Certa vez o ator Tony Curtis foi entrevistado pelo canal E! afirmando que iria publicar um livro de memórias intitulado “Making of Some Like It Hot” em que contaria os bastidores das filmagens do clássico de Billy Wilder “Some Like It Hot” (Quanto Mais Quente Melhor, no Brasil). Entre as revelações Curtis prometia contar toda a verdade sobre o suposto romance que teve com a estrela do filme, a atriz Marilyn Monroe e mais: Tony garantia que Marilyn engravidou dele durante o caso amoroso ocorrido nos sets de filmagens, tudo acontecendo debaixo do nariz do marido dela na época, o escritor Arthur Miller. Será verdade? Principalmente depois de tudo o que sabemos sobre a complicada e problemática filmagem de um dos mais famosos filmes de Monroe.
Todos que participaram da produção de "Quanto Mais Quente Melhor" concordam que as filmagens foram tudo, menos um mar de rosas. Na realidade o caos imperou no set. Marilyn Monroe estava simplesmente impossível durante as gravações levando todos, do diretor aos membros da equipe de apoio, à loucura. Atrasos, ataques de estrelismo, esquecimento de falas, brigas e muitas faltas marcaram a atuação de Monroe nesse filme. Certa vez Marilyn chegou ao local de filmagens tão fora de si que todos pensaram que ela iria ter um ataque ou algo parecido. As filmagens foram canceladas e mais um dia foi perdido.
O diretor Billy Wilder, sempre irônico e com um humor mordaz recordou: "Quase enlouqueci com esse filme. Marilyn me deixava horas e horas esperando por ela nos estúdios. Todos a postos, equipe e atores, tudo pronto mas nada dela aparecer. Algumas vezes Marilyn aparecia com até seis horas de atraso e quando aparecia parecia uma morta viva - mal conseguia falar e não sabia nenhuma de suas falas! Sabe, eu tenho uma tia que decora todas as falas, chega nos estúdios na hora certa, é extremamente pontual e profissional. Na bilheteria ela deve valer uns cinco centavos! Entende o que digo? Tivemos que engolir muitos sapos para ter Marilyn Monroe nesse filme!" Só um grande diretor do nível de Wilder para controlar e administrar tantos problemas. Ele completou: "Só consegui dormir normalmente novamente depois que o filme acabou. Sinceramente, nunca mais quero passar por isso de novo, prefiro que meu próximo filme renda cinco centavos na bilheteria!".
Com os demais atores a situação foi ainda mais caótica. Como não aparecia regularmente para trabalhar Marilyn logo ganhou a antipatia de seu partner em cena, Tony Curtis, que após o filme declarou publicamente: "Beijar Marilyn Monroe é como beijar Hitler!" Em outra ocasião durante uma grande discussão com o ator, Marilyn jogou uma taça de vinho em seu rosto, causando um grande tumulto durante as filmagens. Com todo esse histórico fica realmente complicado acreditar que Marilyn teria tido um romance amoroso com Curtis, resultando ainda mais em gravidez. Infelizmente todos os demais envolvidos (como o diretor Billy Wilder e o ator Jack Lemmon) estão falecidos. A última palavra ficará realmente com Tony Curtis.
Marilyn Monroe foi sem a menor sombra de dúvidas um dos maiores mitos da história do cinema. Tinha uma vida pessoal marcada por inúmeros problemas (infância abandonada e infeliz, casamentos desfeitos, romances escandalosos, vício em medicamentos, problemas mentais, entre outros) e por isso é muito complicado nos dias de hoje determinar o que realmente aconteceu e o que são apenas estórias inventadas para faturar em cima de seu mito. Tony Curtis foi um grande nome do cinema também, tendo uma carreira vitoriosa nos anos 50 e 60. Porém com os anos 70 sua carreira no cinema estagnou e ele ficou com sérios problemas financeiros. Estaria apenas tentando ganhar algum dinheiro extra com sua bombástica revelação? Só o tempo dirá...
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
A História de Rock Hudson - Parte 12
Foram amigos por toda a vida. Rock Hudson a adorava e Elizabeth Taylor retribuiu a bela amizade. O maior momento da carreira de ambos aconteceria no mesmo filme, "Assim Caminha a Humanidade". No enredo Rock era um durão fazendeiro do Texas que acabava se interessando pela dondoca garota do sul. Ao se casar com ela a leva para sua distante e isolada casa - onde viveriam juntos por longos anos, vivenciando as mudanças no comportamento e modo de ser do povo texano.
A amizade começou no set. Rock Hudson geralmente se dava muito bem com as atrizes com quem contracenava. Geralmente criava uma bela amizade com elas. Em relação a Liz a primeira coisa que lhe chamou a atenção foi sua beleza. Rock costumava dizer a ela que nunca tinha visto nenhuma mulher tão bela com olhos tão marcantes. Elizabeth Taylor fazia pouco caso, dizendo a Rock que se achava parecida com Minnie, a namorada do ratinho Mickey Mouse da Disney.
O curioso é que por essa época Elizabeth ainda não sabia que Rock era gay e muitas vezes interpretava seus elogios como cantadas nada sutis. Enquanto foi vivo Rock jamais abriu o jogo a ela, embora em pouco tempo Liz tenha sabido por fofocas que Rock já havia se relacionado com homens em seu estúdio de coração, a Universal. Como estavam agora trabalhando na Warner, Liz procurou ser a mais discreta possível.
Assim o relacionamento entre eles jamais avançou para uma fase mais adulta, ficando bem juvenil, como dois jovens vivendo a melhor época de suas vidas. Rock gostava de piadas e da companhia de Liz e ambos festejaram bastante durante as filmagens de "Giant". Numa noite, com o frio à toda, Rock lembrou que ela e Liz tiveram a ideia de misturar chocolate derretido e Martini com gelo, dando origem a um novo drink, que acabaria se tornando bem popular nos Estados Unidos durante os anos 1950.
Pablo Aluísio.
A amizade começou no set. Rock Hudson geralmente se dava muito bem com as atrizes com quem contracenava. Geralmente criava uma bela amizade com elas. Em relação a Liz a primeira coisa que lhe chamou a atenção foi sua beleza. Rock costumava dizer a ela que nunca tinha visto nenhuma mulher tão bela com olhos tão marcantes. Elizabeth Taylor fazia pouco caso, dizendo a Rock que se achava parecida com Minnie, a namorada do ratinho Mickey Mouse da Disney.
O curioso é que por essa época Elizabeth ainda não sabia que Rock era gay e muitas vezes interpretava seus elogios como cantadas nada sutis. Enquanto foi vivo Rock jamais abriu o jogo a ela, embora em pouco tempo Liz tenha sabido por fofocas que Rock já havia se relacionado com homens em seu estúdio de coração, a Universal. Como estavam agora trabalhando na Warner, Liz procurou ser a mais discreta possível.
Assim o relacionamento entre eles jamais avançou para uma fase mais adulta, ficando bem juvenil, como dois jovens vivendo a melhor época de suas vidas. Rock gostava de piadas e da companhia de Liz e ambos festejaram bastante durante as filmagens de "Giant". Numa noite, com o frio à toda, Rock lembrou que ela e Liz tiveram a ideia de misturar chocolate derretido e Martini com gelo, dando origem a um novo drink, que acabaria se tornando bem popular nos Estados Unidos durante os anos 1950.
Pablo Aluísio.
domingo, 9 de outubro de 2022
O Alfaiate
Aqui vai mais uma boa dica sobre o bom cinema inglês. Trata-se desse filme, chamado "O Alfaiate". Vejam, que história interessante. Um alfaiate inglês vai morar em Chicago nos anos 1930. Ele aprendeu o seu ofício nos melhores estabelecimentos comerciais de Londres. Um ofício que une técnica e arte ao mesmo tempo. Com o passar dos anos, ele foi se desiludindo, pois a moda do jeans chegou na Inglaterra. E em seu modo de pensar, não haveria como ser elegante vestindo aquele tipo de roupa. Estão ele parte para morar nos Estados Unidos. Agora pense um pouco. O que vem na sua mente quando eu falo em Chicago na década de 1930? Obviamente você vai lembrar dos grandes gângsters daquela época. Bandidos sim, mas bandidos muito elegantes e bem-vestidos. E essas pessoas passam a ser as principais clientes desse alfaiate inglês.
Só que nessa proximidade, surgem problemas. Ele começa a deixar que recados, cartas e mensagens sejam trocados na parte interior de seu pequeno estabelecimento comercial. E aí já viu... ele acaba se envolvendo também com o submundo do crime de Chicago. O filme é muito bom e muito bem roteirizado. Em certos momentos, me lembrou de alguns filmes de Alfred Hitchcock. Com direito até mesmo a um corpo escondido dentro de um baú na sala principal. Lembrou de "Festim Diabólico"?. Pois é, exatamente isso. Bom filme, que mantém uma boa história e um desfecho que vai surpreender muita gente.
O Alfaiate (The Outfit, Inglaterra, 2022) Direção: Graham Moore / Roteiro: Graham Moore, Johnathan McClain / Elenco: Mark Rylance, Zoey Deutch, John Gumley-Mason / Sinopse: Um alfaiate inglês trabalhando na Chicago dos anos 1930, infestada por Gangsters, acaba se envolvendo com o submundo do crime.
Pablo Aluísio.
O Duque
Na década de 1960 um histórico quadro retratando o Duque de Wellington foi roubado de um museu em Londres. Inicialmente a Scotland Yard pensou se tratar de um bem elaborado plano de roubo, coisa de profissionais. Algo vindo de ladrões profissionais de alta arte. O caso teve grande repercussão na Inglaterra. Principalmente pelo valor histórico da pintura em si. Só que algumas semanas depois, os policiais e a sociedade inglesa foram surpreendidas quando um velhinho chegou ao museu para devolver a tal obra. Uma história muito inusitada. O sujeito era um senhor idoso, espirituoso, boa praça. Um tipo daqueles que gostam de conversar sobre os velhos tempos. Obviamente, ele foi levado a julgamento, mas acontece que através dos jornais, o seu carisma foi conquistando os ingleses em geral.
Ele sempre tinha uma resposta espirituosa sobre todas as questões que lhe eram feitas. Essa história real rendeu um filme muito interessante. O cinema inglês é muito caracterizado e conhecido por esse tipo de humor, bem ao estilo dos britânicos. É o humor que nasce da fina ironia de certas situações da vida que não eram para ser engraçadas. O protagonista desse filme não era da nobreza, mas sim da classe trabalhadora. Entretanto também tinha seu próprio estilo de ser. Sua história fora do comum acabou virando esse bom filme inglês. Um fato que surpreendeu os ingleses na época e que irá surpreender quem assistir ao filme nos dias de hoje.
O Duque (The Duke, Inglaterra, 2020) Direção: Roger Michell / Roteiro: Richard Berg / Elenco: Jim Broadbent, Helen Mirren, Heather Craney, Stephen Rashbrook / Sinopse: Um famoso quadro pintado por Goya, retratando o duque de Wellington, figura histórica da Inglaterra, é roubado causando grande comoção dentro da sociedade inglesa. E quando foi revelado o autor do crime, todos foram surpreendidos novamente.
Pablo Aluísio.
sábado, 8 de outubro de 2022
Um Passado Sombrio
Pode existir um crime mais terrível do que o assassinato de um bebê? As duas protagonistas desse filme cometeram esse crime horripilante no passado. E elas tinham apenas 9 anos de idade quando fizeram essa atrocidade! Aos 18 anos elas são colocadas em liberdade, em um sistema penal bem parecido com o brasileiro. E de volta às ruas, como vão conseguir recomeçar a vida com um passado tão terrível? Uma delas se emprega em um pequeno comércio local. A outra fica perdida na vida, sofrendo com problemas de obesidade e traumas psicológicos graves. Elas nunca mais voltam a se encontrar e vivem culpando uma a outra pelo assassinato da criança. O roteiro, isso é bem interessante, não desvenda a verdade sobre quem seria a verdadeira assassina. O roteiro não está preocupado em explicar isso ao espectador. Ao contrário disso, planta várias dúvidas na mente de quem está assistindo ao filme. É um ponto positivo.
E as coisas começam a ficar muito complicadas quando um bebê desaparece na mesma cidade onde elas moram. É Claro que os moradores começam a desconfiar delas, justamente por causa do passado. E os policiais começam a investigação e realmente descobrem que há algo de estranho na vida daquelas garotas. Será que elas teriam alguma culpa? Alguma coisa a ver com o desaparecimento dessa criança? Estariam de volta ao passado para cometerem mais um crime atroz como que fizeram no passado? São dúvidas que eu deixo sem respostas. Assista ao filme e se surpreenda pela boa qualidade desse roteiro. É um dos filmes mais interessantes que assisti nos últimos tempos. Extremamente bem roteirizado. Um filme de fato muito bom!
Um Passado Sombrio (Every Secret Thing, Estados Unidos, 2014) Direção: Amy Berg / Roteiro: Nicole Holofcener / Elenco: Dakota Fanning, Diane Lane, Brynne Norquist, Eva Grace Kellner / Sinopse: Duas jovens que ano passado foram condenados pela morte de um bebê são suspeitas do desaparecimento de uma criança após elas ganharem a Liberdade. Será que realmente teriam algo a ver com esse novo crime?
Pablo Aluísio.
Ecos do Mal
Como estamos em época de Halloween, os canais a cabo estão programando vários filmes de terror em sua grade de programação. No meu caso, é uma boa notícia, pois eu gosto desse gênero cinematográfico. E no cardápio há diferentes tipos de filmes, desde os mais escatológicos até os mais sutis e elegantes. Esse aqui fica no meio termo. É um bom filme, que mexe com uma história tradicional, mas de uma maneira bem inteligente, coesa. Na história, um ex presidiário sai da prisão após cumprir pena por longos anos. Como ele precisa recomeçar a vida e não tem emprego, ele acaba indo morar no apartamento que era de sua mãe, onde morava. Ela faleceu há algumas semanas. O lugar é antigo e meio abandonado. E ele logo descobre que seus vizinhos não são boas pessoas.
Há uma família de um policial morando na porta ao lado. O policial é um sujeito violento, que espanca a mulher e os filhos. Parece ser um homem sempre no limite, sempre prestes a estourar e partir para a violência. Como o protagonista é um ex presidiário ele mantém uma certa distância, mas chega um momento em que a violência doméstica explode. Ele tem que agir. O grande mote do filme vem justamente dessa família. Pois há várias surpresas no roteiro. Gostei do plot twist. Em relação a isso, achei bem bolado. Além de bem filmado com boa fotografia, o filme tem como destaque justamente essas boas ideias desse roteiro que surpreende até mesmo um fã de terror veterano e mais experiente nesse estilo de filme.
Ecos do Mal (The Echo, Estados Unidos, 2008) Direção: Yam Laranas / Roteiro: Eric Bernt / Elenco: Jesse Bradford, Amelia Warner, Carlos Leon / Sinopse: Depois de passar anos na prisão, um ex detento ganha a Liberdade e vai morar no apartamento que pertenceu à sua mãe. E descobre que no lugar existem manifestações paranormais e uma estranha família que mora ao lado, onde há muita violência física e psicológica.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 7 de outubro de 2022
Entre o Céu e o Inferno
Título Original: Black Snake Moan
Ano de Lançamento: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Craig Brewer
Roteiro: Craig Brewer
Elenco: Christina Ricci, Samuel L. Jackson, Justin Timberlake, S. Epatha Merkerson, John Cothran, David Banner
Sinopse:
Uma jovem garota é espancada pelo amante e deixada bem machucada para morrer em uma estrada de terra de uma propriedade rural. O dono dessas terras acaba encontrando a jovem. Ele a leva para sua casa para cuidar de seus ferimentos. Ela fica sem consciência por alguns dias e quando retorna o velho descobre que terá muitos problemas pela frente.
Comentários:
O filme tem até uma história interessante. A diferença de idade e de experiência de vida entre o velho interpretado por Samuel L. Jackson e a garota interpretada por Christina Ricci tem seus atrativos. Ela é uma garota perdida na vida, com fama de promíscua na pequena cidade onde mora. Ele é um velho músico de blues aposentado, que agora toca a vida vendendo produtos de sua terra. Quando os dois se encontram, um choque de personalidades e diferenças culturais logo se faz presente. O roteiro tem um certo moralismo fora de eixo, que me incomodou um pouco. Em determinado momento, o velho acorrenta a garota em sua cabana para que ela não volte a ter a vida que tinha antes. Claro que quando ela descobre isso se rebela! Afinal é absurdo. Tudo vem abaixo, a garota tem gênio forte, não vai se deixar dominar. E nem deve deixar algo assim acontecer. Um aspecto interessante é que a atriz Christina Ricci passa a primeira parte do filme totalmente desinibida, praticamente apenas de calcinha. Para quem gosta dela e de seu jeito, de sua beleza exótica, pode ser um atrativo a mais para assistir ao filme. No mais esse drama com toques estranhos e esquisitos me soou até meio convencional, por mais estranho que isso possa parecer.
Pablo Aluísio.
Terror na Estrada
Título Original: Curve
Ano de Lançamento: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Blumhouse Productions
Direção: Iain Softley
Roteiro: Kimberly Lofstrom Johnson
Elenco: Julianne Hough, Teddy Sears, Penelope Mitchell, Madalyn Horcher, Drew Rausch, Kurt Bryant
Sinopse:
Bela e jovem garota atravessa uma estrada bem no meio do deserto, quando seu carro tem problemas de motor. Ela precisa parar e fica totalmente sem ajuda. Até que surge um desconhecido. Um jovem bonitão que resolve lhe ajudar a sair daquela situação. Para desespero dela, logo vai descobrir que o tal sujeito é, na verdade, um perigoso psicopata.
Comentários:
Esse filme de terror B me lembrou muito de um filme dos anos 80 chamado "A Morte Pede Carona". As premissas são muito parecidas. Afinal, não se pode dar carona para qualquer desconhecido ou desconhecida no meio de uma estrada deserta. A protagonista desse filme é uma garota muito bonita que está prestes a se casar. Quando o seu carro dá um problema na estrada, ela acaba sendo ajudada por um cara bonitão. E ela balança para cima do tal sujeito. Surge um jogo de sedução e ele percebe tudo. E nesse jogo de flerte, começa um jogo também perigoso. O desconhecido não é um sujeito normal. Na realidade, é um psicopata sádico. E ela se dá muito mal ao dar carona para ele. O filme é rápido. E se mantém na maior parte do tempo em uma situação base. Principalmente quando ela fica nas mãos dele, em uma situação altamente desesperadora após sofrer um grave acidente. Diria que o filme funciona, apesar de tudo. Ele tem pequenos problemas de lógica, mas esse tipo de história realmente mantém o interesse. Eu particularmente, gostei do resultado geral. Apenas o desfecho soa um pouco forçado demais.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 6 de outubro de 2022
Os Mensageiros do Mal
Uma família de classe média de Chicago se muda para uma propriedade rural na Dakota do Norte. Um lugar isolado, que está praticamente aos pedaços, com a casa em mal estado. O pai da família precisou fazer isso porque gastou todo seu dinheiro em um tratamento de saúde para seu filho caçula. Assim, eles se mudam ao lado do menino, da esposa e da filha adolescente para aquele lugar sombrio. Essa jovem, interpretada pela atriz Kristen Stewart, em bom momento da carreira, tem um passado problemático. Conforme o tempo passa naquela casa caindo aos pedaços, ela descobre que há coisas anormais acontecendo em cada corredor escuro.
Ela consegue ver pessoas que provavelmente já estão mortas. Há uma jovem garota como ela, que parece estar sempre sendo puxada pelos cabelos em uma escada. Existe também uma mulher madura que parece ter sofrido um grande ato de violência em sua morte e há, por fim, um garotinho que se esconde no canto de um celeiro, chorando sozinho. Trocando em miúdos, temos aqui um filme de fantasmas e muito bem roteirizado. É bom avisar que a história é bem construída. Eu gostei de praticamente tudo nesse filme, inclusive de suas boas cenas de sustos. E das saídas inteligentes do roteiro. Preste bem atenção no homem errante que se apresenta na fazenda para trabalhar, o tal de John. Ele vai acabar se tornando uma figura central nessa história de fantasmas ao velho estilo.
Os Mensageiros do Mal (The Messengers, Estados Unidos, 2007) Direção: Danny Pang, Oxide Chun Pang / Roteiro: Mark Wheaton, Todd Farmer / Elenco: Dylan McDermott, Penelope Ann Miller, Kristen Stewart / Sinopse: Família de Chicago vai morar em uma velha fazenda do campo. Descobrem que o lugar é assombrado por pessoas que ali viveram, sofreram e morreram de forma violenta.
Pablo Aluísio.
A Seita
Título Original: The Veil
Ano de Lançamento: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Blumhouse Productions
Direção: Phil Joanou
Roteiro: Robert Ben Garant
Elenco: Jessica Alba, Thomas Jane, Lily Rabe, Aleksa Palladino, Shannon Woodward, Reid Scott
Sinopse:
Uma equipe de filmagem liderada por uma jovem diretora vai até uma antiga fazenda onde no passado houve um suicídio coletivo promovido por um líder religioso de uma seita de fanáticos. A intenção deles é filmar um documentário sobre os acontecimentos do passado. Só que algo sai errado. Forças sobrenaturais ressurgem nas sombras do lugar.
Comentários:
O filme começa de forma não muito convincente. Parece ser mais um filme de terror banal. Só que, curiosamente, o roteiro acaba sendo salvo dessa mesmice. O texto apresenta opções inteligentes. Uma delas é explorada numa série de flashbacks sobre o passado da seita. Nesses momentos o líder religioso desses fanáticos ganha destaque. Ele é uma mistura de Jim Jones com David Koresh. Um homem alucinado que pensa ter a capacidade de atravessar o mundo dos vivos e dos mortos. Tudo através de drogas pesadas. E nesse jogo de atravessar o mundo dos mortos surgem figuras e criaturas estranhas vindas do além. Claro que algo assim iria dar muito errado. A atriz Jessica Alba interpreta a jovem diretora. Ela tem até uma certa ligação com o passado. O resultado do filme é interessante, não chega a ser absolutamente original, mas mantém o interesse nesse roteiro e o caminho que ele segue, explorando o perigo de pessoas que são fanatizadas demais pela religião. Como diz o ditado, "fé demais não cheira bem".
Pablo Aluísio.
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