Nova série da produtora AMC (uma das minhas preferidas nesse ramo). Aqui voltamos ao passado. O ano é 1847. A Marinha Real Inglesa envia dois navios para explorar o Círculo Polar Ártico. Não é uma viagem comum ou simples de realizar. A região é extremamente perigosa, não apenas pelos mares congelados, mas também pelo clima extremo a que são submetidos todos os homens da tripulação. Ambas as embarcações estão sob o comando de um capitão que almeja mais a glória da conquista e da aventura, do que propriamente em navegar com segurança. Assim ele resolve ignorar os conselhos de seu imediato, avançando rumo ao norte mesmo com a aproximação de um inverno absurdamente rigoroso.
A produção é ótima. Logo nas primeiras cenas do episódio piloto já percebemos que vem coisa por aí. Aliás boas séries são assim, elas conquistam o espectador desde o primeiro episódio, caso contrário não valem mesmo a pena. Aqui temos um roteiro inteligente, seguindo as linhas históricas com precisão. O Ártico, uma imensa massa de oceanos congelados, não forma um continente como a Antártida. Isso porém era desconhecido por esse pioneiros que acabaram se dando mal por causa das condições climáticas da região. Nem as bússolas conseguiam parar no lugar por causa do eixo magnético da Terra. Então é isso. Por enquanto só vi o primeiro episódio chamado "Go For Broke", mas já posso adiantar que a série é coisa fina. Em tempo: nessa primeira temporada são previstos dez episódios. Espero acompanhar todos eles.
The Terror (Estados Unidos, 2018) Direção: Tim Mielants, Edward Berger. Sergio Mimica-Gezzan / Roteiro: David Kajganich, Andres Fischer-Centeno / Elenco: Jared Harris, Ciarán Hinds, Tobias Menzies, Ian Hart / Sinopse: Dois navios da Marinha Real Britânica partem rumo ao Círculo Polar Ártico para explorar a região, sem saber das imensas dificuldades que encontrarão pela frente.
Episódios Comentados:
The Terror 1.04 - Punished, as a Boy
É tudo uma questão de perspectiva. Nos três primeiros episódios fomos apresentados aos personagens, a tripulação que está em dois navios do século XIX que ousam ir até os confins do Atlântico norte. Claro que lá no fim da linha eles iriam encontrar o Ártico, um oceano que fica congelado por meses a fio. Praticamente não existe luz solar, apenas a desolação branca de um inverno que nunca chega ao fim. Nos episódios anteriores também vimos que alguns tripulantes começam a aparecer mortos. Eles seguem em expedições para procurar por um caminho, uma saída, já que os grandes naus de madeira estão presos no gelo. Aí começam os problemas. Uma criatura desconhecida começa a atacar. No começo eles pensam tratar-se de um urso polar, mas não... estão enganados! Nesse quarto episódio as coisas não estão totalmente claras, mas arriscaria dizer que se trata de um Yet, ou como é mais conhecido (pelo menos pela minha geração), um abominável homem das neves. O famoso Pé Grande. Tudo está sendo levado para esse caminho. O que deixa isso mais claro é o fato dos tripulantes afirmarem terem visto grandes, enormes pegadas no gelo, que são tão grandes que não poderiam ser a de um urso! Bom, também é interessante dizer que agora os navios contam apenas com um capitão pois o outro já foi devidamente trucidado pelo bicho. Esse episódio também é interessante porque mostra como a disciplina era mantida nessas velhas embarcações. Um marujo ousa contestar o comando e por isso é chicoteado ao estilo "Punido como um garoto", ou seja, abaixando as calças para levar chicotadas nas nádegas, até virar carne viva, puro sangue! Não era fácil mesmo ser um marinheiro nesses tempos pioneiros! / The Terror 1.04 - Punished, as a Boy (Estados Unidos, 2018) Estúdio: AMC / Direção: Edward Berger / Roteiro: Dan Simmons / Elenco: Jared Harris, Tobias Menzies, Paul Ready, Adam Nagaitis, Ian Hart, Nive Nielsen.
The Terror 1.09 - The C, the C, the Open C
A agonia dos homens, dos tripulantes, continua nesse episódio. Eles deixaram os dois navios para trás. Agora caminham pelo chão arenoso do Ártico, carregando a reboque dois barcos com mantimentos. Na espreita a criatura, que quando ataca não deixa quase ninguém vivo. Nesse episódio os roteiristas fizeram algo muito interessante, colocando lado a lado dois grupos. Um liderado pelo capitão e o outro por amotinados. Enquanto no primeiro se prima pela vida humana, com a convicção de não deixar ninguém para trás, no segundo vale a lei da selva, a sobrevivência do mais forte. Os doentes e incapazes de caminhar logo são mortos e são canibalizados. A pura barbárie. No meio do desespero surge uma esperança na figura de uma ave voando. Ora, marinheiros sabem que onde há aves, há mar, há água por perto. Isso prova que eles estão caminhando na direção certa. O problema é chegar vivo até o litoral e torcer para que uma vez lá nada esteja congelado, que haja possibilidade de colocar os barcos na água para que eles consigam fugir daquele deserto de gelo. A vida nesse lugar esquecido por Deus tem validade apenas relativa. / The Terror 1.09 - The C, the C, the Open C (Estados Unidos, 2018) Estúdio: American Movie Classics (AMC) / Direção: Tim Mielants / Roteiro: Dan Simmons, David Kajganich / Elenco: Jared Harris, Tobias Menzies, Paul Ready.
The Terror 1.10 - We Are Gone
Esse episódio encerra a temporada. Curioso que soube recentemente que haverá uma segunda temporada! Bom, provavelmente será outra história porque essa do navio encalhado no Ártico chegou realmente ao fim. Nesse final temos o Capitão Francis Crozier (Jared Harris) feito refém dos rebeldes. Esse segundo grupo que também saiu no meio da nevasca para encontrar o litoral está enlouquecendo aos poucos. Além de praticarem canibalismo eles são liderados por um louco. Assim quando a criatura os ataca, tudo vira um completo caos. O próprio tenente que está à frente do grupo resolve arrancar sua própria língua com uma faca para dar de sacrifício ao estranho animal. Por falar nesse monstro, é justamente nesse episódio que o vemos bem, em detalhes. Em toda a temporada ele surgiu meio escondido nas sombras. Agora no ataque final a turma dos efeitos digitais precisou caprichar. Ficou muito bom o resultado. Definitivamente não é apenas um urso polar como se pensava inicialmente. Por fim não fiquei muito convencido do destino final do Capitão. Como um inglês como aquele poderia se contentar em ter agora uma existência no meio daqueles povos nativos? Ficou um pouco forçada a conclusão da temporada. / The Terror 1.10 - We Are Gone (Estados Unidos, 2018) Direção: Tim Mielants / Roteiro: David Kajganich / Elenco: Jared Harris, Tobias Menzies, Paul Ready.
Pablo Aluísio.
domingo, 23 de setembro de 2018
sábado, 22 de setembro de 2018
A História da Máfia
Essa série foi produzida entre os anos de 2015 e 2016, sendo atualmente exibido no canal H2 (o braço do canal The History Channel). A estrutura é interessante, com cenas filmadas (atores, diálogos, etc) acompanhando de narração em off, como se estivéssemos assistindo a um documentário como outro qualquer, daquele tipo que geralmente passa nesses canais a cabo. O diferencial é curioso, interessante, não podemos negar, porém ainda preferia ver as fotos reais dos mafiosos, as imagens tiradas das cenas do crime, pois isso traz uma parte da verdade histórica diretamente para o espectador.
Do jeito que ficou, estilo meio série tradicional, meio documentário, é bem produzido, mas poderia ser ainda melhor. Os episódios também se separam por cidades, àquelas onde o crime organizado imperou na época dos gangsters, como Nova Iorque, Chicago, etc. Al Capone Frank Costello, Lucky Luciano, Bugsy Siegel e vários outros mafiosos famosos (ou seriam infames) são a base dos roteiros Suas vidas de crimes e mortes já preenchem qualquer roteiro sobre máfia que poderia se imaginar. Então deixo a dica, mesmo com as reservas que citei. Assista, se curtir o formato se divirta (e se informe sobre todos esses chefões). Um pouco de história nunca é demais!
A História da Máfia / Estúdio: AMC / Direção: Johnny Saint-Ours, John Ealer / Roteiro: Jonathan Brandeis, Brian Burstein / Elenco: Ian Bell, Craig Thomas Rivela, Rich Graff, John Binder, Michael Kotsohilis, Jason Fitch / Sinopse: Documentário sobre a presença da máfia nos Estados Unidos visto sob o ponto de vista do FBI, o Bureau de investigação federal dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
Do jeito que ficou, estilo meio série tradicional, meio documentário, é bem produzido, mas poderia ser ainda melhor. Os episódios também se separam por cidades, àquelas onde o crime organizado imperou na época dos gangsters, como Nova Iorque, Chicago, etc. Al Capone Frank Costello, Lucky Luciano, Bugsy Siegel e vários outros mafiosos famosos (ou seriam infames) são a base dos roteiros Suas vidas de crimes e mortes já preenchem qualquer roteiro sobre máfia que poderia se imaginar. Então deixo a dica, mesmo com as reservas que citei. Assista, se curtir o formato se divirta (e se informe sobre todos esses chefões). Um pouco de história nunca é demais!
A História da Máfia / Estúdio: AMC / Direção: Johnny Saint-Ours, John Ealer / Roteiro: Jonathan Brandeis, Brian Burstein / Elenco: Ian Bell, Craig Thomas Rivela, Rich Graff, John Binder, Michael Kotsohilis, Jason Fitch / Sinopse: Documentário sobre a presença da máfia nos Estados Unidos visto sob o ponto de vista do FBI, o Bureau de investigação federal dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
Todas as Garotas do Presidente
Filme muito bobinho sobre duas garotas que acabam indo parar na Casa Branca, onde conhecem o presidente dos Estados Unidos. Sobre isso cabem algumas observações A primeira delas é perceber como os americanos são bobos em relação à figura de seu presidente (pelo menos eram, até Trump!). Há uma certa idealização sobre os ocupantes desse cargo público. Outra coisa que sempre me chamou atenção é que escolheram logo Richard Nixon, um dos piores presidentes de todos os tempos, para estar no filme.
OK, a intenção era mesmo fazer uma versão feminina e teen de "Todos os Homens do Presidente", esse sim um clássico do cinema americano. A questão que fica no ar é porque resolveram fazer esse filme com um roteiro tão fraquinho como esse? A Kirsten Dunst até convence como adolescente bobinha, era bem jovem, mas a Michelle Williams, olha, já tinha passado da idade de fazer bobagens como essa.
Todas as Garotas do Presidente (Dick, Estados Unidos, 1999) Direção: Andrew Fleming / Roteiro: Andrew Fleming, Sheryl Longin / Elenco: Kirsten Dunst, Michelle Williams, Dan Hedaya / Sinopse: Duas jovens, por caminhos tortuosos, acabam indo parar na Casa Branca, durante o governo de Richard Nixon, se envolvendo ainda mais em confusões.
Pablo Aluísio.
OK, a intenção era mesmo fazer uma versão feminina e teen de "Todos os Homens do Presidente", esse sim um clássico do cinema americano. A questão que fica no ar é porque resolveram fazer esse filme com um roteiro tão fraquinho como esse? A Kirsten Dunst até convence como adolescente bobinha, era bem jovem, mas a Michelle Williams, olha, já tinha passado da idade de fazer bobagens como essa.
Todas as Garotas do Presidente (Dick, Estados Unidos, 1999) Direção: Andrew Fleming / Roteiro: Andrew Fleming, Sheryl Longin / Elenco: Kirsten Dunst, Michelle Williams, Dan Hedaya / Sinopse: Duas jovens, por caminhos tortuosos, acabam indo parar na Casa Branca, durante o governo de Richard Nixon, se envolvendo ainda mais em confusões.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 21 de setembro de 2018
O Predador
Essa franquia do Predador continua sem direção. Provavelmente apenas o primeiro filme seja realmente bom. Era uma ficção bem realizada, contando com Arnold Schwarzenegger no auge de sua carreira. Depois disso a coisa toda perdeu o rumo. O segundo filme era apenas OK e os dois intitulados "Alien vs. Predador" eram bem ruins. Houve ainda "Predadores" de 2010 que só conseguiu ser regular. O diretor Shane Black prometia revitalizar os filmes, trazer algo novo, reinaugurar uma nova franquia de sucesso de público e crítica. A pergunta que me faço é como conseguiu prometer tanta coisa com um roteiro tão fraco como esse? Não tem para onde ir, a história é realmente bem boboca. Não teria outro adjetivo para usar. Parece até enredo dos quadrinhos dos anos 80 do personagem, que nunca foram considerados sequer bons.
Basicamente um predador foge de seu universo e chega na Terra, em fuga. Atrás dele vem um outro caçador, ainda mais poderoso, com 3,5m de altura. Forte e indestrutível. O combate entre os dois predadores se dará nas ruas da cidade de Los Angeles. Como personagens humanos temos uma família com um garoto autista, um grupo de prisioneiros do manicômio militar, que resolvem se unir contra a ameaça alienígena e termina por aí. Nada mais a acrescentar.
O roteiro não se preocupa em criar um suspense, nada. Os predadores são desperdiçados em cenas gratuitas e as cenas de laboratório onde eles são pesquisados são decepcionantes. Eu gosto de filmes com o predador, mas esse aqui é bem fraco. O roteiro é ruim, a história é mal elaborada, os personagens humanos são todos dispensáveis. Não consegui ver nada de muito bom, inovador ou revitalizante nesse novo filme. É só bem decepcionante mesmo.
O Predador (The Predator, Estados Unidos, 2018) Direção: Shane Black / Roteiro: Fred Dekker, Shane Black / Elenco: Boyd Holbrook, Trevante Rhodes, Jacob Tremblay, Keegan-Michael Key / Sinopse: Após a fuga de um predador de seu planeta, um outro predador chega na Terra para caçá-lo. É um predador de grande altura e força, que vai também disputar uma batalha própria com alguns seres humanos que encontra pela frente.
Pablo Aluísio.
Basicamente um predador foge de seu universo e chega na Terra, em fuga. Atrás dele vem um outro caçador, ainda mais poderoso, com 3,5m de altura. Forte e indestrutível. O combate entre os dois predadores se dará nas ruas da cidade de Los Angeles. Como personagens humanos temos uma família com um garoto autista, um grupo de prisioneiros do manicômio militar, que resolvem se unir contra a ameaça alienígena e termina por aí. Nada mais a acrescentar.
O roteiro não se preocupa em criar um suspense, nada. Os predadores são desperdiçados em cenas gratuitas e as cenas de laboratório onde eles são pesquisados são decepcionantes. Eu gosto de filmes com o predador, mas esse aqui é bem fraco. O roteiro é ruim, a história é mal elaborada, os personagens humanos são todos dispensáveis. Não consegui ver nada de muito bom, inovador ou revitalizante nesse novo filme. É só bem decepcionante mesmo.
O Predador (The Predator, Estados Unidos, 2018) Direção: Shane Black / Roteiro: Fred Dekker, Shane Black / Elenco: Boyd Holbrook, Trevante Rhodes, Jacob Tremblay, Keegan-Michael Key / Sinopse: Após a fuga de um predador de seu planeta, um outro predador chega na Terra para caçá-lo. É um predador de grande altura e força, que vai também disputar uma batalha própria com alguns seres humanos que encontra pela frente.
Pablo Aluísio.
Matrix Revolutions
Terceiro e último filme da trilogia Matrix. Tive a oportunidade de ver no cinema pois na época frequentava muito mais as salas de exibição do que hoje em dia. O que posso dizer desse filme? É a conclusão, o desfecho, onde tudo deveria ser explicado para o público. A série Matrix gozou de grande prestígio entre o público e a crítica. Seu roteiro, diríamos, filosófico, atraiu muita gente. Os cinéfilos em geral se tornaram fãs. Eu apenas acompanhei com interesse mediano. Sem arroubos de entusiasmo como muita gente boa por aí.
O curioso é que esse terceiro Matrix em minha opinião é o mesmo enigmático e o menos profundo também em sua trama. Essa coisa de se revelar muito acaba estragando certos filmes. O espectador olha e pergunta a si mesmo: Era só isso? Perdi o meu tempo. No meu caso não cheguei a tanto, mas fiquei também com uma sensação de que Matrix poderia ir muito além em seu final. Do jeito que ficou, temos apenas um clímax OK, nada demais. O destaque novamente vai para os efeitos especiais, revolucionários há 15 anos! Hoje em dia eles não surpreendem mais como antigamente, mas até que envelheceram bem.
Matrix Revolutions (The Matrix Revolutions, Estados Unidos, 2003) Direção: Lana Wachowski, Lilly Wachowski / Roteiro: Lana Wachowski, Lilly Wachowski / Elenco: Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss, Monica Bellucci / Sinopse: Conclusão da trilogia Matrix, onde todos os segredos e mistérios em torno da saga do protagonista Neo são reveladas.
Pablo Aluísio.
O curioso é que esse terceiro Matrix em minha opinião é o mesmo enigmático e o menos profundo também em sua trama. Essa coisa de se revelar muito acaba estragando certos filmes. O espectador olha e pergunta a si mesmo: Era só isso? Perdi o meu tempo. No meu caso não cheguei a tanto, mas fiquei também com uma sensação de que Matrix poderia ir muito além em seu final. Do jeito que ficou, temos apenas um clímax OK, nada demais. O destaque novamente vai para os efeitos especiais, revolucionários há 15 anos! Hoje em dia eles não surpreendem mais como antigamente, mas até que envelheceram bem.
Matrix Revolutions (The Matrix Revolutions, Estados Unidos, 2003) Direção: Lana Wachowski, Lilly Wachowski / Roteiro: Lana Wachowski, Lilly Wachowski / Elenco: Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss, Monica Bellucci / Sinopse: Conclusão da trilogia Matrix, onde todos os segredos e mistérios em torno da saga do protagonista Neo são reveladas.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
Violação de Conduta
Como você deve saber o John Travolta é um homem muito rico. Rico a ponto de ter um avião Boeing particular. Tudo fruto de seu trabalho no cinema, além da grande capacidade de fazer muitos filmes ao longo da carreira. Com tantos títulos na filmografia alguns filmes, até mesmo os bons, acabam sendo esquecidos. Um exemplo é esse "Basic" que nunca mais vi sendo exibido em lugar nenhum, nem nas emissoras de TV a cabo. Uma pena porque é um bom filme, que merecia ser mais conhecido.
É a tal coisa, se você gosta de filmes sobre CIA, missões não autorizadas, o lado oculto do governo americano, certamente vai gostar dessa fita. O enredo gira todo em torno de uma missão mal explicada e mal executada por espiões e militares dos Estados Unidos nas distantes selvas do Panamá. Apenas alguns sobrevivem. Nas investigações sobre o que teria acontecido são revelados segredos sórdidos que muitas pessoas poderosas gostariam de ver escondidas para sempre. Bom roteiro, trama inteligente e John Travolta em cena garantem a diversão e o entretenimento.
Violação de Conduta (Basic, Estados Unidos, 2003) Direção: John McTiernan / Roteiro: James Vanderbilt / Elenco: John Travolta, Samuel L. Jackson, Connie Nielsen / Sinopse: Uma investigação interna tenta descobrir o que teria acontecido durante uma operação militar dos Estados Unidos no Panamá. Alguns militares morreram e os que sobreviveram não parecem dispostos a revelarem nada.
Pablo Aluísio.
É a tal coisa, se você gosta de filmes sobre CIA, missões não autorizadas, o lado oculto do governo americano, certamente vai gostar dessa fita. O enredo gira todo em torno de uma missão mal explicada e mal executada por espiões e militares dos Estados Unidos nas distantes selvas do Panamá. Apenas alguns sobrevivem. Nas investigações sobre o que teria acontecido são revelados segredos sórdidos que muitas pessoas poderosas gostariam de ver escondidas para sempre. Bom roteiro, trama inteligente e John Travolta em cena garantem a diversão e o entretenimento.
Violação de Conduta (Basic, Estados Unidos, 2003) Direção: John McTiernan / Roteiro: James Vanderbilt / Elenco: John Travolta, Samuel L. Jackson, Connie Nielsen / Sinopse: Uma investigação interna tenta descobrir o que teria acontecido durante uma operação militar dos Estados Unidos no Panamá. Alguns militares morreram e os que sobreviveram não parecem dispostos a revelarem nada.
Pablo Aluísio.
Kate & Leopold
Esse filme acabou sendo memorável para mim não pelos motivos certos, mas sim pelos errados. Foi o último filme que aluguei em VHS na minha vida. As locadoras já estavam substituindo as velhas fitas pelos DVDs e em pouco tempo as próprias locadoras iriam entrar em extinção por todo o país. Fim de uma era, mudança de tempos. Pois bem, uma pena que essa despedida não tenha sido feita com um filme melhor. Inegável é o fato que esse "Kate & Leopold" é bem fraquinho mesmo.
Basicamente se apoia em uma única piada que nem é engraçada. Um homem do passado tentando viver nos dias atuais. Isso é tudo. Responda francamente, algo assim iria lhe interessar? Acredito que não! O único motivo para ver esse filme foi a presença de Meg Ryan. Ela foi a namoradinha da América nos anos 90 com muitos sucessos, mas plásticas erradas e escolhas mal feitas de filmes acabaram com sua carreira. Que pena ver a adorável Meg assim, fazendo um filme tão faco como esse. Ah e antes que me esqueça o Hugh Jackman também está nesse filme. Ele é um ator carismático e gente boa, porém uma andorinha só não faz verão. No final quando a piada já está saturada fiquei até com vergonha alheia dele nesse papel. Poderia passar sem essa!
Kate & Leopold (Estados Unidos, 2001) Direção: James Mangold / Roteiro: Steven Rogers, James Mangold / Elenco: Meg Ryan, Hugh Jackman, Liev Schreiber / Sinopse: Homem da era vitoriana, do século XVIII chega aos nossos dias, com outra cultura, outros costumes e modo de agir. O choque cultural se torna inevitável.
Pablo Aluísio.
Basicamente se apoia em uma única piada que nem é engraçada. Um homem do passado tentando viver nos dias atuais. Isso é tudo. Responda francamente, algo assim iria lhe interessar? Acredito que não! O único motivo para ver esse filme foi a presença de Meg Ryan. Ela foi a namoradinha da América nos anos 90 com muitos sucessos, mas plásticas erradas e escolhas mal feitas de filmes acabaram com sua carreira. Que pena ver a adorável Meg assim, fazendo um filme tão faco como esse. Ah e antes que me esqueça o Hugh Jackman também está nesse filme. Ele é um ator carismático e gente boa, porém uma andorinha só não faz verão. No final quando a piada já está saturada fiquei até com vergonha alheia dele nesse papel. Poderia passar sem essa!
Kate & Leopold (Estados Unidos, 2001) Direção: James Mangold / Roteiro: Steven Rogers, James Mangold / Elenco: Meg Ryan, Hugh Jackman, Liev Schreiber / Sinopse: Homem da era vitoriana, do século XVIII chega aos nossos dias, com outra cultura, outros costumes e modo de agir. O choque cultural se torna inevitável.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de setembro de 2018
Os Piratas da Somália
Esse filme é o outro lado da moeda de "Capitão Phillips", aquela produção estrelada por Tom Hanks. Naquele filme vimos um sequestro de um navio nos mares da Somália, tudo sob o ponto de vista dos americanos. Aqui temos o ponto de vista do povo da Somália. Na história um jovem canadense, recém formado e desempregado, decide seguir os conselhos de um veterano e ir para um lugar que nenhum outro jornalista ocidental teria coragem de ir. Tudo para se destacar no mercado. Assim ele pega o primeiro avião para aquele país desolado da África. Chegando na capital ele começa os esforços para tentar descolar uma entrevista com algum dos piratas, algo que não será fácil e colocará em risco sua vida.
O protagonista é interpretado pelo ator Evan Peters, pouco conhecido. O nome mais famoso do elenco é mesmo Al Pacino. Porém não espere por grande coisa pois ele tem apenas 3 cenas no filme inteiro. É um coadjuvante de luxo, nada mais. Barkhad Abdi esteve em "Capitão Phillips" e aqui volta para sua terra natal para interpretar um nativo que ajuda o canadense em sua estadia no país. Pelo filme anterior, do Tom Hanks, chegou a ser indicado ao Oscar por interpretar um dos piratas. Aqui seu personagem é bem mais ameno e amigável. No quadro geral o filme vale pelas informações que passa, mostrando o aspecto político e caótico em que se afundou aquela nação africana. Interessante porque como diz o ditado, toda história tem dois lados. Vale a pena por conhecer o lado dos africanos em todos esses eventos.
Os Piratas da Somália (The Pirates of Somalia, Estados Unidos, Sudão, Quênia, Somália, África do Sul, 2017) Direção: Bryan Buckley / Roteiro: Bryan Buckley, baseado no livro "The Pirates of Somalia: Inside Their Hidden World" de Jay Bahadur / Elenco: Evan Peters, Barkhad Abdi, Al Pacino, Melanie Griffith / Sinopse: Jay Bahadur (Evan Peters) é um jovem jornalista canadense desempregado que não consegue publicar seus textos em lugar nenhum. Radicalizando decide ir para a Somália para se tornar o único correspondente estrangeiro naquele país africano, algo que definitivamente colocará sua vida em risco.
Pablo Aluísio.
O protagonista é interpretado pelo ator Evan Peters, pouco conhecido. O nome mais famoso do elenco é mesmo Al Pacino. Porém não espere por grande coisa pois ele tem apenas 3 cenas no filme inteiro. É um coadjuvante de luxo, nada mais. Barkhad Abdi esteve em "Capitão Phillips" e aqui volta para sua terra natal para interpretar um nativo que ajuda o canadense em sua estadia no país. Pelo filme anterior, do Tom Hanks, chegou a ser indicado ao Oscar por interpretar um dos piratas. Aqui seu personagem é bem mais ameno e amigável. No quadro geral o filme vale pelas informações que passa, mostrando o aspecto político e caótico em que se afundou aquela nação africana. Interessante porque como diz o ditado, toda história tem dois lados. Vale a pena por conhecer o lado dos africanos em todos esses eventos.
Os Piratas da Somália (The Pirates of Somalia, Estados Unidos, Sudão, Quênia, Somália, África do Sul, 2017) Direção: Bryan Buckley / Roteiro: Bryan Buckley, baseado no livro "The Pirates of Somalia: Inside Their Hidden World" de Jay Bahadur / Elenco: Evan Peters, Barkhad Abdi, Al Pacino, Melanie Griffith / Sinopse: Jay Bahadur (Evan Peters) é um jovem jornalista canadense desempregado que não consegue publicar seus textos em lugar nenhum. Radicalizando decide ir para a Somália para se tornar o único correspondente estrangeiro naquele país africano, algo que definitivamente colocará sua vida em risco.
Pablo Aluísio.
Criminosos de Novembro
O que me levou a assistir esse filme foi a presença da atriz Chloë Grace Moretz. Sempre achei ela uma das mais interessantes atrizes de sua geração. Só que esse filme é realmente um tanto quanto fraquinho. A história vai pelo mesmo caminho, pouco verossímil, pouco convincente. A Chloë interpreta uma estudante do ensino médio que namora um jovem problemático. A mãe dele morreu recentemente e ele se sente culpado por isso (o roteiro nunca explica a razão concreta dele se sentir assim). Pois bem, quando um amigo é assassinado em uma lanchonete onde trabalha, ele termina de pirar, colocando na cabeça que precisa resolver o caso de todo jeito. Uma pessoa normal, obviamente, iria deixar isso para a polícia resolver, mas ele não, parte para investigar o caso, mesmo colocando em risco a sua vida e a da namorada. Uma decisão bem idiota de se tomar.
Como eu já escrevi, temos aqui um enredo complicado de se comprar. O espectador ao invés de criar algum vínculo emocional com o protagonista começa ao invés disso achar que ele é um imbecil. Mesmo com problemas emocionais pela morte da mãe (o roteiro quer enfiar isso goela abaixo do público como justificativa para seus atos), seja por qual razão for, ninguém em sã consciência começaria a frequentar bairros cheios de traficantes para supostamente fazer "justiça" na sociedade. Some-se a isso o fato dele ser um bobão que leva a namorada em becos escuros para perguntar a bandidos se eles sabem quem matou seu amigo e você terá uma visão da situação toda! Que coisa mais bizarra! Em uma cena ela escapa por um triz de ser estuprada por criminosos! Você se identificaria com um tolo desse nível? Assim o resultado é muito morno e sem propósito para levarmos esse filme à sério. Tirando a graciosa atuação da Chloë Grace Moretz, todo o resto é pura perda de tempo. Enfim, é um filme indie sem consistência, para pessoas que sofrem de bondadismo sem cura.
Criminosos de Novembro (November Criminals, Estados Unidos, 2017) Direção: Sacha Gervasi / Roteiro: Sacha Gervasi / Elenco: Ansel Elgort, Chloë Grace Moretz, David Strathairn / Sinopse: Phoebe (Chloë Grace Moretz) namora Addison (Ansel Elgort). Eles estão numa fase bacana na vida, terminando o colegial, se preparando para ir para a universidade. Tudo estaria bem, se não fosse os problemas emocionais do namorado. Ele está tentando enfrentar a perda da mãe. Emocionalmente abalado, ele literalmente fica obsessivo quando seu amigo é morto a tiros numa lanchonete. Depois dessa tragédia ele resolve que irá descobrir a identidade do assassino de qualquer maneira, colocando em risco sua vida e a de sua jovem namorada.
Pablo Aluísio.
Como eu já escrevi, temos aqui um enredo complicado de se comprar. O espectador ao invés de criar algum vínculo emocional com o protagonista começa ao invés disso achar que ele é um imbecil. Mesmo com problemas emocionais pela morte da mãe (o roteiro quer enfiar isso goela abaixo do público como justificativa para seus atos), seja por qual razão for, ninguém em sã consciência começaria a frequentar bairros cheios de traficantes para supostamente fazer "justiça" na sociedade. Some-se a isso o fato dele ser um bobão que leva a namorada em becos escuros para perguntar a bandidos se eles sabem quem matou seu amigo e você terá uma visão da situação toda! Que coisa mais bizarra! Em uma cena ela escapa por um triz de ser estuprada por criminosos! Você se identificaria com um tolo desse nível? Assim o resultado é muito morno e sem propósito para levarmos esse filme à sério. Tirando a graciosa atuação da Chloë Grace Moretz, todo o resto é pura perda de tempo. Enfim, é um filme indie sem consistência, para pessoas que sofrem de bondadismo sem cura.
Criminosos de Novembro (November Criminals, Estados Unidos, 2017) Direção: Sacha Gervasi / Roteiro: Sacha Gervasi / Elenco: Ansel Elgort, Chloë Grace Moretz, David Strathairn / Sinopse: Phoebe (Chloë Grace Moretz) namora Addison (Ansel Elgort). Eles estão numa fase bacana na vida, terminando o colegial, se preparando para ir para a universidade. Tudo estaria bem, se não fosse os problemas emocionais do namorado. Ele está tentando enfrentar a perda da mãe. Emocionalmente abalado, ele literalmente fica obsessivo quando seu amigo é morto a tiros numa lanchonete. Depois dessa tragédia ele resolve que irá descobrir a identidade do assassino de qualquer maneira, colocando em risco sua vida e a de sua jovem namorada.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 18 de setembro de 2018
Imperador
Filme que se passa no pós-guerra, em um Japão destruído por duas bombas atômicas e milhares de bombardeiros promovidos pela força aérea dos Estados Unidos. Com o país em ruínas só restou ao imperador japonês (considerado um Deus por aquele povo) se render incondicionalmente. E aí, dessa rendição, começa a história do filme. Os militares americanos desembarcam no país para localizar e julgar os criminosos de guerra, mas ao mesmo tempo fica a dúvida: o imperador deveria ser também julgado pelo aconteceu? Ou devia-se poupá-lo para evitar maiores problemas nessa fase de reconstrução da nação?
O filme tem dois protagonistas, baseados em generais americanos que foram decisivos na restauração do Japão como nação e novo aliado. O primeiro foi o General Douglas MacArthur (Tommy Lee Jones). Já existe um filme muito bom sobre ele, com Gregory Peck no papel principal (se nunca assistiu, corra para conhecer). O outro foi o General Bonner Fellers (Matthew Fox) que era uma espécie de auxiliar de MacArthur. Ambos conduziram as negociações envolvendo americanos e japoneses naquele período histórico bem delicado. Com bom roteiro e produção apenas regular, esse filme é especialmente indicado para historiadores e estudantes de história. É o resgate de eventos que nem sempre são temas de livros ou filmes. Bem interessante mesmo.
Imperador (Emperor, Estados Unidos, Japão, 2012) Direção: Peter Webber / Roteiro: Vera Blasi, David Klass, baseados na obra de Shiro Okamoto / Elenco: Matthew Fox, Tommy Lee Jones, Eriko Hatsune, Masayoshi Haneda, Colin Moy, Takatarô Kataoka / Sinopse: Após a rendição do Japão aos aliados, culminando no fim da II Guerra Mundial, dois generais americanos de alta patente precisam encontrar e punir os principais líderes militares e políticos japoneses, muitos deles acusados de terríveis crimes de guerra. Além desses precisam também descobrir a real extensão da responsabilidade do Imperador Hirohito no conflito. História baseada em fatos reais.
Pablo Aluísio.
O filme tem dois protagonistas, baseados em generais americanos que foram decisivos na restauração do Japão como nação e novo aliado. O primeiro foi o General Douglas MacArthur (Tommy Lee Jones). Já existe um filme muito bom sobre ele, com Gregory Peck no papel principal (se nunca assistiu, corra para conhecer). O outro foi o General Bonner Fellers (Matthew Fox) que era uma espécie de auxiliar de MacArthur. Ambos conduziram as negociações envolvendo americanos e japoneses naquele período histórico bem delicado. Com bom roteiro e produção apenas regular, esse filme é especialmente indicado para historiadores e estudantes de história. É o resgate de eventos que nem sempre são temas de livros ou filmes. Bem interessante mesmo.
Imperador (Emperor, Estados Unidos, Japão, 2012) Direção: Peter Webber / Roteiro: Vera Blasi, David Klass, baseados na obra de Shiro Okamoto / Elenco: Matthew Fox, Tommy Lee Jones, Eriko Hatsune, Masayoshi Haneda, Colin Moy, Takatarô Kataoka / Sinopse: Após a rendição do Japão aos aliados, culminando no fim da II Guerra Mundial, dois generais americanos de alta patente precisam encontrar e punir os principais líderes militares e políticos japoneses, muitos deles acusados de terríveis crimes de guerra. Além desses precisam também descobrir a real extensão da responsabilidade do Imperador Hirohito no conflito. História baseada em fatos reais.
Pablo Aluísio.
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