Título no Brasil: Adeus, Amor
Título Original: Bye Bye Birdie
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: George Sidney
Roteiro: Michael Stewart, Irving Brecher
Elenco: Ann-Margret, Dick Van Dyke, Janet Leigh, Maureen Stapleton, Bobby Rydell, Jesse Pearson
Sinopse:
Um famoso cantor de rock, ídolo internacional da música jovem, vai até uma cidadezinha perdida no Ohio para gravar seu programa de despedida antes de ir servir o exército americano. Lá é feito um concurso para escolher a fã número 1 dele que ganhará o direito de beijar seu grande ídolo. A adolescente Kim McAfee (Ann-Margret) entra no concurso disposta a sair vencedora.
Comentários:
Um musical simpático, bem humorado e com uma inédita postura de sátira besteirol, algo que era bem raro no começo dos anos 60. Para o cinema em geral o filme revelou a linda Ann-Margret que chamou tanto a atenção do público que o diretor George Sidney a levou para contracenar com Elvis Presley em "Amor a Toda Velocidade". Aliás nada mais conveniente, pois Ann-Margret foi chamada por um cronista de Nova Iorque como a "Elvis de saias". Curiosamente um dos satirizados dentro do enredo é o próprio Elvis, pois o personagem chave da estória é um roqueiro famoso que vai servir o exército deixando suas fãs apavoradas e desesperadas! Era a própria história de Elvis que servia como paródia ao roteiro desse filme. A produção é apenas mediana. Porém o sabor de nostalgia, principalmente para quem viveu aqueles tempos, é simplesmente impecável. Além disso o espectador é ainda presenteado com a presença carismática da atriz Ann-Margret, aqui bem jovem e no auge de sua beleza. Enfim, deixo a dica desse filme que é pura diversão. Aproveite a festa e caso tenha vivido aqueles anos distantes sinta muitas saudades! Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor música (Johnny Green) e melhor som (Charles J. Rice). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme - comédia ou musical e melhor atriz - comédia ou musical (Ann-Margret).
Pablo Aluísio.
sábado, 19 de dezembro de 2020
O Renegado do Forte Petticoat
O tenente Frank Hewitt (Audie Murphy) entra em atrito com seus superiores por causa da política de violência implantada contra índios que deixam as reservas determinadas por tratados entre o governo americano e as nações indígenas. Após um massacre gratuito promovido por seu coronel de batalhão, Frank decide ir até o Texas (seu local de nascimento) para alertar os fazendeiros da região dos perigos de um provável ataque de comanches, em represália às mortes nas tribos da região. Em plena guerra civil americana, poucos homens restaram nessas propriedades rurais, então Frank une um grupo de mulheres para treiná-las contra o iminente ataque dos índios. Ao mesmo tempo precisa ganhar a confiança de todas elas, uma vez que veste uma farda ianque, do exército da União, o que para muitas daquelas sulistas era um ato de traição contra as forças confederadas.
"O Renegado do Forte Petticoat" é mais um bom western da filmografia do ator Audie Murphy. Esse aqui procura inovar pois em um gênero tão masculino temos na linha de frente mulheres fortes e decididas, prontas para defender suas terras. E elas não se saem nada mal para falar a verdade! O choque ocorre em uma velha missão católica abandonada. Esse detalhe do roteiro lembra até mesmo do clássico Álamo". As semelhanças são bem claras nesse aspecto. Temos um grupo de texanas encurraladas na missão, mas lutando até o fim contra os inimigos. No caso da história mostrada nesse filme saem os mexicanos do Álamo e entram os comanches, selvagens, guerreiros que querem a expulsão do homem branco de suas terras.
Praticamente todo o enredo se desenvolve em cima dessa situação. Felizmente o roteiro é bem escrito, ágil e não deixa em nenhum momento o filme cair no tédio, o que seria previsível diante da situação única explorada pelos roteiristas. Na verdade a fita tem a duração ideal, com pouco mais de 70 minutos, algo que faltou no filme "O Álamo" que acabou sendo vítima de suas próprias pretensões. Sendo de menor duração, as cenas de ação e combate se tornam menos repetitivas, trazendo agilidade ao faroeste como um todo. Por fim uma curiosidade: Seguindo os passos de Randolph Scott, o ator Audie Murphy por essa época começou ele próprio a também produzir seus filmes. Aqui ele assina a produção ao lado de Harry Joe Brown, produtor que inclusive produziu vários filmes de western com Randolph Scott.
O Renegado do Forte Petticoat (The Guns of Fort Petticoat, Estados Unidos, 1957) Direção: George Marshall / Roteiro: Walter Doniger, C. William Harrison / Elenco: Audie Murphy, Kathryn Grant, Hope Emerson / Sinopse: Tenente da cavalaria ianque vai até o Texas para ajudar um grupo de mulheres a se defender de um ataque da tribo comanche.
Pablo Aluísio.
"O Renegado do Forte Petticoat" é mais um bom western da filmografia do ator Audie Murphy. Esse aqui procura inovar pois em um gênero tão masculino temos na linha de frente mulheres fortes e decididas, prontas para defender suas terras. E elas não se saem nada mal para falar a verdade! O choque ocorre em uma velha missão católica abandonada. Esse detalhe do roteiro lembra até mesmo do clássico Álamo". As semelhanças são bem claras nesse aspecto. Temos um grupo de texanas encurraladas na missão, mas lutando até o fim contra os inimigos. No caso da história mostrada nesse filme saem os mexicanos do Álamo e entram os comanches, selvagens, guerreiros que querem a expulsão do homem branco de suas terras.
Praticamente todo o enredo se desenvolve em cima dessa situação. Felizmente o roteiro é bem escrito, ágil e não deixa em nenhum momento o filme cair no tédio, o que seria previsível diante da situação única explorada pelos roteiristas. Na verdade a fita tem a duração ideal, com pouco mais de 70 minutos, algo que faltou no filme "O Álamo" que acabou sendo vítima de suas próprias pretensões. Sendo de menor duração, as cenas de ação e combate se tornam menos repetitivas, trazendo agilidade ao faroeste como um todo. Por fim uma curiosidade: Seguindo os passos de Randolph Scott, o ator Audie Murphy por essa época começou ele próprio a também produzir seus filmes. Aqui ele assina a produção ao lado de Harry Joe Brown, produtor que inclusive produziu vários filmes de western com Randolph Scott.
O Renegado do Forte Petticoat (The Guns of Fort Petticoat, Estados Unidos, 1957) Direção: George Marshall / Roteiro: Walter Doniger, C. William Harrison / Elenco: Audie Murphy, Kathryn Grant, Hope Emerson / Sinopse: Tenente da cavalaria ianque vai até o Texas para ajudar um grupo de mulheres a se defender de um ataque da tribo comanche.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
A Vingança de um Pistoleiro
Não era ainda o grande Jack Nicholson que aprendemos a gostar dentro do mundo do cinema. Na época em que escreveu o roteiro de "A Vingança de um Pistoleiro" Jack ainda era um ator em busca do estrelato, de um lugar ao sol. Como nas décadas de 1950 e 1960 o estilo western estava no auge da popularidade, Nicholson resolveu escrever seu próprio faroeste. Afinal se conseguisse vender o roteiro (e quem sabe até estrelar o filme) poderia chamar mais a atenção para si como artista. Assim Jack conseguiu um financiamento de apenas 70 mil dólares com a pequena companhia Proteus Films e partiu para o distante e desértico estado americano de Utah para as filmagens. O orçamento era mais do que apertado, as condições certamente não eram as ideais mas Jack e o diretor Monte Hellman (que tinha dirigido coisas como "A Besta da Caverna Assombrada") conseguiram realizar um filme muito eficiente, que escondia bem seus problemas de dinheiro.
A trama de "A Vingança de um Pistoleiro" é bem simples. No velho oeste um grupo de pessoas inocentes são acusadas de crimes que não cometeram. A partir do momento que todos se convencem de que eles são culpados a coisa fica realmente complicada. Fugindo de justiceiros armados os inocentes acabam virando eles próprios assassinos. O roteiro trabalha muito bem com a situação e parece querer demonstrar bem a diferença entre justiça e vingança - dois conceitos que geralmente são confundidos por todos. Também mostra a infantilidade que pode tomar conta da chamada consciência coletiva. Jack Nicholson abraça uma interpretação bem mais realista do que o público estava acostumado, já antecipando seu grande talento que em poucos anos iria brilhar em Hollywood. O curioso é que o filme anterior de Jack também havia sido um faroeste, "Disparo para Matar", inclusive com esse mesmo diretor. Será que ele planejava seguir os passos de um Randolph Scott? Bom, de uma forma ou outra os rumos de sua carreira iriam mesmo mudar definitivamente com "Sem Destino", uma odisséia pela América. Mas isso é uma outra história.
A Vingança de um Pistoleiro (Ride in the Whirlwind, Estados Unidos, 1966) Direção: Monte Hellman / Roteiro: Jack Nicholson / Elenco: Jack Nicholson, Cameron Mitchell, Millie Perkins / Sinopse: Uma trama de vingança e justiça no meio de um dos desertos mais selvagens e inóspitos do velho oeste.
Pablo Aluísio.
A trama de "A Vingança de um Pistoleiro" é bem simples. No velho oeste um grupo de pessoas inocentes são acusadas de crimes que não cometeram. A partir do momento que todos se convencem de que eles são culpados a coisa fica realmente complicada. Fugindo de justiceiros armados os inocentes acabam virando eles próprios assassinos. O roteiro trabalha muito bem com a situação e parece querer demonstrar bem a diferença entre justiça e vingança - dois conceitos que geralmente são confundidos por todos. Também mostra a infantilidade que pode tomar conta da chamada consciência coletiva. Jack Nicholson abraça uma interpretação bem mais realista do que o público estava acostumado, já antecipando seu grande talento que em poucos anos iria brilhar em Hollywood. O curioso é que o filme anterior de Jack também havia sido um faroeste, "Disparo para Matar", inclusive com esse mesmo diretor. Será que ele planejava seguir os passos de um Randolph Scott? Bom, de uma forma ou outra os rumos de sua carreira iriam mesmo mudar definitivamente com "Sem Destino", uma odisséia pela América. Mas isso é uma outra história.
A Vingança de um Pistoleiro (Ride in the Whirlwind, Estados Unidos, 1966) Direção: Monte Hellman / Roteiro: Jack Nicholson / Elenco: Jack Nicholson, Cameron Mitchell, Millie Perkins / Sinopse: Uma trama de vingança e justiça no meio de um dos desertos mais selvagens e inóspitos do velho oeste.
Pablo Aluísio.
Paixão dos Fortes
Reza a lenda que no ano de 1927 o mítico Wyatt Berry Stapp Earp, ou simplesmente Wyatt Earp (1848 -1929) numa entrevista concedida ao mestre John Ford, contou-lhe em detalhes como fora o famoso duelo de Ok.Corral que ocorrera na cidade de Tombstone no ano de 1881, entre os irmãos Earp e os Clanton. Anos depois, transformado numa obra de arte e batizado de "Paixão dos Fortes" (My Darling Clementine - 1946) o clássico - erguido na exuberância de Monument Valley, palco principal do legendário diretor John Ford - conta a história (verídica) dos irmãos Earp (Wyatt, James, Virgil e Morgan Earp) que depois de abandonarem a cidade de Dodge City - onde Wyatt Earp (Henry Fonda) era xerife - partem para a região do Arizona dedicando-se a criação de gado.
Certa noite, Wyatt, Virgil e Morgan Earp vão até à cidade de Tombstone para conhecê-la um pouco mais e deixam o irmão mais novo, James Earp, sozinho, tomando conta do gado e do acampamento. Ao retornarem, o cenário é desolador: todo o gado havia sido roubado e James Earp, assassinado. Depois de enterrar o irmão, Wyatt torna-se xerife de Tombstone com o objetivo de vingar os assassinos do jovem irmão, e manter a cidade em paz. Ele ainda não sabe quem são os assassinos de seu irmão, no entanto, uma certa turma não sai de sua cabeça: os Clanton (Clanton pai, Billy Clanton, Ike Clanton) e seus comparsas: Billy Claiborne, Tom e Frank McLaury. Wyatt conhece Chihuahua (Linda Darnel) uma espevitada dançarina do saloon local, que alimenta apenas um sonho: a volta de sua paixão, John Henry "Doc" Holliday, ou apenas Doc Holliday: pistoleiro, jogador e dentista (daí o apelido Doc).
A fervura aumenta com a chegada à cidade do irascível Doc Holliday (Victor Mature). Depois de rever a bela Chihuahua o dentista conhece de perto o lendário Wyatt Earp. Wyatt aproxima-se de Doc, mas o encontro dos dois que a princípio poderia se tranformar numa grande amizade vira uma conturbada relação de amizade e ódio que se arrasta até o fim do clássico. Certo dia chega à cidade a bela Clementine Carter (Cathy Downs). Antiga paixão do Doc, Clementine (que inspira a trilha sonora) chega para reencontrar seu antigo e intratável amor. Doc odeia sua presença e diz que se ela não for embora, ele irá. Wyatt apaixona-se por Clementine que resolve ficar. Revoltada com a presença de Clementine em Tombstone, Chihuahua vai até seu quarto para expulsá-la do hotel e da cidade no exato momento em que é surpreendida pela chegada de Wyatt Earp que acalma a situação. Enquanto conversa com Chihuahua, Earp nota que ela está usando um colar que pertenceu ao seu irmão assassinado. O famoso xerife fica então a poucos instantes de descobrir quem realmente matou seu irmão.
Paixão dos Fortes é um diamante da sétima arte e foi reconhecido pelo próprio John Ford como o seu filme mais precioso. Durante quarenta e cinco dias de filmagens, Ford construiu um verdadeiro monumento, não só ao cinema mas às artes em geral. Ele não era apenas um diretor de cinema, mas também um poeta, um pintor e um visionário de cenas antológicas que marcaram para sempre a história do cinema americano. No clássico, sua chancela está em cada cena e em cada fala. A esplêndida direção de fotografia de Joseph Mac Donald equilibra as imagens em preto e branco com brilhos e sombreamentos excepcionais. O elenco, recheado de lendas do cinema como Henry Fonda, Linda Darnell, Victor Mature e Walter Brennan são a cereja do bolo deste clássico inesquecível que entrou para a história do cinema.
Paixão dos Fortes (My Darling Clementine, EUA, 1946) Direção: John Ford / Roteiro: Samuel G. Engel, Winston Miller / Elenco: Henry Fonda, Linda Darnell, Victor Mature / Sinopse: Um dos grandes clássicos de John Ford "Paixão dos Fortes" conta parte da história do lendário xerife Wyatt Earp e o famoso conflito armado ocorrido no OK Corral.
Telmo Vilela Jr.
Certa noite, Wyatt, Virgil e Morgan Earp vão até à cidade de Tombstone para conhecê-la um pouco mais e deixam o irmão mais novo, James Earp, sozinho, tomando conta do gado e do acampamento. Ao retornarem, o cenário é desolador: todo o gado havia sido roubado e James Earp, assassinado. Depois de enterrar o irmão, Wyatt torna-se xerife de Tombstone com o objetivo de vingar os assassinos do jovem irmão, e manter a cidade em paz. Ele ainda não sabe quem são os assassinos de seu irmão, no entanto, uma certa turma não sai de sua cabeça: os Clanton (Clanton pai, Billy Clanton, Ike Clanton) e seus comparsas: Billy Claiborne, Tom e Frank McLaury. Wyatt conhece Chihuahua (Linda Darnel) uma espevitada dançarina do saloon local, que alimenta apenas um sonho: a volta de sua paixão, John Henry "Doc" Holliday, ou apenas Doc Holliday: pistoleiro, jogador e dentista (daí o apelido Doc).
A fervura aumenta com a chegada à cidade do irascível Doc Holliday (Victor Mature). Depois de rever a bela Chihuahua o dentista conhece de perto o lendário Wyatt Earp. Wyatt aproxima-se de Doc, mas o encontro dos dois que a princípio poderia se tranformar numa grande amizade vira uma conturbada relação de amizade e ódio que se arrasta até o fim do clássico. Certo dia chega à cidade a bela Clementine Carter (Cathy Downs). Antiga paixão do Doc, Clementine (que inspira a trilha sonora) chega para reencontrar seu antigo e intratável amor. Doc odeia sua presença e diz que se ela não for embora, ele irá. Wyatt apaixona-se por Clementine que resolve ficar. Revoltada com a presença de Clementine em Tombstone, Chihuahua vai até seu quarto para expulsá-la do hotel e da cidade no exato momento em que é surpreendida pela chegada de Wyatt Earp que acalma a situação. Enquanto conversa com Chihuahua, Earp nota que ela está usando um colar que pertenceu ao seu irmão assassinado. O famoso xerife fica então a poucos instantes de descobrir quem realmente matou seu irmão.
Paixão dos Fortes é um diamante da sétima arte e foi reconhecido pelo próprio John Ford como o seu filme mais precioso. Durante quarenta e cinco dias de filmagens, Ford construiu um verdadeiro monumento, não só ao cinema mas às artes em geral. Ele não era apenas um diretor de cinema, mas também um poeta, um pintor e um visionário de cenas antológicas que marcaram para sempre a história do cinema americano. No clássico, sua chancela está em cada cena e em cada fala. A esplêndida direção de fotografia de Joseph Mac Donald equilibra as imagens em preto e branco com brilhos e sombreamentos excepcionais. O elenco, recheado de lendas do cinema como Henry Fonda, Linda Darnell, Victor Mature e Walter Brennan são a cereja do bolo deste clássico inesquecível que entrou para a história do cinema.
Paixão dos Fortes (My Darling Clementine, EUA, 1946) Direção: John Ford / Roteiro: Samuel G. Engel, Winston Miller / Elenco: Henry Fonda, Linda Darnell, Victor Mature / Sinopse: Um dos grandes clássicos de John Ford "Paixão dos Fortes" conta parte da história do lendário xerife Wyatt Earp e o famoso conflito armado ocorrido no OK Corral.
Telmo Vilela Jr.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
O Violento
No século XIX no estado americano do Wyoming, três ranchos tentam conviver pacificamente entre si. O juiz da cidade é proprietário de um deles. O segundo pertence a uma arrojada mulher que quer se estabelecer definitivamente na região, com um rebanho de 20 mil cabeças de gado. Por fim há Ben Justin (Charles Bronson) que é um pequeno criador que tenta sobreviver ao lado de ricos e poderosos rancheiros do local. Esse filme "O Violento" nada mais é na realidade do que a união de dois episódios, "Duel at Shiloh" e "Nobility of Kings", da popular série de TV "The Virginian" (que no Brasil recebeu o título de "O Homem da Virgínia). Essa série foi uma das mais populares da década de 1960 nos EUA e contou com grandes nomes em seu elenco, inclusive Charles Bronson. O interessante é que embora tenha sido filmado nos anos 60 (para ser mais preciso, em 1963 e 1965) a Universal só editou os episódios e o lançou como filme em 1972 e a razão disso não é complicada de entender.
Acontece que Charles Bronson havia virado um astro. De simples coadjuvante por anos ele começou a emplacar uma série de sucessos no cinema. Como havia participado da série nos anos 60 e esse material se mostrou adequado para a edição de um filme o estúdio resolveu então não perder a oportunidade de faturar. A boa notícia é que os dois episódios que deram origem a esse filme são realmente muito bons. Mesmo que a edição tenha ficado truncada em certos momentos (o que era previsível), o fato é que o resultado final compensou. É um bom enredo mostrando as lutas de um pequeno rancheiro em sobreviver no meio de grandes tubarões. Tudo o que ele deseja é ser um bem sucedido criador de gado, o que não será nada fácil. O personagem de Bronson aliás é o grande atrativo aqui. Turrão, diria até bronco e rude, ele se destaca por viver em uma luta pessoal enorme pois não aceita desistir de seus sonhos. Assim se você é fã do ator não deve perder. Por fim uma última informação: no Brasil "O Violento" também ficou conhecido pelo título "Chumbo Quente" quando foi relançado em VHS.
O Violento (The Bull of the West, Estados Unidos, 1972) Direção: Jerry Hopper, Paul Stanley / Roteiro: D.D. Beauchamp / Elenco: Charles Bronson, Geraldine Brooks, Gary Clarke / Sinopse: Rancheiros rivais entre si tentam conviver pacificamente nas distantes terras do Wyoming durante o século XIX.
Pablo Aluísio.
Acontece que Charles Bronson havia virado um astro. De simples coadjuvante por anos ele começou a emplacar uma série de sucessos no cinema. Como havia participado da série nos anos 60 e esse material se mostrou adequado para a edição de um filme o estúdio resolveu então não perder a oportunidade de faturar. A boa notícia é que os dois episódios que deram origem a esse filme são realmente muito bons. Mesmo que a edição tenha ficado truncada em certos momentos (o que era previsível), o fato é que o resultado final compensou. É um bom enredo mostrando as lutas de um pequeno rancheiro em sobreviver no meio de grandes tubarões. Tudo o que ele deseja é ser um bem sucedido criador de gado, o que não será nada fácil. O personagem de Bronson aliás é o grande atrativo aqui. Turrão, diria até bronco e rude, ele se destaca por viver em uma luta pessoal enorme pois não aceita desistir de seus sonhos. Assim se você é fã do ator não deve perder. Por fim uma última informação: no Brasil "O Violento" também ficou conhecido pelo título "Chumbo Quente" quando foi relançado em VHS.
O Violento (The Bull of the West, Estados Unidos, 1972) Direção: Jerry Hopper, Paul Stanley / Roteiro: D.D. Beauchamp / Elenco: Charles Bronson, Geraldine Brooks, Gary Clarke / Sinopse: Rancheiros rivais entre si tentam conviver pacificamente nas distantes terras do Wyoming durante o século XIX.
Pablo Aluísio.
Hombre
Título no Brasil: Hombre
Título Original: Hombre
Ano de Produção: 1967
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Martin Ritt
Roteiro: Irving Ravetch, Harriet Frank Jr
Elenco: Paul Newman, Fredric March, Richard Boone, Cameron Mitchell e Fredric March.
Sinopse:
John Russell (Paul Newman), um mestiço, acaba sofrende preconceito dos viajantes de uma diligência que será alvo de um ataque de bandidos foras-da-lei. No meio do fogo cerrado ele provará seu valor.
Comentários:
Baseado na obra literária homônima de Elmore Leonard, "Hombre" (Hombre - 1967) dirigido pelo professor do famoso Actor's Studio e diretor, Martin Ritt, discorre sobre a vida de John Russel (Paul Newman), um mestiço, criado numa tribo de apaches mescaleros. Em 1880, Russel leva uma vida muito pacata e difícil numa pequena cidade do Arizona, quando, num certo dia, fica sabendo que herdou uma pequena propriedade de seu pai que está sendo administrada por Jessie (Diane Cilento). Sem interesse em tocar o novo negócio, Russel avisa à Jessie que pretende vender o que herdou e ir embora daquele mundo de brancos preconceituosos que não gostam dele. No dia seguinte, seis pessoas aguardam a chegada da diligência, entre eles, o apache John Russel. Incomodados com a presença de um índio na diligência, o casal Dr. Alex Favor e sua esposa Audra Favor exigem que na primeira parada, Russel viaje na parte de cima da diligência junto ao cocheiro Henry Mendez (Martin Balsam). Porém, o que eles não sabem, é que durante a viagem, a carruagem será atacada por bandidos armados e perigosos, e diante deste quadro a turma de madames e senhores endinheirados pode precisar da coragem, da rapidez e da fúria de um apache mescalero. "Hombre" é um faroeste de primeira grandeza, com ótima direção do americano Martin Ritt - que doze anos mais tarde se consagraria com o clássico "Norma Rae" (1979). Não podemos esquecer do ótimo elenco com astros do quilate de: Richard Boone, Cameron Mitchell e Fredric March, encabeçado pela categoria e charme do stanislavskiano apache de olhos azuis, Paul Newman.
Telmo Vilela Jr.
Título Original: Hombre
Ano de Produção: 1967
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Martin Ritt
Roteiro: Irving Ravetch, Harriet Frank Jr
Elenco: Paul Newman, Fredric March, Richard Boone, Cameron Mitchell e Fredric March.
Sinopse:
John Russell (Paul Newman), um mestiço, acaba sofrende preconceito dos viajantes de uma diligência que será alvo de um ataque de bandidos foras-da-lei. No meio do fogo cerrado ele provará seu valor.
Comentários:
Baseado na obra literária homônima de Elmore Leonard, "Hombre" (Hombre - 1967) dirigido pelo professor do famoso Actor's Studio e diretor, Martin Ritt, discorre sobre a vida de John Russel (Paul Newman), um mestiço, criado numa tribo de apaches mescaleros. Em 1880, Russel leva uma vida muito pacata e difícil numa pequena cidade do Arizona, quando, num certo dia, fica sabendo que herdou uma pequena propriedade de seu pai que está sendo administrada por Jessie (Diane Cilento). Sem interesse em tocar o novo negócio, Russel avisa à Jessie que pretende vender o que herdou e ir embora daquele mundo de brancos preconceituosos que não gostam dele. No dia seguinte, seis pessoas aguardam a chegada da diligência, entre eles, o apache John Russel. Incomodados com a presença de um índio na diligência, o casal Dr. Alex Favor e sua esposa Audra Favor exigem que na primeira parada, Russel viaje na parte de cima da diligência junto ao cocheiro Henry Mendez (Martin Balsam). Porém, o que eles não sabem, é que durante a viagem, a carruagem será atacada por bandidos armados e perigosos, e diante deste quadro a turma de madames e senhores endinheirados pode precisar da coragem, da rapidez e da fúria de um apache mescalero. "Hombre" é um faroeste de primeira grandeza, com ótima direção do americano Martin Ritt - que doze anos mais tarde se consagraria com o clássico "Norma Rae" (1979). Não podemos esquecer do ótimo elenco com astros do quilate de: Richard Boone, Cameron Mitchell e Fredric March, encabeçado pela categoria e charme do stanislavskiano apache de olhos azuis, Paul Newman.
Telmo Vilela Jr.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
Banzé no Oeste
Título no Brasil: Banzé no Oeste
Título Original: Blazing Saddles
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Mel Brooks
Roteiro: Mel Brooks, Norman Steinberg
Elenco: Cleavon Little, Gene Wilder, Slim Pickens, Harvey Korman, Madeline Kahn, Mel Brooks
Sinopse:
Uma sátira aos mitos do cinema do faroeste americano. Toda a confusão é causada quando um político influente resolve nomear um xerife negro numa cidadezinha do oeste. A população não gosta da escolha. Pensando que o novo homem da lei irá dar cobertura para suas falcatruas acaba descobrindo surpreso que ele, pelo contrário, leva muito à sério a lei e sua estrela de prata pois não demora muito a decidir combater todos os foras-da-lei da região.
Comentários:
O humor de Mel Brooks hoje em dia pode soar bem datado para as novas gerações. Ele surgiu um pouco antes do advento do besteirol no cinema americano e muitas vezes apelava para o lado mais cartunesco (e caricatural) das cenas. Aqui o seu alvo são os mitos do western americano. Nada escapa, cowboys, xerifes, nativos, todos viram alvo de piada na lente de Mel Brooks. Um fato curioso aconteceu durante as filmagens. Brooks encontrou por acaso no estúdio com o mito John Wayne (um dos maiores símbolos do faroeste). Wayne não tinha muita ideia do que Brooks estava aprontando mas disse-lhe que tinha ouvido falar do filme. Isso era ótimo, pensou Brooks. Pensando em ter o grande ídolo em sua produção convidou Wayne para uma ponta e para sua surpresa o ator concordou com a sugestão, disse que sim, pois poderia fazer uma pequena participação. Dias depois Wayne falou que não poderia aparecer mais em "Banzé no Oeste" (certamente foi informado de que se tratava de uma comédia maluca). Diplomático o Duke explicou: "Certamente não seria o tipo de filme que faria mas serei o primeiro a ir assisti-lo". É isso, se você é um fã tradicionalista de westerns certamente não gostará muito do que verá. Se porém for em busca de um divertimento sem maiores pretensões poderá sim se divertir bastante. A escolha então é sua.
Pablo Aluísio.
Título Original: Blazing Saddles
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Mel Brooks
Roteiro: Mel Brooks, Norman Steinberg
Elenco: Cleavon Little, Gene Wilder, Slim Pickens, Harvey Korman, Madeline Kahn, Mel Brooks
Sinopse:
Uma sátira aos mitos do cinema do faroeste americano. Toda a confusão é causada quando um político influente resolve nomear um xerife negro numa cidadezinha do oeste. A população não gosta da escolha. Pensando que o novo homem da lei irá dar cobertura para suas falcatruas acaba descobrindo surpreso que ele, pelo contrário, leva muito à sério a lei e sua estrela de prata pois não demora muito a decidir combater todos os foras-da-lei da região.
Comentários:
O humor de Mel Brooks hoje em dia pode soar bem datado para as novas gerações. Ele surgiu um pouco antes do advento do besteirol no cinema americano e muitas vezes apelava para o lado mais cartunesco (e caricatural) das cenas. Aqui o seu alvo são os mitos do western americano. Nada escapa, cowboys, xerifes, nativos, todos viram alvo de piada na lente de Mel Brooks. Um fato curioso aconteceu durante as filmagens. Brooks encontrou por acaso no estúdio com o mito John Wayne (um dos maiores símbolos do faroeste). Wayne não tinha muita ideia do que Brooks estava aprontando mas disse-lhe que tinha ouvido falar do filme. Isso era ótimo, pensou Brooks. Pensando em ter o grande ídolo em sua produção convidou Wayne para uma ponta e para sua surpresa o ator concordou com a sugestão, disse que sim, pois poderia fazer uma pequena participação. Dias depois Wayne falou que não poderia aparecer mais em "Banzé no Oeste" (certamente foi informado de que se tratava de uma comédia maluca). Diplomático o Duke explicou: "Certamente não seria o tipo de filme que faria mas serei o primeiro a ir assisti-lo". É isso, se você é um fã tradicionalista de westerns certamente não gostará muito do que verá. Se porém for em busca de um divertimento sem maiores pretensões poderá sim se divertir bastante. A escolha então é sua.
Pablo Aluísio.
Pôquer de Sangue
Título no Brasil: Pôquer de Sangue
Título Original: 5 Card Stud
Ano de Produção: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Marguerite Roberts, Ray Gaulden
Elenco: Dean Martin, Robert Mitchum, Inger Stevens, Roddy McDowall, Katherine Justice, John Anderson
Sinopse:
No velho oeste qualquer desonestidade no jogo de pôquer era punida com a morte. Assim quando um forasteiro tenta enganar um grupo de jogadores em Rincón, Colorado, ele acaba selando seu destino. Assim que seu golpe é descoberto, os demais jogadores o amarram e o enforcam numa ponte na saída da cidade. Apenas Van Morgan (Dean Martin) tenta salvar o trapaceiro, mas é impedido com violência. O xerife nada pode fazer pois não conhece a identidade dos assassinos. Nesse momento complicado para a comunidade, um novo reverendo chega para pregar a palavra de Deus para todos. Seu nome é Jonathan Rudd (Robert Mitchum), um sujeito com uma forma muito curiosa de levar a palavra do Senhor aos cowboys: com sua arma Colt. Suas boas intenções porém não mudam o quadro e pouco a pouco todos os envolvidos no enforcamento começam a aparecer mortos! Quem estaria por trás dos crimes?
Comentários:
Muito bom o roteiro desse western "Pôquer de Sangue". A trama tem todos os ingredientes que fizeram a mitologia do faroeste americano e mais um adicional que acrescenta muito ao resultado final: o mistério sobre quem estaria matando todos os justiceiros da cidade que tinham enforcado um trambiqueiro no jogo de cartas. O leque de suspeitos é amplo. Van Morgan (Dean Martin) seria um deles, pois provavelmente quis se vingar dos que o espancaram quando ele tentou evitar o crime. Uma nova dama de Saloon, a bonita Lily Langford (Inger Stevens), também pode ser suspeita, pois chegou na cidade assim que as mortes começaram. Até mesmo o novo pregador, Jonathan Rudd (Robert Mitchum), pode ter algum tipo de culpa nas mortes, principalmente depois de pregar afirmando que nenhum dos assassinos escapará da ira de Deus! Assim temos um verdadeiro mistério à la Agatha Christie sobre a identidade do assassino na pequena cidade. Dean Martin, como sempre, está muito correto, além disso canta duas canções no filme (na abertura e nos créditos finais). Sua voz era realmente maravilhosa. Agora quem rouba o show mesmo é o sempre carismático Robert Mitchum. Seu personagem lembra de certo modo o seu papel no grande clássico "Mensageiro do Diabo". E isso só acrescenta ainda mais no belo resultado final dessa produção realmente imperdível para os fãs de western.
Pablo Aluísio.
Título Original: 5 Card Stud
Ano de Produção: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Marguerite Roberts, Ray Gaulden
Elenco: Dean Martin, Robert Mitchum, Inger Stevens, Roddy McDowall, Katherine Justice, John Anderson
Sinopse:
No velho oeste qualquer desonestidade no jogo de pôquer era punida com a morte. Assim quando um forasteiro tenta enganar um grupo de jogadores em Rincón, Colorado, ele acaba selando seu destino. Assim que seu golpe é descoberto, os demais jogadores o amarram e o enforcam numa ponte na saída da cidade. Apenas Van Morgan (Dean Martin) tenta salvar o trapaceiro, mas é impedido com violência. O xerife nada pode fazer pois não conhece a identidade dos assassinos. Nesse momento complicado para a comunidade, um novo reverendo chega para pregar a palavra de Deus para todos. Seu nome é Jonathan Rudd (Robert Mitchum), um sujeito com uma forma muito curiosa de levar a palavra do Senhor aos cowboys: com sua arma Colt. Suas boas intenções porém não mudam o quadro e pouco a pouco todos os envolvidos no enforcamento começam a aparecer mortos! Quem estaria por trás dos crimes?
Comentários:
Muito bom o roteiro desse western "Pôquer de Sangue". A trama tem todos os ingredientes que fizeram a mitologia do faroeste americano e mais um adicional que acrescenta muito ao resultado final: o mistério sobre quem estaria matando todos os justiceiros da cidade que tinham enforcado um trambiqueiro no jogo de cartas. O leque de suspeitos é amplo. Van Morgan (Dean Martin) seria um deles, pois provavelmente quis se vingar dos que o espancaram quando ele tentou evitar o crime. Uma nova dama de Saloon, a bonita Lily Langford (Inger Stevens), também pode ser suspeita, pois chegou na cidade assim que as mortes começaram. Até mesmo o novo pregador, Jonathan Rudd (Robert Mitchum), pode ter algum tipo de culpa nas mortes, principalmente depois de pregar afirmando que nenhum dos assassinos escapará da ira de Deus! Assim temos um verdadeiro mistério à la Agatha Christie sobre a identidade do assassino na pequena cidade. Dean Martin, como sempre, está muito correto, além disso canta duas canções no filme (na abertura e nos créditos finais). Sua voz era realmente maravilhosa. Agora quem rouba o show mesmo é o sempre carismático Robert Mitchum. Seu personagem lembra de certo modo o seu papel no grande clássico "Mensageiro do Diabo". E isso só acrescenta ainda mais no belo resultado final dessa produção realmente imperdível para os fãs de western.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
Na Selva
Filme baseado em fatos reais. No começo dos anos 80 um jovem chamado Yossi Ghinsberg (Daniel Radcliffe) decide que não vai entrar na universidade de direito como queria seu pai. Ao contrário disso resolve viajar, ao estilo mochileiro, pelo mundo afora. Vai parar na Bolívia, onde em La Paz conhece outro grupo de estrangeiros, viajando como ele. Todos estão ali atraídos pela Floresta Amazônica, que eles consideram a última fronteira inexplorada do mundo.
Na capital boliviana conhecem um sujeito que se apresenta como Karl (Thomas Kretschmann). Também é gringo como eles, mas vive na região há muitos anos. Ele oferece, a um preço promocional, uma excursão pelo coração da floresta. Além de conhecer a salva por dentro, ele promete ainda que os levará até uma aldeia isolada da civilização, para ter contato com índios que vivem nas regiões mais distantes e inexploradas da Amazônia.
O grupo fica bem animado com a proposta de uma viagem única e fecham acordo com Karl (o nome real dessa pessoa era Kurt). Só que assim que entram na selva descobrem que as coisas não eram exatamente o que pensavam. Kurt não é um sujeito confiável e nem eles estão prontos para sobreviver a uma jornada como aquela. Tudo o que resta é tentar sobreviver a uma situação limite, onde a selva parece engolir um a um daqueles gringos despreparados.
Bom filme, gostei bastante. O roteiro serve de alerta também para turistas estrangeiros que viajam até a América do Sul para conhecer a Amazônia e pensam que a floresta é uma espécie de Disneylândia do mundo natural. A maioria se dá mal. Ou são roubados pelos locais ou então caem em ciladas perigosas, onde até mesmo correm o risco de perderem suas vidas. O ator Daniel Radcliffe perdeu mais de 30 quilos para rodar as cenas finais do filme. Ele que sempre foi um jovem magro e franzino, quase morreu pelo papel no filme. Valeu a pena, ele surge bem convincente. No final uma explicação sobre as pessoas reais que participaram dessa expedição deixa claro o perigo de se entrar numa selva como a Amazônia sem ter o devido preparo para isso.
Na Selva (Jungle, Austrália, Reino Unido, 2017) Direção: Greg McLean / Roteiro: Justin Monjo, escrito a partir do livro de memórias de autoria de Yossi Ghinsberg / Elenco: Daniel Radcliffe, Thomas Kretschmann, Joel Jackson / Sinopse: Um grupo de jovens turistas estrangeiros entram numa parte da floresta Amazônica na Bolívia e encontram o terror dentro da selva fechada.
Pablo Aluísio.
Na capital boliviana conhecem um sujeito que se apresenta como Karl (Thomas Kretschmann). Também é gringo como eles, mas vive na região há muitos anos. Ele oferece, a um preço promocional, uma excursão pelo coração da floresta. Além de conhecer a salva por dentro, ele promete ainda que os levará até uma aldeia isolada da civilização, para ter contato com índios que vivem nas regiões mais distantes e inexploradas da Amazônia.
O grupo fica bem animado com a proposta de uma viagem única e fecham acordo com Karl (o nome real dessa pessoa era Kurt). Só que assim que entram na selva descobrem que as coisas não eram exatamente o que pensavam. Kurt não é um sujeito confiável e nem eles estão prontos para sobreviver a uma jornada como aquela. Tudo o que resta é tentar sobreviver a uma situação limite, onde a selva parece engolir um a um daqueles gringos despreparados.
Bom filme, gostei bastante. O roteiro serve de alerta também para turistas estrangeiros que viajam até a América do Sul para conhecer a Amazônia e pensam que a floresta é uma espécie de Disneylândia do mundo natural. A maioria se dá mal. Ou são roubados pelos locais ou então caem em ciladas perigosas, onde até mesmo correm o risco de perderem suas vidas. O ator Daniel Radcliffe perdeu mais de 30 quilos para rodar as cenas finais do filme. Ele que sempre foi um jovem magro e franzino, quase morreu pelo papel no filme. Valeu a pena, ele surge bem convincente. No final uma explicação sobre as pessoas reais que participaram dessa expedição deixa claro o perigo de se entrar numa selva como a Amazônia sem ter o devido preparo para isso.
Na Selva (Jungle, Austrália, Reino Unido, 2017) Direção: Greg McLean / Roteiro: Justin Monjo, escrito a partir do livro de memórias de autoria de Yossi Ghinsberg / Elenco: Daniel Radcliffe, Thomas Kretschmann, Joel Jackson / Sinopse: Um grupo de jovens turistas estrangeiros entram numa parte da floresta Amazônica na Bolívia e encontram o terror dentro da selva fechada.
Pablo Aluísio.
Tropa de Elite
Título no Brasil: Tropa de Elite
Título Original: Tropa de Elite
Ano de Produção: 2007
País: Brasil
Estúdio: Zazen Produções, Posto 9
Direção: José Padilha
Roteiro: André Batista, Bráulio Mantovani
Elenco: Wagner Moura, André Ramiro, Caio Junqueira, Milhem Cortaz, Fernanda Machado, Fernanda de Freitas
Sinopse:
Dois aspirantes recebem treinamento para trabalhar no BOPE, o batalhão de operações especiais da polícia militar do Rio de Janeiro. No comando, o capitão Nascimento (Wagner Moura) tenta superar seus próprios problemas pessoais, ao mesmo tempo em que combate a criminalidade na cidade onde vive. Filme premiado no Berlin International Film Festival.
Comentários:
Esse filme se tornou o maior sucesso de bilheteria do cinema brasileiro dos últimos anos. Tecnicamente perfeito, foi bastante elogiado também pela crítica, inclusive no exterior. É um filme realmente muito bem produzido, que não deixa a desejar em nada se comparado com produções americanas. O roteiro também é um ponto forte, baseado no livro escrito por um ex-oficial do próprio BOPE. Por essa razão experiências reais podem ser conferidas na tela. Com tudo em seus eixos, "Tropa de Elite" só não conseguiu ser bem compreendido por parte do público que o assistiu e adorou o resultado. Isso porque muitas pessoas não conseguiram captar a real mensagem que o diretor quis passar. "Tropa de Elite" não é um filme de ação com um protagonista justiceiro, que faz justiça pelas próprias mãos. O capitão Nascimento não é um herói. Ele é um personagem mais humano do que muitas pessoas pensam. De certa maneira é uma figura trágica. Quando ele tortura jovens no alto do morro, não o faz para ser aplaudido, mas para ser lamentado. Os realizadores desse filme são todos progressistas, de viés de esquerda, que queriam acima de tudo mostrar como a pressão sofrida por um policial no Rio poderia afetar até mesmo seu equilíbrio emocional e mental. A tortura, a violação de direitos humanos, não é algo para se aplaudir, mas um reflexo dessa situação aflitiva. De qualquer maneira, mesmo sendo muito mal interpretado por certos espectadores, "Tropa de Elite" não deixa de ser uma das melhores coisas que o cinema brasileiro fez nos últimos anos. Um grande filme que merece todos os elogios.
Pablo Aluísio.
Título Original: Tropa de Elite
Ano de Produção: 2007
País: Brasil
Estúdio: Zazen Produções, Posto 9
Direção: José Padilha
Roteiro: André Batista, Bráulio Mantovani
Elenco: Wagner Moura, André Ramiro, Caio Junqueira, Milhem Cortaz, Fernanda Machado, Fernanda de Freitas
Sinopse:
Dois aspirantes recebem treinamento para trabalhar no BOPE, o batalhão de operações especiais da polícia militar do Rio de Janeiro. No comando, o capitão Nascimento (Wagner Moura) tenta superar seus próprios problemas pessoais, ao mesmo tempo em que combate a criminalidade na cidade onde vive. Filme premiado no Berlin International Film Festival.
Comentários:
Esse filme se tornou o maior sucesso de bilheteria do cinema brasileiro dos últimos anos. Tecnicamente perfeito, foi bastante elogiado também pela crítica, inclusive no exterior. É um filme realmente muito bem produzido, que não deixa a desejar em nada se comparado com produções americanas. O roteiro também é um ponto forte, baseado no livro escrito por um ex-oficial do próprio BOPE. Por essa razão experiências reais podem ser conferidas na tela. Com tudo em seus eixos, "Tropa de Elite" só não conseguiu ser bem compreendido por parte do público que o assistiu e adorou o resultado. Isso porque muitas pessoas não conseguiram captar a real mensagem que o diretor quis passar. "Tropa de Elite" não é um filme de ação com um protagonista justiceiro, que faz justiça pelas próprias mãos. O capitão Nascimento não é um herói. Ele é um personagem mais humano do que muitas pessoas pensam. De certa maneira é uma figura trágica. Quando ele tortura jovens no alto do morro, não o faz para ser aplaudido, mas para ser lamentado. Os realizadores desse filme são todos progressistas, de viés de esquerda, que queriam acima de tudo mostrar como a pressão sofrida por um policial no Rio poderia afetar até mesmo seu equilíbrio emocional e mental. A tortura, a violação de direitos humanos, não é algo para se aplaudir, mas um reflexo dessa situação aflitiva. De qualquer maneira, mesmo sendo muito mal interpretado por certos espectadores, "Tropa de Elite" não deixa de ser uma das melhores coisas que o cinema brasileiro fez nos últimos anos. Um grande filme que merece todos os elogios.
Pablo Aluísio.
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