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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Terror na Estrada

Título no Brasil: Terror na Estrada
Título Original: Curve
Ano de Lançamento: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Blumhouse Productions
Direção: Iain Softley
Roteiro: Kimberly Lofstrom Johnson
Elenco: Julianne Hough, Teddy Sears, Penelope Mitchell, Madalyn Horcher, Drew Rausch, Kurt Bryant

Sinopse:
Bela e jovem garota atravessa uma estrada bem no meio do deserto, quando seu carro tem problemas de motor. Ela precisa parar e fica totalmente sem ajuda. Até que surge um desconhecido. Um jovem bonitão que resolve lhe ajudar a sair daquela situação. Para desespero dela, logo vai descobrir que o tal sujeito é, na verdade, um perigoso psicopata.

Comentários:
Esse filme de terror B me lembrou muito de um filme dos anos 80 chamado "A Morte Pede Carona". As premissas são muito parecidas. Afinal, não se pode dar carona para qualquer desconhecido ou desconhecida no meio de uma estrada deserta. A protagonista desse filme é uma garota muito bonita que está prestes a se casar. Quando o seu carro dá um problema na estrada, ela acaba sendo ajudada por um cara bonitão. E ela balança para cima do tal sujeito. Surge um jogo de sedução e ele percebe tudo. E nesse jogo de flerte, começa um jogo também perigoso. O desconhecido não é um sujeito normal. Na realidade, é um psicopata sádico. E ela se dá muito mal ao dar carona para ele. O filme é rápido. E se mantém na maior parte do tempo em uma situação base. Principalmente quando ela fica nas mãos dele, em uma situação altamente desesperadora após sofrer um grave acidente. Diria que o filme funciona, apesar de tudo. Ele tem pequenos problemas de lógica, mas esse tipo de história realmente mantém o interesse. Eu particularmente, gostei do resultado geral. Apenas o desfecho soa um pouco forçado demais.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de junho de 2013

Um Porto Seguro

Uma jovem acaba esfaqueando um homem na escuridão de sua casa, durante uma noite conturbada. Desesperada decide ir embora, não apenas de sua residência mas também da cidade. Com a policia em perseguição consegue ainda embarcar no primeiro ônibus que encontra pela frente. O destino é aleatório, naquele momento de pânico o que importa para ela é ir embora dali pois teme ser presa e condenada por homicídio. No meio do caminho para Atlanta resolve ficar numa pequena cidade do sul, um lugar isolado e longe de tudo, o que para ela naquele momento parece ser o lugar certo e ideal. Afinal ela foge da policia e ninguém pensaria em procurá-la em um lugar como aquele. Logo arranja trabalho como garçonete e aluga uma pequena cabana isolada no meio da floresta. Aos poucos começa a se habituar ao lugar, inclusive se envolvendo romanticamente com um jovem viúvo que trabalha em uma pequena mercearia. O que parece ser um recomeço perfeito porém logo se torna um pesadelo pois seu passado voltará para lhe atormentar mais cedo do que ela imaginava.

“Um Porto Seguro” não traz muitas novidades, seu roteiro tem vários clichês e as situações vão se desenvolvendo com uma certa previsibilidade mas a despeito de tudo isso ainda consegue ser um bom filme, que não cansa o espectador e nem aborrece. É um misto de thriller policial com filme romântico. No geral o que há de melhor é seu elenco, a começar pela estrela principal que faz a fugitiva, que acaba adotando o nome de Katie. A atriz Julianne Hough já tinha chamado minha atenção em filmes anteriores como Footloose, o remake, e Rock of Ages. Dona de uma beleza estonteante (é uma loira lindíssima de olhos azuis) ela ajuda o filme a decolar. Muitos vão dizer que “Um Porto Seguro” nada mais é do que um candidato a se tornar um “Supercine” da vida no futuro, mas essa seria uma visão simplista. É um bom filme, certamente não é excepcional e nem nenhuma obra prima, mas vale como um programa de fim de noite sem maiores pretensões.

Um Porto Seguro (Safe Haven, Estados Unidos, 2013) Direção: Lasse Hallström / Roteiro: Dana Stevens, Gage Lansky / Elenco: Julianne Hough, David Lyons, Josh Duhamel / Sinopse: Após esfaquear um homem em sua casa numa noite violenta uma garota resolve fugir para destino indeterminado com receio de ser presa e condenada. Acaba chegando numa pequena cidade do Sul onde pretende recomeçar sua vida mas seu passado não a deixará livre tão cedo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Rock of Ages

O filme foi baseado numa pequena peça que está em cartaz na Broadway há anos. Com estrutura tradicional o enredo explora a chegada de Sherrie Christian (Julianne Hough) em Los Angeles. Ela é uma garota do interior que sonha se tornar estrela na nova cidade. A realidade porém logo bate à porta, ela é assaltada e sem dinheiro nem ter onde ficar acaba indo trabalhar de garçonete na casa de shows Bourbon, um local onde grandes grupos de rock começaram suas carreiras. Embora com passado glorioso a Boubon atualmente está praticamente falida. Além disso é alvo de protestos moralistas que querem fechá-la. Para salvar da falência um show é programado com o super astro  Stacee Jaxx (Tom Cruise) que vai realizar o último concerto ao lado de sua banda antes de partir para uma carreira solo. Rock of Ages se propõe a ser um musical ambientado no mundo do rock da década de 80. Há a tentativa de recriar toda aquela época, quando os roqueiros exageravam nas caras e bocas e enchiam seus cabelos de spray para parecerem fortes e selvagens. Quem foi jovem nos anos 80 certamente vai gostar da trilha sonora cheia de músicas daqueles tempos. O grande problema de Rock of Ages talvez seja a disparidade entre a peça original, despojada e modesta, e o filme, uma produção milionária cheia de pretensão.

Tom Cruise, o astro, deve ter adorado personificar seu personagem, um rockstar embriagado pela fama e sucesso. Embora seja complicado engolir o almofadinha Cruise como um roqueiro de uma banda de Heavy Metal, o fato é que no final das contas ele não se sai tão mal. De fato acaba virando a melhor coisa do filme uma vez que os atores que interpretam o casalzinho central é fraco e sem muito talento. A atriz Julianne Hough é inegavelmente linda e com um cabelo à la Farrah Fawcett se torna um colírio aos olhos. Mas como cantora deixa realmente a desejar. Pior se sai seu partner, o mexicano  Diego Bonetta, um ator sem qualquer carisma que não consegue criar identificação com o público em geral. Como Cruise apenas não consegue salvar todo um filme o musical fica pelo caminho no saldo geral. Vale destacar por fim a divertida atuação do sempre bom Alec Baldwin. Sua cena se assumindo gay é realmente completamente nonsense e muito engraçada. Um pequeno momento de humor em uma produção que se leva à sério demais.

Rock Of Ages - O Filme (Rock of Ages, Estados Unidos, 2012) Direção: Adam Shankman / Roteiro: Justin Theroux, Chris D'Arienzo, Allan Loeb baseado na peça de Chris D'Arienzo / Elenco: Tom Cruise, Julianne Hough, Alec Baldwin, Russel Brand, Mary J.Blige, Bryan Cranston, Diego Bonetta / Sinopse: Garota do interior vai para Los Angeles tentar se tornar uma estrela de sucesso mas tudo o que consegue é se tornar garçonete em uma famosa casa de shows.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Footloose

"Footloose", o filme original, foi um típico musical dos anos 80. Seguia basicamente uma fórmula que também foi utilizada em "Flashdance" e "Dirty Dancing". Não era um grande filme mas tinha uma trilha sonora FM que fez sucesso na época. Além disso trazia a boa dupla de atores Kevin Bacon e Chris Penn. Eles faziam diferença pois eram carismáticos e se saíram muito bem em seus personagens. E aí está justamente o grande problema desse remake de "Footloose": não há atores tão bons assim em cena. O papel principal foi dado ao ator Kenny Wormald. Praticamente um estreante nas telas o sujeito não tem carisma, não sabe atuar e o maior dos pecados: não sabe dançar bem. Isso mesmo, seus passos de dança no filme só causam vergonha alheia. O sujeito se contorce, se requebra mas não tem ritmo nenhum. Senti saudades de Kevin Bacon. Seu parceiro em cena não é melhor. Milles Teller, que faz o papel do amigo caipirão, também não diz a que veio. Não interpreta bem, não consegue convencer o público que tem um vínculo de amizade genuíno com Kenny e o pior de tudo: não desenvolve bem seu personagem. No meio de tantos atores jovens inexpressivos só me resta elogiar a beleza de Julianne Hough no papel da filha do pastor. Não é grande atriz mas pelo menos encanta com sua bela presença em cena.

Assim o novo Remake de "Footloose" não justifica sua existência. Os atores são fracos demais, a trilha só decola quando puxa as velhas canções do filme original e as cenas de dança são totalmente sem inspiração. Fica a curiosidade de ver veteranos como Dennis Quaid (no papel de pastor) e Andie McDowell (como sua esposa). Estão ali apenas para fazer figuração no meio da garotada e não conseguem ser marcantes em nenhum momento. O filme não tem identidade própria e o diretor Graig Braver não consegue entregar um bom produto. O resultado veio nas bilheterias: fracasso comercial. Não caíram na lábia do estúdio. Ainda bem, só assim ficamos mais tranquilos pelo fato de que não virão novos remakes de sucessos musicais dos anos 80... pelo menos não tão cedo!

Footloose (Estados Unidos, 2011) Direção: Craig Brewer / Com Julianne Hough, Dennis Quaid, Ray McKinnon, Miles Telle e Patrick John Flueger / Sinopse: Remake do clássico musical da década de 80. Jovem muda-se para pequena cidade do interior dos EUA e tem que enfrentar severo pastor local que proíbe festas e danças dentro da comunidade.

Pablo Aluísio.