Título no Brasil: O Mercador de Veneza
Título Original: The Merchant of Venice
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Avenue Pictures, UK Film Council
Direção: Michael Radford
Roteiro: Michael Radford
Elenco: Al Pacino, Joseph Fiennes, Jeremy Irons. Lynn Collins, Zuleikha Robinson, Kris Marshall
Sinopse:
Filme com roteiro baseado na obra escrita por William Shakespeare. Na história um mercador de Veneza do século XVI se vê numa situação terrível ao ter que pagar a um credor uma série de dívidas. Ele aceita outra forma de pagamento, mas o que exige é moralmente condenável.
Comentários:
Um filme como esse simplesmente não poderia ser ruim. Há três maravilhosos atores em cena (Al Pacino, Joseph Fiennes e Jeremy Irons) e um roteiro com diálogos tirados diretamente da obra imortal de William Shakespeare. A produção é elegante e não atropela o que o filme tem de melhor, sua história e as linhas de diálogo, devidamente interpretadas com todo o talento de seu elenco. Nessa história Shakespeare fez uma crítica e uma crônica contra o poder da cobiça e da ganância, onde seres humanos também deixam transparecer seu preço. Se tudo tem um preço no mercado, as pessoas também terão seu preço. So´que isso, obviamente, é uma deslize moral sem proporções. Em suma, temos aqui um belo filme, uma aula de alta cultura.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 22 de abril de 2022
A Vida Marinha com Steve Zissou
Título no Brasil: A Vida Marinha com Steve Zissou
Título Original: The Life Aquatic with Steve Zissou
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Wes Anderson
Roteiro: Wes Anderson, Noah Baumbach
Elenco: Bill Murray, Owen Wilson, Anjelica Huston, Cate Blanchett, Anjelica Huston, Willem Dafoe, Jeff Goldblum
Sinopse:
Steve Zissou (Bill Murray), um pesquisador e oceanógrafo dos mistérios dos sete mares, parte para mais uma missão de exploração ao lado de sua tripulação e seus familiares. Seu objetivo é encontrar um tubarão que anos antes matou um de seus amigos mais próximos.
Comentários:
O cinema de Wes Anderson é muito peculiar e singular. Quando comecei a assistir seu filmes achei tudo meio estranho, fora de nexo. Hoje em dia já aprecio muito mais sua filmografia. Esse filme aqui pode ser definido como uma sátira à vida de Jacques-Yves Cousteau. Quem nunca assistiu a um de seus inúmeros documentários sobre a vida marinha? Pois é, só que no roteiro de Wes Anderson as coisas não são tão simples como parece. Com excelente elenco ele conta sua história de uma maneira um tanto diferente. Eu não qualificaria o filme como uma mera comédia, já que os filmes desse diretor não são tão simples de definir. O único conselho que deixo é simples: assista ao filme e veja se gosta da maneira de fazer cinema de Wes Anderson. Na maioria das vezes as pessoas amam ou odeiam sua filmografia. Veremos no que vai dar.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Life Aquatic with Steve Zissou
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Wes Anderson
Roteiro: Wes Anderson, Noah Baumbach
Elenco: Bill Murray, Owen Wilson, Anjelica Huston, Cate Blanchett, Anjelica Huston, Willem Dafoe, Jeff Goldblum
Sinopse:
Steve Zissou (Bill Murray), um pesquisador e oceanógrafo dos mistérios dos sete mares, parte para mais uma missão de exploração ao lado de sua tripulação e seus familiares. Seu objetivo é encontrar um tubarão que anos antes matou um de seus amigos mais próximos.
Comentários:
O cinema de Wes Anderson é muito peculiar e singular. Quando comecei a assistir seu filmes achei tudo meio estranho, fora de nexo. Hoje em dia já aprecio muito mais sua filmografia. Esse filme aqui pode ser definido como uma sátira à vida de Jacques-Yves Cousteau. Quem nunca assistiu a um de seus inúmeros documentários sobre a vida marinha? Pois é, só que no roteiro de Wes Anderson as coisas não são tão simples como parece. Com excelente elenco ele conta sua história de uma maneira um tanto diferente. Eu não qualificaria o filme como uma mera comédia, já que os filmes desse diretor não são tão simples de definir. O único conselho que deixo é simples: assista ao filme e veja se gosta da maneira de fazer cinema de Wes Anderson. Na maioria das vezes as pessoas amam ou odeiam sua filmografia. Veremos no que vai dar.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 21 de abril de 2022
Annapolis
Título no Brasil: Annapolis
Título Original: Annapolis
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Justin Lin
Roteiro: David Collard
Elenco: James Franco, Jordana Brewster, Donnie Wahlberg, Tyrese Gibson, Jim Parrack, Macka Foley
Sinopse:
O filme conta a história do jovem Jake Huard (James Franco) que sempre sonhou em entrar para a Academia Naval da Marinha dos Estados Unidos em Annapolis. E ele terá que lutar bastante para realizar seus sonhos.
Comentários:
Achei um filme bem fraco, tanto do ponto de vista dramático como também (e principalmente) por sua mensagem. Essa coisa de militarismo, patriotada, meio que já saturou em termos de cinema. Além disso esse roteiro tem semelhanças demais com "A Força do Destino" sendo que aquele filme dos anos 80 com Richard Gere era infinitamente superior. Esse aqui funciona no máximo como uma Sessão da Tarde sonolenta. É uma produção da Touchstone, o braço cinematográfica da Disney, com filmes bem açucarados. Nada de muito dramático ou incisivo é explorado pelo roteiro. Termina sendo pueril. Outro ponto merece ser avaliado. James Franco convence como um militar da marinha dos Estados Unidos? Em minha opinião essa é uma das piores falhas. Ele não tem jeito para interpretar esse tipo de personagem. É uma postura que o ator simplesmente nunca teve em sua carreira. Com isso o filme termina de naufragar de vez.
Pablo Aluísio.
Título Original: Annapolis
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Justin Lin
Roteiro: David Collard
Elenco: James Franco, Jordana Brewster, Donnie Wahlberg, Tyrese Gibson, Jim Parrack, Macka Foley
Sinopse:
O filme conta a história do jovem Jake Huard (James Franco) que sempre sonhou em entrar para a Academia Naval da Marinha dos Estados Unidos em Annapolis. E ele terá que lutar bastante para realizar seus sonhos.
Comentários:
Achei um filme bem fraco, tanto do ponto de vista dramático como também (e principalmente) por sua mensagem. Essa coisa de militarismo, patriotada, meio que já saturou em termos de cinema. Além disso esse roteiro tem semelhanças demais com "A Força do Destino" sendo que aquele filme dos anos 80 com Richard Gere era infinitamente superior. Esse aqui funciona no máximo como uma Sessão da Tarde sonolenta. É uma produção da Touchstone, o braço cinematográfica da Disney, com filmes bem açucarados. Nada de muito dramático ou incisivo é explorado pelo roteiro. Termina sendo pueril. Outro ponto merece ser avaliado. James Franco convence como um militar da marinha dos Estados Unidos? Em minha opinião essa é uma das piores falhas. Ele não tem jeito para interpretar esse tipo de personagem. É uma postura que o ator simplesmente nunca teve em sua carreira. Com isso o filme termina de naufragar de vez.
Pablo Aluísio.
Ultravioleta
Título no Brasil: Ultravioleta
Título Original: Ultraviolet
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Kurt Wimmer
Roteiro: Kurt Wimmer
Elenco: Milla Jovovich, Cameron Bright, Nick Chinlund, Sebastien Andrieu, William Fichtner, Ryan Martin
Sinopse:
No final do século XXI uma super raça de seres humanos é criada com o objetivo de dominar toda a humanidade. O aparecimento de uma criança pode colocar fim a toda essa raça. E esse menino passa a ser protegido pela guerreira Violet Song Jat (Milla Jovovich).
Comentários:
O filme tem uma estética visual excelente. Os efeitos digitais e tudo mais formam um conjunto dos mais belos aos olhos do espectador. A direção de arte também é de primeira linha. Pena que a criação de todo esse futuro não se sustenta em um bom roteiro. Esse é derivativo demais, aquela velha coisa sobre o surgimento de um predestinado, uma espécie de Messias do futuro. E esse é representado pelo garoto que a protagonista precisa proteger. A modelo Milla Jovovich teve muita sorte na carreira. Além de estrelar a franquia "Resident Evil" ela ainda fez filmes secundários como essa ficção de ação. Isso trouxe uma carreira estável para ela. Coisa que muitas atrizes talentosas não conseguiram. Bela como mulher, fraca como atriz, não consegue convencer em cena. Não que isso venha fazer muita diferença em um filme como esse.
Pablo Aluísio.
Título Original: Ultraviolet
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Kurt Wimmer
Roteiro: Kurt Wimmer
Elenco: Milla Jovovich, Cameron Bright, Nick Chinlund, Sebastien Andrieu, William Fichtner, Ryan Martin
Sinopse:
No final do século XXI uma super raça de seres humanos é criada com o objetivo de dominar toda a humanidade. O aparecimento de uma criança pode colocar fim a toda essa raça. E esse menino passa a ser protegido pela guerreira Violet Song Jat (Milla Jovovich).
Comentários:
O filme tem uma estética visual excelente. Os efeitos digitais e tudo mais formam um conjunto dos mais belos aos olhos do espectador. A direção de arte também é de primeira linha. Pena que a criação de todo esse futuro não se sustenta em um bom roteiro. Esse é derivativo demais, aquela velha coisa sobre o surgimento de um predestinado, uma espécie de Messias do futuro. E esse é representado pelo garoto que a protagonista precisa proteger. A modelo Milla Jovovich teve muita sorte na carreira. Além de estrelar a franquia "Resident Evil" ela ainda fez filmes secundários como essa ficção de ação. Isso trouxe uma carreira estável para ela. Coisa que muitas atrizes talentosas não conseguiram. Bela como mulher, fraca como atriz, não consegue convencer em cena. Não que isso venha fazer muita diferença em um filme como esse.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 20 de abril de 2022
A Casa no Bayou
Título no Brasil: A Casa no Bayou
Título Original: A House on the Bayou
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Blumhouse Productions
Direção: Alex McAulay
Roteiro: Alex McAulay
Elenco: Angela Sarafyan, Paul Schneider, Lia McHugh, Jacob Lofland, Doug Van Liew, Lauren Richards
Sinopse:
Um casal em crise conjugal decide passar alguns dias de descanso em uma velha casa isolada numa região distante da Louisiana. Dois supostos moradores da região chegam na casa e a vida da família acaba virando um verdadeiro inferno.
Comentários:
Apesar da produção modesta e do baixo orçamento eu gostei desse filme de terror e suspense. No começo o espectador pensa que vai assistir a mais um daqueles filmes de casas mal assombradas, mas espere, há esupresas no roteiro. A chegada de dois homens na antiga casa, um adolescente chamado Isaac e um velho a quem ele chama de avô, mas que não realidade não tem parentesco com ele, vai assombrar aquele casal e sua jovem filha. Eles praticamente se convidam para jantar com a família de turistas e aí a coisa toda desanda. O clima de tensão vai aumentando a cada cena e a pergunta que surge na mente de quem está assistindo ao filme é basicamente a seguinte: Afinal quem seriam aquelas pessoas? O que querem de verdade? É um filme com trama sobre criminosos e assassinatos ou se trata de algo puramente sobrenatural? A resposta só virá na última cena. Enfim, roteiro bem construído, cheio de boas ideias. E o elenco, quase todo desconhecido, também surpreende. Fica aí uma boa dica de um thriller aterrorizante.
Pablo Aluísio.
Título Original: A House on the Bayou
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Blumhouse Productions
Direção: Alex McAulay
Roteiro: Alex McAulay
Elenco: Angela Sarafyan, Paul Schneider, Lia McHugh, Jacob Lofland, Doug Van Liew, Lauren Richards
Sinopse:
Um casal em crise conjugal decide passar alguns dias de descanso em uma velha casa isolada numa região distante da Louisiana. Dois supostos moradores da região chegam na casa e a vida da família acaba virando um verdadeiro inferno.
Comentários:
Apesar da produção modesta e do baixo orçamento eu gostei desse filme de terror e suspense. No começo o espectador pensa que vai assistir a mais um daqueles filmes de casas mal assombradas, mas espere, há esupresas no roteiro. A chegada de dois homens na antiga casa, um adolescente chamado Isaac e um velho a quem ele chama de avô, mas que não realidade não tem parentesco com ele, vai assombrar aquele casal e sua jovem filha. Eles praticamente se convidam para jantar com a família de turistas e aí a coisa toda desanda. O clima de tensão vai aumentando a cada cena e a pergunta que surge na mente de quem está assistindo ao filme é basicamente a seguinte: Afinal quem seriam aquelas pessoas? O que querem de verdade? É um filme com trama sobre criminosos e assassinatos ou se trata de algo puramente sobrenatural? A resposta só virá na última cena. Enfim, roteiro bem construído, cheio de boas ideias. E o elenco, quase todo desconhecido, também surpreende. Fica aí uma boa dica de um thriller aterrorizante.
Pablo Aluísio.
Histórias de Fantasmas
Título no Brasil: Histórias de Fantasmas
Título Original: Ghost Story
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Irvin
Roteiro: Peter Straub
Elenco: Fred Astaire, Melvyn Douglas, Douglas Fairbanks Jr, John Houseman, Craig Wasson, Patricia Neal
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Peter Straub, o filme conta a história do passado de uma bela e elegante mulher que morre em um terrível acidente. Cinquenta anos depois seu fantasma retorna para se vingar das pessoas responsáveis por sua morte.
Comentários:
Um filme que procura homenagear os antigos filmes de terror e mistério que eram produzidos na Inglaterra durante os anos 50 e 60. O resultado é muito bom. Eu me recordo de ter assistido a esse horror clássico ainda nos anos 80 quando ele foi exibido pela primeira vez na TV aberta no Brasil (na Sessão de Gala, nos sábados à noite). O elenco traz vários veteranos da era de ouro de Hollywood com destaque para um velhinho Fred Astaire. Esse aliás foi seu último filme pois ele iria se aposentar da carreira de ator pouco tempo depois, por causa da idade avançada. Outro ídolo do passado presente no elenco do filme foi Douglas Fairbanks Jr. Amigo pessoal de Chaplin e um astro de filmes de piratas, de aventuras do tipo capa e espada. Enfim, um bom filme de terror que priorizava o susto elegante ao invés do sangue trash que imperava nas produções da época. Foi lançado no Brasil na era do VHS pelo selo CIC Vídeo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Ghost Story
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Irvin
Roteiro: Peter Straub
Elenco: Fred Astaire, Melvyn Douglas, Douglas Fairbanks Jr, John Houseman, Craig Wasson, Patricia Neal
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Peter Straub, o filme conta a história do passado de uma bela e elegante mulher que morre em um terrível acidente. Cinquenta anos depois seu fantasma retorna para se vingar das pessoas responsáveis por sua morte.
Comentários:
Um filme que procura homenagear os antigos filmes de terror e mistério que eram produzidos na Inglaterra durante os anos 50 e 60. O resultado é muito bom. Eu me recordo de ter assistido a esse horror clássico ainda nos anos 80 quando ele foi exibido pela primeira vez na TV aberta no Brasil (na Sessão de Gala, nos sábados à noite). O elenco traz vários veteranos da era de ouro de Hollywood com destaque para um velhinho Fred Astaire. Esse aliás foi seu último filme pois ele iria se aposentar da carreira de ator pouco tempo depois, por causa da idade avançada. Outro ídolo do passado presente no elenco do filme foi Douglas Fairbanks Jr. Amigo pessoal de Chaplin e um astro de filmes de piratas, de aventuras do tipo capa e espada. Enfim, um bom filme de terror que priorizava o susto elegante ao invés do sangue trash que imperava nas produções da época. Foi lançado no Brasil na era do VHS pelo selo CIC Vídeo.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 18 de abril de 2022
55 Dias em Pequim
A história desse filme se passa em 1900, em Pequim, capital da China. Um grupo de nacionalistas chineses começa a atacar estrangeiros por toda a China. Diplomatas, comerciantes, ministros, turistas, ninguém está a salvo. A diplomacia dos países ocidentais tenta uma solução negociando diretamente com a imperatriz, só que um príncipe de sua corte está por trás dos atentados. Conforme a violência aumenta o exército imperial chinês começa então a lutar em favor dos nacionalistas, dando origem a uma sangrenta guerra contra as potências ocidentais que mantém inclusive tropas em Pequim.
Temos aqui uma grande produção do cinema americano. São várias as cenas de batalhas com milhares de figurantes, etc. Tudo muito bem produzido e realizado. O elenco tem três grandes destaques. David Niven interpreta um diplomata britânico que tudo faz para evitar uma guerra generalizada. Sua educação e modos refinados se tornam um grande contraste com a brutalidade da região. E sua própria família é atingida por essa violência insana que explode na capital do império chinês. Charlton Heston interpreta um oficial do exército americano. Um tipo de militar pragmático que luta com as armas que possui. Há boas cenas no filme para Heston, com destaque para a explosão do depósito de armas e munição do exército imperial da China. Por fim a atriz Ava Gardner interpreta uma baronesa russa arruinada que só quer ir embora daquele lugar. Enquanto tenta fugir também ajuda como enfermeira em um hospital local.
O filme é muito bom, com longa duração. Se há alguma coisa a se criticar certamente vem da mentalidade colonialista de seu argumento, de seu roteiro. Os estrangeiros são os mocinhos da história. Só que a China é dos chineses. A nação a eles pertence. Não pertence à Inglaterra, nem aos Estados Unidos. Então aqueles exércitos estrangeiros lutando em solo chinês no fundo não possuem qualquer razão justificável para estarem ali. É tudo colonialismo puro, nada mais. De qualquer modo, deixando essa observação política de lado temos aqui sem dúvida um bom clássico do cinema da época.
55 Dias em Pequim (55 Days at Peking, Estados Unidos, 1963) Direção: Nicholas Ray / Roteiro: Robert Hamer, Bernard Gordon / Elenco: Charlton Heston, David Niven, Ava Gardner, Flora Robson, John Ireland, Leo Genn / Sinopse: Grupo de diplomatas e militares de países ocidentais como Inglaterra, Estados Unidos e França, tentam sobreviver a uma rebelião de nacionalistas chineses em Pequim. Eles lutam pela expulsão de todos os estrangeiros de sua nação.
Pablo Aluísio.
Temos aqui uma grande produção do cinema americano. São várias as cenas de batalhas com milhares de figurantes, etc. Tudo muito bem produzido e realizado. O elenco tem três grandes destaques. David Niven interpreta um diplomata britânico que tudo faz para evitar uma guerra generalizada. Sua educação e modos refinados se tornam um grande contraste com a brutalidade da região. E sua própria família é atingida por essa violência insana que explode na capital do império chinês. Charlton Heston interpreta um oficial do exército americano. Um tipo de militar pragmático que luta com as armas que possui. Há boas cenas no filme para Heston, com destaque para a explosão do depósito de armas e munição do exército imperial da China. Por fim a atriz Ava Gardner interpreta uma baronesa russa arruinada que só quer ir embora daquele lugar. Enquanto tenta fugir também ajuda como enfermeira em um hospital local.
O filme é muito bom, com longa duração. Se há alguma coisa a se criticar certamente vem da mentalidade colonialista de seu argumento, de seu roteiro. Os estrangeiros são os mocinhos da história. Só que a China é dos chineses. A nação a eles pertence. Não pertence à Inglaterra, nem aos Estados Unidos. Então aqueles exércitos estrangeiros lutando em solo chinês no fundo não possuem qualquer razão justificável para estarem ali. É tudo colonialismo puro, nada mais. De qualquer modo, deixando essa observação política de lado temos aqui sem dúvida um bom clássico do cinema da época.
55 Dias em Pequim (55 Days at Peking, Estados Unidos, 1963) Direção: Nicholas Ray / Roteiro: Robert Hamer, Bernard Gordon / Elenco: Charlton Heston, David Niven, Ava Gardner, Flora Robson, John Ireland, Leo Genn / Sinopse: Grupo de diplomatas e militares de países ocidentais como Inglaterra, Estados Unidos e França, tentam sobreviver a uma rebelião de nacionalistas chineses em Pequim. Eles lutam pela expulsão de todos os estrangeiros de sua nação.
Pablo Aluísio.
Tarzan e o Grande Rio
O público em geral acabou gostando das mudanças do primeiro filme de Mike Henry como Tarzan, "Tarzan e o Vale do Ouro". Assim um ano depois de seu lançamento chegou nas telas a segunda produção com o mesmo ator. Agora ele já surge menos tenso com a responsabilidade de encarnar o famoso personagem. O roteiro também tem maior fluidez, abrindo margem até mesmo para cenas mais cômicas e leves, sem tanta seriedade que acabou sendo o tom do primeiro filme. Como em time que está ganhando não se mexe os produtores mantiveram praticamente a mesma equipe, com um diferencial interessante: o filme foi rodado no Brasil!
Na época as filmagens causaram grande sensação em nossos meios de comunicação, que resolveram cobrir com extensas reportagens a produção do filme em nosso país. Nem tudo porém foi festa para o ator Mike Henry. Ele acabou sendo atacado por um macaco em uma cena, o que acabou lhe causando um sério ferimento no queixo. Depois teve que correr de uma vaca que o atacou bem no meio de uma tomada de cena. Obviamente tudo foi parar nas páginas de revistas mensais da época como "O Cruzeiro" e "Manchete". Assim o público brasileiro acabou se divertindo em dobro, com as divertidas histórias do set e depois com o filme propriamente dito.
Tarzan e o Grande Rio (Tarzan and the Great River, Estados Unidos, 1967) Direção: Robert Day / Roteiro: Bob Barbash, baseado na obra do escritor Edgar Rice Burroughs / Elenco: Mike Henry, Jan Murray, Manuel Padilla Jr / Sinopse: No Brasil, a Dra. Ann Philips tenta vacinar os supersticiosos nativos contra uma epidemia, só que há viloes que não desejam que isso seja feito. Para ajudá-la o herói das selvas Tarzan chega ao Brasil.
Pablo Aluísio.
Na época as filmagens causaram grande sensação em nossos meios de comunicação, que resolveram cobrir com extensas reportagens a produção do filme em nosso país. Nem tudo porém foi festa para o ator Mike Henry. Ele acabou sendo atacado por um macaco em uma cena, o que acabou lhe causando um sério ferimento no queixo. Depois teve que correr de uma vaca que o atacou bem no meio de uma tomada de cena. Obviamente tudo foi parar nas páginas de revistas mensais da época como "O Cruzeiro" e "Manchete". Assim o público brasileiro acabou se divertindo em dobro, com as divertidas histórias do set e depois com o filme propriamente dito.
Tarzan e o Grande Rio (Tarzan and the Great River, Estados Unidos, 1967) Direção: Robert Day / Roteiro: Bob Barbash, baseado na obra do escritor Edgar Rice Burroughs / Elenco: Mike Henry, Jan Murray, Manuel Padilla Jr / Sinopse: No Brasil, a Dra. Ann Philips tenta vacinar os supersticiosos nativos contra uma epidemia, só que há viloes que não desejam que isso seja feito. Para ajudá-la o herói das selvas Tarzan chega ao Brasil.
Pablo Aluísio.
domingo, 17 de abril de 2022
O Romance Gay de Marlon Brando
Durante toda a vida o ator Marlon Brando teve uma orientação sexual basicamente heterossexual. Ele adorava mulheres de belezas exóticas, latinas e orientais das ilhas dos mares do sul. Praticamente nunca se relacionava com mulheres caucasianas, brancas ou como ele gostava de dizer "batatas irlandesas". Preferia as morenas, as estrangeiras. Vários casos teve com mulheres desse estilo. No entanto em fins dos anos 50 ele passou a se interessar pela possibilidade de ter uma experiência homossexual.
Brando havia trabalhado com muitos gays em sua profissão, tanto no teatro como no cinema. E a oportunidade surgiu quando ele estava em Paris, de férias. Brando gostava da França porque basicamente as pessoas o deixavam em paz. Não havia fãs pedindo autógrafos e nem os infernais paparazzis. Ele podia andar pelas ruas como uma pessoa normal, passar uma tarde bebendo e conversando nos bares parisienses. E a vida cultural da França o estimulava, com seus museus, teatros, etc.
Na França Brando conheceu um sujeito chamado Christian. Ele sabia falar inglês, era diretor de teatro e se tornou amigo íntimo do ator (no futuro iria dirigir um de seus filmes). Brando apreciava muito o jeito e os modos daquele francês muito culto e solícito. E depois de um dia andando por Paris, bebendo e se divertindo, ele não deteve os avanços do amigo. Christian pegou em sua mão e eles se beijaram, sentados em um belo restaurante com vista para a Torre Eiffel. Naquela noite Brando resolveu passar abraçado ao lado do novo namorado em seu apartamento de Paris.
Ao que consta nas biografias de Brando esse teria sido seu único caso homossexual em toda a sua vida. O relacionamento entre os dois não durou muito, foi extremamente fugaz, mas a amizade entre eles continuou nos Estados Unidos quando Christian foi passar alguns dias hospedado na casa de Brando em Los Angeles. A esposa do ator, Anna Kashfi, provavelmente percebeu que algo estranho estava acontecendo entre os dois, tanto que não demorou muito para expulsar Christian da casa, dando origem a outra violenta briga do casal. De qualquer forma Brando não esqueceria Christian a ponto de ter dado o nome do francês para seu próprio filho!
Pablo Aluísio.
Brando havia trabalhado com muitos gays em sua profissão, tanto no teatro como no cinema. E a oportunidade surgiu quando ele estava em Paris, de férias. Brando gostava da França porque basicamente as pessoas o deixavam em paz. Não havia fãs pedindo autógrafos e nem os infernais paparazzis. Ele podia andar pelas ruas como uma pessoa normal, passar uma tarde bebendo e conversando nos bares parisienses. E a vida cultural da França o estimulava, com seus museus, teatros, etc.
Na França Brando conheceu um sujeito chamado Christian. Ele sabia falar inglês, era diretor de teatro e se tornou amigo íntimo do ator (no futuro iria dirigir um de seus filmes). Brando apreciava muito o jeito e os modos daquele francês muito culto e solícito. E depois de um dia andando por Paris, bebendo e se divertindo, ele não deteve os avanços do amigo. Christian pegou em sua mão e eles se beijaram, sentados em um belo restaurante com vista para a Torre Eiffel. Naquela noite Brando resolveu passar abraçado ao lado do novo namorado em seu apartamento de Paris.
Ao que consta nas biografias de Brando esse teria sido seu único caso homossexual em toda a sua vida. O relacionamento entre os dois não durou muito, foi extremamente fugaz, mas a amizade entre eles continuou nos Estados Unidos quando Christian foi passar alguns dias hospedado na casa de Brando em Los Angeles. A esposa do ator, Anna Kashfi, provavelmente percebeu que algo estranho estava acontecendo entre os dois, tanto que não demorou muito para expulsar Christian da casa, dando origem a outra violenta briga do casal. De qualquer forma Brando não esqueceria Christian a ponto de ter dado o nome do francês para seu próprio filho!
Pablo Aluísio.
Errol Flynn - Hollywood Boulevard - Parte 4
Robin Hood e a Virgem
Enquanto filmava o clássico de aventura "Robin Hood" o ator Errol Flynn se envolveu em mais uma de suas confusões de alcova. Acontece que Flynn ficou muito interessado na filha de um dos diretores executivos da Warner, uma garota com rabo de cavalo e rosto de colegial angelical que ele conheceu casualmente pelos corredores do estúdio. O problema básico é que a jovem tinha apenas 16 anos de idade! Mesmo assim o astro estava decidido a levar aquela beldade para sua cama. Ela vinha de tradicional família de imigrantes italianos católicos, onde havia toda aquela mentalidade de que as mulheres deveriam se casar virgem e tudo mais. Quando soube dessa história Flynn deu risadas! Logo ele que havia sido criado dentro de um navio, viajando da Austrália para os Estados Unidos pelos mares do sul onde havia centenas de ilhas com nativas bem dispostas para o sexo. Tudo era surreal demais para o velho marinheiro.
Tanto fez que conseguiu. Flynn tirou a virgindade da garota nos intervalos das filmagens de Robin Hood. O pai da moça descobriu e exigiu a demissão do ator, algo que estava completamente fora de cogitação. As filmagens estavam avançadas e o estúdio havia gasto uma fortuna com aquele filme. Não havia a menor possibilidade do astro principal ser demitido. O pai da jovem então encarou Flynn de frente e disse que ele deveria se casar com ela para salvar sua honra. Flynn mandou o velho plantar batatas!
Ele ameaçou o ator de processo o que fatalmente causaria um escândalo nas páginas das revistas de fofocas. Flynn mandou às favas o diretor da Warner dizendo que ele tinha uma mentalidade medieval, que deixasse a garota viver em liberdade, que ela deveria se relacionar com quem quisesse e que ele era um obtuso. A Warner colocou uma equipe do estúdio para abafar o caso e realmente a história do ator e sua namoradinha colegial ficou fora de alcance do grande público. O resultado de tudo foi que o filme foi terminado e virou um grande sucesso de público e crítica. Algum tempo depois o diretor da Warner, o pai conservador da moça, foi rebaixado para um cargo de menor importância. E a garota? Foi para Nova Iorque estudar onde acabou se tornando uma bem sucedida profissional na área de psicologia. O ator voltaria a encontrar ela muitos anos depois quando já era uma mulher casada e com filhos. Flynn lhe disse que o principal era que ela deveria preservar sempre sua liberdade e que ninguém deveria mandar em suas escolhas, algo que ela concordou plenamente.
Pablo Aluísio.
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