sábado, 16 de julho de 2022

Moonfall

Título no Brasil: Moonfall - Ameaça Lunar
Título Original: Moonfall 
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: AGC Studios
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Roland Emmerich, Harald Kloser
Elenco: Halle Berry, Patrick Wilson, Donald Sutherland, John Bradley, Charlie Plummer, Michael Peña

Sinopse:
Durante uma missão, um ônibus espacial sofre um acidente, no qual a tripulação acaba sendo colocada em risco. Isso porém é apenas a ponta do iceberg pois cientistas descobrem que a Lua saiu de sua órbita natural e está vindo em direção ao planeta Terra. Para salvar a humanidade de uma catástrofe iminente, uma nova missão segue em direção à Lua com o objetivo de estudar e deter tudo o que está acontecendo.

Comentários:
O diretor Roland Emmerich tem duas obsessões bem claras, o fim do mundo e a estética do velho cinema catástrofe. Nesse filme ele não foge dessa fórmula que vem repetindo anos e anos sem mudança. Sem dúvida é um dos diretores mais previsíveis do cinema atual, onde vai filme e vem filme e nada, absolutamente nada, muda. Esse filme aqui foi salvo em minha opinião pela criatividade insana, pois não é qualquer história de ficção que junta tantos elementos malucos em uma só trama. Quer um exemplo? Que tal uma Lua que na verdade não é um astro natural do universo, mas sim uma megaestrutura criada por antepassados dos seres humanos em um passado muito distante? Achou pouco? Que tal descobrir que a Lua é oca e que em seu interior existe uma Estrela do tipo anã branca capturada, gerando energia? Isso tudo já demonstra que não houve amarras para a imaginação do diretor, que também escreveu esse roteiro doido. Por essa criatividade sem pudores e sem limites, o filme acaba se salvando, por mais estranho que isso possa parecer.

Pablo Aluísio.

Segredos da Playboy

Título no Brasil: Segredos da Playboy
Título Original: Secrets of Playboy
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: IPC
Direção: Alexandra Dean
Roteiro: Alexandra Dean
Elenco: Hugh Hefner, Sondra Theodore, Holly Madison, Bridget Marquardt, Karissa Shannon, Cristy Thom

Sinopse:
Série de documentários divididos em 12 episódios contando a história da empresa Playboy, comandada pelo magnata Hugh Hefner. Na série, antigas e novas coelhinhas da Playboy contam suas experiências sobre o lado mais obscuro dessa famosa revista adulta.

Comentários:
Hugh Hefner morreu em 2017. Depois de sua morte várias coelhinhas e modelos que trabalharam para a Playboy durante anos resolveram contar tudo o que acontecia por trás dos portões da famosa mansão do magnata que era dono de uma das revistas mais populares de seu tempo. O quadro que surge é dos piores, mostrando abuso sexual, uso de drogas pesadas, exploração sexual das meninas e até mesmo suspeitas de assassinatos envolvendo coelhinhas que morreram antes de depor na justiça sobre os podres da Playboy. A série está sendo exibida no Brasil através do canal a cabo A&E mundo e é definitivamente uma das coisas mais interessantes que eu vi na televisão nesses últimos anos. Esqueça aquele glamour da estética de liberalismo que a Playboy divulgou por anos. O que se vê nessa série é que havia muita coisa obscura e sinistra por trás de toda aquela imagem fabricada. Revelador, acima de tudo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Unabomber

Título no Brasil: Unabomber
Título Original: Ted K
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Heathen Films
Direção: Tony Stone
Roteiro: Tony Stone
Elenco: Sharlto Copley, Drew Powell, Christian Calloway, Tahmus Rounds, David Ward, Teresa Garland

Sinopse:
O filme conta a história de Ted Kaczynksi, o Unabomber. Matemático com formação em Harvard, ele decide largar tudo para ir morar isolado em uma cabana numa floresta distante do estado de Montana. Escreve textos contra a sociedade industrial e começa uma série de atos terroristas contra executivos de empresas de tecnologia. Acabou se tornando um dos criminosos mais procurados dos Estados Unidos.

Comentários:
Eu me lembro do Unabomber! Quando ele surgiu foi muito noticiado seus atos criminosos com envios de cartas bombas para executivos do setor da tecnologia. Esse filme conta bem sua história, com a perspectiva subjetiva do terrorista. Ele vivia nessa cabana totalmente isolada do mundo, onde claramente sofria de algum tipo de doença mental, o que não deixa de ser tristemente irônico, porque quando jovem, ele foi considerado um garoto prodígio, com QI altíssimo e alto potencial pois era extremamente inteligente. Entrou em Harvard com apenas 16 anos! Com o passar dos anos começou a adotar atitudes radicais, entre elas a de rejeitar completamente as inovações de uma sociedade altamente industrializada. O roteiro do filme explora justamente esse lado dele, que pode ser considerado nos dias de hoje como algo atrativo, uma vez que sua mensagem de preservação absolutamente radical da natureza vai encontrar algum tipo de eco entre ecologistas mais fanáticos. O perigo mora aí. Quando o filme terminou eu fiquei com uma pergunta em mente. O que levou uma pessoa com tantos recursos e potencial de vida a trilhar um caminho desses? São os mistérios da mente humana.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Cleópatra

Alguns filmes mudam seu status conforme os anos se passam. Vejam o caso desse "Cleópatra". Na época de seu lançamento original ele não foi bem recebido pela crítica e sua bilheteria, embora tenha sido boa, não conseguiu recuperar o investimento da cara produção nas bilheterias. Muita gente reclamou, muita gente classificou o filme como um fracasso e o próprio estúdio se arrependeu de ter entrado em uma aventura cinematográfica tão cara e cheia de problemas. Vale lembrar que durante as filmagens a atriz Elizabeth Taylor teve um sério problema de saúde e quase morreu, para desespero da Fox que havia pago, pela primeira vez na história, um cachê de um milhão de dólares para uma atriz!

Pois bem, o tempo passou, os anos foram ficando para trás e "Cleópatra" foi sendo exibido na TV e depois lançado em vídeo, em edição luxuosa, cheia de extras. Com isso o filme foi ganhando uma nova avaliação (inclusive da crítica especializada) que lhe deu finalmente o título de grande cinema. E penso que foi uma justiça tardia. Sempre discordei totalmente das críticas dos anos 60 que avaliaram o filme como uma bomba. Longe disso. Esse é um dos melhores épicos já produzidos por Hollywood. Tanto isso é verdade que nunca mais houve outro filme sobre essa rainha do Egito nessas dimensões. Uma prova que de fato foi um daqueles filmes definitivos sobre um dos capítulos mais conhecidos da história. Em meu ponto de vista é uma obra-prima da sétima arte.

Cleópatra (Cleopatra, Estados Unidos, 1963) Direção: Joseph L. Mankiewicz / Roteiro: Joseph L. Mankiewicz, Ranald MacDougall / Elenco: Elizabeth Taylor, Richard Burton, Rex Harrison, Roddy McDowall, Martin Landau / Sinopse: O filme conta a história da rainha do Egito Cleópatra, que se envolveu romanticamente com Júlio César e depois teve um ardente romance com o general romano Marco Antônio.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Elvis Presley - Baby Let's Play House / I'm Left, You're Right, She's Gone

Em abril de 1955 surgiu nas  lojas o quarto e penúltimo single de Elvis Presley pela Sun Records. O compacto do selo amarelo trazia duas canções gravadas por Elvis nos dois meses anteriores. Por essa época Elvis já estava se apresentando em shows ao vivo, cruzando os estados sulistas com seu número. Por isso as sessões na Sun Records eram feitas nos intervalos dos concertos, nos dias em que Elvis estava de folga em Memphis.

"Baby Let's Play House" foi gravada em uma sessão em fevereiro. Nessa ocasião Elvis gravou apenas essa faixa, o que era de certa forma incomum, já que ele costumava gravar de quatro e cinco músicas em uma noite. Não que ele não tenha tentado gravar outras canções. Nessa ocasião ele tentou gravar as primeiras versões de "I Got a Woman" e "Trying To Get To You", mas não ficaram boas e Sam Phillips resolveu descartá-las. Havia sido apenas um pequeno ensaio e depois de alguns minutos o próprio produtor resolveu encerrar a sessão. Ele poderia voltar outra noite para acertar. O mesmo aconteceria em março com "I'm Left, You're Right, She's Gone". Elvis, cansado dos compromissos na estrada, não conseguiu ir muito além dos takes dessa música. De qualquer maneira as duas músicas ficaram muito bem gravadas, caprichadas, por isso Sam as escolheu para compor esse quarto single.

Por essa época os primeiros disquinhos de Elvis começaram a chegar também nas principais cidades do país. A distribuição ficou melhor e os primeiros compactos de Elvis chegaram em lojas de Nova Iorque e Los Angeles. A RCA Victor, a poderosa gravadora multinacional, se interessou por Elvis. Outras gravadoras já tinham mostrado interesse, mas nenhuma delas havia ido direto ao ponto de forma tão decisiva. Numa manhã de sábado Sam Phillips recebeu um telefonema de Nova Iorque. Era um executivo da RCA. Ele sondava se Sam estava disposto a negociar o passe do jovem cantor. Sam, sempre com problemas financeiros, viu aquilo como uma tábua de salvação de sua pequena Sun. Sim, ele estava aberto a propostas e poderia encontrar um enviado da RCA Victor caso ele fosse até Memphis. Encontros foram agendados para dali duas semanas e imediatamente Sam soube que os dias de Elvis na Sun Records estavam chegando ao fim.

Elvis Presley - Baby Let's Play House / I'm Left, You're Right, She's Gone
Data de Gravação: Fevereiro e Março de 1955
Local de Gravação: Sun Records, Memphis, TN
Data de Lançamento: Abril de 1955
Produção: Sam Phillips
Músicos: Elvis Presley (vocais e violão) / Scotty Moore (guitarra) / Bill Black (baixo) / Jimmie Lott (bateria, apenas em "I'm Left, You're Right, She's Gone")

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de julho de 2022

Luta pela Fé

O filme conta a história de um padre norte-americano chamado Stuart Long, que na Juventude foi lutador de boxe. Após uma luta particularmente violenta, ele acabou sendo afastado dos ringues por problemas de saúde. Nunca mais poderia lutar novamente. Em busca de um novo rumo na vida, ele partiu para a Califórnia com o sonho de se tornar ator, mas acabou indo trabalhar em um pequeno supermercado de bairro. Nesse mercado ele conheceu uma jovem latina bonita. Acabou se apaixonando por ela. Tentando ficar próximo acabou indo na mesma igreja católica que ela frequentava e aos poucos foi se interessando cada vez mais pelo catolicismo, ao ponto de decidir se tornar padre, para espanto de todos os seus familiares e amigos. Todos demoraram a acreditar que ele iria levar mesmo essa história de ser padre à sério. Assim entrou no seminário, mal sabendo o que o destino estava lhe reservando em seu futuro.

O filme como obra cinematográfica em si é muito interessante, diria até muito satisfatório, só que algumas observações são necessárias em relação à história real. O padre Stuart não era tão rude e tosco como nós vemos do filme. Na realidade ele frequentou a universidade de filosofia e teologia, ou seja, era um homem culto, estudado. Tampouco ele só veio a conhecer o catolicismo por causa da garota Latina pelo qual ele se apaixonou, nada disso. Na verdade ele estudou em escola católica desde a Juventude, desde o colegial. Conhecia muito bem a doutrina católica, nada foi por mero acaso como o roteiro pode levar a crer. Assim temos um filme que passa longe de ser historicamente preciso. Ainda assim se salva por causa da boa mensagem que passa adiante. Foi salvo pelas boas intenções.

Luta pela Fé - A História do Padre Stu (Father Stu, Estados Unidos, 2022) Direção: Rosalind Ross / Roteiro: Rosalind Ross / Elenco: Mark Wahlberg, Mel Gibson, Jacki Weaver, Teresa Ruiz / Sinopse: O filme conta a história de um padre norte-americano cuja vida se tornou um exemplo de fé e coragem diante dos problemas de nossa existência terrena.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

As vidas de Marilyn Monroe - Parte 23

Na foto ao lado, tirada nas filmagens do filme "Os Desajustados", Marilyn Montor surge bem natural, com os cabelos até mesmo despenteados. Esse filme foi o último a ser lançado nas telas de cinema, mas não foi o último filme da carreira de Marilyn. Não foi a última vez que ela pisou em um set de filmagens. Os últimos momentos de Marilyn Monroe no cinema foram captados para uma produção que jamais foi finalizada chamada "Something's Got to Give". Esse último filme de Marilyn (sim, o verdadeiro último filme da atriz) contava em seu elenco com o cantor e comediante Dean Martin, aqui em um momento bem posterior ao fim de sua bem sucedida parceria ao lado de Jerry Lewis. 

Marilyn chegou a filmar algumas cenas para o filme, mas seus atrasos e furos foram tão grandes que tudo ficou inacabado. Na maioria das vezes Dean Martin contracenava sozinho, com um assistente de produção falando as falas de Marilyn pois ela simplesmente não havia aparecido para trabalhar. O caos completo. E quando Marilyn apareceu na festa de aniversário de John Kennedy, isso após dizer que estava doente para o estúdio, a Fox não teve outra alternativa e demitiu Marilyn.

Foi o fim da longa parceria entre Marilyn Monroe e os estúdios Fox. Ela tinha chegado no estúdio ainda como uma simples jovem aspirante ao estrelato. Era pouco conhecida e havia sido demitida pela Columbia após se envolver com um dos executivos e ter traído ele como um jovem ator.  Pois é, Marilyn tascou um belo par de chifres em um dos chefões da Columbia. Na Fox Marilyn Monroe iria finalmente se tornar uma grande estrela de Hollywood. O estúdio soube exatamente o que fazer com ela, a escalando geralmente para atuar como "loira burra" em comédias com ótimos roteiros Depois disso Marilyn Monroe se tornou uma grande colecionadora de sucessos no cinema. Seus filmes geralmente ficavam entre os cinco primeiros filmes mais assistidos do ano. 

O sucesso de bilheteria porém escondia vários problemas dentro dos estúdios. Marilyn geralmente chegava atrasada ao trabalho, sem decorar suas falas, sem conseguir acertar direito suas cenas. Como era uma estrela de sucesso, a Fox segurou as pontas por vários anos, até que um dia o caldo entornou e Marilyn foi demitida. Imagine ser a maior estrela de cinema de sua época e ser demitida! A atriz sentiu o impacto, entrou em depressão e depois aconteceu tudo o que sabemos, com sua controvérsia morte, algo que até hoje desperta suspeitas em quem conheceu de perto todos os fatos sobre seu falecimento. 

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de julho de 2022

Guia de Episódios - Edição 7

Chicago PD 6.16 - The Forgotten
Chicago PD continua sendo uma daquelas séries que sempre vale a pena assistir, cada episódio tem um bom roteiro e uma boa história para contar. Nesse episódio o sargento Voight conta com a ajuda de uma amiga dos velhos tempos, uma dançarina de clubes noturnos que trabalha como informante da polícia de Chicago. Através dela sua equipe conseguiu prender um perigoso traficante da cidade. Só que a situação foge rapidamente do controle quando ela cai nas mãos de um insano serial killer. O tempo então passa a ser crucial para que ela seja encontrada com vida. Episódio muito bom, com todos os elementos que são necessários para se ter uma boa série policial em mãos. / Chicago PD 6.16 - The Forgotten (Estados Unidos, 2019) Direção: Eriq La Salle / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda. 

Chicago Fire 3.15 - Headlong Toward Disaster
O tenente Casey está de volta ao mercado, ele começa um caso amoroso com uma bela mulher chamada Beth. Ela está em processo de divórcio e ele nem desconfia que na verdade Beth é a ex-esposa de seu comandante no batalhão 51. Saia justa à frente, ainda mais ao saber que o novo chefe é na verdade um tremendo babaca, daqueles que fica colocando apelidos em seus subordinados. E onde está o chefe Boden você pode estar se perguntando. Ora está em férias cuidando de seu filho recém nascido. No quesito ação há um incêndio em Chicago onde o velho Otis acaba se saindo como o grande herói da operação, logo ele que virou o saco de pancadas do novo comandante do batalhão. / Chicago Fire 3.15 - Headlong Toward Disaster (Estados Unidos, 2015) Direção: Joe Chappelle / Elenco: Jesse Spencer, Taylor Kinney.

Loki 1.05 - Journey Into Mystery
Em minha opinião essa série Loki perdeu a mão. Essa coisa de multiversos pode facilmente se transformar em uma grande chatice quando os roteiristas exageram na dose. Exatamente o que vejo acontecer aqui. Nesse episódio Loki vai parar nos confins do universo onde encontra diversas variantes bizarras de si mesmo, como um Loki mais velho, um Loki garoto e até um Loki animal, um crocodilo... vejam que coisa mais nonsense. E todos eles juntos precisam vencer um monstro em forma de tempestade. Deu para sentir o nível do absurdo? Durma-se com um barulho desses! / Loki 1.05 - Journey Into Mystery(Estados Unidos, 2021) Direção: Kate Herron / Elenco: Tom Hiddleston, Sophia Di Martino.

Pablo Aluísio.

Crônicas de um Cinéfilo - Parte 9

CODA
O cinema ainda me emociona! Senti hoje a força da sétima arte. Assisti a um dos filmes que estão concorrendo ao Oscar e sinceramente me emocionei. Fiquei tão comovido com o que vi. O filme é sobre uma jovem garota que tem uma família problemática, mas que deseja seguir seus próximos passos na vida. Ela, que sempre trabalhou com o pai no barco de pesca vê uma chance de entrar numa faculdade de música.

Isso me tocou tanto! Eu me identifiquei totalmente com a protagonista. Eu também fui um jovem cheio de sonhos e essa fase da vida quando estamos entrando numa universidade para trilhar um caminho próprio na vida é tão linda! O coração só falta explodir de tantos planos e sonhos! Uma fase maravilhosa da vida! O que me tocou nesse roteiro é que ele trata de uma fase muito maravilhosa na vida de um jovem. Não importa se ela no futuro iria ter ou não sucesso na vida que escolheu, no mundo musical. O que importa é que ela seguiu seus sonhos e isso é sempre o mais importante!

Quando o filme acabou bati palmas silenciosas em homenagem aos personagens que são surdos, mas também repeti um gesto que aprendi a fazer sempre que assisto a um belo filme! Pois é, mesmo após tantos anos ainda me emociono a ponto de quase chorar! Eu amo cinema e sempre amarei - e hoje pude perceber isso mais uma vez!

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de julho de 2022

Elvis Presley - Elvis (1956) - Parte 1

O segundo disco de Elvis na RCA Victor foi bem mais produzido do que o primeiro. A gravadora ganhou confiança com o trabalho do cantor que já naquela altura havia se tornado o artista mais vendido do selo. Para alguém com vinte e poucos anos era um feito e tanto! Assim o produtor Steve Sholes trouxe para o estúdio mais músicos, mais instrumentos, tudo para melhorar o som do novo álbum.

Em 1956 o principal veículo de promoção de Elvis não foi o cinema (seu primeiro filme ainda nem tinha sido filmado), mas sim a televisão e seus programas de variedades. Bastaram as primeiras apresentações de Elvis na TV para que a polêmica tomasse conta da imprensa.

Falem mal de mim, mas falem de mim - diria o Coronel Parker. Claro, grande parte dos artigos eram críticas ferozes a forma como Elvis cantava e dançava. Para muitos aquilo era sexualizado demais, impróprio para as adolescentes que começavam a curtir Elvis. Hoje em dia a dança de Elvis nesses primeiros programas de televisão aparentam ser apenas giros bem originais de um artista que tentava de alguma forma chamar a atenção para sua música. A cabeça das pessoas dos anos 50 era mesmo bem diferente da nossa. Ecos de um mundo mais conservador e tradicional.

De qualquer forma para Elvis e seu grupo de músicos o importante era fazer um bom trabalho de estúdio. As primeiras músicas do novo disco foram gravadas nos estúdios da RCA na costa oeste. Era o Radio Recorders, localizado em West Hollywood, Califórnia. A primeiro canção não poderia ser mais simbólica, a bela balada "Love Me" de Leiber e Stoller. Nesse mesmo dia Elvis já havia gravado "Playing for Keeps" que seria lançada em single. Para "Love Me" foram necessários 9 takes para que Elvis se desse por satisfeito. O curioso é que anos depois Jerry Leiber explicaria que havia composto a música quase como uma sátira ao estilo country de Nashville. Elvis ignorou essa intenção original do compositor e fez uma grande gravação, uma das melhores e mais memoráveis faixas dessa fase de sua carreira.

Pablo Aluísio.