Título no Brasil: Coma
Título Original: Coma
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Michael Crichton
Roteiro: Michael Crichton, Robin Cook
Elenco: Michael Douglas, Geneviève Bujold, Richard Widmark, Rip Torn, Lois Chiles
Sinopse:
Uma jovem médica de um hospital, chamada Susan Wheeler (interpretada pela atriz Geneviève Bujold), começa a perceber um padrão de ocorrências estranhas com os pacientes. De repente, pacientes saudáveis desenvolvem complicações e acabam em coma. Ela começa a investigar e o que descobre é surpreendente.
Comentários:
Interessante filme com Michael Douglas. Embora o roteiro em determinado momento venha a cair nas bobagens típicas das teorias de conspirações malucas, o fato é que até chegar lá e de certa forma estragar o filme, tudo é bem desenvolvido, inclusive com bom uso de suspense. Pena que, como já escrevi, a coisa desande mesmo. Na década de 1970 filmes como essa, que ficaram conhecidos genericamente como Disaster Movies, entraram na moda de forma definitiva. O público adorava esse tipo de cenário, com o apocalipse batendo à porta. Mal sabiam as pessoas o que estava por vir, porque em dias de coronavírus esse drama médico fica parecendo brincadeira de criança. Filme premiado pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Atriz (Geneviève Bujold).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 23 de abril de 2020
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Um Dia de Chuva em Nova York
Título no Brasil: Um Dia de Chuva em Nova York
Título Original: A Rainy Day in New York
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Gravier Productions
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Timothée Chalamet, Elle Fanning, Liev Schreiber, Jude Law, Diego Luna, Selena Gomez
Sinopse:
Um casal de jovens universitários do curso de arte decide passar um dia em Nova Iorque. Ele, Gatsby Welles (Timothée Chalamet), vai ter que reencontrar a mãe possessiva. Ela, Ashleigh Enright (Elle Fanning), vai conhecer um importante e famoso diretor de cinema que poderá abrir as portas para sua carreira. Só que obviamente as coisas não saem exatamente como era esperado.
Comentários:
Woody Allen está com 84 anos de idade. Será que alguém ainda pode julgar seus filmes como antigamente? Penso que não. O que ele tinha que fazer no cinema, já o fez. Não precisava realizar mais nada. Tudo o que deveria ter feito, já foi feito. Mesmo assim ele parece não desistir nunca. Tal como Clint Eastwood penso que ele provavelmente vai romper a barreira dos 90 anos ainda dirigindo filmes. Esse aqui é um de seus filmes menos pretensiosos. Com roteiro do próprio diretor, ele coloca na boca de seus personagens simples devaneios de sua própria mente. Por isso surgem coisas esquisitas na tela. Por exemplo, a atriz Elle Fanning interpreta uma loirinha tola, infantil e não muito inteligente. Na maioria das cenas ela se mostra assim. Porém quando Allen resolve soltar um grande pensamento usando justamente ela, nem pensa duas vezes. Juro que senti que a menina estava "possuída" pela mente irônica e muito inteligente de Allen. E ver esse senhor octogenário soltando seus pensamentos mais sutis através da boca da bobinha e sorridente personagem de Fanning é pra lá de esquisito! No fundo praticamente todos os personagens em cena funcionam como espécies de espelhos, de alter ego coletivo do diretor, em maior ou menos grau. Allen usa todos apenas como peças decorativas de seu tabuleiro de pensamentos, com ele soltando suas divagações aqui e acolá. Algumas pessoas vão ao psicanalista. Woody Allen faz filmes como esse para desabafar o que pensa. No geral é um filme bem bonitinho, uma graça. Parece uma caixa de bombons. Claro, comparado com seu passado, tudo soará muito inocente e sem grande importância. Porém para quem já tem uma filmografia maravilhosa como Woody Allen, tudo é plenamente perdoado. Absolutamente tudo. Até ser meio bobinho agora com esse seu novo filme.
Pablo Aluísio.
Título Original: A Rainy Day in New York
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Gravier Productions
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Timothée Chalamet, Elle Fanning, Liev Schreiber, Jude Law, Diego Luna, Selena Gomez
Sinopse:
Um casal de jovens universitários do curso de arte decide passar um dia em Nova Iorque. Ele, Gatsby Welles (Timothée Chalamet), vai ter que reencontrar a mãe possessiva. Ela, Ashleigh Enright (Elle Fanning), vai conhecer um importante e famoso diretor de cinema que poderá abrir as portas para sua carreira. Só que obviamente as coisas não saem exatamente como era esperado.
Comentários:
Woody Allen está com 84 anos de idade. Será que alguém ainda pode julgar seus filmes como antigamente? Penso que não. O que ele tinha que fazer no cinema, já o fez. Não precisava realizar mais nada. Tudo o que deveria ter feito, já foi feito. Mesmo assim ele parece não desistir nunca. Tal como Clint Eastwood penso que ele provavelmente vai romper a barreira dos 90 anos ainda dirigindo filmes. Esse aqui é um de seus filmes menos pretensiosos. Com roteiro do próprio diretor, ele coloca na boca de seus personagens simples devaneios de sua própria mente. Por isso surgem coisas esquisitas na tela. Por exemplo, a atriz Elle Fanning interpreta uma loirinha tola, infantil e não muito inteligente. Na maioria das cenas ela se mostra assim. Porém quando Allen resolve soltar um grande pensamento usando justamente ela, nem pensa duas vezes. Juro que senti que a menina estava "possuída" pela mente irônica e muito inteligente de Allen. E ver esse senhor octogenário soltando seus pensamentos mais sutis através da boca da bobinha e sorridente personagem de Fanning é pra lá de esquisito! No fundo praticamente todos os personagens em cena funcionam como espécies de espelhos, de alter ego coletivo do diretor, em maior ou menos grau. Allen usa todos apenas como peças decorativas de seu tabuleiro de pensamentos, com ele soltando suas divagações aqui e acolá. Algumas pessoas vão ao psicanalista. Woody Allen faz filmes como esse para desabafar o que pensa. No geral é um filme bem bonitinho, uma graça. Parece uma caixa de bombons. Claro, comparado com seu passado, tudo soará muito inocente e sem grande importância. Porém para quem já tem uma filmografia maravilhosa como Woody Allen, tudo é plenamente perdoado. Absolutamente tudo. Até ser meio bobinho agora com esse seu novo filme.
Pablo Aluísio.
Tudo o que Você Sempre quis Saber Sobre Sexo, mas Tinha Medo de Perguntar
Título no Brasil: Tudo o que Você Sempre quis Saber Sobre Sexo, mas Tinha Medo de Perguntar
Título Original: Everything You Always Wanted to Know About Sex * But Were Afraid to Ask
Ano de Produção: 1972
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, Gene Wilder, John Carradine, Tony Randall, Burt Reynolds, Anthony Quayle
Sinopse:
Woody Allen interpreta diversos personagens (Victor / Fabrizio / The Fool / Sperm) que vão surgindo em várias sequências relativamente independentes e muito divertidas. O fio de ligação entre elas vem de perguntas, dúvidas, que todos têm sobre o sexo! De onde surgem os bebês? O que é masturbação? etc.
Comentários:
Da série "Os maiores títulos de filmes da história", daqueles que eram impossíveis de colocar nas marquises dos cinemas da época. Sim, "Tudo o que Você Sempre quis Saber Sobre Sexo, mas Tinha Medo de Perguntar" já era divertido no título. "Um absurdo!" - muitos disseram em seu lançamento. Na verdade aqui Woody Allen realizou um de seus filmes mais engraçados. O que serviu de inspiração foi um livro de sexologia que ele comprou em Nova Iorque. Era algo didático, mas o nome do livro era pura apelação. Assim Allen decidiu que iria fazer uma adaptação para o cinema, mas não uma adaptação qualquer e sim uma sátira, um sucessão de gags irônicas sobre as principais dúvidas que as pessoas tinham sobre sexo. Assim cada pergunta abre uma brecha para uma sequência de pura nonsense, puro absurdo do humor mais insano. De certa forma esse filme acabou virando um estigma, um modelo, de filme que prioriza mais o humor puro do que as conversas do tipo "cabeça", que iriam ser comuns nos seus filmes seguintes. Duas sequências se destacam no roteiro. Na primeira, sempre lembrada até hoje, o próprio Woody Allen interpreta um esperma, pronto para nadar e tentar vencer a prova, a corrida para entrar no óvulo. Enquanto ele se prepara aparecem várias inseguranças. Em outra, muito divertida, ele é perseguido por um seio feminino gigante pelas ruas da cidade. Assim cada dúvida é estopim para mais uma sequência, sem seguir uma história narrativa linear. Quem ganha é o espectador. O riso (inteligente) se torna fácil e farto.
Pablo Aluísio.
Título Original: Everything You Always Wanted to Know About Sex * But Were Afraid to Ask
Ano de Produção: 1972
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, Gene Wilder, John Carradine, Tony Randall, Burt Reynolds, Anthony Quayle
Sinopse:
Woody Allen interpreta diversos personagens (Victor / Fabrizio / The Fool / Sperm) que vão surgindo em várias sequências relativamente independentes e muito divertidas. O fio de ligação entre elas vem de perguntas, dúvidas, que todos têm sobre o sexo! De onde surgem os bebês? O que é masturbação? etc.
Comentários:
Da série "Os maiores títulos de filmes da história", daqueles que eram impossíveis de colocar nas marquises dos cinemas da época. Sim, "Tudo o que Você Sempre quis Saber Sobre Sexo, mas Tinha Medo de Perguntar" já era divertido no título. "Um absurdo!" - muitos disseram em seu lançamento. Na verdade aqui Woody Allen realizou um de seus filmes mais engraçados. O que serviu de inspiração foi um livro de sexologia que ele comprou em Nova Iorque. Era algo didático, mas o nome do livro era pura apelação. Assim Allen decidiu que iria fazer uma adaptação para o cinema, mas não uma adaptação qualquer e sim uma sátira, um sucessão de gags irônicas sobre as principais dúvidas que as pessoas tinham sobre sexo. Assim cada pergunta abre uma brecha para uma sequência de pura nonsense, puro absurdo do humor mais insano. De certa forma esse filme acabou virando um estigma, um modelo, de filme que prioriza mais o humor puro do que as conversas do tipo "cabeça", que iriam ser comuns nos seus filmes seguintes. Duas sequências se destacam no roteiro. Na primeira, sempre lembrada até hoje, o próprio Woody Allen interpreta um esperma, pronto para nadar e tentar vencer a prova, a corrida para entrar no óvulo. Enquanto ele se prepara aparecem várias inseguranças. Em outra, muito divertida, ele é perseguido por um seio feminino gigante pelas ruas da cidade. Assim cada dúvida é estopim para mais uma sequência, sem seguir uma história narrativa linear. Quem ganha é o espectador. O riso (inteligente) se torna fácil e farto.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 21 de abril de 2020
A Livraria
Título no Brasil: A Livraria
Título Original: The Bookshop
Ano de Produção: 2017
País: Inglaterra
Estúdio: Contracorriente Films
Direção: Isabel Coixet
Roteiro: Isabel Coixet
Elenco: Emily Mortimer, Bill Nighy, Patricia Clarkson, Honor Kneafsey, Hunter Tremayne, Reg Wilson
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Penelope Fitzgerald, o filme conta a história de Florence Green (Emily Mortimer). Após a morte de seu marido na II Guerra, ela decide abrir uma pequena livraria em uma cidadezinha do interior da Inglaterra. Só que seu novo negócio passa a ser sabotado por Violet Gamart (Patricia Clarkson), uma mulher rica e poderosa da cidade.
Comentários:
Só o cinema inglês atualmente produz filmes como esse. Pequenas crônicas humanas sobre a vida de pessoas comuns. O cinema americano tem perdido a capacidade de produzir pequenos dramas emocionais como esse filme. Fica como um exemplo a seguir. Tudo se passa durante os anos 1950. Ainda jovem, mas viúva da guerra, Florence Green (Emily Mortimer) tem a ideia de abrir uma livraria. Não seria o tipo de estabelecimento comercial mais apropriado para aquele lugar, já que a cidade é bem pequena, cheia de pescadores. Não haveria muitos leitores de livros para comprar em sua loja. Uma exceção vem do recluso Edmund Brundish (Bill Nighy), que após a morte da sua esposa encontrou consolo na sua coleção de livros. A leitura se torna sua principal amiga e companheira. E logo se torna também o principal comprador de livros da pequena loja de Florence. Porém toda história também precisa de uma antagonista, que surge na figura de uma mulher rica que quer fechar a pequena livraria, pois no imóvel onde ela está há um interesse dela em abrir um centro cultural. "A Livraria" é assim um filme sobre pessoas comuns, tentando levar sua vida da melhor forma possível. Uma pequena obra cinematográfica que ganha muitos pontos no quesito humanismo. Algo que está muito em falta nos dias atuais. E para completar o quadro positivo o filme foi dirigido pela talentosa cineasta Isabel Coixet. O olhar feminino da diretora aqui fez toda a diferença. Trouxe uma sensibilidade ímpar ao filme.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Bookshop
Ano de Produção: 2017
País: Inglaterra
Estúdio: Contracorriente Films
Direção: Isabel Coixet
Roteiro: Isabel Coixet
Elenco: Emily Mortimer, Bill Nighy, Patricia Clarkson, Honor Kneafsey, Hunter Tremayne, Reg Wilson
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Penelope Fitzgerald, o filme conta a história de Florence Green (Emily Mortimer). Após a morte de seu marido na II Guerra, ela decide abrir uma pequena livraria em uma cidadezinha do interior da Inglaterra. Só que seu novo negócio passa a ser sabotado por Violet Gamart (Patricia Clarkson), uma mulher rica e poderosa da cidade.
Comentários:
Só o cinema inglês atualmente produz filmes como esse. Pequenas crônicas humanas sobre a vida de pessoas comuns. O cinema americano tem perdido a capacidade de produzir pequenos dramas emocionais como esse filme. Fica como um exemplo a seguir. Tudo se passa durante os anos 1950. Ainda jovem, mas viúva da guerra, Florence Green (Emily Mortimer) tem a ideia de abrir uma livraria. Não seria o tipo de estabelecimento comercial mais apropriado para aquele lugar, já que a cidade é bem pequena, cheia de pescadores. Não haveria muitos leitores de livros para comprar em sua loja. Uma exceção vem do recluso Edmund Brundish (Bill Nighy), que após a morte da sua esposa encontrou consolo na sua coleção de livros. A leitura se torna sua principal amiga e companheira. E logo se torna também o principal comprador de livros da pequena loja de Florence. Porém toda história também precisa de uma antagonista, que surge na figura de uma mulher rica que quer fechar a pequena livraria, pois no imóvel onde ela está há um interesse dela em abrir um centro cultural. "A Livraria" é assim um filme sobre pessoas comuns, tentando levar sua vida da melhor forma possível. Uma pequena obra cinematográfica que ganha muitos pontos no quesito humanismo. Algo que está muito em falta nos dias atuais. E para completar o quadro positivo o filme foi dirigido pela talentosa cineasta Isabel Coixet. O olhar feminino da diretora aqui fez toda a diferença. Trouxe uma sensibilidade ímpar ao filme.
Pablo Aluísio.
Meu Amor, Minha Perdição
Título no Brasil: Meu Amor, Minha Perdição
Título Original: The Heart of Me
Ano de Produção: 2002
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio: BBC Films
Direção: Thaddeus O'Sullivan
Roteiro: Lucinda Coxon
Elenco: Helena Bonham Carter, Olivia Williams, Paul Bettany, Eleanor Bron, Luke Newberry, Tom Ward
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Rosamond Lehmann, o filme conta a história de um casal formado na década de 1930, por um rico empresário inglês e sua jovem esposa, Madeleins. Ela tem uma irmã problemática que acaba trazendo diversos problemas para seu relacionamento.
Comentários:
Há uma boa forma de definir esse filme. É uma espécie de novela britânica ao velho estilo. Tem um modelo bem de acordo com as produções da BBC. A produção não chega a ser maravilhosa, de primeira linha, classe A, mas a elegância está no padrão que conhecemos. E como toda novela, todo romance ao estilo folhetim, temos no enredo traições, romances desfeitos, casos amorosos que nunca se concretizam e, como não poderia de deixar, também tragédias, personagens que morrem inesperadamente, etc. Tudo bem de acordo com um certo bom gosto, mas também previsível. "Meu Amor, Minha Perdição" me agradou. Porém eu esperava por algo mais original, algo mais criativo. De qualquer forma é aquela coisa, se você gosta do padrão BBC de produções dramáticas inglesas, pode assistir sem problemas, sem receios. Sempre há o talento da atriz Helena Bonham Carter, aqui interpretando uma personagem que tem um caso complicado com Paul Bettany, outro bom ator, sempre subestimado.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Heart of Me
Ano de Produção: 2002
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio: BBC Films
Direção: Thaddeus O'Sullivan
Roteiro: Lucinda Coxon
Elenco: Helena Bonham Carter, Olivia Williams, Paul Bettany, Eleanor Bron, Luke Newberry, Tom Ward
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Rosamond Lehmann, o filme conta a história de um casal formado na década de 1930, por um rico empresário inglês e sua jovem esposa, Madeleins. Ela tem uma irmã problemática que acaba trazendo diversos problemas para seu relacionamento.
Comentários:
Há uma boa forma de definir esse filme. É uma espécie de novela britânica ao velho estilo. Tem um modelo bem de acordo com as produções da BBC. A produção não chega a ser maravilhosa, de primeira linha, classe A, mas a elegância está no padrão que conhecemos. E como toda novela, todo romance ao estilo folhetim, temos no enredo traições, romances desfeitos, casos amorosos que nunca se concretizam e, como não poderia de deixar, também tragédias, personagens que morrem inesperadamente, etc. Tudo bem de acordo com um certo bom gosto, mas também previsível. "Meu Amor, Minha Perdição" me agradou. Porém eu esperava por algo mais original, algo mais criativo. De qualquer forma é aquela coisa, se você gosta do padrão BBC de produções dramáticas inglesas, pode assistir sem problemas, sem receios. Sempre há o talento da atriz Helena Bonham Carter, aqui interpretando uma personagem que tem um caso complicado com Paul Bettany, outro bom ator, sempre subestimado.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 20 de abril de 2020
O Oficial e o Espião
Título no Brasil: O Oficial e o Espião
Título Original: J'accuse
Ano de Produção: 2019
País: França, Itália
Estúdio: Légende Films, R.P. Productions
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Robert Harris
Elenco: Jean Dujardin, Louis Garrel, Emmanuelle Seigner, Grégory Gadebois, Hervé Pierre, Wladimir Yordanoff
Sinopse:
Baseado em fatos reais, a história do filme se passa em 1895, quando o novo encarregado da inteligência do exército francês, o Coronel Georges Picquart (Jean Dujardin), descobre que um oficial foi condenado injustamente por traição e espionagem. Ele então luta para provar sua inocência, mas encontra forte resistência do alto comando do exército.
Comentários:
O novo filme de Roman Polanski poderá soar decepcionante para alguns, por ser burocrático demais, porém o diretor na verdade parece mais empenhado em contar uma história de injustiça do que qualquer outra coisa. Não é segredo para ninguém que Polanski se defende há anos de acusações envolvendo crimes cometidos nos Estados Unidos. Esse processo inclusive o impede de trabalhar (e até mesmo visitar) o país pois caso pise em solo americano será preso. Assim fica claro que na verdade Roman Polanski filmou essa história como uma declaração pessoal contra a injustiça envolvendo pessoas inocentes julgadas e condenadas como culpadas. É uma interessante analogia com sua própria história pessoal. Deixando as razões pessoais do diretor de lado, temos que admitir que esse filme é muito bem realizado, contando inclusive com várias indicações técnicas no César Awards (O Oscar da França), mas ao mesmo tempo sofre de uma timidez autoral. Logo ele, um dos diretores mais autorais da história do cinema, aqui decidiu ficar em segundo plano apenas para contar bem essa história. E ele o fez muito bem, é bom salientar. Só não trouxe sua marca pessoal para o filme em nenhum momento. Assim temos uma obra cinematográfica que tem suas qualidades, mas também seus problemas, todos bem nítidos.
Pablo Aluísio.
Título Original: J'accuse
Ano de Produção: 2019
País: França, Itália
Estúdio: Légende Films, R.P. Productions
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Robert Harris
Elenco: Jean Dujardin, Louis Garrel, Emmanuelle Seigner, Grégory Gadebois, Hervé Pierre, Wladimir Yordanoff
Sinopse:
Baseado em fatos reais, a história do filme se passa em 1895, quando o novo encarregado da inteligência do exército francês, o Coronel Georges Picquart (Jean Dujardin), descobre que um oficial foi condenado injustamente por traição e espionagem. Ele então luta para provar sua inocência, mas encontra forte resistência do alto comando do exército.
Comentários:
O novo filme de Roman Polanski poderá soar decepcionante para alguns, por ser burocrático demais, porém o diretor na verdade parece mais empenhado em contar uma história de injustiça do que qualquer outra coisa. Não é segredo para ninguém que Polanski se defende há anos de acusações envolvendo crimes cometidos nos Estados Unidos. Esse processo inclusive o impede de trabalhar (e até mesmo visitar) o país pois caso pise em solo americano será preso. Assim fica claro que na verdade Roman Polanski filmou essa história como uma declaração pessoal contra a injustiça envolvendo pessoas inocentes julgadas e condenadas como culpadas. É uma interessante analogia com sua própria história pessoal. Deixando as razões pessoais do diretor de lado, temos que admitir que esse filme é muito bem realizado, contando inclusive com várias indicações técnicas no César Awards (O Oscar da França), mas ao mesmo tempo sofre de uma timidez autoral. Logo ele, um dos diretores mais autorais da história do cinema, aqui decidiu ficar em segundo plano apenas para contar bem essa história. E ele o fez muito bem, é bom salientar. Só não trouxe sua marca pessoal para o filme em nenhum momento. Assim temos uma obra cinematográfica que tem suas qualidades, mas também seus problemas, todos bem nítidos.
Pablo Aluísio.
Um Policial Acima da Lei
Título no Brasil: Um Policial Acima da Lei
Título Original: Cop
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Atlantic Entertainment Group
Direção: James B. Harris
Roteiro: James Ellroy, James B. Harris
Elenco: James Woods, Lesley Ann Warren, Charles Durning, Charles Haid, Raymond J. Barry, Randi Brooks
Sinopse:
O policial Lloyd Hopkins (James Woods) investiga um suposto maníaco e serial killer que ataca mulheres. Conhecido por ser um policial violento, ele logo entra em choque com seus superiores que acabam tomando seu distintivo no departamento onde trabalha.
Comentários:
Esse tipo de filme, um típico policial dos anos 80, geralmente encontrava seu público alvo não nos cinemas, mas sim no mercado de vídeo VHS, que na época era um ramo comercial muito importante para a indústria cinematográfica. Tanto isso é verdade que esse filme custou meros 3 milhões de dólares, ou seja, era feito mesmo para as locadoras. No geral o filme não foge nada dos padrões vigentes na época para esse tipo de produção, ou seja, o protagonista era sempre um tira durão, que queria fazer justiça pelas próprias mãos, mas que era impedido de seguir em frente por causa da burocracia da polícia. Os roteiros também repetiam uma certa fórmula pois esse tipo de personagem quase sempre era abandonado pela esposa e vivia um verdadeiro inferno pessoal. Tudo na linha do que era feito na época, sem tirar ou colocar nada de novo. Assim se você curtia esse tipo de filme policial dos anos 80 pode ver (ou rever) sem maiores sobressaltos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Cop
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Atlantic Entertainment Group
Direção: James B. Harris
Roteiro: James Ellroy, James B. Harris
Elenco: James Woods, Lesley Ann Warren, Charles Durning, Charles Haid, Raymond J. Barry, Randi Brooks
Sinopse:
O policial Lloyd Hopkins (James Woods) investiga um suposto maníaco e serial killer que ataca mulheres. Conhecido por ser um policial violento, ele logo entra em choque com seus superiores que acabam tomando seu distintivo no departamento onde trabalha.
Comentários:
Esse tipo de filme, um típico policial dos anos 80, geralmente encontrava seu público alvo não nos cinemas, mas sim no mercado de vídeo VHS, que na época era um ramo comercial muito importante para a indústria cinematográfica. Tanto isso é verdade que esse filme custou meros 3 milhões de dólares, ou seja, era feito mesmo para as locadoras. No geral o filme não foge nada dos padrões vigentes na época para esse tipo de produção, ou seja, o protagonista era sempre um tira durão, que queria fazer justiça pelas próprias mãos, mas que era impedido de seguir em frente por causa da burocracia da polícia. Os roteiros também repetiam uma certa fórmula pois esse tipo de personagem quase sempre era abandonado pela esposa e vivia um verdadeiro inferno pessoal. Tudo na linha do que era feito na época, sem tirar ou colocar nada de novo. Assim se você curtia esse tipo de filme policial dos anos 80 pode ver (ou rever) sem maiores sobressaltos.
Pablo Aluísio.
Oliver Twist
Título no Brasil: Oliver Twist
Título Original: Oliver Twist
Ano de Produção: 2005
País: França, Inglaterra
Estúdio: R.P. Productions
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Ronald Harwood
Elenco: Barney Clark, Ben Kingsley, Jeremy Swift, Michael Heath, Jeremy Swift, Ian McNeice
Sinopse:
Baseado na obra escrita pelo consagrado autor Charles Dickens, o filme conta a história do garoto Oliver Twist (Barney Clark), que durante a revolução industrial em Londres se junta a um grupo de pequenos criminosos e batedores de carteira, todos liderados por uma estranha figura, considerado o mestre dos garotos.
Comentários:
Não se pode medir a importância da obra literária de Charles Dickens. Para muitos ele foi o mestre dos mestres nesse tipo de romance, onde aliava a denúncia social do que ocorria em sua época, com enredos divertidos que faziam muito sucesso entre o público. E de fato, mesmo hoje, após tanto tempo, Dickens continua imbatível. Aqui temos um encontro interessante, reunindo o talento de cineasta de Roman Polanski com os personagens criados por Charles Dickens em 1839, data da primeira edição de seu famoso livro. Com produção impecável, bom elenco, inclusive em relação aos garotos, o filme só enfrentou uma crítica mais recorrente quando foi lançado. Muitos não gostaram do fato de Roman Polanski ter dirigido ao filme. Para esses puristas apenas um diretor inglês devia ter essa honra. Em meu caso esse tipo de coisa soa como pura xenofobia. O filme é muito bom, o produto cinematográfico ficou acima da média. Não há mesmo razões sérias para não gostar dessa adaptação.
Pablo Aluísio.
Título Original: Oliver Twist
Ano de Produção: 2005
País: França, Inglaterra
Estúdio: R.P. Productions
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Ronald Harwood
Elenco: Barney Clark, Ben Kingsley, Jeremy Swift, Michael Heath, Jeremy Swift, Ian McNeice
Sinopse:
Baseado na obra escrita pelo consagrado autor Charles Dickens, o filme conta a história do garoto Oliver Twist (Barney Clark), que durante a revolução industrial em Londres se junta a um grupo de pequenos criminosos e batedores de carteira, todos liderados por uma estranha figura, considerado o mestre dos garotos.
Comentários:
Não se pode medir a importância da obra literária de Charles Dickens. Para muitos ele foi o mestre dos mestres nesse tipo de romance, onde aliava a denúncia social do que ocorria em sua época, com enredos divertidos que faziam muito sucesso entre o público. E de fato, mesmo hoje, após tanto tempo, Dickens continua imbatível. Aqui temos um encontro interessante, reunindo o talento de cineasta de Roman Polanski com os personagens criados por Charles Dickens em 1839, data da primeira edição de seu famoso livro. Com produção impecável, bom elenco, inclusive em relação aos garotos, o filme só enfrentou uma crítica mais recorrente quando foi lançado. Muitos não gostaram do fato de Roman Polanski ter dirigido ao filme. Para esses puristas apenas um diretor inglês devia ter essa honra. Em meu caso esse tipo de coisa soa como pura xenofobia. O filme é muito bom, o produto cinematográfico ficou acima da média. Não há mesmo razões sérias para não gostar dessa adaptação.
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de abril de 2020
O Franco Atirador
Título no Brasil: O Franco Atirador
Título Original: The Deer Hunter
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: EMI Films, Universal Pictures
Direção: Michael Cimino
Roteiro: Michael Cimino, Deric Washburn
Elenco: Robert De Niro, Meryl Streep, Christopher Walken, John Cazale, John Savage, George Dzundza
Sinopse:
Um grupo de amigos de uma cidade industrial dos Estados Unidos é enviado para a Guerra do Vietnã. No país asiático são feitos prisioneiros, submetidos a torturas físicas e psicológicas. A guerra cria traumas praticamente impossíveis de superar, afetando a vida de todos eles. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção, melhor ator coadjuvante (Christopher Walken) e melhor som. Também premiado pelo Globo de Ouro na categoria de melhor filme.
Comentários:
Esse filme foi o grande vencedor do Oscar no ano de 1978. Foi premiado em categorias importantes, inclusive melhor filme, melhor direção e melhor ator coadjuvante (Christopher Walken). O roteiro é nitidamente dividido em três grandes atos. No primeiro é mostrado a vida dos jovens amigos antes da guerra. Eles trabalham em uma indústria pesada de sua cidade. A vida é dura, mas há momentos de felicidade, como o casamento de um deles antes de ir para a guerra do Vietnã. No segundo ato temos os personagens visitando o inferno no sudeste asiático. A guerra no Vietnã se mostra um beco sem saída. Eles são capturados pelos inimigos e submetidos a torturas, inclusive um jogo de vida ou morte com roleta russa. Enquanto os americanos puxam o gatilho contra a cabeça, os vietcongues apostam em quem vai sobreviver. O terceiro e último ato mostra o retorno de Michael (Robert De Niro) aos Estados Unidos. Ele é o único que consegue sair são e salvo do Vietnã. Tentando recomeçar sua vida ele tenta iniciar um romance com Linda (Meryl Streep), que trabalha em um supermercado da cidade. O caso entre eles porém nunca consegue decolar. Esse filme traz todas as qualidades e defeitos que marcaram a filmografia de Michael Cimino. Entre suas qualidades estava o domínio de mostrar cenas bem elaboradas, envolvendo um grande número de atores. De seus defeitos podemos perceber o corte excessivo do filme, que resultou numa duração de quase 3 horas. Mesmo assim é um clássico do cinema que merece ser redescoberto, principalmente para quem se interessa pela história do Oscar.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Deer Hunter
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: EMI Films, Universal Pictures
Direção: Michael Cimino
Roteiro: Michael Cimino, Deric Washburn
Elenco: Robert De Niro, Meryl Streep, Christopher Walken, John Cazale, John Savage, George Dzundza
Sinopse:
Um grupo de amigos de uma cidade industrial dos Estados Unidos é enviado para a Guerra do Vietnã. No país asiático são feitos prisioneiros, submetidos a torturas físicas e psicológicas. A guerra cria traumas praticamente impossíveis de superar, afetando a vida de todos eles. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção, melhor ator coadjuvante (Christopher Walken) e melhor som. Também premiado pelo Globo de Ouro na categoria de melhor filme.
Comentários:
Esse filme foi o grande vencedor do Oscar no ano de 1978. Foi premiado em categorias importantes, inclusive melhor filme, melhor direção e melhor ator coadjuvante (Christopher Walken). O roteiro é nitidamente dividido em três grandes atos. No primeiro é mostrado a vida dos jovens amigos antes da guerra. Eles trabalham em uma indústria pesada de sua cidade. A vida é dura, mas há momentos de felicidade, como o casamento de um deles antes de ir para a guerra do Vietnã. No segundo ato temos os personagens visitando o inferno no sudeste asiático. A guerra no Vietnã se mostra um beco sem saída. Eles são capturados pelos inimigos e submetidos a torturas, inclusive um jogo de vida ou morte com roleta russa. Enquanto os americanos puxam o gatilho contra a cabeça, os vietcongues apostam em quem vai sobreviver. O terceiro e último ato mostra o retorno de Michael (Robert De Niro) aos Estados Unidos. Ele é o único que consegue sair são e salvo do Vietnã. Tentando recomeçar sua vida ele tenta iniciar um romance com Linda (Meryl Streep), que trabalha em um supermercado da cidade. O caso entre eles porém nunca consegue decolar. Esse filme traz todas as qualidades e defeitos que marcaram a filmografia de Michael Cimino. Entre suas qualidades estava o domínio de mostrar cenas bem elaboradas, envolvendo um grande número de atores. De seus defeitos podemos perceber o corte excessivo do filme, que resultou numa duração de quase 3 horas. Mesmo assim é um clássico do cinema que merece ser redescoberto, principalmente para quem se interessa pela história do Oscar.
Pablo Aluísio.
sábado, 18 de abril de 2020
Estranhos Vizinhos
Título no Brasil: Estranhos Vizinhos
Título Original: Neighbors
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John G. Avildsen
Roteiro: Larry Gelbart
Elenco: John Belushi, Dan Aykroyd, Kathryn Walker, Tim Kazurinsky, Tino Insana, Henry Judd Baker
Sinopse:
Earl Keese (John Belushi) é o sujeito normal da vizinhança que descobre que seus novos vizinhos são completamente fora do padrão. Vic (Dan Aykroyd), o novo morador da casa ao lado, não quer saber de nenhuma convenção social careta e leva a vida em seus próprios termos, o que dará origem a várias confusões com Keese, um conservador antigado e fora de moda.
Comentários:
Essa comédia acabou se tornando o último filme da carreira de John Belushi. Como se sabe ele morreu precocemente, por causa de uma overdose de drogas que tomou em um hotel de Los Angeles, enquanto esperava pela aprovação do script que seria seu próximo filme. Nessa última aparição no cinema ele voltou a contracenar com seu velho amigo Dan Aykroyd. Era uma velha parceria que vinha desde os tempos do programa de TV "Saturday Night Live". E o mais curioso de tudo é que os papéis tradicionais se inverteram. Geralmente John Belushi interpretava o sujeito doidão que atormentava a todos e Dan Aykroyd era o careta, o cara de classe média bobão. Nesse roteiro o maluco é Aykroyd, enquanto Belushi é o conservador boboca que só pensa em se livrar os estranhos vizinhos que se mudaram para a casa ao lado. Eu considero um dos melhores momentos de John Belushi no cinema, onde ele teve mesmo chance de atuar bem. Essa fórmula seria repetida em "Meus Vizinhos são um Terror", feito alguns anos depois, mas essa primeira versão é bem mais divertida, pois brinca com o americano médio, meio ignorante, centrado em seus próprios preconceitos e crendices pessoais. Sob esse ponto de vista, como uma divertida crítica social da classe WASP, o filme funciona muito bem.
Pablo Aluísio.
Título Original: Neighbors
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John G. Avildsen
Roteiro: Larry Gelbart
Elenco: John Belushi, Dan Aykroyd, Kathryn Walker, Tim Kazurinsky, Tino Insana, Henry Judd Baker
Sinopse:
Earl Keese (John Belushi) é o sujeito normal da vizinhança que descobre que seus novos vizinhos são completamente fora do padrão. Vic (Dan Aykroyd), o novo morador da casa ao lado, não quer saber de nenhuma convenção social careta e leva a vida em seus próprios termos, o que dará origem a várias confusões com Keese, um conservador antigado e fora de moda.
Comentários:
Essa comédia acabou se tornando o último filme da carreira de John Belushi. Como se sabe ele morreu precocemente, por causa de uma overdose de drogas que tomou em um hotel de Los Angeles, enquanto esperava pela aprovação do script que seria seu próximo filme. Nessa última aparição no cinema ele voltou a contracenar com seu velho amigo Dan Aykroyd. Era uma velha parceria que vinha desde os tempos do programa de TV "Saturday Night Live". E o mais curioso de tudo é que os papéis tradicionais se inverteram. Geralmente John Belushi interpretava o sujeito doidão que atormentava a todos e Dan Aykroyd era o careta, o cara de classe média bobão. Nesse roteiro o maluco é Aykroyd, enquanto Belushi é o conservador boboca que só pensa em se livrar os estranhos vizinhos que se mudaram para a casa ao lado. Eu considero um dos melhores momentos de John Belushi no cinema, onde ele teve mesmo chance de atuar bem. Essa fórmula seria repetida em "Meus Vizinhos são um Terror", feito alguns anos depois, mas essa primeira versão é bem mais divertida, pois brinca com o americano médio, meio ignorante, centrado em seus próprios preconceitos e crendices pessoais. Sob esse ponto de vista, como uma divertida crítica social da classe WASP, o filme funciona muito bem.
Pablo Aluísio.
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