlon
Elenco: Julianna Margulies, Gabriel Byrne, Ron Eldard

Sinopse:
Uma equipe de resgate é contratada para localizar uma embarcação perdida na costa do Alasca mas ao invés disso acaba encontrando um antigo navio dado como desaparecido há mais de 40 anos, o Antonia Graza! Logo a equipe decide então explorar seu convés, o que certamente não será uma boa ideia. Agora todos precisam rezar para sair de lá vivos e inteiros!

Comentários:
Outro filme que tive a oportunidade de conferir no cinema. É a tal coisa, navios desaparecidos sempre fizeram parte do inconsciente coletivo como algo macabro e sombrio. Naturalmente todos pensam nas pessoas que sumiram na vastidão dos mares sem deixar vestígios. E as suas almas, como ficam? Vagando eternamente no oceano? É partindo dessa premissa, que já foi bem explorada por velhos contos de terror, que se construiu o roteiro desse filme. De certa forma já sabia de antemão o que esperar pois era um produto típico do selo Dark Castle Entertainment. Produção mais modesta, com orçamento um pouco abaixo dos padrões, mas que espertamente sabe tirar proveito de efeitos digitais bem bolados e inseridos na trama. Em termos de roteiro e atuação não há maiores novidades, embora a fita até funcione em certos aspectos. Curiosamente o elenco é estrelado por Julianna Margulies que iria virar estrela mesmo muitos anos depois no mundo da TV, ao protagonizar a série de grande sucesso de audiência da CBS, "The Good Wife". Enfim, assista, tome alguns sustinhos e coma sua pipoca sem culpas.

Pablo Aluísio.