O público em geral acabou gostando das mudanças do primeiro filme de Mike Henry como Tarzan, "Tarzan e o Vale do Ouro". Assim um ano depois de seu lançamento chegou nas telas a segunda produção com o mesmo ator. Agora ele já surge menos tenso com a responsabilidade de encarnar o famoso personagem. O roteiro também tem maior fluidez, abrindo margem até mesmo para cenas mais cômicas e leves, sem tanta seriedade que acabou sendo o tom do primeiro filme. Como em time que está ganhando não se mexe os produtores mantiveram praticamente a mesma equipe, com um diferencial interessante: o filme foi rodado no Brasil!
Na época as filmagens causaram grande sensação em nossos meios de comunicação, que resolveram cobrir com extensas reportagens a produção do filme em nosso país. Nem tudo porém foi festa para o ator Mike Henry. Ele acabou sendo atacado por um macaco em uma cena, o que acabou lhe causando um sério ferimento no queixo. Depois teve que correr de uma vaca que o atacou bem no meio de uma tomada de cena. Obviamente tudo foi parar nas páginas de revistas mensais da época como "O Cruzeiro" e "Manchete". Assim o público brasileiro acabou se divertindo em dobro, com as divertidas histórias do set e depois com o filme propriamente dito.
Tarzan e o Grande Rio (Tarzan and the Great River, Estados Unidos, 1967) Direção: Robert Day / Roteiro: Bob Barbash, baseado na obra do escritor Edgar Rice Burroughs / Elenco: Mike Henry, Jan Murray, Manuel Padilla Jr / Sinopse: No Brasil, a Dra. Ann Philips tenta vacinar os supersticiosos nativos contra uma epidemia, só que há viloes que não desejam que isso seja feito. Para ajudá-la o herói das selvas Tarzan chega ao Brasil.
Pablo Aluísio.