A partir dos anos 90 o mundo virtual foi ocupando cada vez mais espaço, até chegar no cinema com força total. Os roteiros procuravam explorar histórias que aconteciam dentro desse universo. Um dos primeiros filmes a explorar esse, digamos, novo nicho cinematográfico, foi esse "A Senha: Swordfish". No enredo um criminoso internacional contratava um hacker para entrar em um sistema super protegido. O objetivo? Roubar alguns bilhões (sim, bilhões) de dólares do sistema financeiro mundial. Claro que ao lado da linguagem própria para a geração nerd havia ainda bastante cenas de ação no mundo real para um público mais comum, que não estivesse tão ligado naquela linguagem de informática e programação.
O filme no geral é apenas OK. Tem certamente um bom elenco, mas o roteiro e seu desenvolvimento não é lá grande coisa. Fitas como essa, que aproveitam o calor de um momento acabam ficando tremendamente datadas em pouco tempo. Como o mundo da informática voa a cada ano imagine o choque de um jovem espectador ao ver esse filme hoje em dia, produzido já há tanto tempo, explorando justamente esse meio. Os computadores, programas, etc, se mostram completamente ultrapassados. Como não se sustenta apenas como filme, "A Senha: Swordfish" acabou virando uma velharia, mais cedo do que se poderia imaginar.
A Senha: Swordfish (Swordfish, Estados Unidos, 2001) Direção: Dominic Sena / Roteiro: Skip Woods / Elenco: John Travolta, Hugh Jackman, Halle Berry, Don Cheadle, Sam Shepard / Sinopse: Criminoso internacional contrata hacker para invadir sistema, onde espera-se possam roubar bilhões de dólares do sistema financeiro. Filme indicado ao BET Awards na categoria de Melhor Atriz (Halle Berry).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
Chernobyl
Chernobyl 1.01 - 1:23:45
Quando uma série é boa, geralmente você percebe isso desde o primeiro episódio. É justamente o que verifiquei nesse piloto. Na realidade "Chernobyl" é uma minissérie, ou seja, já com o número de episódios determinados pelos produtores. Como se trata da reconstituição de um dos maiores desastres nucleares da história esse arco já está previamente definido desde esse primeiro episódio. Aqui temos o ponto inicial de todo o desastre. Durante um procedimento de rotina a usina sofre uma forte explosão. No começo os técnicos da propria usina se recusam a acreditar que algo mais sério aconteceu. A hipótese de que o núcleo da usina explodiu é levantada, mas como isso jamais havia acontecido antes eles se recusam a levar essa teoria à sério. Só que foi justamente isso que ocorreu. Com a força da explosão a radiação se espalhou rapidamente. Os bombeiros, os primeiros a chegarem no local, mal sabiam no que estavam se metendo. Um deles chega a pegar uma pedra de grafite do reator nas mãos. Ora, isso era morte certa dentro daquele cenário. As autoridades do partido comunista (ainda estava de pé a União Soviética) tentam acobertar tudo, como era de praxe naquele regime. Enquanto isso milhares de pessoas inocentes ficavam à mercê de toda aquela radiação sendo espalhada por Chernobyl. / Chernobyl 1.01 - 1:23:45 (Estados Unidos, 2019) Direção: Johan Renck / Roteiro: Craig Mazin, Craig Mazin / Elenco: Jared Harris, Michael Shaeffer, Jessie Buckley.
Chernobyl 1.02 - Please Remain Calm
O personagem central dessa série é o físico nuclear Valery Legasov(Jared Harris). Ao contrário dos membros da burocracia do partido comunista ele sabe que um desastre de grandes proporções aconteceu em Chernobyl. Os políticos querem todos abafar o caso, como era comum em regimes comunistas como aquele. Só que Legasov sabe que medidas drásticas são necessárias como, por exemplo, evacuar todas as populações locais. Jogar toneladas de areia e produtos químicos dentro do núcleo explodido e começar um plano enorme de evacuação e tratamento das pessoas contaminadas pela radiação. Só que ele também descobre, ao lado de outra física nuclear, que os compartimentos de água da usina estão todos cheios. Isso poderia causar uma nova explosão que iria jogar radiação em todo o continente, matando milhões de pessoas. Seria necessário que voluntários se apresentassem para abrir esses compartimentos manualmente, o que significaria em último caso a morte desses mergulhadores. É uma situação limite. As cenas em que grandes helicópteros tentam apagar o incêndio na usina é bem significativa, pois demonstra que os militares colocaram em risco suas próprias vidas em prol de algo maior, da salvação de milhares de pessoas das regiões próximas. / Chernobyl 1.02 - Please Remain Calm (Estados Unidos, 2019) Direção: Johan Renck / Roteiro: Craig Mazin, Craig Mazin / Elenco: Jarred Harris, Emily Watson, Matthew Needham, Nadia Clifford.
Pablo Aluísio.
Quando uma série é boa, geralmente você percebe isso desde o primeiro episódio. É justamente o que verifiquei nesse piloto. Na realidade "Chernobyl" é uma minissérie, ou seja, já com o número de episódios determinados pelos produtores. Como se trata da reconstituição de um dos maiores desastres nucleares da história esse arco já está previamente definido desde esse primeiro episódio. Aqui temos o ponto inicial de todo o desastre. Durante um procedimento de rotina a usina sofre uma forte explosão. No começo os técnicos da propria usina se recusam a acreditar que algo mais sério aconteceu. A hipótese de que o núcleo da usina explodiu é levantada, mas como isso jamais havia acontecido antes eles se recusam a levar essa teoria à sério. Só que foi justamente isso que ocorreu. Com a força da explosão a radiação se espalhou rapidamente. Os bombeiros, os primeiros a chegarem no local, mal sabiam no que estavam se metendo. Um deles chega a pegar uma pedra de grafite do reator nas mãos. Ora, isso era morte certa dentro daquele cenário. As autoridades do partido comunista (ainda estava de pé a União Soviética) tentam acobertar tudo, como era de praxe naquele regime. Enquanto isso milhares de pessoas inocentes ficavam à mercê de toda aquela radiação sendo espalhada por Chernobyl. / Chernobyl 1.01 - 1:23:45 (Estados Unidos, 2019) Direção: Johan Renck / Roteiro: Craig Mazin, Craig Mazin / Elenco: Jared Harris, Michael Shaeffer, Jessie Buckley.
Chernobyl 1.02 - Please Remain Calm
O personagem central dessa série é o físico nuclear Valery Legasov(Jared Harris). Ao contrário dos membros da burocracia do partido comunista ele sabe que um desastre de grandes proporções aconteceu em Chernobyl. Os políticos querem todos abafar o caso, como era comum em regimes comunistas como aquele. Só que Legasov sabe que medidas drásticas são necessárias como, por exemplo, evacuar todas as populações locais. Jogar toneladas de areia e produtos químicos dentro do núcleo explodido e começar um plano enorme de evacuação e tratamento das pessoas contaminadas pela radiação. Só que ele também descobre, ao lado de outra física nuclear, que os compartimentos de água da usina estão todos cheios. Isso poderia causar uma nova explosão que iria jogar radiação em todo o continente, matando milhões de pessoas. Seria necessário que voluntários se apresentassem para abrir esses compartimentos manualmente, o que significaria em último caso a morte desses mergulhadores. É uma situação limite. As cenas em que grandes helicópteros tentam apagar o incêndio na usina é bem significativa, pois demonstra que os militares colocaram em risco suas próprias vidas em prol de algo maior, da salvação de milhares de pessoas das regiões próximas. / Chernobyl 1.02 - Please Remain Calm (Estados Unidos, 2019) Direção: Johan Renck / Roteiro: Craig Mazin, Craig Mazin / Elenco: Jarred Harris, Emily Watson, Matthew Needham, Nadia Clifford.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 1 de outubro de 2019
Cova Rasa
Título no Brasil: Cova Rasa
Título Original: Shallow Grave
Ano de Produção: 1994
País: Reino Unido
Estúdio: Channel Four Films
Direção: Danny Boyle
Roteiro: John Hodge
Elenco: Ewan McGregor, Kerry Fox, Christopher Eccleston, Ken Stott, Keith Allen, Colin McCredie
Sinopse:
Três amigos, um corpo e muito dinheiro. Quando essa combinação acontece o que vai sobrar de integridade e honestidade? No enredo um homem morre e três amigos descobrem que ele tinha uma mala cheia de dinheiro e drogas. Para ficar com suas coisas eles decidem dar um fim no corpo do tal sujeito, criando uma série de problemas com isso.
Comentários:
Costumo dizer que esse filme é do tempo em que o diretor Danny Boyle tinha talento para fazer cinema de verdade. Depois de alguns anos ele foi perdendo a mão, se transformando em um chato petulante e apelativo. Aqui porém não há o que reclamar. Assisti nos tempos do VHS e me recordo bem que a crítica brasileira teceu muitos elogios ao filme. Todos merecidos, é claro. Vejo aqui inclusive referências bem óbvias a Alfred Hitchcock (com destaque para seu clássico "Festim Diabólico"), tudo misturado com o famoso humor negro britânico. Os personagens principais, os três amigos, pensam ser boas pessoas, mas quando colocados à prova mesmo, sucumbem miseravelmente à ganância e a falta de princípios ou pudores. O roteiro é bem claro nesse sentido, mostrando que debaixo da fachada de pessoas comuns quase sempre se esconde as piores canalhices. Curiosamente do trio central apenas Ewan McGregor conseguiu se tornar um astro. Ele está muito diferente, pois ainda era bem jovem e usava um cabelo no estilo dos anos 70. Ficou bem adequado ao seu personagem. Então é isso, deixo a dica se você nunca viu esse filme. Ele é certamente um dos melhores exemplares do que de melhor o cinema inglês produziu nos anos 90.
Pablo Aluísio.
Título Original: Shallow Grave
Ano de Produção: 1994
País: Reino Unido
Estúdio: Channel Four Films
Direção: Danny Boyle
Roteiro: John Hodge
Elenco: Ewan McGregor, Kerry Fox, Christopher Eccleston, Ken Stott, Keith Allen, Colin McCredie
Sinopse:
Três amigos, um corpo e muito dinheiro. Quando essa combinação acontece o que vai sobrar de integridade e honestidade? No enredo um homem morre e três amigos descobrem que ele tinha uma mala cheia de dinheiro e drogas. Para ficar com suas coisas eles decidem dar um fim no corpo do tal sujeito, criando uma série de problemas com isso.
Comentários:
Costumo dizer que esse filme é do tempo em que o diretor Danny Boyle tinha talento para fazer cinema de verdade. Depois de alguns anos ele foi perdendo a mão, se transformando em um chato petulante e apelativo. Aqui porém não há o que reclamar. Assisti nos tempos do VHS e me recordo bem que a crítica brasileira teceu muitos elogios ao filme. Todos merecidos, é claro. Vejo aqui inclusive referências bem óbvias a Alfred Hitchcock (com destaque para seu clássico "Festim Diabólico"), tudo misturado com o famoso humor negro britânico. Os personagens principais, os três amigos, pensam ser boas pessoas, mas quando colocados à prova mesmo, sucumbem miseravelmente à ganância e a falta de princípios ou pudores. O roteiro é bem claro nesse sentido, mostrando que debaixo da fachada de pessoas comuns quase sempre se esconde as piores canalhices. Curiosamente do trio central apenas Ewan McGregor conseguiu se tornar um astro. Ele está muito diferente, pois ainda era bem jovem e usava um cabelo no estilo dos anos 70. Ficou bem adequado ao seu personagem. Então é isso, deixo a dica se você nunca viu esse filme. Ele é certamente um dos melhores exemplares do que de melhor o cinema inglês produziu nos anos 90.
Pablo Aluísio.
Zoe
A referência mais óbvia desse filme é mesmo "Blade Runner". Basta ler a sinopse. Em um futuro próximo uma companhia de alta tecnologia comercializada seres sintéticos - máquinas, na verdade - que se comportam como seres humanos. O objetivo é vender homens e mulheres lindas e perfeitas, ideais para um relacionamento pleno. Os clientes dizem o que esperam de uma companheira e a companhia as programa para atender suas necessidades. Dentro dessa empresa um dos principais mentores é o projetista Cole (Ewan McGregor). Ele cria um novo modelo, um protótipo chamado Zoe (Léa Seydoux). É um passo a mais na inteligência artificial. Zoe consegue ter emoções humanas... e até chorar lágrimas verdadeiras. Um avanço assombroso dentro da companhia.
Só que as coisas saem do controle e Cole acaba se apaixonando de verdade por Zoe. Pior do que isso. Ela não sabe que é um ser sintético, uma replicante (usando aqui o termo que foi usado em Blade Runner). O curioso é que o filme não adota uma linguagem típica de filmes de ficção. Ao contrário disso o mundo em que os personagens vivem é absurdamente parecido com o mundo real. Não há naves voadoras e nem o clima noir de Blade Runner. Outro aspecto interessante do roteiro é a pílula do primeiro amor. Uma droga que se torna muito popular e que faz o usuário sentir as mesmas emoções da primeira paixão da adolescência. Nem precisa dizer que a nova droga se torna uma febre, inclusive para o personagem de Ewan McGregor.
Outra ideia interessante dentro desse roteiro é o surgimento de bordéis apenas com modelos sintéticos. Já que esses novos robôs são feitos para o prazer do ser humano nada mais natural que o surgimento de lugares onde o sexo com eles é pago. As possibilidades de explorar um mundo assim seriam enormes, mas devo dizer que o roteiro não vai atrás delas. Ao invés disso se concentra mesmo no romance de Zoe com seu criador. Há uma trilha sonora melosa que permeia todo o filme, dando toda a pinta que o diretor quis mesmo fazer um daqueles filmes românticos. Em certo momento cansa essa escolha. Em minha opinião o filme seria muito melhor se fosse mais "Blade Runner" e menos "Love Story".
Zoe (Zoe, Estados Unidos, 2018) Direção: Drake Doremus / Roteiro: Richard Greenberg / Elenco: Ewan McGregor, Léa Seydoux, Theo James / Sinopse: Projetista de modelos sintéticos, replicantes criados e programados para se relacionarem com seres humanos, acaba se apaixonando perdidamente por uma de suas criações. Uma garota chamada Zoe, que nem sabe que na verdade é um protótipo e não um ser humano normal.
Pablo Aluísio.
Só que as coisas saem do controle e Cole acaba se apaixonando de verdade por Zoe. Pior do que isso. Ela não sabe que é um ser sintético, uma replicante (usando aqui o termo que foi usado em Blade Runner). O curioso é que o filme não adota uma linguagem típica de filmes de ficção. Ao contrário disso o mundo em que os personagens vivem é absurdamente parecido com o mundo real. Não há naves voadoras e nem o clima noir de Blade Runner. Outro aspecto interessante do roteiro é a pílula do primeiro amor. Uma droga que se torna muito popular e que faz o usuário sentir as mesmas emoções da primeira paixão da adolescência. Nem precisa dizer que a nova droga se torna uma febre, inclusive para o personagem de Ewan McGregor.
Outra ideia interessante dentro desse roteiro é o surgimento de bordéis apenas com modelos sintéticos. Já que esses novos robôs são feitos para o prazer do ser humano nada mais natural que o surgimento de lugares onde o sexo com eles é pago. As possibilidades de explorar um mundo assim seriam enormes, mas devo dizer que o roteiro não vai atrás delas. Ao invés disso se concentra mesmo no romance de Zoe com seu criador. Há uma trilha sonora melosa que permeia todo o filme, dando toda a pinta que o diretor quis mesmo fazer um daqueles filmes românticos. Em certo momento cansa essa escolha. Em minha opinião o filme seria muito melhor se fosse mais "Blade Runner" e menos "Love Story".
Zoe (Zoe, Estados Unidos, 2018) Direção: Drake Doremus / Roteiro: Richard Greenberg / Elenco: Ewan McGregor, Léa Seydoux, Theo James / Sinopse: Projetista de modelos sintéticos, replicantes criados e programados para se relacionarem com seres humanos, acaba se apaixonando perdidamente por uma de suas criações. Uma garota chamada Zoe, que nem sabe que na verdade é um protótipo e não um ser humano normal.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford
Título no Brasil: O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford
Título Original: The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: Andrew Dominik
Roteiro: Andrew Dominik, Ron Hansen
Elenco: Brad Pitt, Casey Affleck, Sam Shepard, Mary-Louise Parker, Sam Rockwell, Jeremy Renner
Sinopse:
Após uma vida dedicada ao crime, roubando bancos e ferrovias, o pistoleiro Jesse James (Brad Pitt) procura por algum tipo de redenção, mesmo sabendo que poderá ser morto a qualquer momento, uma vez que sua cabeça se encontra à prêmio por todo o Oeste. O que ele nem desconfia é que seu assassino pode estar mais próximo do que ele poderia imaginar. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Casey Affleck) e Melhor Fotografia (Roger Deakins).
Comentários:
Essa produção parte de uma nova safra de filmes de western que procuram pela objetividade da verdade histórica. Os roteiros são de certa maneira despidos do romantismo que imperou no gênero durante os anos 50 e 60 e parte para uma abordagem mais fiel aos fatos históricos. É aquele tipo de filme que conta inclusive com uma equipe de historiadores e especialistas para que nada do que se vê na tela esteja em desacordo com o que de fato aconteceu no passado. Por isso nem sempre será uma unanimidade entre os fãs de faroeste, principalmente os que preferem os filmes mais antigos que abraçavam a mitologia do velho oeste de uma forma mais romanceada. De minha parte gostei muito dessa nova visão. O Jesse James já foi tema de dezenas e dezenas de filmes antes, porém nunca havia se debruçado sobre sua história com tanta fidelidade. Há um clima de melancolia e falta de esperança no ar, porém tudo resultando em um belo espetáculo cinematográfico. Gosto muito do produto final. É bem realizado e muito honesto em suas propostas. Tem uma excelente reconstituição de época e um roteiro que investe bastante nas nuances psicológicas entre Jesse James e Robert Ford, o homem que iria passar para a história como o assassino de James. Curiosamente ele foi saudado como um valente, um herói, mas depois com o passar dos anos ficou evidenciado que ele agiu mesmo como um covarde. Assista ao filme e entenda os motivos.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: Andrew Dominik
Roteiro: Andrew Dominik, Ron Hansen
Elenco: Brad Pitt, Casey Affleck, Sam Shepard, Mary-Louise Parker, Sam Rockwell, Jeremy Renner
Sinopse:
Após uma vida dedicada ao crime, roubando bancos e ferrovias, o pistoleiro Jesse James (Brad Pitt) procura por algum tipo de redenção, mesmo sabendo que poderá ser morto a qualquer momento, uma vez que sua cabeça se encontra à prêmio por todo o Oeste. O que ele nem desconfia é que seu assassino pode estar mais próximo do que ele poderia imaginar. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Casey Affleck) e Melhor Fotografia (Roger Deakins).
Comentários:
Essa produção parte de uma nova safra de filmes de western que procuram pela objetividade da verdade histórica. Os roteiros são de certa maneira despidos do romantismo que imperou no gênero durante os anos 50 e 60 e parte para uma abordagem mais fiel aos fatos históricos. É aquele tipo de filme que conta inclusive com uma equipe de historiadores e especialistas para que nada do que se vê na tela esteja em desacordo com o que de fato aconteceu no passado. Por isso nem sempre será uma unanimidade entre os fãs de faroeste, principalmente os que preferem os filmes mais antigos que abraçavam a mitologia do velho oeste de uma forma mais romanceada. De minha parte gostei muito dessa nova visão. O Jesse James já foi tema de dezenas e dezenas de filmes antes, porém nunca havia se debruçado sobre sua história com tanta fidelidade. Há um clima de melancolia e falta de esperança no ar, porém tudo resultando em um belo espetáculo cinematográfico. Gosto muito do produto final. É bem realizado e muito honesto em suas propostas. Tem uma excelente reconstituição de época e um roteiro que investe bastante nas nuances psicológicas entre Jesse James e Robert Ford, o homem que iria passar para a história como o assassino de James. Curiosamente ele foi saudado como um valente, um herói, mas depois com o passar dos anos ficou evidenciado que ele agiu mesmo como um covarde. Assista ao filme e entenda os motivos.
Pablo Aluísio.
domingo, 29 de setembro de 2019
Paraíso
Título no Brasil: Paraíso
Título Original: Heaven
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália
Estúdio: Miramax
Direção: Tom Tykwer
Roteiro: Krzysztof Kieslowski
Elenco: Cate Blanchett, Giovanni Ribisi, Remo Girone, Alessandro Sperduti, Alberto Di Stasio, Mauro Marino
Sinopse:
Após a morte do marido, Philippa (Cate Blanchett) decide fazer justiça pelas próprias mãos. Ela coloca um artefato explosivo no escritório do acusado do crime. Isso acaba desencadeando uma série de eventos de proporções inimagináveis para todos os envolvidos.
Comentários:
Quando a justiça falha, as pessoas procuram por vingança travestida de justiça. É esse o tema desse thriller de tribunal praticamente todo filmado na Europa, com locações em cidades italianas e alemãs. O curioso é que por anos a Miramax foi acusada de tentar imitar as nuances do cinema europeu. Então nada mais natural do que se associar a produtores do velho continente para a produção desse filme. O resultado porém fica abaixo do esperado. O roteiro tinha tudo para ser interessante, se concentrando nos aspectos jurídicos do caso principal, mas perde tempo e paciência do espectador ao se render aos mais fajutos clichês do cinema americano. E é um erro grasso porque o elenco é bom e traz uma elegante e sofisticada Cate Blanchett em um bom momento de sua carreira. Só que decidiram dar um tom mais comercial ao filme - com direito a perseguições pelas ruas, etc - que acaba estragando o espetáculo. Mais uma vez subestimaram a inteligência do público.
Pablo Aluísio.
Título Original: Heaven
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália
Estúdio: Miramax
Direção: Tom Tykwer
Roteiro: Krzysztof Kieslowski
Elenco: Cate Blanchett, Giovanni Ribisi, Remo Girone, Alessandro Sperduti, Alberto Di Stasio, Mauro Marino
Sinopse:
Após a morte do marido, Philippa (Cate Blanchett) decide fazer justiça pelas próprias mãos. Ela coloca um artefato explosivo no escritório do acusado do crime. Isso acaba desencadeando uma série de eventos de proporções inimagináveis para todos os envolvidos.
Comentários:
Quando a justiça falha, as pessoas procuram por vingança travestida de justiça. É esse o tema desse thriller de tribunal praticamente todo filmado na Europa, com locações em cidades italianas e alemãs. O curioso é que por anos a Miramax foi acusada de tentar imitar as nuances do cinema europeu. Então nada mais natural do que se associar a produtores do velho continente para a produção desse filme. O resultado porém fica abaixo do esperado. O roteiro tinha tudo para ser interessante, se concentrando nos aspectos jurídicos do caso principal, mas perde tempo e paciência do espectador ao se render aos mais fajutos clichês do cinema americano. E é um erro grasso porque o elenco é bom e traz uma elegante e sofisticada Cate Blanchett em um bom momento de sua carreira. Só que decidiram dar um tom mais comercial ao filme - com direito a perseguições pelas ruas, etc - que acaba estragando o espetáculo. Mais uma vez subestimaram a inteligência do público.
Pablo Aluísio.
Garfield: O Filme
Título no Brasil: Garfield - O Filme
Título Original: Garfield
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Peter Hewitt
Roteiro: Joel Cohen
Elenco: Bill Murray, Breckin Meyer, Jennifer Love Hewitt, Stephen Tobolowsky, Mark Christopher Lawrence, Vanessa Campbell
Sinopse:
Adaptação para o cinema dos personagens criados pelo desenhista e cartunista Jim Davis. Garfiled é um gato bonachão e preguiçoso que precisa lidar com a insegurança e timidez de seu dono, enquanto ele tenta conquistar a mulher de seus sonhos.
Comentários:
Acredite, eu vi esse filme no cinema. Uma típica situação de você ir ao cinema sem olhar a programação e uma vez lá sentir que não tem nada de muito interessante para ver. Acaba comprando o ingresso na vibe do tipo "Pode ser interessante, não custa nada arriscar!". E de fato não é um filme ruim. Claro, é indicado para a garotada, mas os mais velhos, principalmente os que gostam do personagem, podem até achar bacaninha. No que diz respeito a Garfield uma coisa é importante. Ele funciona maravilhosamente bem nas tirinhas de jornais. Três a quatro quadros e Jim Davis fazia maravilhas com o humor sarcástico e irônico do gato. Já em um longa-metragem a coisa não é tão simples. Manter o interesse é um desafio. Aqui vale a pena por causa dos efeitos digitais (bem realizados) e o trabalho de dublagem de Bill Murray que fez a voz de Garfield. Sua própria personalidade caiu bem de acordo com o jeito de ser do gato mais famoso do mundo. O filme poderia também ser mais enxuto, mais curto, rápido e indo direto no ponto. Crianças em geral não tem muita paciência para filmes mais longos. No mais é desligar o cérebro e curtir o filme. Continuações foram feitas, mas nem merecem a citação. Eram ruins de doer. Fique com esse primeiro que já está de bom tamanho.
Pablo Aluísio.
Título Original: Garfield
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Peter Hewitt
Roteiro: Joel Cohen
Elenco: Bill Murray, Breckin Meyer, Jennifer Love Hewitt, Stephen Tobolowsky, Mark Christopher Lawrence, Vanessa Campbell
Sinopse:
Adaptação para o cinema dos personagens criados pelo desenhista e cartunista Jim Davis. Garfiled é um gato bonachão e preguiçoso que precisa lidar com a insegurança e timidez de seu dono, enquanto ele tenta conquistar a mulher de seus sonhos.
Comentários:
Acredite, eu vi esse filme no cinema. Uma típica situação de você ir ao cinema sem olhar a programação e uma vez lá sentir que não tem nada de muito interessante para ver. Acaba comprando o ingresso na vibe do tipo "Pode ser interessante, não custa nada arriscar!". E de fato não é um filme ruim. Claro, é indicado para a garotada, mas os mais velhos, principalmente os que gostam do personagem, podem até achar bacaninha. No que diz respeito a Garfield uma coisa é importante. Ele funciona maravilhosamente bem nas tirinhas de jornais. Três a quatro quadros e Jim Davis fazia maravilhas com o humor sarcástico e irônico do gato. Já em um longa-metragem a coisa não é tão simples. Manter o interesse é um desafio. Aqui vale a pena por causa dos efeitos digitais (bem realizados) e o trabalho de dublagem de Bill Murray que fez a voz de Garfield. Sua própria personalidade caiu bem de acordo com o jeito de ser do gato mais famoso do mundo. O filme poderia também ser mais enxuto, mais curto, rápido e indo direto no ponto. Crianças em geral não tem muita paciência para filmes mais longos. No mais é desligar o cérebro e curtir o filme. Continuações foram feitas, mas nem merecem a citação. Eram ruins de doer. Fique com esse primeiro que já está de bom tamanho.
Pablo Aluísio.
sábado, 28 de setembro de 2019
Olhos Famintos 2
Título no Brasil: Olhos Famintos 2
Título Original: Jeepers Creepers 2
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Victor Salva
Roteiro: Victor Salva
Elenco: Jonathan Breck, Ray Wise, Nicki Aycos, Patricia Belcher, Brandon Smith, Eileen Brennan
Sinopse:
Um time de jovens atletas fica encurralado dentro do próprio ônibus em que viajam. Tudo acontece de repente, no meio da noite, quando eles são atacados por um estranho ser com asas. Um monstro que parece ter vindo das fossas infernais. Filme indicado no Fangoria Chainsaw Awards.
Comentários:
Segundo filme da franquia. Eu me recordo que assisti a esse filme numa sessão de madrugada, ainda na TV aberta. É o tipo de situação ideal para assistir a um filme de terror como esse. Não que seja assustador demais ou nada parecido. Para quem é veterano nesse tipo de produção nada será tão aterrorizante. Eu costumo dizer que "Olhos Famintos" é um filme de monstro bem realizado. Nos anos 50 chamavam esse tipo de terror de "Monstro da semana". É mais ou menos isso. Temos uma criatura com design bem feito, um bando de adolescentes anônimos para morrer em suas mãos e um roteiro que saiba criar situações de bons sustos. Não precisa de mais nada além disso. Nesse aspecto esse segundo filme não decepciona. O monstro está lá, os jovens estão encurralados e vão morrendo uma após o outro. E o interessante é que além de dirigir um velho carro enferrujado, o tal monstro ainda é alado e sai voando por aí! O roteiro por sua vez nunca explica exatamente o que seria esse ser. Um demônio? Um alien? Um exemplar de uma explosão atômica? Sem explicações. Nada. Sinceramente, não tem como não gostar desse tipo de filme. Eu gosto bastante, mesmo sabendo do seu teor de filme trash.
Pablo Aluísio.
Título Original: Jeepers Creepers 2
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Victor Salva
Roteiro: Victor Salva
Elenco: Jonathan Breck, Ray Wise, Nicki Aycos, Patricia Belcher, Brandon Smith, Eileen Brennan
Sinopse:
Um time de jovens atletas fica encurralado dentro do próprio ônibus em que viajam. Tudo acontece de repente, no meio da noite, quando eles são atacados por um estranho ser com asas. Um monstro que parece ter vindo das fossas infernais. Filme indicado no Fangoria Chainsaw Awards.
Comentários:
Segundo filme da franquia. Eu me recordo que assisti a esse filme numa sessão de madrugada, ainda na TV aberta. É o tipo de situação ideal para assistir a um filme de terror como esse. Não que seja assustador demais ou nada parecido. Para quem é veterano nesse tipo de produção nada será tão aterrorizante. Eu costumo dizer que "Olhos Famintos" é um filme de monstro bem realizado. Nos anos 50 chamavam esse tipo de terror de "Monstro da semana". É mais ou menos isso. Temos uma criatura com design bem feito, um bando de adolescentes anônimos para morrer em suas mãos e um roteiro que saiba criar situações de bons sustos. Não precisa de mais nada além disso. Nesse aspecto esse segundo filme não decepciona. O monstro está lá, os jovens estão encurralados e vão morrendo uma após o outro. E o interessante é que além de dirigir um velho carro enferrujado, o tal monstro ainda é alado e sai voando por aí! O roteiro por sua vez nunca explica exatamente o que seria esse ser. Um demônio? Um alien? Um exemplar de uma explosão atômica? Sem explicações. Nada. Sinceramente, não tem como não gostar desse tipo de filme. Eu gosto bastante, mesmo sabendo do seu teor de filme trash.
Pablo Aluísio.
Eternamente Lulu
Título no Brasil: Eternamente Lulu
Título Original: Forever Lulu
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: John Kaye
Roteiro: John Kaye
Elenco: Melanie Griffith, Patrick Swayze, Penelope Ann Miller, Richard Schiff, Annie Corley, Annie Corley
Sinopse:
Lulu McAfee (Melanie Griffith), que ficou anos internada por causa de problemas mentais, decide ir atrás de uma antiga paixão do passado, Ben Clifton (Patrick Swayze), para lhe dizer que dezenove anos antes teve um filho dele! A notícia vira a vida de Ben de cabeça para baixo! Agora juntos vão tentar localizar o paradeiro de seu filho.
Comentários:
Pobre Patrick Swayze. Ele foi um dos atores mais populares dos anos 80 e 90. Colecionou grandes sucessos de bilheteria como "Ghost" e "Dirty Dancing", mas depois de algum tempo sua estrela deixou de brilhar. Ele tinha sérios problemas com alcoolismo e sua carreira foi entrando em um espiral de fracassos comerciais. Esse aqui foi um de seus filmes que não deram certo. O fato é que Swayze (falecido há dez anos) nunca mais reencontrou o caminho do sucesso no cinema. Curiosamente o filme não é ruim. Não chega a ser excelente ou ótimo, nada disso, mas ao menos diverte. Eu o assisti ainda nos tempos das fitas VHS, das locadoras, etc. Parecia ser ao menos interessante justamente por trazer Melanie Griffith e Patrick Swayze juntos no mesmo filme. Foi a única vez que fizeram algo assim. Eu me recordo que o filme não foi lançado nos cinemas brasileiros, justamente por não ter feito sucesso nos EUA. Pelo menos ganhou um espaço no mercado de vídeo, mas sem realmente chamar a atenção de ninguém. Hoje em dia é uma raridade pois sumiu até mesmo da programação dos canais de TV a cabo. De qualquer forma fica como recomendação para as fãs de Patrick Swayze que queiram conhecer um de seus filmes menos conhecidos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Forever Lulu
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: John Kaye
Roteiro: John Kaye
Elenco: Melanie Griffith, Patrick Swayze, Penelope Ann Miller, Richard Schiff, Annie Corley, Annie Corley
Sinopse:
Lulu McAfee (Melanie Griffith), que ficou anos internada por causa de problemas mentais, decide ir atrás de uma antiga paixão do passado, Ben Clifton (Patrick Swayze), para lhe dizer que dezenove anos antes teve um filho dele! A notícia vira a vida de Ben de cabeça para baixo! Agora juntos vão tentar localizar o paradeiro de seu filho.
Comentários:
Pobre Patrick Swayze. Ele foi um dos atores mais populares dos anos 80 e 90. Colecionou grandes sucessos de bilheteria como "Ghost" e "Dirty Dancing", mas depois de algum tempo sua estrela deixou de brilhar. Ele tinha sérios problemas com alcoolismo e sua carreira foi entrando em um espiral de fracassos comerciais. Esse aqui foi um de seus filmes que não deram certo. O fato é que Swayze (falecido há dez anos) nunca mais reencontrou o caminho do sucesso no cinema. Curiosamente o filme não é ruim. Não chega a ser excelente ou ótimo, nada disso, mas ao menos diverte. Eu o assisti ainda nos tempos das fitas VHS, das locadoras, etc. Parecia ser ao menos interessante justamente por trazer Melanie Griffith e Patrick Swayze juntos no mesmo filme. Foi a única vez que fizeram algo assim. Eu me recordo que o filme não foi lançado nos cinemas brasileiros, justamente por não ter feito sucesso nos EUA. Pelo menos ganhou um espaço no mercado de vídeo, mas sem realmente chamar a atenção de ninguém. Hoje em dia é uma raridade pois sumiu até mesmo da programação dos canais de TV a cabo. De qualquer forma fica como recomendação para as fãs de Patrick Swayze que queiram conhecer um de seus filmes menos conhecidos.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
Stanley & Iris
Título no Brasil: Stanley & Iris
Título Original: Stanley & Iris
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Martin Ritt
Roteiro: Harriet Frank Jr, baseado no romance de Pat Barker
Elenco: Jane Fonda, Robert De Niro, Swoosie Kurtz, Martha Plimpton, Harley Cross, Jamey Sheridan
Sinopse:
Iris King (Jane Fonda) é uma víúva que após a morte do marido decide levar a vida em frente, o que não é fácil pois ela tem muitos problemas financeiros. Stanley Cox (Robert De Niro) é o cozinheiro iletrado que se aproxima dela nesse momento complicado de sua vida, nascendo daí um relacionamento muito especial.
Comentários:
Antes de trabalhar em um dos maiores filmes de sua carreira (Os Bons Companheiros), o ator Robert De Niro aceitou o convite para atuar nesse filme bem mais leve e romântico chamado "Stanley & Iris". O roteiro não era grande coisa, mas De Niro não resistiu à possibilidade de atuar ao lado de Jane Fonda, uma atriz que ele sempre admirou, além de ter ideias políticas bem próximas das dele. Isso em uma época em que De Niro procurava ser bem discreto em termos de política (algo que hoje em dia ele passa longe de ser). O filme tem uma fotografia meio opaca, típica de filmes românticos da época em que foi lançado. Ao meu ver esse visual ficou absurdamente datado com o passar dos anos. Dizem que foi uma exigência da própria Jane Fonda para esconder as marcas do tempo em seu rosto. Ela certamente não queria parecer velha em uma tela de cinema. Em termos comerciais o filme teve uma bilheteria bem modesta. Chegou a ser lançado no mercado brasileiro, a ser exibido em nossos cinemas, mas em poucas salas pelo país. A crítica recebeu o filme friamente, embora tenha mantido o respeito por causa do elenco. Provavelmente se fossem outros atores as críticas teriam sido mais duras. De qualquer forma considero o filme bem convencional. Vale por ver Fonda e De Niro atuando juntos e nada muito além disso.
Pablo Aluísio.
Título Original: Stanley & Iris
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Martin Ritt
Roteiro: Harriet Frank Jr, baseado no romance de Pat Barker
Elenco: Jane Fonda, Robert De Niro, Swoosie Kurtz, Martha Plimpton, Harley Cross, Jamey Sheridan
Sinopse:
Iris King (Jane Fonda) é uma víúva que após a morte do marido decide levar a vida em frente, o que não é fácil pois ela tem muitos problemas financeiros. Stanley Cox (Robert De Niro) é o cozinheiro iletrado que se aproxima dela nesse momento complicado de sua vida, nascendo daí um relacionamento muito especial.
Comentários:
Antes de trabalhar em um dos maiores filmes de sua carreira (Os Bons Companheiros), o ator Robert De Niro aceitou o convite para atuar nesse filme bem mais leve e romântico chamado "Stanley & Iris". O roteiro não era grande coisa, mas De Niro não resistiu à possibilidade de atuar ao lado de Jane Fonda, uma atriz que ele sempre admirou, além de ter ideias políticas bem próximas das dele. Isso em uma época em que De Niro procurava ser bem discreto em termos de política (algo que hoje em dia ele passa longe de ser). O filme tem uma fotografia meio opaca, típica de filmes românticos da época em que foi lançado. Ao meu ver esse visual ficou absurdamente datado com o passar dos anos. Dizem que foi uma exigência da própria Jane Fonda para esconder as marcas do tempo em seu rosto. Ela certamente não queria parecer velha em uma tela de cinema. Em termos comerciais o filme teve uma bilheteria bem modesta. Chegou a ser lançado no mercado brasileiro, a ser exibido em nossos cinemas, mas em poucas salas pelo país. A crítica recebeu o filme friamente, embora tenha mantido o respeito por causa do elenco. Provavelmente se fossem outros atores as críticas teriam sido mais duras. De qualquer forma considero o filme bem convencional. Vale por ver Fonda e De Niro atuando juntos e nada muito além disso.
Pablo Aluísio.
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