domingo, 29 de maio de 2022

A Vida Extraordinária de Louis Wain

Esse filme conta a história de um ilustrador, desenhista e pintor inglês que viveu na era vitoriana. Seu nome era Louis Wain. A vida para ele não foi fácil. Era o irmão mais velho de 5 irmãs. Quando seu pai morreu, ele precisou sustentar a sua família e para isso contava apenas com sua arte. Viver como artista naqueles tempos não era fácil, por isso ele fazia de tudo um pouco para sobreviver, desenhava e fazia ilustrações de bichos de estimação de pessoas ricas, pintava retratos de pessoas importantes, etc. Para a sua sorte acabou sendo contratado por um jornal de Londres para ser ilustrador de suas páginas. Naqueles tempos não havia ainda uso de fotografias, então a figura de um ilustrador era essencial dentro do jornalismo. Quando foi contratado por esse jornal ele passou pela fase mais estável de sua vida. Conseguiu sustentar suas irmãs mais jovens e até mesmo se casou como a governanta de sua própria casa.

E isso era um problema dentro de uma sociedade baseada em camadas sociais rígidas. Era algo que chocava, pois ela havia sido sua empregada. Louis Wain não se importou com isso e seguiu em frente com sua vida. Em uma tarde chuvosa, sua esposa resgatou um gatinho que estava na chuva. Artista como era, ele logo resolveu fazer alguns desenhos desse gato mal sabendo que havia encontrado o estilo que o iria consagrar. Ele então começou a fazer uma série de ilustrações de gatos para o jornal onde trabalhava. Essas ilustrações foram publicadas em uma edição de Natal especial que vendeu muito. Louis Wain ficou imensamente conhecido na época. O segredo era que o artista retratava os gatos como se fossem seres humanos e isso era uma inovação e tanto. Algo que depois iria ser usado no mundo das histórias em quadrinhos e posteriormente nos desenhos animados. Nesse aspecto ele foi um grande pioneiro na arte que dominava. Esse período de felicidade não durou muito. Esse artista era uma daquelas pessoas que infelizmente o destino havia reservado várias tragédias em sua vida pessoal. A esposa morreria de um câncer de mama e a sua irmã mais jovem iria sofrer de esquizofrenia. Foi uma época dura para ele.

Tecnicamente o filme é muito bom, com ótima reconstituição de época. Uma produção classe A sem dúvida, que tenta resgatar parte daqueles tempos da era vitoriana. O ator que interpreta Louis Wain é o  nosso velho conhecido Benedict Cumberbatch, um excelente ator. A atriz Claire Foy interpreta sua esposa. Quem assistiu à série The Crown vai reconhecê-la, pois ela interpretou a rainha Elizabeth II quando jovem. Esse filme me trouxe sentimentos de ambiguidade, pois ao mesmo tempo em que eu apreciava a obra cinematográfica em si, também não pude deixar de ficar bem triste pelo destino do protagonista. Filmes baseados em histórias reais são muito interessantes, mas também podem ser bem dramáticos, pois são baseados em vidas de pessoas que realmente existiram, que não são personagens de mera ficção. O artista retratado nesse filme teve um fim de vida trágico. Infelizmente o destino nem sempre sorri para todos.

A Vida Extraordinária de Louis Wain (The Electrical Life of Louis Wain, Reino Unido, 2021) Direção: Will Sharpe / Roteiro: Simon Stephenson / Elenco: Benedict Cumberbatch, Claire Foy, Andrea Riseborough, Olivia Colman / Sinopse: O filme conta a história de um artista inglês do século 19 que se notabilizou por suas ilustrações e quadros de gatos de estimação. Filme premiado pelo British Independent Film Awards.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 27 de maio de 2022

O Homem do Norte

A história do filme se passa no século nono da era cristã, o cenário é o norte gelado da Europa. Nesse quadro histórico um rei nórdico retorna de uma campanha militar vitoriosa. Como se sabe os Vikings eram grandes navegadores e guerreiros que viajavam pelos mares do norte em busca de novos territórios para saquear e escravizar os povos vencidos. O rei retorna de sua expedição e reencontra sua esposa e seu filho. A Felicidade parece predominar, entretanto há uma conspiração em curso e o rei acaba sendo morto pelo seu próprio irmão. O jovem príncipe, apenas um garoto, consegue escapar e jura vingança pela morte do pai. Os anos passam e ele se torna um homem forte, além de grande guerreiro, sempre obcecado pela sua sede de vingança. Então ele descobre que seu tio regicida está vivendo atualmente na distante ilha gelada da Islândia. Ele se faz passar por um escravo e entra na propriedade do seu tio usurpador. Agora próximo, ele pode saciar seu desejo de se vingar pela morte do pai, algo que o move todos os dias, uma obsessão que o consome totalmente.

O roteiro desse filme pode parecer sem maiores novidades. Afinal é uma tradicional história de vingança, mas espere por surpresas. A narrativa não é tão convencional como parece ser. O protagonista tem delírios e sonhos onde interage com antigos deuses nórdicos e nesses sonhos ele se vê cavalgando em direção ao seu esplendor divino, carregado de glórias por ter matado o assassino de seu pai. A trilha sonora do filme é uma das melhores coisas dessa produção. Os produtores procuraram reproduzir a sonoridade dos antigos povos do norte da Europa, com uso intenso de tambores e uma vocalização gutural que impressiona o espectador. O clima do filme é bem tenso, não há espaço para as cenas leves.

Também destaco aqui nessa galeria de bons personagens, a rainha interpretada pela atriz Nicole Kidman. Inicialmente o espectador pensa que ela é uma mulher oprimida, obrigada a viver ao lado do assassino de seu marido, mas espere por surpresas deste roteiro. As coisas não serão tão simples. Em conclusão digo que esse não é um filme banal de vingança e lutas de espadas. Em aspecto mais profundo, é um filme que investe forte no lado mais psicológico dos personagens. Um filme que fez sucesso nos Estados Unidos e que surpreende por suas boas escolhas artísticas.

O Homem do Norte (The Northman, Estados Unidos, 2022) Direção: Robert Eggers / Roteiro: Robert Egger / Elenco: Alexander Skarsgård, Nicole Kidman, Claes Bang, Anya Taylor-Joy / Sinopse: Após a morte do rei pelas mãos do próprio irmão, seu filho jura vingança. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Vício Maldito

É um drama clássico que trata do delicado aspecto do alcoolismo. Jack Lemmon que se notabilizou pelas comédias em que atuou ao longo de sua carreira, fez o filme mais dramático de sua vida. Inclusive ele foi indicado ao Oscar justamente por esse trabalho. Suas cenas com camisa de força no hospital deixam claro como ele se entregou ao seu papel. Há autores que dizem que o próprio ator enfrentou batalhas contra a bebida em sua vida pessoal. Isso explicaria em parte sua boa atuação no filme. A atriz Lee Remick, por outro lado, era jovem demais para uma personagem tão complexa. Mesmo assim não compromete. Alguns observadores mais críticos poderiam dizer que o filme exagera nas tintas dramáticas. Penso de forma diferente, acredito que o filme tem o tom certo para tratar o tema, ainda mais se formos levar em conta o contexto histórico e a época em que o filme foi produzido. O fato é que o alcoolismo sempre foi um problema sério dentro da sociedade americana, basta lembrarmos da lei seca e seus efeitos. A bebida destruindo famílias, lares e o próprio conceito de sociedade saudável, uma questão de saúde pública certamente.

Em termos de diretor me surpreendeu a presença de Blake Edwards, um cineasta de comédias! Como veio parar nesse drama? E olha que ele se saiu muito bem! O resultado é muito bom, inclusive foi um dos primeiros filmes de Hollywood a tratar sobre o tema. O AA ganhou importância nesse roteiro, devo salientar. Enfim esse filme tem sua importância dentro da história do cinema.

Vício Maldito (Days of Wine and Roses, Estados Unidos, 1962) Direção: Blake Edwards / Roteiro: J.P. Miller / Elenco: Jack Lemmon, Lee Remick, Charles Bickford, Jack Klugman, Alan Hewitt, Tom Palmer / Sinopse: Joe Clay (Lemmon), um agente de relações públicas, se casa com Kirsten Arnesen (Lee Remick), uma jovem secretária. E logo as bebedeiras começam e não terminam mais. O casal se torna alcoólatra.

Pablo Aluísio. 

Morre o ator Ray Liotta

Uma notícia triste para os fâs de cinema, morreu o ator Ray Liotta. Ele tinha 67 anos de idade e estava filmando na República Dominicana onde veio a falecer de causas ainda não divulgadas pela família. O ator ficou muito conhecido por causa de seu marcante papel no filme "Os Bons Companheiros", já considerado hoje um clássico dirigido por Martin Scorsese. Após essa grande produção, ele ainda trabalhou em muitos filmes chegando ao final de sua vida com uma filmografia com mais de 120 filmes ao longo da carreira. 

Eu conheci seu trabalho justamente por causa do filme de Scorsese, onde ele estava brilhante no papel. Infelizmente depois ele nunca mais conseguiu recuperar essa fase de auge, participando de muitos filmes menores ao longo dos anos, com algumas produções B sem maior importância. Ainda assim é um nome marcante para quem acompanhou a sétima arte ao longo de todos esses anos, desde a década de 80 até os tempos atuais. Realço que mesmo atuando como coadjuvante, ele ainda fez alguns papéis bem marcantes em Hollywood. Foi uma perda sem dúvida, não apenas para seus familiares, mas também para os cinéfilos ao redor do mundo que se familiarizaram com o seu trabalho por todos esses anos. Segue abaixo uma pequena lista com os melhores filmes que assisti deste ator.

O melhor de Ray Liotta:

Campo dos Sonhos

Os Bons Companheiros

Cop Land: A Cidade dos Tiras

Profissão de Risco

Sin City: A Dama Fatal

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Vozes do Além

Título no Brasil: Vozes do Além
Título Original: From Beyond the Grave
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Amicus Productions
Direção: Kevin Connor
Roteiro: R. Chetwynd-Hayes, Raymond Christodoulou
Elenco: Peter Cushing, Ian Bannen, Ian Carmichael

Sinopse:
Vários contos de terror, todos centrados nos personagens que entram numa loja de antiguidades de propriedade do sinistro dono interpretado por Peter Cushing. São quatro os contos: "The Gate Crasher", "An Act of Kindness", "The Elemental" e  "The Door".

Comentários:
Não, não se trata daquela bomba com Michael Keaton, e sim de mais um daqueles filmes da produtora Amicus com uma reunião de pequenas histórias de terror. As histórias aqui estão relacionadas a uma loja de antiguidades, onde um dono sinistro (Peter Cushing, claro) atende os fregueses. Porém, todos aqueles que resolvem trapacear roubando dinheiro, algum objeto ou algo do tipo acaba recebendo algum tipo de "maldição". A primeira história envolve um espelho, a segunda uma medalha (que não se encaixa muito bem), a terceira é um caso (meio cômico) de possessão e a última é sobre uma porta. Apesar de bastante elogiado, não acho tão bom quanto os outros de antologias da Amicus, mas não que seja ruim, pelo contrário, mas prefiro os outros. Mas este também é muito indicado, com alguns nomes bacanas no elenco e bom clima, ainda que tudo bem datado. (Ricardo Martins).

Peter Cushing empresta todo seu carisma para esse filme que de certa forma acabou se tornando um dos últimos suspiros da velha fórmula de se fazer filmes de terror. Afinal já eram os anos 70, diretores como Steven Spielberg e George Lucas estavam surgindo e com eles toda uma nova leva de cineastas que iriam mudar os conceitos de filmes de fantasia, ficção e terror. Por essa razão "Vozes do Além" é um achado com seu estilo retrô, nostálgico, de se produzir fitas de terror. A fotografia, os cenários e os figurinos são todos feitos para dar aquele clima de algo antigo, sinistro, enterrado em covas profundas, ao espectador. Os objetos parecem ter saídos de alguma casa mal assombrada, de alguma cova putefrata, de terem pertencido a algum falecido. Nada mais assustador (e divertido). O resultado é muito bom, adequado aos cinéfilos que adoram aquele velho modo de assustar o público. 

Pablo Aluísio.

O Maníaco

Título no Brasil: O Maníaco
Título Original: Maniac
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnum Pictures
Direção: William Lustig
Roteiro: C.A. Rosenberg
Elenco: Joe Spinell, Caroline Munro, Abigail Clayton, Kelly Piper, Tom Savini, Rita Montone

Sinopse:
Um serial killer começa a matar de forma insana numa Nova Iorque com medo e tensão em cada esquina. As vítimas são mulheres sozinhas e indefesas que encontram sua morte nos becos mais escuros da cidade.

Comentários:
Quando esse filme foi lançado sofreu pesadas críticas por causa do excesso de violência e sangue na tela. Era o começo de uma nova onda de filmes que não escondiam mais as cenas mais brutais com meras sugestões. Revisto hoje em dia essa produção B deixa transparecer sua fraca produção, mas ao mesmo tempo mantém o interesse de quem gosta de filmes de terror pois o suspense, na maioria das vezes, é bem construído. Pena que a trilha sonora com excesso de sintetizadores deixe tudo ainda mais datado. De qualquer forma o filme ainda tem seus defensores nos dias atuais, justamente por ter sido um pioneiro no gênero slasher.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de maio de 2022

Jogada Decisiva

Título no Brasil: Jogada Decisiva
Título Original: A Big Hand for the Little Lady
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Fielder Cook
Roteiro: Sidney Carroll
Elenco: Henry Fonda, Joanne Woodward, Jason Robards, Paul Ford, Charles Bickford, Burgess Meredith. 

Sinopse:
Uma vez por ano os homens mais ricos de Laredo se reúnem para uma partida decisiva de pôquer. Em jogo milhares de dólares. No dia em que o jogo começa um forasteiro, Meredith (Henry Fonda), chega na cidade ao lado de sua esposa e do pequeno filho. Ele é um ex-viciado em jogos de azar que está apenas de passagem. Embora tenha prometido para sua mulher que nunca mais jogaria em sua vida, não consegue resistir à tentação de entrar naquele jogo, para quem sabe ganhar uma bolada, rápida e fácil! O problema é que Meredith realmente não tem limites e começa a apostar tudo o que tem, inclusive seu futuro.

Comentários:
"Jogada Decisiva" me lembrou muito do grande clássico "Um Golpe de Mestre". Não tecerei maiores comentários sobre essa semelhança pois corre-se o risco de estragar as surpresas do roteiro para o espectador. Dito isso, não poderia deixar de recomendar essa trama em tom de farsa que cativa o público por causa de seu roteiro bem bolado e cheio de reviravoltas interessantes. Henry Fonda interpreta um pobre coitado que chega na cidade e fica louco para participar de uma partida de pôquer onde apenas figurões jogam. Ele tem um passado como jogador compulsivo, daqueles que apostam até suas calças e não consegue parar. Sua paciente e sofrida esposa é interpretada pela linda Joanne Woodward, em ótimo momento pois sua personagem dá uma verdadeira guinada em pouco mais de 90 minutos de duração do filme. Outro destaque vem para os demais jogadores, em especial Henry Drummond (Roberts), um fazendeiro mal educado, mas prático em sua vida (a forma como faz para se livrar do noivo de sua filha é divertido e bem ácido). Por fim cabe o aviso ao espectador de que dois terços do filme se passa em volta de uma mesa de pôquer, com todas as tensões e sutilezas desse jogo. Mesmo assim não é, em absoluto, um filme maçante, pelo contrário, sua estrutura teatral vai enganar muita gente pois o roteiro, o grande achada da produção, dá de dez a zero em muito filme atual. Em suma, divertido e inteligente nas medidas certas.

Pablo Aluísio.

A Bela e o Renegado

Título no Brasil: A Bela e o Renegado
Título Original: Ride, Vaquero!
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Farrow
Roteiro: Frank Fenton
Elenco: Robert Taylor, Ava Gardner, Anthony Quinn, Howard Keel, Kurt Kasznar, Ted de Corsia

Sinopse:
José Constantino Esqueda (Anthony Quinn) é um bandoleiro e fora da lei mexicano que deseja dominar toda a região da fronteira entre Estados Unidos e México. Para isso ele começa a expulsar todos os colonos de suas terras, entre eles Rio (Robert Taylor) e Cordelia Cameron (Ava Gardner). Suas intenções de intimidar e perseguir porém serão combatidas pelo corajoso Rio que não aceitará as imposições covardes de Esqueda para com toda aquela gente.

Comentários:
Bom faroeste da MGM que contou com um elenco acima da média. O enredo se trava na luta entre os personagens de Esqueda (Anthony Quinn) e Rio (Robert Taylor). Rio é americano e Esqueda mexicano. Ambos foram criados juntos pela mãe de Esqueda que considerava Rio como seu verdadeiro filho. Quando se tornam adultos Esqueda vira um sujeito violento, rude e cruel, que ambicioso começa a perseguir os pobres colonos da fronteira. Rio não admite esse tipo de comportamento criminoso e não demora para que os irmãos de criação se tornem inimigos jurados de morte! Como já foi dito o maior mérito desse filme é o ótimo elenco que reuniu. Robert Taylor era o galã preferido da MGM na época, tendo brilhado no épico "Quo Vadis", seu filme anterior. Estava na crista da onda, desfrutando de grande popularidade. Como vilão Anthony Quinn novamente surpreende. Ele sabia interpretar sujeitos indigestos como ninguém! E como brinde final o espectador era ainda presenteado com a linda Ava Gardner, em um papel menor, é verdade, mas mesmo assim marcante. Todo filmado no deserto implacável do estado de Utah, "Ride, Vaquero!" é uma bela sugestão para os admiradores do mais americano de todos os gêneros cinematográficos. Não vá perder!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Pelos Bairros do Vício

Título no Brasil: Pelos Bairros do Vício
Título Original: Walk on the Wild Side
Ano de Produção: 1962
País: Estados Unidos
Estúdio: Famous Artists Productions
Direção: Edward Dmytryk
Roteiro: Nelson Algren
Elenco: Jane Fonda, Laurence Harvey, Capucine, Anne Baxter, Barbara Stanwyck, Joanna Moore, Richard Rust

Sinopse:
Na Doll House, um bordel de Nova Orleans dos anos 1930, Hallie é a principal atração tanto para os clientes quanto para Jo, a madame. Sua vida confortável, embora tediosa, é interrompida pela chegada à cidade de Dove Linkhorn, seu verdadeiro amor de três anos antes, que agora está procurando por ela.

Comentários:
Um dos primeiros filmes da carreira de uma jovem e bela Jane Fonda. O tema é espinhoso, mostrando a realidade de prostitutas de New Orleans. Elas procuram deixar seu passado para trás, mas o que fazer quando o passado vem atrás delas? O roteiro foi baseado em um romance chamado "Walk on the Wild Side". Embora o filme seja tecnicamente um drama romântico, há também espaço para um certo humor. Bem realizado, acabou sendo indicado ao Oscar na categoria de melhor música original, a bela "Walk on the Wild Side", escrita por Elmer Bernstein e Mack David. Em termos de elenco o destaque realmente vai para elas. As atrizes dominam da primeira à última cena. Além de Jane Fonda, o maior atrativo em meu ponto de vista, ainda há a talentosa veterana Barbara Stanwyck como a madame dona do bordel. Que grande talento tinha essa atriz! Enfim, vale a pena conhecer esse bom filme dos anos 60.

Pablo Aluísio.

A Batalha do Planeta dos Macacos

Título no Brasil: A Batalha do Planeta dos Macacos
Título Original: Battle for the Planet of the Apes
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: John William Corrington
Elenco: Roddy McDowall, Claude Akins, Natalie Trundy, Severn Darden, Lew Ayres, Paul Williams

Sinopse:
Macacos e homens lutam em um mundo devastado. A guerra, que não parece ter fim, vai decidir quem irá dominar o planeta. E do lado dos macacos se destaca a liderança de Caeser (McDowall), decidido a se tornar o grande vencedor.

Comentários:
Os cinéfilos esqueceram que o clássico "O Planeta dos Macacos" lançado em 1968 deu origem a uma série de sequências, se tornando uma verdadeira franquia cinematográfica. A diferença é que o primeiro filme é hoje considerado um clássico do cinema, já suas continuações... passam longe desse status. Os filmes foram, de modo em geral, massacrados pela crítica da época. Muitos diziam que era uma jogada comercial rasteira para faturar mais alguns milhões de dólares com a fama do primeiro filme. Eu fico no meio termo. Há coisas boas e ruins nessas continuações. Nenhuma delas chega perto do primeiro filme, mas também trazem coisas interessantes. Esse aqui, por exemplo, foca mais no militarismo e nas cenas de ação. Não é um grande filme, mas em minha opinião passa longe de ser tão ruim como muitos falam por aí.

Pablo Aluísio.