sábado, 10 de novembro de 2018

22 Milhas

Mais um filme de ação que foi lançado recentemente nos cinemas. É um thriller movimentado, com edição nervosa, daquele tipo em que cada quadro dura apenas alguns segundos. Chega a ser alucinante em certos momentos. A trama é das mais simples: algumas cápsulas contendo Césio 139 (um material altamente radioativo) desapareceram. O serviço de inteligência do governo americano acredita que elas serão usadas por terroristas nas chamadas bombas sujas. Poucas gramas desse elemento químico poderiam matar centenas de milhares de pessoas numa grande cidade. O agente especial James Silva (Mark Wahlberg) está no grupo que precisa encontrar o Césio. Um policial diz saber onde estão as cápsulas. Só que ele exige duas condições para entregar sua localização: primeiro embarcar em um avião militar americano rumo aos Estados Unidos. Segundo ganhar asilo político. O problema é levar o tal delator para a pista de pouso. São 22 milhas até lá. Claro que muitos vão querer matá-lo antes que chegue em seu destino. O desafio é ficar vivo até chegar na pista de pouso. Basicamente é isso.

Não há maior desenvolvimento dos personagens principais. Até mesmo o agente Silva tem um passado explicado em poucos segundos. Ele era um jovem com alto QI que foi recrutado para participar de operações especiais, ultra secretas. O que importa no filme é desenvolver inúmeras sequências de ação. Uma mais mirabolante do que a outra. Tiros, explosões, carros voando para todos os lados. Destruição em massa.  Como o filme é curtinho, com edição alucinada, o espectador nem tem tempo de ficar entediado. Como mero filme de ação funciona muito bem, temos que admitir. Um tipo de diversão ligeira e eficiente. Até que vale o ingresso.

22 Milhas (Mile 22, Estados Unidos, 2018) Direção: Peter Berg / Roteiro:  Lea Carpenter, Graham Roland / Elenco: Mark Wahlberg, Lauren Cohan, Iko Uwais / Sinopse: O agente James Silva (Mark Wahlberg) é designado para participar de uma operação que deve levar um delator até um avião rumo aos Estados Unidos. No caminho será necessário sobreviver pois muitos querem sua morte.

Pablo Aluísio.

Círculo de Fogo: A Revolta

Segundo filme dessa franquia "Círculo de Fogo". É até fácil entender porque esse tipo de filme é produzido pelos estúdios. Basta apenas pegar o mesmo programa de computação gráfica que foi usado nos filmes da série "Transformers" e adaptar para esses robôs gigantes que enfrentam monstros vindos de outra dimensão, usando fendas submarinas para chegarem em nosso mundo. O material original é japonês, usado em mangás, então você já sabe de antemão tudo o que vai acontecer na tela. Basicamente um grande quebra pau entre robôs enormes e monstros espaciais. No meio da pancadaria eles vão destruindo Tóquio mais uma vez - e você ai pensando que apenas o Godzilla destruía a metrópole japonesa...

É uma aventura feita para um público bem jovem, ali na faixa dos 14 anos de idade. A garotada gosta mesmo de coisas desse tipo e não há nada de errado nisso. Faz parte da fase de amadurecimento, indo para a adolescência. Agora espantoso mesmo é saber que essa produção entre Estados Unidos, Japão e China conseguiu torrar 150 milhões de dólares em sua transposição para as telas de cinema. É muito dinheiro envolvido. Acredito que por essa razão esse seja o último filme a ser produzido, já que embora o filme tenha dado lucro nas bilheterias, não foi nada de muito excepcional (290 milhões arrecadados no mundo inteiro). Penso que da próxima vez eles vão pensar duas vezes antes de gastar uma fortuna dessas em um filme como esse.

Círculo de Fogo: A Revolta (Pacific Rim: Uprising, Estados Unidos, Japão, China, 2018) Direção: Steven S. DeKnight / Roteiro: Steven S. DeKnight, Emily Carmichael / Elenco: John Boyega, Scott Eastwood, Cailee Spaeny / Sinopse: Após a destruição do primeiro filme e da expulsão da invasão alienígena uma nova ameaça surge no horizonte. Uma criatura que consegue unir a força dos robôs gigantes usados pela humanidade a a mente dos monstros comandados por aliens invasores.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Saturno 3

Fazer filmes de ficção é bem complicado, ainda mais quando você não tem a produção certa, a direção de arte adequada, figurinos, efeitos especiais, etc. É aquele tipo de filme que precisa começar a dar certo muito antes do começo das filmagens, ainda na chamada pré-produção. Esse não foi o caso desse "Saturno 3", um filme que poucos se lembram nos dias de hoje. Cópias são raras e o filme nunca é exibido em canais a cabo (não que eu me lembre ou que tenha topado com ele sendo exibido por aí).

Nem é preciso dizer que o filme está mais do que datado. O desenho das naves, as roupas dos astronautas, os cenários e os pobres efeitos especiais envelheceram absurdamente. Tudo parece muito mal feito nos dias de hoje. Até um robô que era sensação na época hoje em dia parece torto e mal ajambrado. Parecia uma geringonça mal feita saída de algum ferro velho ou de uma lata de lixo! A única razão para ver esse filme hoje em dia vem do elenco, começando pela beleza (e belos cabelos) da pantera Farrah Fawcett, passando pela presença do mito envelhecido Kirk Douglas. No meio do espaço fake eles ainda mantém o mínimo interesse no que se passa naquela nave de papelão.

Saturno 3 (Saturn 3, Estados Unidos, 1980) Direção: Stanley Donen / Roteiro: Martin Amis, John Barry / Elenco: Farrah Fawcett, Kirk Douglas, Harvey Keitel / Sinopse: Dois astronautas em missão numa base espacial localizada nos arredores do planeta Saturno precisam lidar com novos tripulantes, sendo um deles um burocrata da empresa espacial e o outro um enorme robô cuja presença na nave nunca chega a ser explicada de forma satisfatória.

Pablo Aluísio.

Remo, Desarmado e Perigoso

Não adianta, se você não tem mais de 40 anos de idade muito provavelmente nunca ouviu falar nesse filme policial. Estou certo que não o assisti no cinema. Se me lembro bem esse tipo de filme sempre entrava em cartaz em um pequeno cinema poeira no centro da cidade onde eu morava nos anos 80. Era o lugar ideal para esse tipo de filme B, no estilo Chuck Norris de fazer cinema. O curioso de tudo é que apesar do roteiro ter sido escrito para Norris, acabou caindo nas mãos de Fred Ward! Quem é ele? Na época (estou me referindo aos anos 80) ele passava longe de ser um astro de cinema. Estava mais para aquele tipo que você até conhecia de outros filmes, mas que nunca havia memorizado seu nome. Como era o nome desse cara mesmo?

Outro fato digno de nota para essa fita de ação chamada "Remo, Desarmado e Perigoso" é que por mais incrível que isso possa parecer, concorreu a uma categoria do Oscar!!! Isso mesmo que você leu! A fita concorreu na categoria de melhor maquiagem para Carl Fullerton! Nada mal. E o que dizer da indicação ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator coadjuvante? Joel Grey teve essa honra e foi indicado. Assim Remo foi realmente uma fitinha B cheia de moral com os grandes prêmios do cinema! Vai entender...

Remo, Desarmado e Perigoso (Remo Williams: The Adventure Begins, 1985) Direção: Guy Hamilton / Roteiro: Richard Sapir, Warren Murphy / Elenco: Fred Ward, Joel Grey, Wilford Brimley / Sinopse: Um homem dado como morto se torna o mais letal e profissional assassino a serviço do presidente dos Estados Unidos. Agora ele precisa sobreviver a uma missão mortal, de vida ou morte.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

A Professora do Jardim de Infância

Esse filme na realidade é o remake americano de uma produção israelense de 2014. A história segue sendo basicamente a mesma. Lisa Spinelli (Maggie Gyllenhaal) trabalha como professora do jardim de infância pela manhã e durante à noite frequenta um curso de poesia. Ele escreve poemas, mas sem muito talento, não consegue chamar a atenção nem do professor e nem dos demais alunos. É apenas um poetisa amadora, embora ela ame poesia de uma maneira em geral. Até que um dia um de seus alunos de cinco anos começa a criar ele mesmo poemas. A questão é que a poesia criada pelo menino é de alto nível, que chama atenção até mesmo do professor de Lisa.

Ela então fica um tanto obcecada pelo garoto, sempre esperando que ele venha a surgir com novos estrofes. Essa ligação acaba chamando a atenção da outra professora e até mesmo do pai do garoto. Frustrada em sua vida pessoal, Lisa começa a desenvolver um comportamento obsessivo em relação ao aluno, o que acaba criando uma série de problemas para ela. Um bom filme, interessante, O grande diferencial vem da boa atuação da atriz Maggie Gyllenhaal. É aquele tipo de papel de entrega completa à personagem e nesse aspecto ela se sai muito bem. O roteiro dá a impressão, em determinado momento, que a coisa toda vai desandar, que a professora viria até mesmo a ser acusada de pedofilia, mas felizmente ele não cai nesse tipo de sensacionalismo barato. É apenas uma bem desenvolvida teia de relacionamentos entre uma mulher adulta, frustrada com sua falta de talento pela poesia e aquilo que parece ser algo nato, natural para o seu aluno poeta.

A Professora do Jardim de Infância (The Kindergarten Teacher, Estados Unidos, 2018) Direção: Sara Colangelo / Roteiro: Sara Colangelo, Nadav Lapid / Elenco: Maggie Gyllenhaal, Gael García Bernal, Ato Blankson-Wood / Sinopse: O filme conta a história da professora de ensino fundamental Lisa Spinelli (Maggie Gyllenhaal). Poetisa frustrada e sem talento, ela se torna obcecada por um de seus alunos que demonstra ter um talento incomum para escrever versos. Filme premiado no Sundance Film Festival.

Pablo Aluísio.

Admiradora Secreta

Mais um "clássico Sessão da Tarde" sem culpas. Esse filme, uma espécie de drama romântico adolescente com toques de humor, tinha no elenco a atriz Kelly Preston. Hoje em dia ela é mais conhecida como a Sra. John Travolta, mas nos anos 80 ela era uma teenager com rosto de anjo. Já a conhecia de outro filme dessa mesma época, a comédia picante "A Primeira Transa de Jonathan", mas aqui ela ressurgia com mais graça ainda - e sem cenas de nudez gratuita. A Preston inclusive teve uma carreira meio opaca depois desses primeiros filmes. Provavelmente porque começou a namorar Travolta (que tinha fama de gay em Hollywood) e decidiu se dedicar de corpo e alma a ele. Ruim para os cinéfilos, bom para o John, claro!

O enredo pode ser definido como um romance colegial. Uma carta anônimo acaba dando origem a várias situações, a maioria delas meros desencontros constrangedores entre colegiais. O ator principal do filme foi o ídolo teen  C. Thomas Howell, muito requisitado nos anos 80 para interpretar rapazes colegiais de bom coração. Um velho clichê de escalação de elenco daqueles tempos. Ah e antes que me esqueça: a trilha sonora, como sempre, é muito boa, cheia de bandas New Wave, o som FM e moderninho daquela moçada cheia de laquê no cabelo!

Admiradora Secreta (Secret Admirer, Estados Unidos, 1985) Direção: David Greenwalt / Roteiro: Jim Kouf, David Greenwalt / Elenco: C. Thomas Howell, Kelly Preston, Lori Loughlin / Sinopse: Uma carta anônima acaba criando várias confusões amorosas em um grupo de jovens estudantes dos anos 80.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

007 - Na Mira dos Assassinos

Esse filme foi marcante por diversos motivos. Em nível pessoal foi o primeiro filme de James Bond que assisti no cinema! Já para a franquia do agente inglês marcou a despedida do ator Roger Moore do personagem que o consagrou durante toda a década de 1970. Ele já estava velho para o papel, só que o estúdio com medo de mudanças o deixou um pouco mais. Nessa produção ela já demonstra que não tinha mais o mesmo pique e vigor dos primeiros filmes. A idade já começava a pesar. Curiosamente isso porém não atrapalhou o filme como um todo, pois até hoje os fãs elogiam "A View to a Kill" com um dos melhores do agente. Algo que poucos poderiam imaginar quando o filme foi lançado nos cinemas.

Pequenos detalhes de produção fizeram diferença. Desde o bom roteiro escrito pela dupla Richard Maibaum e Michael G. Wilson, passando pela direção do veterano diretor John Glen que dirigiu vários filmes de Bond ao longo dos anos. Até a trilha sonora se tornou acima da média, sendo assinada pelo grupo Duran Duran em parceria com o maestro e compositor John Barry. Grace Jones ajudava no elenco de apoio e a trama mantinha o interesse. Praticamente nada faltou mesmo nesse Bond dos anos 80. O enredo girava em torno de um vilão em busca de controlar o novo mundo da tecnologia que nascia (a internet ainda não era uma realidade para todos, mas já existia e o PC começava a ser um item comum nas casas). Enfim, um filme de James Bond que não fica nada a dever aos melhores da série.

007 - Na Mira dos Assassinos (A View to a Kill, Estados Unidos, Inglaterra, 1985) Direção: John Glen / Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson, baseados na obra original escrita por Ian Fleming / Elenco: Roger Moore, Christopher Walken, Grace Jones, Tanya Roberts / Sinopse: O agente James Bond (Roger Moore) precisa destruir os planos de um vilão que deseja se apoderar de uma nova tecnologia que estava para nascer. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original ("A View to a Kill" de Duran Duran e John Barry).

Pablo Aluísio.

Quase Igual aos Outros

Ah, os anos 80 e suas comédias juvenis. Provavelmente tenha sido a década mais criativa do cinema nesse subgênero cinematográfico. Nem precisa citar ou lembrar nomes como John Hughes para entender isso. Mesmo filmes menores eram ótimos nesse aspecto. Quer um exemplo? Basta lembrar de "Just One of the Guys", um verdadeiro clássico da Sessão da Tarde. Não vi o filme no cinema, mas ele era mesmo figurinha fácil nas tardes da Rede Globo, sempre sendo reprisado. Assim como aconteceu com "Curtindo a vida adoidado" acabou virando uma espécie de pequeno clássico juvenil dos anos 80.

O enredo era muito divertido ao mesmo tempo em que explorava um draminha na vida da adolescente Terry Griffith (Joyce Hyser), Ela e passada para trás numa seleção e atribui isso ao fato de ser uma garota. Qual seria a solução então? Ela passa a se vestir e se comportar como um garoto, tendo que entrar no mundo masculino dos rapazes (com suas escrotices) sempre fingindo ser um cara. Obviamente que esse disfarce sexual gera inúmeras situação divertidas e constrangedoras. Ao mesmo tempo ela (como ele) acaba se apaixonando pelo melhor amigo (que não sabe que ela é uma garota). Filme muito legal que assisti inúmeras vezes na minha juventude. E como destaque não poderia deixar de elogiar a atriz Joyce Hyser. Bonita e talentosa, nunca mais ouvi falar nela! Que pena!

Quase Igual aos Outros (Just One of the Guys, Estados Unidos, 1985) Direção: Lisa Gottlieb / Roteiro: Dennis Feldman, Jeff Franklin / Elenco: Joyce Hyser, Clayton Rohner, Billy Jayne / Sinopse: Clássico juvenil da Sessão da Tarde o filme conta a história de uma garota que se faz passar por um garoto, mas que acaba se apaixonando pelo seu suposto melhor amigo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

A Cor Púrpura

Eu me recordo, olhando para o passado, que em meados dos anos 80 já era um grande fã de cinema. Desses de ir semanalmente assistir algum filme que estava entrando em cartaz. E ser fã de cinema nessa época era também ser fã do diretor Steven Spielberg.. Ele estava no auge, sendo chamado de "O Rei de Hollywood". Sua filmografia estava repleta de blockbusters, grandes sucessos de bilheteria. Também colecionava uma certa má vontade por parte dos críticos que o acusavam de ser o eterno "Peter Pan do cinema", ou seja, um diretor que se recusava a crescer, sempre apostando em filmes mais divertidos, de temática voltada para o público jovem. Foi com esse "The Color Purple" que Spielberg, pela primeira vez em sua carreira, foi atrás de um tema mais sério para seus filmes. Foi uma transição em seu modo de produzir cinema.

É um drama sobre uma mulher negra no sul racista dos Estados Unidos. O filme praticamente acompanha toda a sua vida sofrida, desde a infância até a idade adulta. È um retrato penoso do que era ser uma mulher negra e pobre naqueles tempos difíceis. A protagonista se chamava Celie Johnson e era interpretada pela atriz Whoopi Goldberg. Ver uma comediante como ela encarando um papel extremamente dramático como esse era tão estranho como ver Spielberg dirigindo um filme sobre racismo. Mesmo assim as coisas acabaram dando certo. O filme obviamente nunca rendeu nas bilheterias como os grandes sucessos de Spielberg, na verdade houve quem dissesse que ele tinha se tornado o primeiro fracasso de bilheteria do diretor, porém acabou agradando bastante aos críticos que passaram a partir daí a olhar o Peter Pan Spielberg com outros olhos. Valeu a pena para o diretor, sem dúvida.

A Cor Púrpura (The Color Purple, Estados Unidos, 1985) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Menno Meyjes, baseado no romance escrito por Alice Walker / Elenco: Whoopi Goldberg, Danny Glover, Oprah Winfrey, Rae Dawn Chong, Margaret Avery / Sinopse: O filme acompanha a vida de uma jovem negra e pobre no sul racista dos Estados Unidos, em uma época anterior à proclamação dos direitos civis em defesa da comunidade negra daquela nação. Filme indicado a 11 categorias do Oscar, entre elas melhor direção, melhor atriz (Whoopi Goldberg), melhor atriz coadjuvante (Margaret Avery e Oprah Winfrey), melhor roteiro e melhor fotografia (Allen Daviau). Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Whoopi Goldberg).

Pablo Aluísio.

O Protetor 2

Um bom exemplo de que Hollywood ainda sabe produzir bons filmes de ação. O primeiro me deixou com sabor de nostalgia, pois lembrava algumas fitas de ação dos anos 80. Esse segundo investe mais em um roteiro bem escrito, uma boa trama e, como não poderia deixar de ser, em boas cenas de ação, todas extremamente bem feitas.  Denzel Washington retorna ao papel de Robert McCall. No passado ele foi um bem treinado marine das forças especiais. Agora de volta à vida civil, vai tentando espalhar um pouco de justiça por onde passa. Na primeira cena, ótima por sinal, ele está em um trem indo em direção à Turquia. Um dos passageiros, um muçulmano, casou no passado com uma americana e depois levou a filhinha deles para lá, sem dar chance à mãe de rever a garotinha. Uma situação típica para McCall agir. Depois ele reencontra uma velha amiga dos tempos de serviços especiais. Ela acaba sendo assassinada durante uma missão em Bruxelas onde estava investigando um crime.

E aí começa a linha principal da narrativa do filme, não sem antes também desenvolver uma amizade do protagonista com um jovem negro que tem talento para a pintura. O rapaz gostaria de ganhar a vida com sua arte, mas o chamado das ruas, das gangues, muitas vezes fala mais alto... e paga melhor também. De uma forma ou outra tudo vai se desenvolvendo muito bem nesse filme assinado pelo cineasta Antoine Fuqua, com destaque para a cena final, toda passada numa cidade evacuada pela chegada de um furacão. Imagine vários homens treinados tentando liquidar uns aos outros no meio dessa tempestade! Ficou muito bom, como assim todo o filme. Boa diversão em mais um filme de qualidade com o sempre eficiente e talentoso Denzel Washington. É um dos bons filmes comerciais do ano. Não vá perder. 

O Protetor 2 (The Equalizer 2, Estados Unidos, 2018) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: Richard Wenk, Michael Sloan / Elenco: Denzel Washington, Pedro Pascal, Ashton Sanders, Melissa Leo, Bill Pullman / Sinopse: Robert McCall (Washington) é um ex-marine das forças de operações especiais que decide descobrir quem teria matado sua amiga dos tempos de serviço militar. Ela foi brutalmente assassinada em Bruxelas enquanto investigava uma chacina envolvendo uma família americana.

Pablo Aluísio.