terça-feira, 31 de janeiro de 2023

O Mensageiro da Morte

Nesse faroeste clássico dos anos 50, o ator Robert Taylor interpreta um delegado federal. Como Marshall, ele deve ir atrás de fugitivos da lei. Encontrar os criminosos para levá-los a julgamento. Seu próximo alvo é um desertor da cavalaria americana. Um soldado que, após deixar o exército, se envolveu em um grande assalto com vítimas fatais. O sujeito está desaparecido há algum tempo e fica complicado achá lo, pois o Marshall não consegue colaboração de testemunhas. Os próprios militares que serviram ao seu lado não querem colaborar na sua busca. Acaba encontrando uma velha conhecida do foragido, que pode lhe reconhecer. O delegado acredita que o procurado esteja trabalhando como condutor de carroças no interior de uma pequena cidade do velho Oeste. Para prendê-lo, será preciso reconhecimento. E essa jovem vai fazer esse trabalho sujo. 

A primeira coisa que chama atenção nesse western é a direção do aclamado Michael Curtiz. Ele foi um grande cineasta da era de ouro de Hollywood. Tendo dirigido alguns dos grandes clássicos do cinema americano, como Casablanca. Aqui ele fez um filme mais convencional, não tão marcante, mas ainda muito bom em méritos cinematográficos. Há uma certa nuance psicológica entre os personagens principais. O delegado federal quer prender o criminoso que dentro de sua comunidade é um sujeito até bem visto, cheio de amigos. A única maior crítica que teria para fazer ao filme seria o desfecho da história. Acredito que o personagem de Robert Taylor deveria ter ido até o fim, sem medir consequências. Só que os roteiristas não pensaram dessa maneira. Foi uma escolha narrativa que eu não faria, mas tudo bem, tudo faz parte dentro de seu contexto histórico.

O Mensageiro da Morte (The Hangman, Estados Unidos, 1959) Direção: Michael Curtiz / Roteiro: W.R. Burnett, Dudley Nichols / Elenco: Robert Taylor, Tina Louise, Fess Parker / Sinopse: O delegado federal Bovard chega em uma pequena cidade fronteiriça para identificar e prender um fugitivo, mas toda a cidade parece determinada a impedir que o Marshal faça seu trabalho.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Terremoto

Título no Brasil: Terremoto
Título Original: Earthquake
Ano de Lançamento: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Mark Robson
Roteiro: Mario Puzo, George Fox
Elenco: Charlton Heston, Ava Gardner, George Kennedy, 
Geneviève Bujold, Victoria Principal, Walter Matthau

Sinopse:
Um grande terremoto atinge a Califórnia, em especial a cidade de Los Angeles. Enquanto a destruição se amplia e os moradores tentam sobreviver de todas as formas na grande calamidade, a maior represa da região começa a se romper. Tudo acaba se transformando em um desesperado jogo de sobrevivência.

Comentários:
Um dos filmes mais conhecidos do chamado cinema catástrofe, subgênero cinematográfico que foi muito popular na década de 1970. Aqui, o diferencial realmente é o roteiro, assinado por Mario Puzo, o mesmo autor de O Poderoso Chefão. Ele procurou desenvolver os personagens principais, mostrando seus dramas e seus problemas de relacionamento no dia a dia. Tudo com o objetivo de fazer o espectador se importar com o destino deles quando o grande terremoto começa. Outro aspecto completamente positivo do filme é o seu elenco formado por veteranos da era de ouro do cinema americano. Charlton Heston, por exemplo, é o engenheiro que tem problemas em seu casamento. Ava Gardner interpreta sua esposa, que descobre que ele tem um caso extraconjugal, ou pelo menos está prestes a ter. Já Walter Matthau tem um personagem muito engraçado, um bebum de bar que fica na mesa tomando suas doses, mesmo quando a cidade está desmoronando ao seu redor. No geral, o filme mostra que o cinema norte-americano dos anos 70 tinha classe. Mesmo em temas como esse, que são de destruição total. Tudo é muito bem desenvolvido, tem seu próprio tempo, sem pressa de acontecer. E os efeitos especiais, apesar de ter passado quase 50 anos do lançamento do filme, não se tornaram datados ou ridículos. Pelo contrário, ainda são muito eficientes.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de janeiro de 2023

O Diabo na Encruzilhada

O Diabo na Encruzilhada
A não ser que você seja um estudioso da história da música, você muito provavelmente nunca ouviu falar de Robert Johnson. Porém, se você gosta de lendas ou de mitologia, certamente você conhece a lenda que foi criada em torno deste músico de blues da década de 1930. E qual era essa lenda? Imagine um músico sem muito talento para tocar e cantar. Seu sonho sempre foi vencer na vida como artista. Viver de sua música, ganhar fama e sucesso com seu trabalho. Só que a falta de habilidade e talento, obviamente, vai colocar um problema em seu caminho. Inspirado pela religião e pelos fundamentos do misticismo que existiam na época, ele decide ir numa encruzilhada isolada na madrugada. Um lugar deserto, onde invoca o próprio diabo. E o ser maligno aparece. Ele propõe um pacto. Ele lhe dará fama e sucesso em troca de sua alma. Surgiu assim uma das lendas mais duradoras da música em todo o mundo. 

Esse documentário conta a história de Robert Johnson e também da lenda que foi criada em torno de sua figura. Ele realmente foi um músico singular. Seu estilo de tocar violão era sublime, a tal ponto que até hoje instrumentistas da música o elogiam. E também era ousado e provocador em suas composições, que sempre se referiam ao diabo andando ao seu lado, seguindo seus passos e coisas do gênero. Imagine como era cantar esse tipo de letra no meio social evangélico, fanático e fundamentalista, onde ele vivia, na década de 1930. Ele certamente alimentou o mito em torno de si mesmo. Muitos anos após sua morte, tudo o que sobrou foram poucas gravações registradas, quase amadoras. E isso certamente também serve para alimentar a lenda. No fundo, assistindo ao documentário, descobrimos que Robert Johnson, na realidade, foi apenas um homem negro que sonhou em viver de sua música. Rejeitou o destino de se trabalhar duramente nas grandes plantações de algodão do sul dos Estados Unidos, como havia feito seus antepassados escravos. Ele lutou como pôde por sua música e sua arte. E isso sim é uma lenda digna de admiração e inspiração. É algo a se respeitar.

O Diabo na Encruzilhada (ReMastered: Devil at the Crossroads, Estados Unidos, 2019) Direção: Brian Oakes / Roteiro: William Wheeler, Jeff Zimbalist / Elenco: Terry Harmonica Bean, Rory Block, Yvonne Chireau / Sinopse: Documentário sobre o cantor e compositor de blues Robert Johnson e a lenda que foi criada em torno de si, a do músico que faz um pacto com demônio numa encruzilhada durante a madrugada para ter fama e sucesso.

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de janeiro de 2023

O Amante de Lady Chatterley

O Amante de Lady Chatterley
Lord Chatterley vai para a guerra e retorna para casa com sequelas físicas. Por causa dos ferimentos no campo de Batalha, ele se torna impotente e incapaz de satisfazer sexualmente uma mulher. O problema maior é que a sua esposa ainda é uma jovem com plenas necessidades sexuais a serem satisfeitas. Ela está na flor da idade com muito desejo. No começo, tenta encarar a situação de forma mais natural possível. Entretanto, não é fácil se tornar cuidadora do próprio marido naquela idade. Ainda mais na fase inicial de um casamento que está prestes a naufragar. Ela então conhece um empregado que trabalha em uma pequena cabana nos fundos da propriedade de seu marido. Ela se sente atraída por aquele homem. Em pouco tempo, começa um ardoroso caso sexual com ele. Inicialmente a atração com seu amante se resume a uma relação carnal, pois ela estava ansiando por isso há tempos. Porém, logo surge uma grande paixão entre ela e o homem. E ambos se tornam verdadeiramente apaixonados e dispostos a lutar contra todos os preconceitos sociais vigentes naquela época.

O livro original que deu suporte ao roteiro desse filme já nasceu polêmico. Escrito por D.H. Lawrence e publicado em 1928, O Amante de Lady Chatterley despertou várias reações extremadas. Existem aqueles que consideram um livro de tendências eróticas extremamente acentuadas, vulgares, e há outros que consideram um romance perfeito. Em meu ponto de vista é um bom romance com acentuadas tintas de erotismo, mas isso não depõe contra a obra. É, acima de tudo, uma história bem humana e mostra que as mulheres também tinham suas necessidades de viver sua sexualidade sem as amarras de um moralismo fora de época e já sendo ultrapassado naquela época. Cada pessoa deve procurar a sua felicidade ao seu modo. Esse filme, que foi produzido pela Netflix, tem boa qualidade e conta sua história de forma correta. Está mais do que recomendado para quem quer conhecer a história do livro original e também para aqueles que apreciam um bom filme de drama e romance.

O Amante de Lady Chatterley (Lady Chatterley's Lover, Reino Unido, Estados Unidos, 2022) Direção: Laure de Clermont-Tonnerre / Roteiro: David Magee / Elenco: Emma Corrin, Jack O'Connell, Matthew Duckett / Sinopse: O filme conta a história da jovem esposa de um Lorde inglês que se torna amante de um de seus empregados em uma grande propriedade rural no interior da Inglaterra.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Dança Com Lobos

Dança Com Lobos
“Dança Com Lobos” foi um grande vencedor dos prêmios da Academia em seu ano de lançamento. Foi premiado com os Oscars de Melhor Filme, Fotografia, Direção, Edição, Trilha Sonora, Som e Roteiro Adaptado. Além disso acabou se tornando sucesso absoluto de público e crítica. A verdade pura e simples é que Dança com Lobos é realmente uma grande produção, que até hoje sempre é relembrada e citada com frequência demonstrando que também venceu o teste do tempo. 

O filme narra a história do tenente Dunbar (Kevin Costner) um herói da guerra civil americana que é enviado para um posto de fronteira distante e isolado, bem próximo do território onde vive a comunidade indígena Sioux. Distante da civilização do homem branco, ele acaba se aproximando dos costumes e modo de viver dos índios, criando rapidamente laços de amizade e afeição com os nativos. O enredo foi baseado na novela de Michael Blake (que também assina o roteiro). 

A produção mistura diversos elementos, desde os mitos dos antigos filmes de western até uma visão mais moderna que enfoca o papel do índio americano na conquista do oeste de uma forma diferenciada (e mais justa). No fundo “Dança com Lobos” retrata uma dos mais sangrentos choques de civilizações da história. A luta entre a sobrevivência das nações indígenas em face do avanço do homem branco pelas pradarias indomáveis de outrora. A tecnologia versus a tradição, o apogeu e o ocaso de civilizações em conflito.

Kevin Costner acertou em cheio na sua visão. Havia todo um clima de revisionismo histórico quando o filme foi lançado. Os povos indígenas, quase sempre retratados como selvagens e bárbaros nos antigos filmes de faroeste aqui ganham uma nova postura dentro do cinema americano. Seu lado mais humano foi levado ao centro da questão. Durante a produção muito se falou de falta de experiência de Kevin Costner para dirigir o filme. De fato ele não tinha nenhuma experiência anterior. Porém como ele estava no auge de sua carreira e popularidade o estúdio resolveu arriscar. Tentativas de intervenção foram feitas nas filmagens mas em vão. O que não contavam é que Costner tinha muita personalidade, não abrindo mão de sua visão criativa em nenhum momento.

Ele certamente acertou pois fez uma obra grandiosa, sem concessões, calcada na velha escola dos grandes clássicos do passado. Fotografia grandiosa, trilha sonora evocativa e muitas tomadas de extremo bom gosto fizeram o diferencial. Costner conseguiu realizar o filme de acordo com o que desejava. O curioso é que essa mesma teimosia acabaria levando Costner ao outro lado da moeda anos depois quando amargou o fracasso de “Waterworld”, superprodução que se revelou desastrosa em termos de público e crítica. De qualquer modo após passar alguns anos em baixa Costner ressurgiu no faroeste em 2012 com “Hatfields and McCoys”, um grande sucesso televisivo nos EUA. A série provou que a ligação de Kevin Costner com os filmes de western é forte e duradoura. Seu ápice surgiu justamente aqui em “Dança com Lobos”. Se não conhece ou não assistiu ainda, não perca mais tempo pois é um produção do tipo que não se faz mais. Simplesmente Imperdível.

Dança Com Lobos (Dances With Wolves, Estados Unidos, 1990) Direção: Kevin Costner / Roteiro: Michael Blake / Elenco: Kevin Costner, Mary McDonnell, Graham Greene / Sinopse: O filme narra a estória do tenente Dunbar (Kevin Costner) um herói da guerra civil americana que é enviado para um posto de fronteira distante e isolado bem próximo da comunidade indígena Sioux. Distante da civilização do homem branco ele acaba se aproximando dos costumes e modo de viver dos índios, criando rapidamente laços de amizade e afeição com os nativos.

Pablo Aluísio.


Sangue nas Flechas

Título no Brasil: Sangue nas Flechas
Título Original: Blood on the Arrow
Ano de Lançamento: 1964
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Sidney Salkow
Roteiro: Robert E. Kent
Elenco: Dale Robertson, Martha Hyer, Wendell Corey, 
Robert Carricart, Paul Mantee, Elisha Cook Jr.

Sinopse:
Em 1871, no Arizona, após a fuga de Geronimo para o México e o retorno dos nativos à reserva, uma tribo de Apaches desafia as ordens de depor as armas. Eles atacam patrulhas e tropas do exército americano. Os tambores de guerra começam a tocar nas grandes planícies.

Comentários:
Western produzido pelo estúdio Allied Artists, que ficou muito famoso nos anos 60 pela grande quantidade de filmes B de faroeste que produziu. Diversos desses filmes acabaram surpreendendo também nas bilheterias. Temos aqui um filme de cavalaria que aposta nas chamadas guerras indígenas. Só que felizmente não fica restrito a isso. O ator Dale Robertson interpreta um bandoleiro que acaba no meio dessa guerra entre brancos e índios. Ele também tem problemas com sua esposa e acaba se apaixonando por uma outra mulher. Na época, o roteiro foi criticado por trazer uma visão muito suavizada de uma personagem que deveria ser basicamente um fora da lei. Eu penso que essa é uma crítica um pouco exagerada, pois o filme tenta ser uma diversão básica. Por isso, há tantos elementos caros ao velho Oeste presentes nesta película. Foi lançado nos cinemas brasileiros da época e ficou por muito tempo em cartaz nos chamados cinemas de bairro, que hoje em dia não existem mais. Bons tempos!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Glass Onion

Glass Onion
Existe filmes que são bons, mas que a crítica não dá muita bola. E existe filmes que são apenas medianos, mas que os críticos colocam lá em cima, como se fossem grandes maravilhas cinematográficas. Esse filme aqui é justamente desse segundo grupo. Veja bem, não é um filme ruim, mas também não é essa maravilha toda que a crítica especializada tentou convencer. Em termos de roteiro, não vi nada de muito original. Essa fórmula é antiga, já era usada brilhantemente pela escritora Agatha Christie há muitas décadas atrás. Resume em colocar um grupo de pessoas em um ambiente fechado para descobrir qual delas teria cometido um crime. Para tornar isso tudo ainda mais difícil, todas elas teriam, de uma forma ou outra, uma razão para cometer esse assassinato. É justamente isso o que vemos no roteiro desse filme. 

Um milionário boçal resolve reunir um grupo de amigos em sua ilha particular. O lugar é o símbolo da breguice de um novo rico com todos os exageros que você possa imaginar. Ele então, propõe um jogo. Seus convidados vão ter que descobrir quem teria lhe matado. Coisa de gente rica e entediada. Vários problemas acontecem. O milionário fica surpreso ao descobrir que o assim aclamado "maior detetive do mundo" está na ilha, mesmo que ele não o tenha convidado. E uma das convidadas que não era esperada, pois se presumia que ela havia sido morta, também aparece por lá. O mistério não se revela grande coisa e se resolve facilmente!. E isso se torna bem decepcionante. A produção é muito boa. E o elenco é acima da média, sob qualquer ponto de vista. Entretanto isso não salva o filme. O que era para ser importante mesmo, o tal mistério revelado, se mostra banal. Tão banal que estragou o roteiro de uma forma geral. Enfim, muito luxo e muito barulho por nada.

Glass Onion: Um Mistério Knives Out (Glass Onion, Estados Unidos, 2022) Direção: Rian Johnson / Roteiro: Rian Johnson / Elenco: Daniel Craig, Edward Norton, Kate Hudson, Dave Bautista, Janelle Monáe, Madelyn Cline / Sinopse: Um milionário boçal resolve reunir um grupo de amigos em sua ilha particular.  Ele então, propõe um jogo. Seus convidados vão ter que descobrir quem teria lhe matado. 

Pablo Aluísio.

Challenger: Voo Final

Challenger: Voo Final 
Minissérie documental da Netflix que recria o desastre do lançamento do ônibus espacial Challenger. Essa nave espetacular foi destroçada, poucos minutos depois de seu lançamento na Florida. Tudo transmitido ao vivo pela televisão americana na época. Foi um grande choque no mundo inteiro. A credibilidade da NASA foi ao chão. A presidência do governo Reagan precisou dar muitas explicações para a morte de todos os tripulantes. Essa Minissérie passa por todos os estágios dessa tragédia anunciada. Começa a mostrar os preparativos da missão. Era destaque na imprensa mundial o fato de que a tripulação iria ter, pela primeira vez, uma civil. Uma jovem professora de um colégio de ensino médio do interior dos Estados Unidos. Ela foi escolhida para provar para a população em geral que o ônibus espacial era tão seguro que qualquer pessoa comum poderia viajar dentro dele em uma missão tripulada. 

Tudo acabou de forma muito trágica. Todos os astronautas e a professora morreram imediatamente após a explosão. Em 4 episódios, tudo é demonstrado de forma bem didática. A discussão sobre o que teria acontecido domina o último episódio. Uma comissão foi formada e descobriu-se que a principal razão da explosão foi uma falha em peças de vedação feitas de borracha que eram usadas nos foguetes. A temperatura estava muito baixa no lançamento, causando rompimentos. E aí não houve como contornar o desastre completo. Gostei muito do documentário. Traz imagens dos noticiários da época. Registros importantes. Mostra que as peças mais simples podem colocar tudo a perder até mesmo em projetos bilionários como esse.

Challenger: Voo Final (Challenger: The Final Flight, Estados Unidos, 2020) Direção: Daniel Junge, Steven Leckart / Roteiro: Daniel Junge, Steven Leckart / Elenco: June Scobee Rodgers, Barbara Morgan, John Davis Walker / Sinopse: Minissérie documental da Netflix que recria o desastre do lançamento do ônibus espacial Challenger. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Elvis Presley - O Prisioneiro do Rock

Elvis Presley - O Prisioneiro do Rock
Nesse filme, Elvis interpretava um jovem que cometia um crime e se dava mal. Era preso, julgado e condenado a ir para uma penitenciária. Acabaria cumprindo pena ao lado de um companheiro de cela que gostava muito de música e lhe ensinava a tocar violão. Um sujeito com veia artística que passava seu amor pela música para o personagem de Elvis chamado Vince Everett. Quando finalmente saiu da prisão, Vince procurou por algum meio de vida e acabou encontrando justamente na música um novo caminho em sua vida. Acabou assinando com uma empresária que lhe arranjou shows e concertos ao vivo, inclusive um programa feito para ser exibido na televisão. Era um grande passo para sua vida que finalmente estaria no rumo certo. Só que o passado voltaria para destruir o seu futuro. 

Quando o filme chegou nos cinemas, houve uma receptividade dividida em relação à crítica. Alguns críticos elogiaram a tentativa de revitalizar o estilo musical. Ainda mais se tratando da famosa Metro que fez alguns dos maiores musicais da história do cinema americano. Já outros críticos não gostaram muito do que viram. Afirmaram que Elvis era um ator muito amador e dócil, que não tinha intensidade dramática nenhuma para interpretar aquele tipo de personagem. Afinal, esse era um tipo marginal, caminhando entre a criminalidade e a carreira artística. Com o rosto de baby face não convencia no papel de um criminoso.

De qualquer forma a própria Metro resolveu amenizar o roteiro original. Afinal, seria um filme feito para as fãs jovens e adolescentes desse novo cantor que fazia sucesso nas rádios com seu novo tipo de música, o chamado Rock. Nem preciso dizer que o terceiro filme da carreira de Elvis foi sucesso de bilheteria. O ator gostou do que viu, mas depois evitaria assistir esse filme novamente em sua vida. 

A razão é que a atriz Judy Tyler morreu um em terrível acidente automobilístico no dia 3 de julho de 1957. Ela tinha apenas 24 anos de idade e tinha se tornado amiga de Elvis. Ele ficou arrasado com a notícia. Assim Elvis assistiu esse filme uma única vez, em 1957, quando ele foi lançado nos cinemas. Nem quando o filme foi exibido pela primeira vez na televisão Americana, Elvis topou revê-lo. Ele saiu de casa naquela noite, dizendo que se visse a atriz novamente ao seu lado no filme, iria ficar deprimido durante pelo menos uma semana. Ele então baniu o filme completamente de sua vida. Elvis desenvolvia esses traumas com muita facilidade.

Pablo Aluísio.

The Beatles - Please Please Me / Ask Me Why

The Beatles - Please Please Me / Ask Me Why
Esse foi o segundo single da carreira dos Beatles. Trazia canções que faziam parte do seu primeiro álbum. Na Inglaterra, o compacto fez sucesso, chegando ao segundo lugar entre os mais vendidos. Só que seu sucesso se restringiu mesmo apenas ao país natal dos Beatles. Fora das ilhas britânicas, não houve maior repercussão. No resto da Europa, o single não fez sucesso e foi ignorado nas principais paradas europeias de singles. Nos Estados Unidos, foi ainda pior. Os direitos dos Beatles para América estavam nas mãos de uma pequena gravadora chamada VeeJay. Era um selo muito pequeno e sem expressão e não conseguiu qualquer repercussão nas rádios dos Estados Unidos. 

O compacto passou em brancas nuvens no país de Elvis. A tal ponto que não conseguiu nem classificação na Billboard. Os americanos ainda não tinham a menor ideia de quem eram os Beatles e que tipo de música eles faziam. E também não era um compacto com muita vocação para fazer sucesso. As duas canções eram retiradas, como eu já escrevi, do primeiro disco dos Beatles e não passavam, para falar a verdade, de boas canções de amor adolescente. Apesar dos esforços do empresário Brian Epstein os Beatles ainda iam demorar um pouco para finalmente emplacarem como grande sucesso comercial Internacional. Por essa época ninguém dava muita bola para as músicas do quarteto.

The Beatles - Please Please Me (1962)
Please Please Me 
Ask Me Why  
Selo: EMI Parlophone 
Produção: George Martin
Data de Lançamento: 5 de outubro de 1962

Pablo Aluísio.