quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Fora de Controle

O que achei muito fraco nesse filme foi sua trama. Basicamente temos dois personagens centrais. Gavin Banek (Ben Affleck) é um jovem advogado que precisa chegar urgentemente no tribunal para entregar uma procuração. Doyle Gibson (Samuel L. Jackson) também precisa chegar rapidamente em uma audiência judicial, caso contrário perderá a guarda dos filhos. No meio do caminho ocorre um acidente. Tanto Banek como Gibson saem prejudicados. Eles perdem a oportunidade de chegarem no tribunal. Um culpa o outro pelas consequências. Uma guerra então é declarada entre ambos.

E é isso. Complicado entender como um roteiro tão básico e também inverossímil contou com uma produção milionária como essa. As coisas simplesmente não funcionam, o filme não convence e nem diz a que veio. Ben Affleck continua o mesmo. Como ator ele é inegavelmente fraquíssimo. Parece ter apenas uma expressão facial no filme inteiro. Dramaticidade zero.  Samuel L. Jackson também não está bem. Ele não é um ator ruim, mas tem tendência a cair em um tipo de caricatura de homem nervoso, soltando palavrões em série, que depois de um tempo irrita. Então é isso. Um filme que foi prejudicado por não ter uma boa estória para contar.

Fora de Controle (Changing Lanes, Estados Unidos, 2002) Direção: Roger Michell / Roteiro: Chap Taylor / Elenco: Ben Affleck, Samuel L. Jackson, Kim Staunton / Sinopse: Após um acidente de trânsito banal, dois homens, o advogado Gavin Banek (Ben Affleck) e o pai de família Doyle Gibson (Samuel L. Jackson), chegam atrasados em compromissos importantes com a justiça. A partir daí eles começam uma guerra particular.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

O Agente da U.N.C.L.E.

Esse é mais um exemplo do que vem ocorrendo muito nos últimos tempos. Pega-se uma série antiga - de preferência dos anos 60 - se dá uma modelagem mais moderna e lança nos cinemas. Quem sabe se torna mais uma franquia milionária como "Missão Impossível". Não aconteceu nesse caso, mas até que valeu um pouco a tentativa. Quem é um pouco mais velho vai até se lembrar de "O Agente da U.N.C.L.E." passando nas emissoras brasileiras lá pelo final dos anos 60, comecinho dos anos 70. Fez um sucesso moderado, indo parar nas reprises vespertinas da Band.

Agora o diretor Guy Ritchie tentou revitalizar esse antigo produto televisivo. Ficou bom? Em termos. O novo filme tem excelente produção, ótima reconstituição de época, trilha sonora incidental saborosa (o que era de se esperar), mas ao mesmo tempo não empolga, não tem muito carisma. Henry Cavill, recentemente despedido do papel de Superman, é bem burocrático e sem graça. Como ele não funciona - sendo o protagonista - todo o resto acaba se perdendo numa sucessão de boas intenções que não resultou em um bom filme. Fica para a próxima.

O Agente da U.N.C.L.E.(The Man from U.N.C.L.E, Estados Unidos, Inglaterra, 2015) Estúdio: Warner Bros / Direção: Guy Ritchie / Roteiro: Guy Ritchie, Lionel Wigram / Elenco: Henry Cavill, Hugh Grant, Armie Hammer, Alicia Vikander, Jared Harris / Sinopse: Napoleon Solo (Henry Cavill) é um ladrão de jóias que é recrutado por uma agência de espionagem inglesa para fazer um serviço do outro lado da cortina de ferro, durante a guerra fria.

Pablo Aluísio.

O Amor Custa Caro

Olhando para o passado chego na conclusão que o George Clooney nunca convenceu como bom ator. Ele é mais um tipo, uma personalidade carismática (para alguns) que caiu nas graças do público em geral. Seus maneirismos repetidos à exaustão, seja em séries, seja em filmes, depois de um tempo cansam. Nesse "O Amor Custa Caro" ele está mais canastrão do que nunca no papel de um advogado especializado em divórcios milionários que acaba tendo um caso com a ex-esposa de um de seus clientes.

O roteiro aposta no ácido, no cinismo, nos diálogos de duplo sentido. Nada muito inspirado. Porém se você estiver passando por um daqueles divórcios infernais pode ao menos rir um pouquinho das situações colocadas no filme. Ao contrário do espectador comum que logo vai se cansar das piadinhas do filme, talvez largando a sessão no meio do caminho. É o mais banal e dispensável filme dos irmãos Coen. .

O Amor Custa Caro (Intolerable Cruelty, Estados Unidos, 2003)  Direção: Joel Coen, Ethan Coen / Roteiro: Robert Ramsey, Matthew Stone / Elenco: George Clooney, Catherine Zeta-Jones, Billy Bob Thornton / Sinopse: Advogado especializado em divórcios milionários, sempre defendendo os maridos, acaba sendo seduzido pela bonita ex-esposa de um de seus clientes.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Sicário: Dia do Soldado

Gostei bastante do primeiro filme. Nem sabia que o ator Benicio Del Toro tinha planos de criar e estrelar uma nova franquia de filmes de ação. Foi justamente isso que aconteceu. Nesse segundo filme temos a sequência dos acontecimentos do primeiro filme, só que com uma trama de fundo diferente. Tudo começa quando três terroristas islâmicos entram em um pequeno supermercado numa cidade de fronteira dos Estados Unidos. São homens bombas. Tudo vai pelos ares. A CIA entra na investigação e descobre que eles entraram no país justamente na fronteira com o México. Por trás de tudo estaria os grandes cartéis mexicanos de tráfico de drogas; A solução encontrada pelos agentes é criar uma guerra interna entre eles, para assim desmontar todo o crime organizado, tanto  do lado dos Estados Unidos, como do México. Bom roteiro, que apesar de não estar no mesmo patamar do primeiro filme, não deixa a desejar em nada.

Como destaque do filme temos algumas sequências extremamente bem realizadas. Numa delas três helicópteros militares das forças especiais americanas interceptam carros cheios de traficantes e sicários, onde uma jovem adolescente, chefe de um chefão de um cartel importante, era levada como refém. O estilo é cru e violento, com poucos diálogos (apenas os necessários). O resultado é bem expressivo.  Em outra cena o personagem de Benicio Del Toro é executado bem no meio do deserto, só que o tiro, dado por um garoto, atravessa sua boca, saindo pela lateral. Na hora você pensa que é o fim dele, afinal como alguém poderia sobreviver a algo assim... mas depois de alguns momentos ele se levanta e consegue escapar. Uma cena bem visceral. O roteiro obviamente deixa a porta aberta para novos filmes. Se eles continuarem nesse nível de qualidade serão muito bem-vindos.

Sicário: Dia do Soldado (Sicario: Day of the Soldado, Estados Unidos, México, 2018) Direção:  Stefano Sollima / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Benicio Del Toro, Josh Brolin, Isabela Moner, Matthew Modine / Sinopse: Alejandro (Benicio Del Toro) entra em uma nova operação da CIA, sob comando do agente Matt Graver (Josh Brolin). Após a entrada de terroristas pelas fronteiras, eles devem criar uma guerra entre os principais cárteis de drogas do México. Brigando entre si, ficariam mais fáceis de dominar e destruir.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Marrocos

Título no Brasil: Marrocos
Título Original: Morocco
Ano de Produção: 1930
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Josef von Sternberg
Roteiro: Jules Furthman, Benno Vigny
Elenco: Gary Cooper, Marlene Dietrich, Adolphe Menjou

Sinopse:
Mademoiselle Amy Jolly (Marlene Dietrich) é uma cantora de cabaré que acaba se envolvendo amorosamente com um legionário americano, Tom Brown (Gary Cooper). O romance porém precisará superar vários obstáculos, entre eles o interesse de um homem rico em relação a Amy. Filme indicado a quatro Oscars nas categorias de Melhor Atriz (Marlene Dietrich), Melhor Direção (Josef von Sternberg), Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte.

Comentários:
Um romance épico que investe em um casal formado por Gary Cooper e Marlene Dietrich. Confesso que não achei muito boa a química entre o astro americano e a estrela alemã. Marlene Dietrich tinha um estilo que para muitos poderia ser considerado frio e esnobe. Em contrapartida Gary Cooper sempre se dava melhor interpretando o típico herói americano de bom coração. Mesmo com esse pequeno problema o filme certamente não decepciona, fruto em grande parte do brilhante trabalho do cineasta austríaco Josef von Sternberg (1894 - 1969) que foi para Hollywood por causa da guerra que devastava sua terra natal. Na capital do cinema ele foi considerado um verdadeiro mestre, trazendo a elegância do cinema europeu para a indústria americana. O resultado tenta justamente isso, uma tentativa de fazer algo mais sofisticado, sem deixar de lado o sucesso comercial de lado. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Desafio ao Além

Título no Brasil: Desafio ao Além
Título Original: The Haunting
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Robert Wise
Roteiro: Nelson Gidding, Shirley Jackson
Elenco: Julie Harris, Claire Bloom, Richard Johnson

Sinopse:
Um professor de antropologia resolve formar um grupo de pesquisas para investigar os estranhos fenômenos que acontecem numa velha mansão chamada Hill House. Palco de inúmeras tragédias no passado, o casarão agora manifesta fantasmagorias e eventos de complicada explicação. O professor pretende usar a ciência para provar a existência de paranormalidade no sinistro lugar.

Comentários:
Em um primeiro momento o espectador desavisado pode pensar tratar-se apenas de mais um filme de casas mal assombradas. O diferencial porém surge com a direção do genial cineasta Robert Wise (de tantos filmes memoráveis como "O Dia em que a Terra Parou" e "Marcado pela Sarjeta") pois em nenhum momento ele se rende aos clichês do gênero, pelo contrário resolve investir muito mais na complexidade psicológica de seus personagens do que em sustos gratuitos. Sua elegância em conduzir esse enredo lhe valeu merecidamente uma indicação ao Globo de Ouro daquele ano, inclusive muitos acharam uma injustiça que ele não fosse também indicado ao Oscar de melhor diretor, diante de tal belo trabalho de direção de seus atores. A direção de arte do filme também é de muito bom gosto, pois a própria mansão House Hill logo se torna um dos personagens do filme, tal sua onipresença em todos os momentos. Um clássico do terror que assim como "O Dia em que a Terra Parou" reverteu as soluções fáceis de seu gênero cinematográfico para dar algo a mais para seu público. Sim, é uma pequena obra prima do cinema clássico de terror.

Pablo Aluísio.

A Pantera Cor-de-Rosa

Visto sob o olhar de um espectador de cinema dos dias de hoje essa comédia dos anos 60 pode até mesmo soar como muito ingênua e de certo modo com um tipo de humor que estaria completamente ultrapassado. Não julgo quem pensa dessa maneira. Entretanto o fato é que o filme acabou se tornando o maior sucesso comercial da carreira do ator e comediante Peter Sellers. Acabou se tornando ora uma maravilha para ele, ora uma maldição. O sucesso o deixou preso a uma linha de filmes que não apresentavam muita ousadia. E ele, por pressões comerciais, acabou fazendo várias continuações. Até mesmo depois de morto o estúdio ainda recuperou algumas cenas deletadas, fizeram edições capengas e lançaram tudo como se fossem novos filmes!

O enredo é dos mais simplórios, mostrando um detetive chamado Jacques Clouseau que a despeito de ser um completo idiota acaba resolvendo todos os casos, muitas vezes por pura sorte ou então por causa da burrice dos vilões. E o roteiro também se sustenta pela série de gags, algumas bem boladas, realmente engraçadas e outras nem tanto. De uma maneira ou outra o público na época adorou, transformando o filme em um campeão de bilheteria. Quem poderia imaginar?

A Pantera Cor-de-Rosa (The Pink Panther, Estados Unidos, 1963) Direção: Blake Edwards / Roteiro: Maurice Richlin, Blake Edwards / Elenco: Peter Sellers, David Niven, Robert Wagner / Sinopse: Um inspetor mais do que atrapalhado se envolve em casos misteriosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor música original (Henry Mancini).

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 25 de setembro de 2018

O Mágico de Oz

Título no Brasil: O Mágico de Oz
Título Original: The Wizard of Oz
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Victor Fleming, George Cukor, King Vidor
Roteiro: Noel Langley, Florence Ryerson
Elenco: Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger

Sinopse:
Dorothy Gale (Garland) é uma garotinha do Kansas que acaba sendo levada por um tornado até uma terra mágica onde encontra um mundo de fantasia e beleza que ela jamais imaginaria existir. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e Melhores Efeitos Especiais. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Música ("Over the Rainbow" de Harold Arlen e E.Y. Harburg) e Melhor Trilha Sonora Original. Filme indicado à Palma de Ouro em Cannes na categoria Melhor Direção (Victor Fleming).

Comentários:
Uma obra imortal, muito celebrada agora em 2014 quando se completa 75 anos de seu lançamento original. Não é para menos, "O Mágico de Oz" continua sendo considerado o maior clássico infantil do cinema americano de todos os tempos. Foi uma produção ousada e muito complicada de realizar pois havia todo um universo mágico a se recriar em uma época em que Hollywood não contava com os meios e recursos técnicos que vemos hoje em dia. Isso porém não foi obstáculo para os produtores e os diretores (sim, o filme também foi dirigido pelo grande George Cukor, embora ele não tenha sido creditado na época por ter brigado com o produtor Mervyn LeRoy). Aliás é bom salientar que essa foi uma produção tão incrivelmente difícil de concretizar que outros dois cineastas também estiveram envolvidos (Norman Taurog e King Vidor que acabou dirigindo praticamente sozinho as cenas passadas no Kansas). No elenco brilha Judy Garland, que tinha um talento maravilhoso, tanto atuando como cantando. Garland teve uma vida muito complicada, fruto talvez da forma como era controlada pelos estúdios na época (O Star System estava em seu auge e as estrelas eram consideradas verdadeiras propriedades dos produtores). Originalmente o estúdio queria Shirley Temple como Dorothy (o que teria sido espetacular!) mas não conseguiu. Então Garland foi escalada, mesmo já tendo passado da idade ideal. No final das contas tudo deu certo e o filme é sem dúvida uma obra prima da sétima arte.

Pablo Aluísio.

Marcado pela Sarjeta

Título no Brasil: Marcado pela Sarjeta
Título Original: Somebody Up There Likes Me
Ano de Produção: 1956
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Robert Wise
Roteiro: Ernest Lehman
Elenco: Paul Newman, Pier Angeli, Everett Sloane

Sinopse:
Em roteiro baseado na autobiografia do lutador de boxe Rocky Graziano, acompanhamos sua trajetória rumo ao sucesso no esporte, seus amores, dramas e finalmente a queda após um momento de auge e excessos em sua carreira. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Fotografia em Preto e Branco (Joseph Ruttenberg) e Melhor Direção de Arte (Cedric Gibbons e Malcolm Brown). Indicado ainda a Melhor Edição.

Comentários:
Excelente drama esportivo estrelado por Paul Newman, em cinebiografia tocante do popular lutador de boxe Rocky Graziano. O papel havia sido escrito para ser estrelado por James Dean (embora ele não tivesse altura e porte físico suficientes para encarnar o famoso boxeador). Com sua morte a MGM ficou algum tempo em busca de um ator talentoso para encarnar Rocky nas telas. Paul Newman, que também vinha do mesmo Actors Studio de Dean, se revelou ser uma excelente opção. A estrutura do roteiro se revela perfeita em três atos, mostrando a luta de Rocky em chegar ao topo, seus excessos e sua queda, tanto no esporte como na vida. Os destaques em termos de técnica cinematográfica vão para a bela fotografia e a inspirada direção de arte (não por acaso vencedoras do Oscar). A edição também se destaca, principalmente nas cenas de luta, que imprime uma grande agilidade nas sequências. Além disso Newman consegue pela primeira vez no cinema disponibilizar ao público uma excelente atuação. Outro destaque do elenco vem com a presença da atriz Pier Angeli, o grande amor de James Dean, que se destaca em seu personagem. Em suma um belo clássico que merece ser redescoberto sempre que possível.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Mickey Rourke - Rumble Fish

Poderia ter sido um personagem a ser interpretado por Marlon Brando. Isso se o tempo já não tivesse passado e Brando, naquela altura de sua vida, já ser um senhor idoso e mais preocupado em se aposentar em paz do que propriamente interpretar motoqueiros rebeldes. Os tempos de "O Selvagem" estavam no passado. Nem sempre os deuses do tempo premiam grandes atores com os personagens certos. De qualquer forma havia Mickey Rourke. O ano era 1983. O diretor Francis Ford Coppola, o eterno artesão que criou a saga "O Poderoso Chefão", havia comprado os direitos de um livro muito interessante chamado "Rumble Fish". de S.E. Hinton. Era um enredo sobre a desilusão. Um jovem que idolatrava seu irmão mais velho, um motoqueiro selvagem, tinha que lidar com seu retorno. Ao invés de continuar sendo o mesmo irascível rebelde de antes, ele era agora apenas uma sombra, uma pessoa sem qualquer ilusão sobre o mundo. Algo havia sido quebrado dentro do seu Eu.

Esse é seguramente um dos melhores filmes dos anos 80. Foi todo rodado em preto e branco, por exigência do próprio Coppola. Isso de certa forma ajudou o filme a se tornar o cult movie que até hoje é lembrado. E por uma ironia do destino também contribuiu para seu fracasso comercial nas telas, na época de seu lançamento original. Mero detalhe. O que importa para o cinéfilo é mesmo a qualidade cultural de uma obra cinematográfica e isso "O Selvagem da Motocicleta" tem de sobra.

Rever o filme foi um prazer completo. Não apenas como exercício de nostalgia, mas também para chegar na certeza de que Coppola é um dos maiores cineastas vivos. Falar da família Corleone é de certa forma algo previsível. Esses filmes já tinham colocado Coppola na história do cinema. Porém relativizar a importância dessas suas outras obras ditas menores também é um grande erro. Eis aqui outro exemplo perfeito de sua genialidade na sétima arte.

Pablo Aluísio.