Mais uma adaptação da Marvel para o cinema. Desde criança Michael Morbius (Jared Leto) sofria de uma rara doença sanguínea que o impedia de ser uma criança normal. Ele mal conseguia andar sem muletas. No hospital conhece outra criança com o mesmo mal que ele apelidou de Milo. Os anos passam e a amizade continua forte. No tempo presente Michael Morbius se torna um prestigiado especialista em sangue humano, um pesquisador capaz e inteligente que a despeito de todo o seu conhecimento ainda não conseguiu encontrar a cura para sua doença. Então ele fica especialmente interessado em uma nova linha de pesquisa para seguir, unindo o DNA humano com o DNA de morcegos. E resolve testar o novo soro em si mesmo, se tornando a cobaia humana de seus próprios experimentos. Claro que dá errado. Ao tomar o soro ele se torna um monstro sedento de sangue humano, um vampiro. E assim sua vida muda para sempre.
Eu gostei desse filme. A Marvel nunca foi muito boa em histórias de terror, mas aqui acertou bem no alvo. O filme pode ser visto por fãs de terror sem problema algum. Penso que vão gostar. O clima sóbrio dado para essa produção é muito bem escolhido. Os efeitos especiais, todos bem colocados no roteiro, ajudam a contar a história do protagonista e nunca tomam o lugar do aspecto principal do filme. Poderia dizer que esse personagem Morbius une os melhores aspectos de obras do passado, uma curiosa mistura de "O Médico e o Monstro" com "Drácula". O relacionamento com seu melhor amigo Milo também é especialmente interessante. Enquanto Morbius é um monstro com consciência pesada, um ser infeliz com seu destino, Milo se torna um vampiro cheio de si, orgulhoso de sua nova condição. Enfim, bom filme, muito melhor do que esperava.
Morbius (Morbius, Estados Unidos, 2022) Direção: Daniel Espinosa / Roteiro: Matt Sazama / Elenco: Jared Leto, Matt Smith, Adria Arjona, Jared Harris, Tyrese Gibson, Al Madrigal / Sinopse: Morbius é um vampiro criado em laboratório após o desenvolvimento de um experimento que não deu certo. E ele precisa enfrentar outro vampiro chamado Milo, um velho amigo de infância que também tomou uma dose do soro, se transformando em um monstro brutal e sanguinário.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 20 de maio de 2022
Possessão
Título no Brasil: Possessão
Título Original: Possession
Ano de Produção: 1981
País: Alemanha, França
Estúdio: Gaumont Pictures
Direção: Andrzej Zulawski
Roteiro: Andrzej Zulawski
Elenco: Isabelle Adjani, Sam Neill, Margit Carstensen, Heinz Bennent, Carl Duering
Sinopse:
Com um casamento em crise, perto do divórcio, Anna (Isabelle Adjani) começa a apresentar um comportamento fora do padrão, seduzindo homens que mal conhece, se tornando devassa e perigosa pois todos podem se tornar sua próxima vítima.
Comentários:
Eu vejo esse filme como uma tentativa do cinema europeu em reprisar o sucesso do filme "O Exorcista". Claro, há mudanças significativas entre os dois filmes. Sai as cenas asquerosas e entram um clima de sensualidade, com uma bela mulher que começa a seduzir homens mais velhos pelas ruas de uma grande cidade da Europa. Uma vez fisgados por sua beleza é hora de pagar caro pelo pecado da luxúria. Em um tempo onde os efeitos especiais eram bem precários, a atriz Isabelle Adjani precisou compensar tudo com linguagem corporal, funcionando bem em alguns momentos, mas causando uma certa estranheza em outros. É o diabo no corpo, como diziam os cristãos medievais.
Pablo Aluísio.
Título Original: Possession
Ano de Produção: 1981
País: Alemanha, França
Estúdio: Gaumont Pictures
Direção: Andrzej Zulawski
Roteiro: Andrzej Zulawski
Elenco: Isabelle Adjani, Sam Neill, Margit Carstensen, Heinz Bennent, Carl Duering
Sinopse:
Com um casamento em crise, perto do divórcio, Anna (Isabelle Adjani) começa a apresentar um comportamento fora do padrão, seduzindo homens que mal conhece, se tornando devassa e perigosa pois todos podem se tornar sua próxima vítima.
Comentários:
Eu vejo esse filme como uma tentativa do cinema europeu em reprisar o sucesso do filme "O Exorcista". Claro, há mudanças significativas entre os dois filmes. Sai as cenas asquerosas e entram um clima de sensualidade, com uma bela mulher que começa a seduzir homens mais velhos pelas ruas de uma grande cidade da Europa. Uma vez fisgados por sua beleza é hora de pagar caro pelo pecado da luxúria. Em um tempo onde os efeitos especiais eram bem precários, a atriz Isabelle Adjani precisou compensar tudo com linguagem corporal, funcionando bem em alguns momentos, mas causando uma certa estranheza em outros. É o diabo no corpo, como diziam os cristãos medievais.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 19 de maio de 2022
Django Livre
Em “Bastardos Inglórios” Quentin Tarantino tentou revisitar, com muito bom humor, um dos mais populares gêneros do cinema da era de ouro, o dos filmes de guerra. Exagerado, over, beirando a paródia completa, “Bastardos Inglórios” dividiu opiniões, sendo odiado por uns e amado por outros. Embora seu desfecho fosse absurdo pelo menos era surpreendente, não há como negar. Agora é a vez do Western servir de alvo para as lentes de Tarantino. “Django Livre” se propõe a ser uma paródia do chamado Western Spaguetti, gênero que se tornou muito popular (inclusive no Brasil) na época de seu auge. A tônica dessas produções era o exagero das cenas de violência e o uso abusivo de trilhas marcantes e onipresentes em cada cena. Os roteiros passavam longe de ser grande coisa mas eram eficientes. Agora o cineasta Tarantino tenta trazer o espírito daquelas produções de volta às telas, tudo mesclado com seu inconfundível toque pessoal.
É curioso porque assim que o projeto foi anunciado esperei por um verdadeiro delírio por parte do diretor pois se o Spaguetti era uma paródia do western americano, o que esperar de uma paródia da paródia? Obviamente um exagero completo, um delírio absoluto! Mas não é isso o que acontece. “Django Livre” pode até mesmo ser considerado conservador em certos aspectos. Não há dúvidas que existem produções Spaguetti que são bem mais violentas ou ousadas que “Django Livre”. Nesse ponto Tarantino foi passado para trás. Assim sobra pouca coisa para se surpreender. Quem é fã do gênero, que acompanha filmes de faroeste com freqüência, simplesmente não vai se impressionar com nada no filme de Tarantino. Nem é ousado e nem surpreendente. Mesmo assim não é um produto ruim, longe disso, só é menos revolucionário do que se esperava (ou melhor dizendo, não é revolucionário em nada).
Um bom western? Sim, não há como negar. O melhor vem dos talentosos atores em cena. O elenco está muito bem, em especial Christopher Waltz e Leonardo DiCaprio. Jamie Foxx como Django não chega a empolgar e nem está tão intenso quanto era de se esperar. Spike Lee reclamou do retrato que foi feito da escravidão negra nos EUA mas sua posição é obviamente um exagero. Os negros aliás estão no centro da trama e o próprio Django é um bom protagonista para o público afrodescendente se identificar. Recentemente “Django Livre” venceu o Globo de Ouro de Melhor Roteiro mas depois de assistir ao filme achei o prêmio um pouco desmerecido. A trama é até banal, sem surpresas, e o filme tem inclusive um problema no último ato que se tornar desnecessário e constrangedor, para não dizer bobo! Os diálogos, que sempre foram a marca registrada do diretor, aqui estão bem escritos mas muito abaixo das outras obras da filmografia de Tarantino. São um pouco acima da média mas nada excepcionais. Além disso o desenrolar da estória é comum, ordinário. Tarantino parece que tremeu nas bases ao se envolver com a mitologia do western.
Ao invés de jogar as bases do gênero para o alto, como fez em “Bastardos Inglórios”, ele aqui não consegue em momento algum se desvincular das regras dos faroestes mais tradicionais. Até a divisão em três atos está de acordo com os dogmas do estilo. Tarantino não alça vôo em momento algum, prefere ficar no chão, ao lado das regras mais caras ao velho e bom western. Não se aproxima de sua tão falada desmistificação, pelo contrário, louva ao seu modo todos os fundamentos desse tipo de filme e se rende à tradição. Assim não vejo motivo algum para toda a badalação que está sendo feita em torno de “Django Livre” pois em essência ele se apresenta como um western dos mais tradicionais, sem qualquer marca mais relevante que o torne uma obra prima ou algo do gênero. Definitivamente não foi dessa vez que o cineasta maravilhou ou deixou surpreendidos os fãs de faroestes. Em conclusão temos aqui um bom western que sobressai pelo elenco inspirado. A trama é sem surpresas e o roteiro bem abaixo do esperado. Não é um filme ofensivo contra os negros, longe disso, e pode ser visto como bom passatempo, muito embora um corte mais bem cuidadoso em sua duração cairia bem. Deve ser conferido mas sem esperar nada grandioso.
Django Livre (Django Unchained, Estados Unidos, 2012) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino / Elenco: Jamie Foxx, Christopher Waltz, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson, Sacha Baron Cohen, Joseph Gordon-Levitt, Kurt Russell, Kerry Washington, Walton Goggins, James Remar, Don Johnson, Anthony LaPaglia, Tom Savini, James Russo. / Sinopse: King Schultz (Christoph Waltz) é um caçador de recompensas que se une a um escravo chamado Django (Jamie Foxx) para sair na caça de três irmãos que estão com a cabeça a prêmio. Depois do serviço concluído eles resolvem ir atrás da esposa de Django que agora se tornou propriedade de um cruel fazendeiro do sul chamado Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). Se fazendo passar por traficantes de escravos eles tentarão resgatar a amada de Django.
Pablo Aluísio.
É curioso porque assim que o projeto foi anunciado esperei por um verdadeiro delírio por parte do diretor pois se o Spaguetti era uma paródia do western americano, o que esperar de uma paródia da paródia? Obviamente um exagero completo, um delírio absoluto! Mas não é isso o que acontece. “Django Livre” pode até mesmo ser considerado conservador em certos aspectos. Não há dúvidas que existem produções Spaguetti que são bem mais violentas ou ousadas que “Django Livre”. Nesse ponto Tarantino foi passado para trás. Assim sobra pouca coisa para se surpreender. Quem é fã do gênero, que acompanha filmes de faroeste com freqüência, simplesmente não vai se impressionar com nada no filme de Tarantino. Nem é ousado e nem surpreendente. Mesmo assim não é um produto ruim, longe disso, só é menos revolucionário do que se esperava (ou melhor dizendo, não é revolucionário em nada).
Um bom western? Sim, não há como negar. O melhor vem dos talentosos atores em cena. O elenco está muito bem, em especial Christopher Waltz e Leonardo DiCaprio. Jamie Foxx como Django não chega a empolgar e nem está tão intenso quanto era de se esperar. Spike Lee reclamou do retrato que foi feito da escravidão negra nos EUA mas sua posição é obviamente um exagero. Os negros aliás estão no centro da trama e o próprio Django é um bom protagonista para o público afrodescendente se identificar. Recentemente “Django Livre” venceu o Globo de Ouro de Melhor Roteiro mas depois de assistir ao filme achei o prêmio um pouco desmerecido. A trama é até banal, sem surpresas, e o filme tem inclusive um problema no último ato que se tornar desnecessário e constrangedor, para não dizer bobo! Os diálogos, que sempre foram a marca registrada do diretor, aqui estão bem escritos mas muito abaixo das outras obras da filmografia de Tarantino. São um pouco acima da média mas nada excepcionais. Além disso o desenrolar da estória é comum, ordinário. Tarantino parece que tremeu nas bases ao se envolver com a mitologia do western.
Ao invés de jogar as bases do gênero para o alto, como fez em “Bastardos Inglórios”, ele aqui não consegue em momento algum se desvincular das regras dos faroestes mais tradicionais. Até a divisão em três atos está de acordo com os dogmas do estilo. Tarantino não alça vôo em momento algum, prefere ficar no chão, ao lado das regras mais caras ao velho e bom western. Não se aproxima de sua tão falada desmistificação, pelo contrário, louva ao seu modo todos os fundamentos desse tipo de filme e se rende à tradição. Assim não vejo motivo algum para toda a badalação que está sendo feita em torno de “Django Livre” pois em essência ele se apresenta como um western dos mais tradicionais, sem qualquer marca mais relevante que o torne uma obra prima ou algo do gênero. Definitivamente não foi dessa vez que o cineasta maravilhou ou deixou surpreendidos os fãs de faroestes. Em conclusão temos aqui um bom western que sobressai pelo elenco inspirado. A trama é sem surpresas e o roteiro bem abaixo do esperado. Não é um filme ofensivo contra os negros, longe disso, e pode ser visto como bom passatempo, muito embora um corte mais bem cuidadoso em sua duração cairia bem. Deve ser conferido mas sem esperar nada grandioso.
Django Livre (Django Unchained, Estados Unidos, 2012) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino / Elenco: Jamie Foxx, Christopher Waltz, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson, Sacha Baron Cohen, Joseph Gordon-Levitt, Kurt Russell, Kerry Washington, Walton Goggins, James Remar, Don Johnson, Anthony LaPaglia, Tom Savini, James Russo. / Sinopse: King Schultz (Christoph Waltz) é um caçador de recompensas que se une a um escravo chamado Django (Jamie Foxx) para sair na caça de três irmãos que estão com a cabeça a prêmio. Depois do serviço concluído eles resolvem ir atrás da esposa de Django que agora se tornou propriedade de um cruel fazendeiro do sul chamado Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). Se fazendo passar por traficantes de escravos eles tentarão resgatar a amada de Django.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de maio de 2022
A Tragédia de Macbeth
Macbeth (Denzel Washington) sempre foi um cavaleiro leal ao seu rei. Durante a jornada de regresso de mais uma operação militar ele encontra na estrada com três velhas e estranhas bruxas que mais se parecem com corvos. Elas profetizam que ele será o próximo rei! Macbeth então fica com aquilo em sua mente. E as coisas pioram quando ele conta a tal profecia para sua esposa Lady Macbeth (Frances McDormand), uma mulher ambiciosa, fria e vil. A oportunidade surge quando o rei Duncan (Brendan Gleeson) chega para passar uma noite nos aposentos do castelo de Macbeth. Seu plano se torna bem sucedido. Ele se torna um regicida e pouco tempo depois assume o trono, mas a que preço? Cercado por inimigos por todos os lados, odiado pela nobreza, Macbeth vai se tornando cada vez mais sanguinário, paranoico e insano. Mais e mais mortes devem acontecer por todo o reino para que sua ganância de poder sem fim não seja interrompida.
Temos aqui mais uma adaptação da obra de William Shakespeare para o cinema. O que me causou estranheza foi saber que esse filme foi dirigido pelo Joel Coen. Não me entenda mal, considero ele um cineasta dos mais talentosos de sua geração, mas sinceramente não esperava vê-lo dirigindo nada envolvendo Shakespeare! Curiosamente deu certo, principalmente porque ele optou claramente por seguir os passos de Orson Welles. O seu filme é bem parecido com o clássico. Fotografia em preto e branco, cenários intimistas e fidelidade ao texto original da peça. Denzel Washington está ótimo no papel. Grande ator, aqui prova mais uma vez seu grande talento. Foi indicado ao Oscar por esse trabalho. Nessa fase de sua carreira nada poderia ter sido melhor.
A Tragédia de Macbeth (The Tragedy of Macbeth, Estados Unidos, 2021) Direção: Joel Coen / Roteiro: Joel Coen / Elenco: Denzel Washington, Frances McDormand, Brendan Gleeson, Alex Hassell / Sinopse: Adaptação para o cinema da obra de William Shakespeare. Na história um regicida começa a enlouquecer após subir ao trono. Inimigos e ameaças de morte estão por toda a parte. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Denzel Washington), melhor design de produção e melhor direção de fotografia (Bruno Delbonnel).
Pablo Aluísio.
Temos aqui mais uma adaptação da obra de William Shakespeare para o cinema. O que me causou estranheza foi saber que esse filme foi dirigido pelo Joel Coen. Não me entenda mal, considero ele um cineasta dos mais talentosos de sua geração, mas sinceramente não esperava vê-lo dirigindo nada envolvendo Shakespeare! Curiosamente deu certo, principalmente porque ele optou claramente por seguir os passos de Orson Welles. O seu filme é bem parecido com o clássico. Fotografia em preto e branco, cenários intimistas e fidelidade ao texto original da peça. Denzel Washington está ótimo no papel. Grande ator, aqui prova mais uma vez seu grande talento. Foi indicado ao Oscar por esse trabalho. Nessa fase de sua carreira nada poderia ter sido melhor.
A Tragédia de Macbeth (The Tragedy of Macbeth, Estados Unidos, 2021) Direção: Joel Coen / Roteiro: Joel Coen / Elenco: Denzel Washington, Frances McDormand, Brendan Gleeson, Alex Hassell / Sinopse: Adaptação para o cinema da obra de William Shakespeare. Na história um regicida começa a enlouquecer após subir ao trono. Inimigos e ameaças de morte estão por toda a parte. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Denzel Washington), melhor design de produção e melhor direção de fotografia (Bruno Delbonnel).
Pablo Aluísio.
O Embaixador
Título no Brasil: O Embaixador
Título Original: The Ambassador
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Northbrook Films
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Ronald M. Cohen
Elenco: Robert Mitchum, Ellen Burstyn, Rock Hudson, Donald Pleasence, Fabio Testi, Chelli Goldenberg
Sinopse:
O embaixador dos Estados Unidos em Israel tenta construir um acordo de paz entre judeus e palestinos, mas nesse processo acaba virando alvo de grupos extremistas e terroristas, colocando sua vida em risco. Roteiro baseado no romance escrito por Elmore Leonard.
Comentários:
Rock Hudson já estava com AIDS quando viajou para o deserto de Isreal para trabalhar nesse thriller político. Ele queria voltar ao cinema após ter algumas experiências na TV. Esse seria seu último filme a ser exibido nos cinemas. Uma boa produção, com um roteiro que até mantém o interesse, mas que no geral se revelava ser um filme de mediano para fraco. Rock não era o astro do filme, esse posto coube a outro veterano, Robert Mitchum, um ator dos velhos tempos que Rock conhecia muito bem, mas que até aquele momento não tinha tido o privilégio de trabalhar ao seu lado. De uma forma ou outra a perda de peso ficou bem claro nas filmagens, o que fez com que Rock procurasse um médico quando retornou aos Estados Unidos, sabendo a partir daí que estava com o temido virus, naqueles tempos uma verdadeira sentença de morte.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Ambassador
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Northbrook Films
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Ronald M. Cohen
Elenco: Robert Mitchum, Ellen Burstyn, Rock Hudson, Donald Pleasence, Fabio Testi, Chelli Goldenberg
Sinopse:
O embaixador dos Estados Unidos em Israel tenta construir um acordo de paz entre judeus e palestinos, mas nesse processo acaba virando alvo de grupos extremistas e terroristas, colocando sua vida em risco. Roteiro baseado no romance escrito por Elmore Leonard.
Comentários:
Rock Hudson já estava com AIDS quando viajou para o deserto de Isreal para trabalhar nesse thriller político. Ele queria voltar ao cinema após ter algumas experiências na TV. Esse seria seu último filme a ser exibido nos cinemas. Uma boa produção, com um roteiro que até mantém o interesse, mas que no geral se revelava ser um filme de mediano para fraco. Rock não era o astro do filme, esse posto coube a outro veterano, Robert Mitchum, um ator dos velhos tempos que Rock conhecia muito bem, mas que até aquele momento não tinha tido o privilégio de trabalhar ao seu lado. De uma forma ou outra a perda de peso ficou bem claro nas filmagens, o que fez com que Rock procurasse um médico quando retornou aos Estados Unidos, sabendo a partir daí que estava com o temido virus, naqueles tempos uma verdadeira sentença de morte.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 17 de maio de 2022
tick, tick... BOOM!
Mais um filme da lista do Oscar 2022. Pois é, o título original é ruim, estranho, mas o filme é muito bom! A história contada no filme é a do autor de peças da Broadway Jonathan Larson (Andrew Garfield). Quando o filme começa ele ainda trabalhava como garçom em uma lanchonete de Nova Iorque. Ele escrevia as músicas que iriam fazer parte de seu musical na Broadway e sonhava um dia viver de sua arte! Só que isso definitivamente não era fácil. Ter um musical escrito estreando na Broadway era como acertar na loteria, ou seja, uma chance em um milhão. Nessa época ele apenas contava com seus sonhos. E a vida real era muito dura. Vários de seus amigos estavam morrendo de AIDS. O filme se passa no começo dos anos 90 quando ter AIDS era como ter uma sentença de morte sobre si.
Mesmo assim, como jovem e ousado artista, ele seguia em frente. Em determinado momento conseguiu ter uma audição com produtores da Broadway e isso seria a grande chance de sua vida. O filme se desenvolve justamente nesse momento, quando ele tinha que lidar com vários problemas em sua vida pessoal ao mesmo tempo em que lutava para ter finalmente uma peça sua aceita nesse mercado tão competitivo. O diretor Lin-Manuel Miranda acertou ao escolher o estilo musical para contar sua história. Afinal o protagonista era um escritor de musicais, então nada mais correto do que intercalar sua história de vida com vários números musicais baseados em sua própria obra.
E aqui vale uma menção honrosa ao ator Andrew Garfield. Estigmatizado muitas vezes como apenas mais um ator de filmes da Marvel, pois ele interpretou o Homem-Aranha, o ator surpreende nessa produção! Definitivamente o rapaz tem muito talento! Canta as músicas do filme (e canta bem, é bom frisar), atua, interpreta e dança, tudo em um nível acima de qualquer crítica. Ele é ótimo e provou isso nesse filme. Acabou sendo indicado ao Oscar! Quem diria, um ator que basicamente só era conhecido por interpretar o Peter Parker... Sábia mudança na carreira!
tick, tick... BOOM! (Estados Unidos, 2021) Direção: Lin-Manuel Miranda / Roteiro: Steven Levenson / Elenco: Andrew Garfield, Alexandra Shipp, Robin de Jesus / Sinopse: O filme conta, em ritmo de musical da Broadway, a história do autor de peças musicais Jonathan Larson. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Andrew Garfield) e melhor edição.
Pablo Aluísio.
Mesmo assim, como jovem e ousado artista, ele seguia em frente. Em determinado momento conseguiu ter uma audição com produtores da Broadway e isso seria a grande chance de sua vida. O filme se desenvolve justamente nesse momento, quando ele tinha que lidar com vários problemas em sua vida pessoal ao mesmo tempo em que lutava para ter finalmente uma peça sua aceita nesse mercado tão competitivo. O diretor Lin-Manuel Miranda acertou ao escolher o estilo musical para contar sua história. Afinal o protagonista era um escritor de musicais, então nada mais correto do que intercalar sua história de vida com vários números musicais baseados em sua própria obra.
E aqui vale uma menção honrosa ao ator Andrew Garfield. Estigmatizado muitas vezes como apenas mais um ator de filmes da Marvel, pois ele interpretou o Homem-Aranha, o ator surpreende nessa produção! Definitivamente o rapaz tem muito talento! Canta as músicas do filme (e canta bem, é bom frisar), atua, interpreta e dança, tudo em um nível acima de qualquer crítica. Ele é ótimo e provou isso nesse filme. Acabou sendo indicado ao Oscar! Quem diria, um ator que basicamente só era conhecido por interpretar o Peter Parker... Sábia mudança na carreira!
tick, tick... BOOM! (Estados Unidos, 2021) Direção: Lin-Manuel Miranda / Roteiro: Steven Levenson / Elenco: Andrew Garfield, Alexandra Shipp, Robin de Jesus / Sinopse: O filme conta, em ritmo de musical da Broadway, a história do autor de peças musicais Jonathan Larson. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Andrew Garfield) e melhor edição.
Pablo Aluísio.
Cabaret
Título no Brasil: Cabaret
Título Original: Cabaret
Ano de Produção: 1972
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Bob Fosse
Roteiro: Joe Masteroff
Elenco: Liza Minnelli, Michael York, Helmut Griem, Joel Grey, Fritz Wepper, Marisa Berenson
Sinopse:
Década de 1930. Berlim. A dançarina americana Sally Bowles (Liza Minnelli) começa a fazer muito sucesso nos clubes noturnos da cidade alemã. Ela se apaixona por dois homens, mas as coisas complicam quando o nazismo chega ao poder na Alemanha.
Comentários:
Esse filme é um marco na história de Hollywood. Em uma época em que o musical já tinha deixado seus dias de glória no passado, o filme se consagrava na noite do Oscar, sendo o grande premiado da noite, sendo vencedor em oito categorias, entre elas melhor atriz, para Liza Minnelli em seu filme definitivo e melhor direção, para o talentoso Bob Fosse. É interessante também notar que o filme chegou aos cinemas americanos em uma época dura, com o pais enfrentando diversos problemas com um governo conservador. Richard Nixon estava no poder, com inúmeras denúncias de corrupção. A analogia entre seu partido e o partido nazista, com perseguição a artistas e poetas, era um tanto quanto óbvia. Entretanto, mesmo com essa leitura política, em minha opinião o grande mérito desse filme é mesmo a música, os números musicais. Nesse aspecto o filme mereceu cada Oscar que recebeu. É uma obra-prima do cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: Cabaret
Ano de Produção: 1972
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Bob Fosse
Roteiro: Joe Masteroff
Elenco: Liza Minnelli, Michael York, Helmut Griem, Joel Grey, Fritz Wepper, Marisa Berenson
Sinopse:
Década de 1930. Berlim. A dançarina americana Sally Bowles (Liza Minnelli) começa a fazer muito sucesso nos clubes noturnos da cidade alemã. Ela se apaixona por dois homens, mas as coisas complicam quando o nazismo chega ao poder na Alemanha.
Comentários:
Esse filme é um marco na história de Hollywood. Em uma época em que o musical já tinha deixado seus dias de glória no passado, o filme se consagrava na noite do Oscar, sendo o grande premiado da noite, sendo vencedor em oito categorias, entre elas melhor atriz, para Liza Minnelli em seu filme definitivo e melhor direção, para o talentoso Bob Fosse. É interessante também notar que o filme chegou aos cinemas americanos em uma época dura, com o pais enfrentando diversos problemas com um governo conservador. Richard Nixon estava no poder, com inúmeras denúncias de corrupção. A analogia entre seu partido e o partido nazista, com perseguição a artistas e poetas, era um tanto quanto óbvia. Entretanto, mesmo com essa leitura política, em minha opinião o grande mérito desse filme é mesmo a música, os números musicais. Nesse aspecto o filme mereceu cada Oscar que recebeu. É uma obra-prima do cinema.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de maio de 2022
Elvis Presley: The Searcher
Temos aqui mais um documentário sobre Elvis Presley, esse Lázaro de guitarra que parece nunca morrer. Pois é, eu que já assisti a tantos filmes e documentários sobre Elvis não esperava por muita coisa nesse aqui. Como Priscilla, a viúva Porcina do Rock, estava envolvida na produção pensei que seria um daqueles filmes bem piegas da empresa que controla os direitos autorais do cantor. Eu me enganei. Esse documentário é muito bom! Com mais de 3 horas de duração se compromete a resumir a vida e a obra de Elvis. Não é tarefa fácil. Desde logo vou avisando que não é aquele tipo de documentário que muitos fãs apreciam, trazendo os melhores momentos de Elvis na TV, no cinema, etc. Não é uma nova versão de "Elvis - The Great Performances". Há todo um mistério no ar em seu texto e em suas imagens. Sinta o clima!
Na realidade esse documentário prioriza, em seu bom roteiro, desvendar aspectos bem profundos da personalidade de Elvis. Ele é apresentado pelo texto do roteiro como alguém sempre em busca de respostas, seja para sua musicalidade, seja para as coisas que ocorreram em sua vida. Por que se tonou tão popular? Por que fez tanto sucesso? Qual era o sentido daquilo tudo? Perguntas que jamais vão ser respondidas, mas que servem muito bem como instrumento narrativo de uma boa história para se contar. Some-se a isso boas imagens, fotos e depoimentos de pessoas relevantes e você terá um bom produto sobre esse artista.
O fato é que não há como contar uma história como a de Elvis, tão rica e cheia de detalhes, apenas em um documentário. Mesmo que tenha 3 horas de duração muita, mas muita coisa mesmo, ficou de fora! Não culpo os produtores. Essa seria uma tarefa injusta. Muitos podem dizer que o documentário peca por se concentrar demais nos nos anos 50 e depois no especial NBC Comeback de 1968. Essa seria uma crítica justa se o documentário não tivesse essa estrutura que foi apresentada. A linha narrativa prioriza mesmo os grandes momentos de sua vida, momentos decisivos. Sim, há muitas lacunas, impossível negar, mas diante do que era possível fazer penso que esse "Elvis Presley: The Searcher" é um dos documentários mais interessantes já feitos sobre o garoto de Memphis, andando eternamente em sua bicicleta pelas estradas de terra de sua cidade.
Elvis Presley: The Searcher (Estados Unidos, 2018) Direção: Thom Zimny / Roteiro: Alan Light / Elenco: Elvis Presley, Priscilla Presley, Coronel Tom Parker, Red West, Ann-Margret, Steve Allen, Bill Black, Scotty Moore, DJ Fontana / Sinopse: Documentário que se propõe a contar a história de Elvis Presley (1935 - 1977) através de sua obra e de momentos decisivos em sua carreira.
Pablo Aluísio.
Na realidade esse documentário prioriza, em seu bom roteiro, desvendar aspectos bem profundos da personalidade de Elvis. Ele é apresentado pelo texto do roteiro como alguém sempre em busca de respostas, seja para sua musicalidade, seja para as coisas que ocorreram em sua vida. Por que se tonou tão popular? Por que fez tanto sucesso? Qual era o sentido daquilo tudo? Perguntas que jamais vão ser respondidas, mas que servem muito bem como instrumento narrativo de uma boa história para se contar. Some-se a isso boas imagens, fotos e depoimentos de pessoas relevantes e você terá um bom produto sobre esse artista.
O fato é que não há como contar uma história como a de Elvis, tão rica e cheia de detalhes, apenas em um documentário. Mesmo que tenha 3 horas de duração muita, mas muita coisa mesmo, ficou de fora! Não culpo os produtores. Essa seria uma tarefa injusta. Muitos podem dizer que o documentário peca por se concentrar demais nos nos anos 50 e depois no especial NBC Comeback de 1968. Essa seria uma crítica justa se o documentário não tivesse essa estrutura que foi apresentada. A linha narrativa prioriza mesmo os grandes momentos de sua vida, momentos decisivos. Sim, há muitas lacunas, impossível negar, mas diante do que era possível fazer penso que esse "Elvis Presley: The Searcher" é um dos documentários mais interessantes já feitos sobre o garoto de Memphis, andando eternamente em sua bicicleta pelas estradas de terra de sua cidade.
Elvis Presley: The Searcher (Estados Unidos, 2018) Direção: Thom Zimny / Roteiro: Alan Light / Elenco: Elvis Presley, Priscilla Presley, Coronel Tom Parker, Red West, Ann-Margret, Steve Allen, Bill Black, Scotty Moore, DJ Fontana / Sinopse: Documentário que se propõe a contar a história de Elvis Presley (1935 - 1977) através de sua obra e de momentos decisivos em sua carreira.
Pablo Aluísio.
O Mistério de Marilyn Monroe
Esse documentário foi produzido pela Netflix. Eu não tinha qualquer referência sobre esse filme antes de assistir. Obviamente o que me atraiu a vê-lo foi o nome de Marilyn Monroe no título. Para minha surpresa logo nas primeiras tomadas em deparei com a presença do autor Anthony Summers que escreveu a excelente biografia "A Deusa", até hoje considerado um dos melhores livros escritos sobre a vida e a carreira de Marilyn. Quando escreveu o livro ele entrevistou dezenas de pessoas que conviveram e trabalharam ao lado da atriz, entre eles escritores famosos, amigos pessoais e os familiares do último psiquiatra que tratou Marilyn. E essas fitas formam a base desse documentário. Além disso esse filme conta com vasto material visual, imagens de cinejornais da época, filmagens amadoras e um rico acervo sobre ela.
O resultado é excelente, muito embora não fuja das conclusões do próprio livro que ele escreveu anos atrás. Um de seus focos era justamente desvendar o que teria acontecido na última noite de vida de Marilyn Monroe. A versão oficial afirmava que ela foi encontrada na madrugada por sua empregada que telefonou ao seu psiquiatra para tentar entrar no quarto da atriz. Uma vez lá dentro ele teria constatado de que ela estava morta. Vítima de uma overdose de drogas prescritas. A tese de suicídio não foi inteiramente confirmada, ficando no campo da indeterminação. Assim a causa de sua morte foi descrita como "provável suicídio".
Para o escritor houve algo a mais. Provavelmente Bob Kennedy foi até a casa de Marilyn naquela noite. Algo saiu errado e ela morreu. Ele não culpa o irmão do presidente JFK de ter assassinado Marilyn, mas sim de encobrir sua presença na casa da atriz na noite de sua morte. Um escândalo dessa proporção teria acabado com sua carreira política. Para provar seu ponto de vista o documentário mostra o depoimento de funcionário de uma empresa de ambulâncias que teria levado Marilyn, além da esposa do relações públicas da atriz que afirma que ele teria sido informado da morte de Marilyn às onze da noite. Enfim, são questões até hoje mal explicadas. De qualquer forma esse documentário é sem dúvida uma excelente opção para quem deseja conhecer mais sobre a atriz. Só não deixe de ler depois o livro "A Deusa" pois esse é um complemento essencial para quem apreciar esse documentário.
O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas (The Mystery of Marilyn Monroe: The Unheard Tapes, Estados Unidos, 2022) Direção: Emma Cooper / Roteiro: Emma Cooper / Elenco: Anthony Summers, Marilyn Monroe, John F. Kennedy, Robert F. Kennedy, Joe DiMaggio, Lauren Bacall, Arthur Miller, Jane Russell, John Huston, Billy Wilder / Sinopse: Documentário sobre a carreira, a vida e a morte da atriz Marilyn Monroe. Tudo baseado em farto material colhido nos anos 80 para a produção do best Seller "A Deusa", do escritor Anthony Summers. O filme apresenta imagens raras da atriz, além de entrevistas e depoimentos de pessoas que a conheceram, conviveram e trabalharam ao seu lado.
Pablo Aluísio.
O resultado é excelente, muito embora não fuja das conclusões do próprio livro que ele escreveu anos atrás. Um de seus focos era justamente desvendar o que teria acontecido na última noite de vida de Marilyn Monroe. A versão oficial afirmava que ela foi encontrada na madrugada por sua empregada que telefonou ao seu psiquiatra para tentar entrar no quarto da atriz. Uma vez lá dentro ele teria constatado de que ela estava morta. Vítima de uma overdose de drogas prescritas. A tese de suicídio não foi inteiramente confirmada, ficando no campo da indeterminação. Assim a causa de sua morte foi descrita como "provável suicídio".
Para o escritor houve algo a mais. Provavelmente Bob Kennedy foi até a casa de Marilyn naquela noite. Algo saiu errado e ela morreu. Ele não culpa o irmão do presidente JFK de ter assassinado Marilyn, mas sim de encobrir sua presença na casa da atriz na noite de sua morte. Um escândalo dessa proporção teria acabado com sua carreira política. Para provar seu ponto de vista o documentário mostra o depoimento de funcionário de uma empresa de ambulâncias que teria levado Marilyn, além da esposa do relações públicas da atriz que afirma que ele teria sido informado da morte de Marilyn às onze da noite. Enfim, são questões até hoje mal explicadas. De qualquer forma esse documentário é sem dúvida uma excelente opção para quem deseja conhecer mais sobre a atriz. Só não deixe de ler depois o livro "A Deusa" pois esse é um complemento essencial para quem apreciar esse documentário.
O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas (The Mystery of Marilyn Monroe: The Unheard Tapes, Estados Unidos, 2022) Direção: Emma Cooper / Roteiro: Emma Cooper / Elenco: Anthony Summers, Marilyn Monroe, John F. Kennedy, Robert F. Kennedy, Joe DiMaggio, Lauren Bacall, Arthur Miller, Jane Russell, John Huston, Billy Wilder / Sinopse: Documentário sobre a carreira, a vida e a morte da atriz Marilyn Monroe. Tudo baseado em farto material colhido nos anos 80 para a produção do best Seller "A Deusa", do escritor Anthony Summers. O filme apresenta imagens raras da atriz, além de entrevistas e depoimentos de pessoas que a conheceram, conviveram e trabalharam ao seu lado.
Pablo Aluísio.
domingo, 15 de maio de 2022
Spencer
Realmente não é o tipo de filme que eu esperava. Como eu venho acompanhando a série "The Crown" que também conta a história de Diana, esperava por algo mais, digamos, convencional. Uma história mais ampla de sua vida, uma biografia, algo assim. Não se trata disso. O filme capta um momento bem específico da vida da princesa quando ela precisa ir para o Natal da família real. Coisa chata, cheia de formalismos, tradições. Fica claro desde o começo que aquele ambiente era insuportável para Diana ainda mais agora que seu casamento desmoronava a olhos vistos. Charles apaixonado por Camila, lhe cobria de presentes caros. Seu relacionamento com Diana era meramente protocolar. Não havia carinho, não havia maior intimidade ou identificação. Encontrar o marido era algo tão chato quanto ir para um jantar de Natal com a família real.
Um aspecto que me chamou atenção é que o filme se concentra nos aspectos periféricos de sua vida. Por exemplo, o roteiro muitas vezes está mais preocupado em mostrar Diana interagindo com funcionários do que com os próprios membros da família real. Também investe bastante no drama psicológico da princesa. Sai o glamour e entra um retrato mais realista, algumas vezes quase insano de seu estado mental. Nesse ponto penso que o roteiro usou tintas dramáticas em excesso. Diana que vemos no filme é uma mulher mais do que triste, mas também perdida, depressiva, anoréxica. De certo modo demole sua imagem pública.
A atriz Kristen Stewart está até interessante no papel, mas a teste de comparação não se saiu melhor do que a jovem atriz que interpretou Diana na última temporada de "The Crown". Kristen Stewart muitas vezes apela em sua atuação, com a cabeça sempre meio de lado, forçando a barra para lembrarmos de certas imagens da princesa que foram captadas por câmeras nos anos 80. Mesmo assim não compromete e se sai muito bem nas cenas que surge brincando com seus filhos. É a melhor parte. De modo geral classifico esse filme até como um drama pesado da vida de Diana. Pelo que foi em vida acredito que ela merecia um filme com mais brilho, mais beleza. Do jeito que ficou parece que a vida de Diana foi puro cinza e depressão. Não era o caso.
Spencer (Spencer, Estados Unidos, 2021) Direção: Pablo Larraín / Roteiro: Steven Knight / Elenco: Kristen Stewart, Jack Farthing, Jack Nielen, Freddie Spry / Sinopse: O filme conta os dramas e problemas pessoais da princesa Diana. Na noite de Natal ela vai até Windsor para a celebração com a família real. Nada poderia ser pior para ela do que participar disso. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz (Kristen Stewart).
Pablo Aluísio.
Um aspecto que me chamou atenção é que o filme se concentra nos aspectos periféricos de sua vida. Por exemplo, o roteiro muitas vezes está mais preocupado em mostrar Diana interagindo com funcionários do que com os próprios membros da família real. Também investe bastante no drama psicológico da princesa. Sai o glamour e entra um retrato mais realista, algumas vezes quase insano de seu estado mental. Nesse ponto penso que o roteiro usou tintas dramáticas em excesso. Diana que vemos no filme é uma mulher mais do que triste, mas também perdida, depressiva, anoréxica. De certo modo demole sua imagem pública.
A atriz Kristen Stewart está até interessante no papel, mas a teste de comparação não se saiu melhor do que a jovem atriz que interpretou Diana na última temporada de "The Crown". Kristen Stewart muitas vezes apela em sua atuação, com a cabeça sempre meio de lado, forçando a barra para lembrarmos de certas imagens da princesa que foram captadas por câmeras nos anos 80. Mesmo assim não compromete e se sai muito bem nas cenas que surge brincando com seus filhos. É a melhor parte. De modo geral classifico esse filme até como um drama pesado da vida de Diana. Pelo que foi em vida acredito que ela merecia um filme com mais brilho, mais beleza. Do jeito que ficou parece que a vida de Diana foi puro cinza e depressão. Não era o caso.
Spencer (Spencer, Estados Unidos, 2021) Direção: Pablo Larraín / Roteiro: Steven Knight / Elenco: Kristen Stewart, Jack Farthing, Jack Nielen, Freddie Spry / Sinopse: O filme conta os dramas e problemas pessoais da princesa Diana. Na noite de Natal ela vai até Windsor para a celebração com a família real. Nada poderia ser pior para ela do que participar disso. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz (Kristen Stewart).
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)