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sábado, 19 de dezembro de 2020

O Renegado do Forte Petticoat

O tenente Frank Hewitt (Audie Murphy) entra em atrito com seus superiores por causa da política de violência implantada contra índios que deixam as reservas determinadas por tratados entre o governo americano e as nações indígenas. Após um massacre gratuito promovido por seu coronel de batalhão, Frank decide ir até o Texas (seu local de nascimento) para alertar os fazendeiros da região dos perigos de um provável ataque de comanches, em represália às mortes nas tribos da região. Em plena guerra civil americana, poucos homens restaram nessas propriedades rurais, então Frank une um grupo de mulheres para treiná-las contra o iminente ataque dos índios. Ao mesmo tempo precisa ganhar a confiança de todas elas, uma vez que veste uma farda ianque, do exército da União, o que para muitas daquelas sulistas era um ato de traição contra as forças confederadas.

"O Renegado do Forte Petticoat" é mais um bom western da filmografia do ator Audie Murphy. Esse aqui procura inovar pois em um gênero tão masculino temos na linha de frente mulheres fortes e decididas, prontas para defender suas terras. E elas não se saem nada mal para falar a verdade! O choque ocorre em uma velha missão católica abandonada. Esse detalhe do roteiro lembra até mesmo do clássico Álamo". As semelhanças são bem claras nesse aspecto. Temos um grupo de texanas encurraladas na missão, mas lutando até o fim contra os inimigos. No caso da história mostrada nesse filme saem os mexicanos do Álamo e entram os comanches, selvagens, guerreiros que querem a expulsão do homem branco de suas terras.

Praticamente todo o enredo se desenvolve em cima dessa situação. Felizmente o roteiro é bem escrito, ágil e não deixa em nenhum momento o filme cair no tédio, o que seria previsível diante da situação única explorada pelos roteiristas. Na verdade a fita tem a duração ideal, com pouco mais de 70 minutos, algo que faltou no filme "O Álamo" que acabou sendo vítima de suas próprias pretensões. Sendo de menor duração, as cenas de ação e combate se tornam menos repetitivas, trazendo agilidade ao faroeste como um todo. Por fim uma curiosidade: Seguindo os passos de Randolph Scott, o ator Audie Murphy por essa época começou ele próprio a também produzir seus filmes. Aqui ele assina a produção ao lado de Harry Joe Brown, produtor que inclusive produziu vários filmes de western com Randolph Scott.

O Renegado do Forte Petticoat (The Guns of Fort Petticoat, Estados Unidos, 1957) Direção: George Marshall / Roteiro: Walter Doniger, C. William Harrison / Elenco: Audie Murphy, Kathryn Grant, Hope Emerson / Sinopse: Tenente da cavalaria ianque vai até o Texas para ajudar um grupo de mulheres a se defender de um ataque da tribo comanche.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Simbad e a Princesa

Título no Brasil: Simbad e a Princesa
Título Original: The 7th Voyage of Sinbad
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Nathan Juran
Roteiro: Ken Kolb
Elenco: Kerwin Mathews, Kathryn Grant, Richard Eyer, Torin Thatcher, Alec Mango, Danny Green

Sinopse:
O filme conta a sétima viagem do marujo Simbad nos sete mares, em um universo repleto de magia, monstros e gigantes. A história começa quando uma linda princesa se torna vítima de um feitiço maligno de um bruxo. Caberá então ao bravo marinheiro Simbad (Kerwin Mathews) ir até uma ilha misteriosa para procurar por sua cura. Lá acaba encontrando uma série de monstros e criaturas que ele jamais sonhava existir. Filme indicado ao Hugo Awards.

Comentários:
Na década de 1950 o personagem do marinheiro Simbad, das mil e uma noites, virou sinônimo de aventura juvenil dentro da indústria de cinema dos Estados Unidos. Eram filmes com muita fantasia, monstros e magia. Esse "The 7th Voyage of Sinbad" é considerado um clássico do gênero. Em um tempo onde não existiam efeitos especiais mais elaborados, tudo era realizado de forma praticamente artesanal pelo mestre Ray Harryhausen. Nessa produção em particular, ele se utilizou de uma nova técnica chamada Dynamation, onde a animação era usada de forma muito sutil, praticamente parecendo uma cena real. O resultado é de fato excelente. Mesmo com a novidade, não abriu mão de seu estilo mais tradicional para dar vida a série de criaturas da mitologia como um Ciclope, um dragão medieval e um esqueleto guerreiro, armado de espadas afiadas. O resultado, além de muito nostálgico (os filmes de Simbad eram reprisados frequentemente na Sessão da Tarde durante os anos 70 e 80) ainda traz aquela diversão tão inocente e deliciosa de quando se é apenas um adolescente em busca de filmes de aventuras cheias de ação e fantasia.

Pablo Aluísio.