segunda-feira, 3 de abril de 2023

Patrulha da Madrugada

Título no Brasil: Patrulha da Madrugada
Título Original: The Dawn Patrol
Ano de Lançamento: 1938
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Edmund Goulding
Roteiro: Seton I. Miller, Dan Totheroh
Elenco: Errol Flynn, Basil Rathbone, David Niven, Donald Crisp, Melville Cooper, Barry Fitzgerald

Sinopse:
A história do filme se passa em 1915. Um audacioso piloto da força aérea real da Inglaterra, interpretado pelo astro do cinema Errol Flynn, acaba se destacando na defesa de seu país, em um continente devastado pela Primeira Guerra Mundial. Filme com roteiro inspirado em fatos históricos reais. 

Comentários:
Depois do grande sucesso do filme em que interpretava Robin Hood, o astro Errol Flynn procurou por uma mudança de ares. Ele já havia sido o aventureiro dos sete mares em vários filmes, por isso recusou o roteiro em que iria interpretar mais um pirata. Acabou achando o que procurava quando esse script chegou até ele. A história do filme se passava durante a I Guerra Mundial e ele iria interpretar um corajoso piloto inglês. Era o ideal, o que ele estava esperando. Para quem gosta de aviões históricos o filme tem um atrativo a mais. Todos os modelos de duas asas que se vê no filme são originais! Os velhos aviões militares ainda estavam operacionais e voaram perfeitamente bem nas cenas, inclusive recriando as manobras do campo de batalha. O próprio Flynn subiu em um dos aviões e pilotou ele mesmo a máquina, apesar dos protestos e da oposição do estúdio que temia por um acidente. Enfim, temos aqui um bom filme de guerra com o sabor de aventura da velha Hollywood que tanto apreciamos. 

Pablo Aluísio.

domingo, 2 de abril de 2023

Batman Ninja

Título no Brasil: Batman Ninja
Título Original: Batman Ninja
Ano de Lançamento: 2018
País: Estados Unidos, Japão 
Estúdio: Warner Bros
Direção: Junpei Mizusaki
Roteiro: Kazuki Nakashima, Leo Chu
Elenco: Kôichi Yamadera, Wataru Takagi, Ai Kakuma, 
Rie Kugimiya, Atsuko Tanaka, Daisuke Ono

Sinopse:
Durante um conflito contra seus inimigos, o Batman cai em uma armadilha. Ele fica dentro de um poderoso campo magnético de uma máquina do tempo e é enviado para o passado, em tempos medievais, no Japão dos tempos dos samurais. E agora, como ele conseguirá voltar para o presente?

Comentários:
A ideia inicial era muito boa. Colocar o Batman no universo dos animes. Fazer uma animação apenas com profissionais japoneses, tudo feito naquele país. Só que esqueceram de escrever uma boa história para o desenho. Veja bem, em termos técnicos a animação é um primor. Os animadores japoneses estão todos de parabéns. É acima da média do que se assiste por aí em termos de animação ocidental. Obra de arte mesmo! Só que tirando tudo isso a história é fraca de dar pena. Tudo se resume em um grande quebra-pau entre Batman e os vilões. E fica nisso mesmo. Não tem trama de mistério, não tem desenvolvimento ou até mesmo aproveitamento do fato do Batman estar agora nos tempos dos samurais. É só porrada e bomba. E aquele negócio de colocar robôs gigantes ao estilo Transformers não tem nada a ver. Só faltou o Goszilla saindo do mar para completar o pacote trash. Enfim, bela produção com roteiro abaixo do pífio. Uma animação bonita de se ver, nada mais...

Pablo Aluísio.

Constantine: A Casa dos Mistérios

Título no Brasil: Constantine: A Casa dos Mistérios
Título Original: Constantine - The House of Mystery
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros. Animation
Direção: Matt Peters
Roteiro: Ernie Altbacker
Elenco: Matt Ryan, Lou Diamond Phillips, Ray Chase, Robin Atkin Downes, Camilla Luddington, Damian O'Hare

Sinopse:
Constantine finalmente se dá mal. Ao enfrentar um demônio muito poderoso do inferno, ele se vê preso em um loop temporal infinito, revivendo sempre o mesmo dia dentro de uma estranha casa, onde ele sempre é assassinado, dia após dia. A animação ainda traz outros personagens secundários do universo da editora DC Comics. 

Comentários:
Definitivamente não gostei. Na realidade não se trata apenas de uma animação com o Constantine. É uma coletânea com diversos segmentos trazendo de volta uma série de personagens B do universo da DC Comics. Nenhum deles muito interessante. Tem uma das animações que nitidamente tiram onda com o personagem enfocado, o tal de Besouro Azul, que é um daqueles personagens bizarros e muito datados (provavelmente foi criado nos anos 50 e não fez muito sucesso). Nesse segmento os animadores imprimiram um tom de galhofa total. Constrangedor, chato e arrastado, tudo ao mesmo tempo. Os demais personagens são igualmente chatos, o que não me admira seus fracassos. Tem até um grupo de soldados. Essa parte parecia promissora, com um pé mais na realidade, só que a história é tão fraca que você desiste de tudo. Melhor teria sido fazer uma animação apenas com o Constantine. Os demais heróis são totalmente sem graça e dispensáveis. 

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de abril de 2023

Argentina, 1985

Excelente filme argentino que inclusive concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro nessa edição do prêmio de 2023. Mostra a história real de um promotor que trabalhou em um caso histórico na Argentina, quando nove oficiais de alta patente das forças armadas daquele país foram julgados por crimes contra a humanidade promovidos durante a sangrenta e brutal ditadura militar que se instalou naquela nação durante os anos 60 e 70. Inicialmente temeroso por sua própria vida, esse corajoso promotor público reuniu um grupo de jovens para trabalharem ao seu lado. Eles tinham um prazo pequeno para reunir  todas as provas para condenar aqueles acusados. E assim se fez história na Argentina. 

Uma lição de história importante, ainda mais nos dias atuais quando o pensamento e a ideologia fascista parecem ganhar cada vez mais adeptos. Ao longo do julgamento que é mostrado no filme, vamos tomando conhecimento das barbaridades promovidas por militares argentinos durante aquela ditadura, considerada uma das mais brutais da história. Não se poupava ninguém, os militares torturavam mulheres grávidas, idosos e chegaram ao ponto de matar crianças. Um horror sem tamanho. Isso mostra como é perigoso essa forma de pensar que menospreza a democracia e os direitos humanos em prol de ditaduras militares sanguinárias e sádicas, que promovem a barbárie e a selvageria contra a sociedade civil. As lições da história estão aí, espero que tomem consciência do que aconteceu no passado, para que não volte a se repetir em nosso futuro. 

Argentina, 1985 (Argentina, 1985, Argentina, 2022) Direção: Santiago Mitre / Roteiro: Santiago Mitre, Mariano Llinás, Martín Mauregui / Elenco: Ricardo Darín, Gina Mastronicola, Francisco Bertín / Sinopse: O filme mostra o histórico julgamento ocorrido na Argentina durante o ano de 1985 onde vários militares de alta patente foram julgados pelos crimes que cometeram durante a ditadura militar instaurada naquele país durante os anos 60 e 70.

Pablo Aluísio.

A Batalha de Narvik

Na segunda guerra mundial a Noruega conseguiu a duras penas se manter neutra no conflito. Fez tratados com a Inglaterra e a Alemanha. Só que com nazistas não havia possibilidade de acordo, como bem provou a história. Nazistas não tinham honra e eram mentirosos compulsivos. O maior grupo de canalhas oom poderes ilimitados que se viu na história da Europa. Não tardou muito e eles invadiram a costa da Noruega. Estavam de olho nos ricos minerais de ferro da região de Narvik. Com as tropas em seu território, os noruegueses tiveram que se reorganizar para expulsar os invasores. A história desse filme se passa justamente nesse período histórico. 

O roteiro do filme também explora uma questão importante, a dos colaboracionistas noruegueses aos alemães. Uma das protagonistas da história do filme é uma jovem norueguesa que trabalhava em um hotel que passou a servir como QG dos invasores nazistas. Ela logo passou a servir como intérprete e tradutora. Passou a trabalhar com os alemães. Claro que isso era visto pelos moradores da região como pura traição - e de certa maneira era mesmo. Só que o roteiro do filme também se preocupa em mostrar todos os lados, explicando as razões que uma jovem mãe como ela tinha para colaborar com o invasor estrangeiro. Enfim, temos aqui um bom filme de guerra que além de boas cenas de combate, ainda explora bem a questão social e sociológica daquele conflito internacional. 

A Batalha de Narvik (Kampen om Narvik, Noruega, 2022) Direção: Erik Skjoldbjærg / Roteiro: Erik Skjoldbjærg / Elenco: Billy Campbell, Kristine Hartgen, Henrik Mestad / Sinopse: O filme mostra a invasão da Noruega pela Alemanha Nazista durante a segunda guerra mundial e como a chegada do invasor impactou na vida dos moradores da cidade de Narvik, na costa da Noruega. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 31 de março de 2023

Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 15

A década de 1940 começou, o mundo estava em guerra, mas John Wayne não conseguiu se alistar para lutar na Europa, como muitos de seus colegas atores. Embora existam muitas versões diferentes sobre isso, o mais plausível talvez seja o fator idade. Ele já não tinha a idade certa para entrar nas forças armadas. Ao ficar nos Estados Unidos, o ator acabou tendo acesso a filmes que normalmente não faria, pois os estúdios dariam esses papéis para outros atores. De certa forma foi um lance de sorte em sua carreira, algo que mudaria seu status em Hollywood dali em diante. Exemplos dessa mudança de ares pode ser vista em seus filmes seguintes. 

"O Morro dos Maus Espíritos" era um western muito requintado. Nada parecido com os filmes de faroeste B que o ator vinha aparecendo desde o começo de sua trajetória como ator em Hollywood. A produção era classe A, realmente contando com um roteiro muito bem elaborado, baseado em um best-seller da época. A história tinha um ótimo argumento, lidando com conflitos familiares e a chegada de um estranho misterioso que poderia trazer segredos do passado que deveriam ser esquecidos. Na época o próprio John Wayne declarou que aquele havia sido o melhor personagem de sua carreira. 

Enquanto a segunda guerra mundial devastava a Europa, as coisas só melhoravam para o "Duke" nos Estados Unidos. Os roteiros que eram oferecidos a ele eram primorosos, afinal os estúdios ficaram sem seus principais astros como James Stewart e Clark Gable, pois ambos entraram no esforço de guerra. Até mesmo os que não vestiram farda foram se apresentar no exterior para as tropas americanas que lutavam no front europeu e do Pacífico Sul. 

"Vendaval de Paixões" foi outro grande sucesso de bilheteria de John Wayne. O papel tinha sido preparado para contar com Clark Gable no elenco, mas como ele estava na guerra, o único nome capaz de fazer frente em termos de chamariz de público era justamente o de John Wayne. Com uma produção de encher os olhos, assinada pelo lendário Cecil B. DeMille, Wayne arrancou elogios da crítica e aclamação do público que adorou esse épico romântico ao velho estilo. Cecil B. DeMille, que também dirigiu o filme, disse aos jornais da época que John Wayne iria se tornar o maior nome de Hollywood e conforme os anos foram passando suas previsões se tornaram realmente certeiras. No dez anos seguintes ele realmente se tornaria o mais popular astro do cinema americano. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 30 de março de 2023

As Vidas de Marilyn Monroe - Parte 32

E então Marilyn entrou na fase de maior sucesso de sua carreira. Ela colecionou uma série incrível de grandes sucessos de bilheteria. Praticamente todos os seus filmes entraram na lista dos dez maiores sucessos do ano, muitas vezes conseguindo emplacar dois ou mais filmes nessa mesma lista top 10. Era um sucesso de público realmente espetacular. "O Pecado Mora ao Lado" foi bem simbólico desse período. O filme foi bastante elogiado pela crítica e alguns chegaram a cogitar até mesmo sua primeira indicação ao Oscar pela inspirada interpretação nessa comédia romântica saborosa. 

Marilyn interpretava uma loira de fechar quarteirão que se mudava por alguns dias para o apartamento vizinho ao de um quarentão, cuja esposa tinha ido passar algumas semanas na casa de sua mãe. Claro que um monumento de mulher como aquele iria mexer com esse sujeito bem comum, que ficava caidinho por ela. Situação mais do que delicada. Marilyn aqui caprichou no tipo de papel que sabia fazer muito bem, a da loira de olhos azuis, extremamente bonita, mas obviamente não muito inteligente, chegando ao ponto de ser meio bobinha, embora sua sensualidade estivesse a mil graus! Beleza e ingenuidade, uma combinação explosiva para muitos homens!

O filme se notabilizou também por causa da imagem icônica de uma linda Marilyn Monroe de vestido branco, vendo surpresa suas saias sendo levantadas pelo ar do metrô de Nova Iorque logo abaixo. Para os anos 50 esse tipo de cena sensual era pura dinamite e causou grande furor entre os conservadores (tem gente mais chata no universo do que eles?). Nem preciso dizer que as filas nas portas do cinema só aumentaram depois que o poster do filme foi exibido orgulhosamente pela Fox na Times Square. As fotos da cena também encheram as revistas populares. Era um big hit cinematográfico sem precedentes. 

Depois de todo esse sucesso, Marilyn resolveu exigir do estúdio um maior cachê e um maior cuidado com seus filmes. Queria apenas os melhores diretores e o melhor que a Fox poderia disponibilizar em termos de cinema na época. Ela também exigiu a assinatura de um novo contrato que lhe desse controle total da produção de seus filmes, com direito de escolher pessoalmente os diretores e de vetar qualquer nome do elenco que lhe desagradasse. Como se pode ver, de loira burra ela não tinha absolutamente nada, sabia exigir seus direitos de estrela de cinema. E quando todos pensavam que ela iria ficar em Los Angeles brigando com os executivos da Fox, ela surpreendeu a imprensa e seus fãs ao subir em uma avião para ir morar em Nova Iorque. Queria estudar no Actors Studio, queria melhorar como atriz. Quem poderia criticar a deusa por fazer essa escolha?

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 29 de março de 2023

Elvis Presley - Elvis' Christmas Album - Parte 4

"Here Comes Santa Claus" já era uma música bem antiga quando Elvis resolveu gravar essa sua nova versão. Essa canção na realidade era bem recorrente entre artistas do circuito country. E as pessoas esquecem que foi nesse mesmo circuito que Elvis realizou suas primeiras apresentações. Eu sempre gostei dessa canção. Ela chegou a ser usada em um clip de Natal nos anos 80 pela extinta Rede Manchete. Todo Natal ela entrava na programação, por essa razão eu criei um certo vínculo emocional e sentimental com ela. Muito pueril, mas igualmente muito carismática. 

"Santa Bring My Baby Back (To Me)" novamente traz em sua letra um pedido para o Papai Noel. Para quem anda esquecido das aulinhas de inglês, ele é conhecido nos Estados Unidos como Santa Claus, por isso o nome Santa em seu título. E o pedido dessa vez era para trazer a garota do autor da letra de volta. Se já não bastassem os milhares de presentes para as crianças que o Papai Noel tinha que distribuir na noite natalina, ainda tinha que dar uma de cupido também! Acho que confundiram as funções dos dois personagens!  

"O Little Town of Bethlehem" é muitas vezes creditada como uma música gospel em sua essência. Embora haja diferenças sutis, eu penso que ela seria melhor enquadrada como uma música natalina mesmo. As referências da letra evocam justamente o nascimento de Jesus, que ninguém sabe ao certo em que data se deu, mas que foi convencionada pela Igreja Católica em seus primórdios como tendo sido em dezembro. Historiadores acreditam que ele nasceu mesmo em março, por causa de pequenos detalhes colocados no evangelho. Então agora estaríamos em plena época do Natal! Mas enfim, essa é uma questão que não nos interessa nesse texto. O que vale salientar aqui é a boa performance de Elvis, embora muitos critiquem a canção por ser excessivamente melancólica. 

"Take My Hand, Precious Lord"  faz parte do pacote "Peace in The Valley", ou seja, foi lançada originalmente naquele compacto duplo (EP) que chegou às lojas americanas nos anos 50. Esse foi, não deixo de lembrar, o primeiro trabalho exclusivamente religioso da discografia de Elvis. E isso causou uma certa perplexidade nos jovens e na sociedade da época. Afinal o que estaria fazendo aquele roqueiro rebolativo e com cabelos cheios de brilhantina ao cantar esse tipo de material? Seria alguma gozação com os cristãos da época, os mesmos que o estavam acusando de corromper os bons costumes da juventude? Claro que nao, Elvis era mesmo uma pessoa religiosa, mas nem todo mundo entendeu isso perfeitamente. Nao faltaram acusações infundadas contra o cantor. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 28 de março de 2023

Irmão Contra Irmão

Título no Brasil: Irmão Contra Irmão
Título Original: Saddle the Wind
Ano de Lançamento: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Sturges, Robert Parrish
Roteiro: Rod Serling, Thomas Thompson
Elenco: Robert Taylor, Julie London, John Cassavetes, Donald Crisp, Charles McGraw, Royal Dano

Sinopse:
Depois de uma vida como pistoleiro em pequenas cidades do velho oeste, Steve Sinclair (Robert Taylor) decide cuidar de um rancho na Califórnia. E Nesse novo momento de sua vida tudo parece correr certo. Ele trabalha na propriedade rural, tem um pequeno rebanho de gado e consegue viver bem, mesmo que modestamente. Só que tudo muda com a chegada de seu irmão na região. Tony Sinclair (John Cassavetes) abre caminho para uma amarga rivalidade entre irmãos. Quem sairá vencedor desse trágico duelo entre eles?

Comentários:
Eu nunca considerei o ator Robert Taylor muito adequado para estrelar filmes de faroeste. Ele sempre fez mais o tipo galã, com sombras nos olhos para parecer mais bonito nas cenas, além de sempre aparecer com figurinos e cabelos impecáveis nos filmes em que atuava. Era um homem extremamente vaidoso de sua aparência pessoal. Uma imagem que não era condizente com os cowboys e pistoleiros reais que viveram no velho oeste. Mesmo assim ele colecionou bons filmes no gênero, algo inegável de se constatar. Esse filme aqui pode ser considerado um dos melhores de sua longa filmografia. Baseada em uma boa produção do estúdio MGM e contando com a preciosa direção do especialista John Sturges, o filme se destacava mesmo entre os bons filmes de faroeste de sua época (considerada a era de ouro do western americano). O roteiro era muito bom e o elenco estava em momento de graça. Sem dúvida um belo momento do gênero na década de 1950. Por fim uma curiosidade até divertida: muitos brasileiros que gostavam  de cinema na época acreditavam que Robert Taylor era o imrão mais velho de Elizabeth Taylor! Claro que eles não tinham parentesco, apenas usavam o mesmo sobrenome artístico. A confusão era fruto mesmo da falta de informações que havia naquela época em nosso país. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 27 de março de 2023

Tempos Modernos

Título no Brasil: Tempos Modernos
Título Original: Modern Times
Ano de Lançamento: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Charles Chaplin Productions
Direção: Charles Chaplin
Roteiro: Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, Henry Bergman, Tiny Sandford, Chester Conklin, Stanley Blystone

Sinopse:
Carlitos (Charles Chaplin) arranja emprego em uma fábrica de peças industriais. Na linha de montagem descobre que está perdendo aquilo que lhe é mais precioso: sua humanidade. A série de atos repetitivos o transformam quase em uma máquina. Apenas o amor de sua amada poderá resgatar sua alma e seus ricos sentimentos humanos. 

Comentários:
Esse filme é considerado uma das grandes obras-primas de Chaplin. Aqui ele centra seu foco nas condições sub-humanas que os operários de grandes fábricas eram submetidos na época. Seu personagem, o eterno Carlitos, sente na pele como seria desgastante passar horas e mais horas fazendo a mesma coisa, parafusando máquinas, repetindo tudo à exaustão. Quando o filme foi lançado Chaplin declarou: "As condições dos operários é a pior possível. Eles não são máquinas, são seres humanos e seus direitos devem ser respeitados!". Além de sua mensagem de apoio à classe trabalhadora o filme também se notabilizou por ter sido o primeiro filme falado de Chaplin. Ele teve que se render a uma nova realidade no cinema, mas aproveitou para fazer humor com isso também. Quando Carlitos abre finalmente a boca para falar e cantar, tudo o que sai dela são palavras sem o menor sentido. Com essa cena Chaplin quis passar o recado de que o cinema mudo era a verdadeira essência da sétima arte. O cinema falado era algo que ele realmente não tinha o menor apreço. Enfim "Tempos Modernos" é um grande clássico da história do cinema. Mais uma obra de arte cinematográfica assinada pelo gênio Charles Chaplin. 

Pablo Aluísio.