sábado, 22 de outubro de 2022

Stardust

Esse filme conta a história da primeira turnê do inglês David Bowie nos Estados Unidos. Bom, primeira turnê é até uma expressão generosa para o que realmente aconteceu. Na verdade, ele mal era conhecido na Inglaterra, então imagine que os americanos não tinham a menor ideia de quem ele era. Era apenas um artista inglês desconhecido que tentava um lugar ao sol. E ele foi muito mal-recebido na América naquela época. Estamos falando de 1971. Quando se pensa em artistas ingleses, chegando nos Estados Unidos para uma turnê, a primeira coisa que vem na mente é a chegada dos Beatles. E a tal invasão britânica. Esqueça tudo isso. A primeira turnê do Bowie nos Estados Unidos foi um fracasso completo. As coisas começaram a dar errado muito cedo. Logo quando chegou no aeroporto, ele descobriu que não tinha passaporte para trabalhar nos Estados Unidos. Seu visto era de turista. Então essa turnê se resumiu a fazer algumas apresentações de festinhas sem importância ou então dar entrevistas em rádios fuleiras do interior da América. Foi uma coisa decepcionante. 

Esse filme me foi interessante, principalmente pela questão informativa. Eu não tinha a menor ideia de que a primeira ida do Bowie aos Estados Unidos havia sido esse fiasco todo. Além disso, o roteiro traz informações preciosas sobre a própria família do artista. O irmão mais velho do cantor tinha problemas de saúde mental. Naquele momento da vida, estava sendo internado em uma instituição psiquiátrica. Bowie também tinha várias tias com problemas de histórico de doença mental, esquizofrenia. Foi uma barra incrível na vida dele, naquele tempo. Ele acabou dando a volta por cima ou criar um alter ego espacial, o tal de Ziggy Stardust. A ideia era bem original e por isso, deu certo. Foi o que salvou sua vida e a carreira desse artista que marcou época na história do rock.

Stardust (Reino Unido, 2020) Direção: Gabriel Range / Roteiro: Christopher Bell, Gabriel Range / Elenco: Johnny Flynn, Marc Maron, Jena Malone / Sinopse: O filme narra a história da primeira turnê americana do cantor inglês David Bowie em 1971. Foi um fiasco, um fracasso completo. Mas que ele depois iria superar em sua carreira. 

Pablo Aluísio.

Case Comigo

Basicamente, o que temos aqui é uma comédia musical romântica, onde a atriz Jennifer Lopez interpreta... Jennifer Lopez! O roteiro, como era de se prever, é bem bobinho. Ela é a cantora pop latina de grande sucesso, que está prestes a se casar com outro cantor famoso. Inicialmente, a mídia fica em frenesi com esse matrimônio entre astros. Só que pouco tempo antes do casamento, ela descobre que o sujeito é infiel. Pior do que isso, sua infidelidade vaza pela internet naqueles vídeos íntimos que as pessoas conhecem bem. Com o escândalo ela fica completamente fora de si. Em um ato impensado, ela escolhe um sujeito qualquer da plateia de um dos seus shows, que está com um cartaz escrito "case comigo". Escolhe ele aleatoriamente e se casam em pleno palco. E, a partir daí, surge o problema, o que ela fará? A imprensa, obviamente, cai de pau em cima dela. A crítica a chama de frívola, artificial... Tentando provar que ela não é esse tipo de mulher, ela resolve encarar o casamento e levá-lo adiante. 

O filme, como se pode ver, é bem bobinho. Agora, seu maior erro, em minha opinião, vem da trilha sonora. Era de se esperar uma trilha que fosse ao menos boa, realmente interessante. Afinal, não se trata de uma comédia musical romântica? Lopez não é uma cantora pop de sucesso na vida real? Então, por que escolheram essas canções tão ruins? Nenhuma das músicas apresentadas são boas, em minha opinião. Tudo pop da pior espécie!  Então o que sobrou? O resultado de tudo isso é que o navio afunda rapidamente. Se não tem nem música boa para ouvir, o que mais se fará? Melhor ignorar.

Case Comigo (Marry Me, Estados Unidos, 2021) Direção: Kat Coiro / Roteiro: John Rogers, Tami Sagher / Elenco: Jennifer Lopez, Owen Wilson, Maluma / Sinopse: Cantora pop de sucesso se casa com um homem comum que ele encontrou na plateia de um de seus shows. Depois do ato impensado, ela precisa encontrar uma saída para tudo o que aconteceu. Ou então se apaixonar verdadeiramente pelo tal professor de matemática.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Lobisomem na Noite

Esse é o especial de terror da Marvel para o Halloween deste ano. Quem acha que a Marvel não tem nada a ver com o gênero do terror desconhece sua história. Durante muitos anos, a editora manteve uma linha dedicada apenas para gibis de terror. Além do mais, terror é cultura pop e cultura pop é Marvel. Não tem como fugir desse ciclo. Curiosamente, nesse filme referencial, se priorizou uma homenagem aos antigos filmes de terror da Universal. Estou me referindo àqueles filmes de monstros da década de 1930. A Universal se notabilizou por ter feito os melhores filmes de terror daquela época, apenas com monstros clássicos. Por isso esse filme é todo em preto e branco, justamente para homenagear aqueles tempos pioneiros. Outro fato curioso é que se trata, na realidade, de uma média metragem com pouco mais de 50 minutos de duração. A intenção era justamente homenagear os antigos filmes de matinês que passavam nos cinemas americanos no século passado. 

A mistura de todas essas referências pop resultou num filme muito bom. É rápido e vai direto ao ponto, ou melhor dizendo, vai direto na jugular. No enredo nostálgico, um grupo de caçadores de monstros se reúnem numa velha mansão. Todos eles estão ali para saber quem vai herdar um artefato especial cujo dono faleceu. Quem tiver em mãos esse artefato, vai conseguir destruir qualquer monstro. E entre esses presentes há um sujeito que não é um verdadeiro caçador de monstros, mas sim um monstro disfarçado. Um lobisomem! O resto é uma divertida bobagem que vai agradar muito para quem gosta de filmes de terror de um passado hoje muito distante. Rápido e eficaz, esse filme não deixa nada a desejar em termos de diversão e referências nostálgicas da história do cinema.

Lobisomem na Noite (Werewolf by Night, Estados Unidos, 2022) Direção: Michael Giacchino / Roteiro: Heather Quinn / Elenco: Gael García Bernal, Laura Donnelly, Harriet Sansom Harris / Sinopse: Um lobisomem enfurecido toca o terror em uma velha mansão onde está sendo realizada uma reunião com grandes caçadores de monstros.

Pablo Aluísio.

A Entidade 2

O primeiro filme nem fez tanto sucesso assim. Só que filmes de terror são altamente lucrativos. Isso Hollywood sabe muito bem. Então, qualquer sucesso mediano já é motivo suficiente para se rodar uma continuação. Esse segundo filme não é tão bom quanto o primeiro, que já não era grande coisa. Apenas esticaram a trama original para caçar níqueis. Neste segundo filme, um ex detetive investiga casos parecidos com o que ocorreu no primeiro. E ele descobre que são vários os casos ocorridos pelo interior dos Estados Unidos. Geralmente em casas afastadas. Ele chega numa velha fazenda que tem uma igreja ao lado. Ali, no passado, houve um massacre envolvendo uma família. E agora a história parece se repetir. Quem vive na velha casa é uma mulher divorciada e seus dois filhos menores. 

Essa entidade sempre ataca as crianças. E elas estão novamente sob controle desse ser espiritual. O detalhe aqui é que é usado uma velha câmera super 8. No porão da fazenda, existe um antigo projetor desses velhos registros. E todos os filmes são violentos, mostrando massacres de pessoas e morte. São registros em filmes do surgimento da tal entidade. Isso até que dá uma linguagem visual bacana a essa produção. O uso dessas velhas câmeras realmente traz um aspecto visceral e cruel ao que se vê na tela. Em termos visuais, é a melhor coisa que podemos encontrar nesta produção. Uma vez que a história é, de certa forma, bem banal e sem maiores novidades.

A Entidade 2 (Sinister 2, Estados Unidos, 2015) Direção: Ciarán Foy / Roteiro: Scott Derrickson, C. Robert Cargill( / Elenco: James Ransone, Shannyn Sossamon, Robert Daniel Sloan / Sinopse: A Entidade do primeiro filme retorna. E está decidida a levar duas crianças e sua mãe para o inferno de uma vez por todas! A família mora uma velha fazenda, que agora vira foco da aparição desse ser.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Cidade Perdida

Fica fácil perceber de que fonte esse roteiro bebe. Basta lembrar de dois filmes bem simbólicos dos anos 80. Estou me referindo a "A Jóia do Nilo" e "Tudo por um Esmeralda". Foram dois sucessos daquela década. Esse filme tenta repetir a mesma fórmula. Mas sem grande êxito. A coisa toda de se misturar ação com boas doses de humor, personagens engraçados e aventura. Tem que ter um certo talento para fazer bem esse tipo de produto. No enredo, uma escritora de romances bregas de aventuras decide lançar um novo livro. Ela está, na verdade, esgotada criativamente. Só que a editora está sempre em busca de novos lançamentos para ganhar dinheiro, Claro. O livro é lançado e ela acaba sendo sequestrada por um personagem caricato. Um vilão interpretado pelo próprio Harry Potter. Quem poderia imaginar? 

Curiosamente, seu parceiro não passa de uma fraude. É um modelo que posa de herói para as capas de seus livrinhos açucarados e piegas. Brad Pitt também está no filme. Na realidade, ele fez uma troca de gentilezas com a Sandra Bullock. Ela participou de uma produção em que ele estava envolvido. E ele fez essa participação especial como retribuição. Seu personagem poderia render muito, mas como logo desaparece, fica uma sensação de desperdício no ar. Poderia ser uma edição bem divertida na história. O filme, então, é isso! Não espere nada de muito relevante. Na verdade, é uma tentativa de retomar um subgênero que andava meio esquecido. Só que para falar a verdade, eu ainda prefiro os filmes originais. Esse aqui não chega nem perto daqueles dos anos 80.

Cidade Perdida (The Lost City, Estados Unidos, 2022) Direção: Aaron Nee, Adam Nee / Roteiro: Oren Uziel, Dana Fox / Elenco: Sandra Bullock, Channing Tatum, Daniel Radcliffe, Brad Pitt / Sinopse: Uma escritora de livros românticos bregas é levada até uma ilha distante para ajudar na busca de um artefato arqueológico que supostamente valeria milhões de dólares.

Pablo Aluísio.

A Última Chance

O ator Aaron Eckhart quase sempre foi coadjuvante nos filmes em que trabalhou. É aquele tipo de ator que você conhece, mas que não sabe exatamente seu nome ou não se lembra. Aqui temos um caso raro em sua carreira onde interpreta o papel principal. Seu personagem é um policial. Um patrulheiro de bairro. Ele caiu em desgraça na carreira policial depois de se envolver na morte de uma criança. Foi por acidente, mas obviamente afundou sua perspectiva de melhorar dentro do departamento de polícia. Assim passa os dias em um bairro, conversando com os garotos das redondezas. Nada muito importante. As coisas mudam quando ocorre um grande assalto na cidade. A filha do chefe do departamento de polícia é feita refém. E os criminosos correm em direção justamente para a região onde ele atua. Assim, ele resolve finalmente aproveitar sua última chance de demonstrar seu valor. 

Ele quer salvar a garota a todo custo. Mesmo sem ordem superior. Parece ser interessante, mas esse filme é bem ruim. O roteiro é bem fraco. Nada muito sofisticado ou original. Essa história tem mais clichês do que eu poderia contar aqui nesse texto. Certamente foi um dos roteiros mais cheios de clichês que eu assisti dos últimos anos. Muito sem originalidade, sem imaginação. A velha releitura do policial que quer fazer justiça pelas próprias mãos. Deixa o distintivo de lado e vira um justiceiro. No final das contas, a conclusão que cheguei foi simples. É melhor ser ator coadjuvante em bons filmes do que ser o ator principal em filmes ruins!

A Última Chance (Line of Duty, Estados Unidos, 2019) Direção: Steven C. Miller / Roteiro: Jeremy Drysdale / Elenco: Aaron Eckhart, Courtney Eaton, Ben McKenzie / Sinopse: Um patrulheiro de rua tenta resolver o caso de um sequestro por conta própria. Ele quer se redimir de seu passado dentro da polícia. Em sua visão, aquela seria a sua chance de mostrar realmente seu valor como policial.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Refém da Paixão

Esse filme passou recentemente em uma Minimaratona do canal Telecine. Todos os filmes eram com a atriz Kate Winslet. Foram exibidos no dia do aniversário dela. Dos filmes que fizeram parte dessa programação o único que eu não havia assistido era justamente esse. É um filme realmente pouco conhecido e comentado de sua filmografia. A boa notícia é que se trata de um bom fim. Na história, temos uma mulher divorciada que sofre com problemas de depressão. A Kate interpreta essa mãe que tenta superar a perda do seu casamento. O marido fugiu com a secretária e formou uma nova família com a amante! Ela ficou sozinha ao lado de seu filho pré adolescente. Sofrendo de uma crise depressiva, para ela fica difícil até mesmo se levantar da cama pela manhã. Um dia no supermercado, ela e o filho são surpreendidos por um sujeito que parece muito tenso. Na realidade, é um fugitivo da prisão. Ele faz da mãe e do filho seus reféns. Seu plano é passar o dia na casa dela e a noite fugir pela ferrovia. Ir para a Costa Oeste, fugir dos policiais. 

Só que nesse meio tempo, algo acontece. Pinta um clima entre os dois. E a ausência de uma figura paterna faz sentir-se ali. No começo existe uma certa tensão, mas depois o fugitivo vai se tornando mais confiante e confortável na casa dela. Parece inverossímil para você? Bom, a psicologia já catalogou esse tipo de comportamento. Trata-se da síndrome de Estocolmo. O filme é bom e mantêm um bom desenvolvimento. Só penso que em certos momentos, a situação fica um pouco forçada. Aos poucos, entretanto, o espectador vai comprando a ideia. O resultado final se revela muito bom.

Refém da Paixão (Labor Day, Estados Unidos, 2013) Direção: Jason Reitman / Roteiro: Jason Reitman / Elenco: Kate Winslet, Josh Brolin, Gattlin Griffith / Sinopse: Mulher e filho feitos reféns por um criminoso acabam criando um sentimento de afeição por ele. E o ajuda a fugir da polícia. Um típico caso em que a refém acaba se apaixonando pelo criminoso. Um verdadeiro amor bandido!

Pablo Aluísio.

A vida em espera

Esse filme traz uma história, no mínimo, fora do comum. Conta a história de um advogado que, cansado da rotina e do trabalho, um dia decide literalmente sair de sua própria vida social. Ele se esconde em um sótão em cima de uma garagem de sua própria casa e fica ali, escondido, passando a ver toda a sua família interagindo sem a sua presença. Vira uma espécie de voyeur social. Essa posição interessante traz algumas indagações filosóficas a quem assiste. Entretanto, o que me vem na mente é uma pergunta simples. Será que uma história desse tipo sustenta um longa-metragem? Será que um filme que conta com uma temática tão inusitada vai realmente prender a atenção do espectador até o final? Eu particularmente me interessei pelo filme, embora ache que em alguns momentos o roteiro vai se perdendo em sua proposta inicial. 

O confinamento do personagem em grande parte do filme em um único ambiente, pode tornar essa história um pouco cansativa para a maioria das pessoas. No meu caso, a questão filosófica que existe por trás dessa história até que me manteve interessado nesses acontecimentos. Só acredito que o final realmente seja muito decepcionante. O roteiro poderia radicalizar, adotando posições extremas. Ir até o fundo do poço ou do abismo social, como podemos perceber. Mas o final se revela inconclusivo, abrupto, frouxo, covarde e sem muito sentido. Muita gente vai chegar na última cena e quando os letreiros finais subirem vai se perguntar: e daí?

A vida em espera (Wakefield, Estados Unidos, 2016) Direção: Robin Swicord / Roteiro: E.L. Doctorow, Robin Swicord / Elenco: Bryan Cranston, Jennifer Garner, Victoria Bruno / Sinopse: Um profissional liberal decide largar tudo, a família, o trabalho, a vida social e passa a se esconder em um sótão. Qual seria o sentido por trás disso?

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Ida Red - O Preço da Liberdade

O filme conta a história de dois Irmãos criminosos que resolvem roubar um caminhão com remédios. O problema é que esse caminhão pertence ao governo dos Estados Unidos. A Carga era federal. Assim, o FBI entra no caso. A vida deles obviamente complica, porque os federais vão pra cima. Para despistar e acobertar seus crimes, eles começam a matar os membros da quadrilha que participaram desse roubo. E isso piora ainda mais a situação, porque de roubo o crime deles passa a ser homicídio. Esses dois irmãos são de uma família com um passado de crimes. A própria mãe deles está presa há muitos anos em uma penitenciária federal. Cumpre pena e está morrendo de câncer. Eles até tentam subornar um membro da comissão de Livramento condicional, mas sai tudo errado. Afundaram na criminalidade de uma forma que vai ser difícil sair dela. 

Um time muito bom, muito bem roteirizado e com bom elenco. É surpreendente porque não teve tanta divulgação quanto merecia. Em uma área com filmes de ação sem muita substância e conteúdo, esse filme se destaca completamente. Há todo um drama desenvolvido em cima dos personagens que também são bem trabalhados pelo roteiro. Um dos irmãos possui tendências homossexuais. Isso surpreende porque em um filme de ação com muita troca de tiros, não era de se esperar que um desses personagens fosse gay. Mesmo assim, não se preocupe com maiores melodramas. O filme é bom e se propõe a ser um filme de ação eficiente. E nesse campo, não há nada do que reclamar. Destaque para a cena do intenso tiroteio entre policiais e criminosos após mais um roubo, um crime envolvendo um ricaço do Oriente Médio. Tudo muito bem-produzido e dirigido.

Ida Red - O Preço da Liberdade (Ida Red, Estados Unidos, 2021) Direção: John Swab / Roteiro: John Swab / Elenco: Josh Hartnett, Frank Grillo, Melissa Leo / Sinopse: Enquanto ficam na mira do FBI dois irmãos envolvidos com o mundo do crime decidem executar um plano ousado. Eles almejam roubar um milionário do Oriente médio que vai chegar ao Estados Unidos para uma visita na América.

Pablo Aluísio.

Uma Noite de Crime: Anarquia

Mais um filme da franquia "Uma noite do crime". Não que eu esperasse ser um grande filme, até porque essa série não é lá das melhores. Mas esperava algo melhor, realmente, inclusive no quesito violência. E para quem não conhece, essa série parte de uma premissa que é, em minha opinião, interessante. Nesse mundo distópico o governo americano determina que durante 24 horas não haverá punição de crimes. Diante disso, o roteiro parte da premissa que grande parte da população se tornaria criminosa. Sairia cometendo todos os tipos de barbaridades pelas ruas. É uma visão pessimista. Vamos ser sinceros. De qualquer forma, se não fosse assim, não haveria filme, não é mesmo? Então, pois bem. 

Chegamos nessa noite sem limites. Um grupo de mulheres foge pela rua e um casal tenta sobreviver após seu carro quebrar na autoestrada. Eles ficam a mercê de todos os criminosos que você pode imaginar. Bandos com máscara, jovens violentos. Todo tipo de crime. Então, surge para surpresa de todos, um homem solitário dentro de um carro. Fortemente armado, ele passa a defender aquelas pessoas. Pelo subtítulo de Anarquia eu esperava muito mais do filme. Pensei que o roteiro ia investir fundo nesse conceito de anarquismo, mas errei. Michael Bay está entre os realizadores. Ele não seria tão ousado nesse conceito. O filme assim, no final das contas, ao meu ver, se revelou bem fraco. Abaixo da adrenalina que poderia prometer.

Uma Noite de Crime: Anarquia (The Purge: Anarchy, Estados Unidos, 2014) Direção: James DeMonaco / Roteiro: James DeMonaco / Elenco: Frank Grillo, Carmen Ejogo, Zach Gilford / Sinopse: Um grupo de pessoas comuns tenta sobreviver a uma noite de anarquia, crimes, violência e barbarismo nas ruas das grandes cidades dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.