Título no Brasil: Dá-lhe Duro, Trinity!
Título Original: ...Più forte ragazzi!
Ano de Produção: 1972
País: Itália
Estúdio: AVCO Embassy Pictures
Direção: Giuseppe Colizzi
Roteiro: Barbara Alberti, Giuseppe Colizzi
Elenco: Terence Hill, Bud Spencer, Reinhard Kolldehoff
Sinopse:
Dois aventureiros, Plata (Terence Hill) e Salud (Bud Spencer) acabam parando na América do Sul, onde se metem em todos os tipos de confusões envolvendo contrabandistas de diamantes e pedras preciosas. Em seu caminho estão todos os tipos de vilões e malfeitores, que também pretendem colocar as mãos naquelas fortunas que brotam das terras da região.
Comentários:
A recente morte do ator Bud Spencer reacendeu o interesse em seus filmes de faroeste spaghetti. Não é para menos, o ator protagonizou (ao lado do parceiro mais constante, Terence Hill) alguns dos filmes mais divertidos dos anos 60 e 70. No Brasil aconteceu um aspecto curioso: os distribuidores nacionais usaram quase sempre o nome do personagem Trinity, muito embora nem todos os filmes eram com esse pistoleiro fanfarrão. A questão era obviamente puramente comercial e deu certo, fazendo com que o público brasileiro sempre pensasse que estava assistindo a um novo filme com Trinity. Só para ressaltar bem isso o nome do personagem interpretado por Terence Hill nesse filme era Plata e não Trinity como todos pensavam. Já o bom e velho Bud Spencer dava vida a Salud, um sujeito grandão, bom de briga, explosivo, mas também de bom coração. Essas características aliás estavam presentes em praticamente todos os filmes estrelados pelo gigante (não tão gentil) Bud Spencer. O diretor Giuseppe Colizzi era um dos especialistas dos filmes ao estilo western spaghetti, basta lembrar de outros sucessos assinados por ele como "Deus Perdoa... Eu Não!", "Os Quatro da Ave Maria" e "A Colina dos Homens Maus". Ele morreu ainda bastante jovem e sua filmografia não foi muito extensa, o que não significa que foi destituída de importância dentro desse popular mercado italiano de filmes de bang-bang. Filme indicado ao prêmio da Italian National Syndicate of Film Journalists.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
terça-feira, 10 de outubro de 2017
As Irmãs Brontë
Charlotte Brontë (1816 - 1855) foi uma das escritoras mais celebradas da língua inglesa. Ao lado de suas irmãs, ela escreveu romances essenciais tais como "Jane Eyre", "Emma" e "O Morro dos Ventos Uivantes". Esse filme produzido pela BBC conta parte de sua história. As três irmãs viviam em um lugarejo bem isolado ao norte da Inglaterra, nas colinas de Yorkshire, e eram filhas de um pastor anglicano que estava ficando cego com a idade. As três sempre foram muito esforçadas em sua educação, isso em uma época em que as mulheres ainda não tinham acesso completo a escolas formais. As jovens tinham apenas um irmão, que sofria de alcoolismo e trazia muitos problemas familiares para seu velho pai.
Elas sempre gostaram de estudar e escrever, porém conforme o tempo foi passando elas procuraram uma maneira de ganhar a vida, afinal seu pai já caminhava para o fim e elas perderiam o lugar de morada que pertencia à paróquia local. Inicialmente Charlotte e suas irmãs tentaram a poesia, mas depois perceberam que os livros mais vendidos da época eram romances. Assim as três começaram a elaborar livros nesse estilo, sempre mesclando a pura ficção com parte da história delas mesmas. O resultado foi, como hoje já sabe, maravilhoso, histórico, porém na época elas só queriam vender algumas cópias para sobreviverem, já que eram mulheres solteiras, pobres, sem perspectivas de um futuro melhor.
Desnecessário dizer que o filme é muito bom e por demais interessante, do ponto de vista histórico. O estigma contra mulheres escritoras era tão forte na época que elas precisaram usar pseudônimos masculinos para que suas obras fossem vendidas às grandes editoras de Londres. Dessa maneira, usando o pseudônimo literário de Currer Bell, começaram a vender suas primeiras edições. O curioso é que os romances logo se tornaram grandes sucessos, verdadeiros best-sellers. Todos queriam conhecer o grande mago das letras Currer Bell, mas ele na verdade não existia, os livros eram escritos por essas três irmãs do interior. O filme traz uma cena ótima quando finalmente Charlotte viaja para Londres pela primeira vez e conta toda a verdade para seu editor! Por fim, para fechar com chave de ouro essa bela obra cinematográfica, a última cena traz imagens feitas hoje em dia na verdadeira casa onde moraram as irmãs Brontë. O lugar virou um museu e um ponto de encontro para admiradores de seus romances inesquecíveis.
As Irmãs Brontë (To Walk Invisible: The Bronte Sisters, Inglaterra, 2016) Direção: Sally Wainwright / Roteiro: Sally Wainwright / Elenco: Finn Atkins, Jonathan Pryce, Charlie Murphy, Chloe Pirrie, Adam Nagaitis / Sinopse: O filme conta a história real das três irmãs da família Brontë. Elas sempre tiveram o sonho de se tornarem escritoras. Quando o pai começa a ficar cego, em razão da velhice, elas decidem procurar por editoras de Londres interessadas em seus escritos. Acabaram se tornando escritoras consagradas na história da língua inglesa.
Pablo Aluísio.
Elas sempre gostaram de estudar e escrever, porém conforme o tempo foi passando elas procuraram uma maneira de ganhar a vida, afinal seu pai já caminhava para o fim e elas perderiam o lugar de morada que pertencia à paróquia local. Inicialmente Charlotte e suas irmãs tentaram a poesia, mas depois perceberam que os livros mais vendidos da época eram romances. Assim as três começaram a elaborar livros nesse estilo, sempre mesclando a pura ficção com parte da história delas mesmas. O resultado foi, como hoje já sabe, maravilhoso, histórico, porém na época elas só queriam vender algumas cópias para sobreviverem, já que eram mulheres solteiras, pobres, sem perspectivas de um futuro melhor.
Desnecessário dizer que o filme é muito bom e por demais interessante, do ponto de vista histórico. O estigma contra mulheres escritoras era tão forte na época que elas precisaram usar pseudônimos masculinos para que suas obras fossem vendidas às grandes editoras de Londres. Dessa maneira, usando o pseudônimo literário de Currer Bell, começaram a vender suas primeiras edições. O curioso é que os romances logo se tornaram grandes sucessos, verdadeiros best-sellers. Todos queriam conhecer o grande mago das letras Currer Bell, mas ele na verdade não existia, os livros eram escritos por essas três irmãs do interior. O filme traz uma cena ótima quando finalmente Charlotte viaja para Londres pela primeira vez e conta toda a verdade para seu editor! Por fim, para fechar com chave de ouro essa bela obra cinematográfica, a última cena traz imagens feitas hoje em dia na verdadeira casa onde moraram as irmãs Brontë. O lugar virou um museu e um ponto de encontro para admiradores de seus romances inesquecíveis.
As Irmãs Brontë (To Walk Invisible: The Bronte Sisters, Inglaterra, 2016) Direção: Sally Wainwright / Roteiro: Sally Wainwright / Elenco: Finn Atkins, Jonathan Pryce, Charlie Murphy, Chloe Pirrie, Adam Nagaitis / Sinopse: O filme conta a história real das três irmãs da família Brontë. Elas sempre tiveram o sonho de se tornarem escritoras. Quando o pai começa a ficar cego, em razão da velhice, elas decidem procurar por editoras de Londres interessadas em seus escritos. Acabaram se tornando escritoras consagradas na história da língua inglesa.
Pablo Aluísio.
Churchill
Churchill foi um dos líderes políticos mais importantes do século XX. É de surpreender que não existam grandes filmes sobre ele. Provavelmente isso seja decorrência do fato de que sua biografia foi complexa demais, com muitos eventos históricos importantes. Apenas um filme não seria suficiente para contar sua história. Assim o roteiro dessa nova produção acerta em cheio ao se concentrar em um momento muito específico da vida do primeiro ministro britânico. Todo o enredo se passa em apenas três dias, justamente nos que antecederam ao desembarque das tropas aliadas na Normandia, norte da França, naquela operação militar que passaria a ser conhecida como o Dia D.
O que mais surpreende é saber que até o último momento Churchill tentou cancelar tudo. Ele havia sido militar no passado e tinha participado de um desembarque como aquele, que havia terminado em desastre. Por isso ele tinha muitos receios de uma operação daquela magnitude, envolvendo milhares de homens. Não queria ter a consciência pesada pela morte daqueles soldados. Para trazer ainda mais tensão, Churchill tampouco acreditava nos detalhes e nas estratégias desenvolvidas pelos generais aliados. Chegou a rezar para que o clima não ajudasse nas operações e que tudo fosse devidamente cancelado. Claro que ele estava errado. Apesar das baixas a operação Overlord foi um grande sucesso. Esse foi o momento da II Guerra Mundial em que o jogo virou e as tropas nazistas começaram a sofrer diversas derrotas na guerra.
Outro aspecto digno de nota é que o roteiro explora também bastante o lado mais humano de Churchill. Ele é visto como um homem que tem receios, medos e desconta suas frustrações em subordinados (como uma pobre e jovem secretária em que ele despeja toda a sua ira). A esposa de Churchill também tem participação importante, chegando a lhe dar um tapa após uma de suas grosserias. Pois é, até mesmo os mais grandiosos líderes também possuíam fraquezas de caráter. Dessa maneira o Churchill que aparece na tela é bem diferente daquele que muitas vezes surge nas páginas dos livros de história. Esse ponto de vista do roteiro é o grande diferencial desse novo filme, pois deixa de lado o aspecto mais oficial da história para se concentrar no ser humano Churchill, sem máscaras. Nesse ponto ganha muito em termos de qualidade cinematográfica.
Churchill (Churchill, Inglaterra, 2017) Direção: Jonathan Teplitzky / Roteiro: Alex von Tunzelmann / Elenco: Brian Cox, Miranda Richardson, John Slattery / Sinopse: O filme mostra os três dias que antecederam o desembarque das tropas aliadas no norte da França, naquele que seria conhecido pela história como o Dia D. O líder britânico tinha sérias dúvidas sobre as possibilidades de êxito de uma operação como aquela, que envolvia muitos soldados e equipamento militar. Ele temia uma derrota e um fracasso monumental que significasse a vitória de Hitler e os nazistas.
Pablo Aluísio.
O que mais surpreende é saber que até o último momento Churchill tentou cancelar tudo. Ele havia sido militar no passado e tinha participado de um desembarque como aquele, que havia terminado em desastre. Por isso ele tinha muitos receios de uma operação daquela magnitude, envolvendo milhares de homens. Não queria ter a consciência pesada pela morte daqueles soldados. Para trazer ainda mais tensão, Churchill tampouco acreditava nos detalhes e nas estratégias desenvolvidas pelos generais aliados. Chegou a rezar para que o clima não ajudasse nas operações e que tudo fosse devidamente cancelado. Claro que ele estava errado. Apesar das baixas a operação Overlord foi um grande sucesso. Esse foi o momento da II Guerra Mundial em que o jogo virou e as tropas nazistas começaram a sofrer diversas derrotas na guerra.
Outro aspecto digno de nota é que o roteiro explora também bastante o lado mais humano de Churchill. Ele é visto como um homem que tem receios, medos e desconta suas frustrações em subordinados (como uma pobre e jovem secretária em que ele despeja toda a sua ira). A esposa de Churchill também tem participação importante, chegando a lhe dar um tapa após uma de suas grosserias. Pois é, até mesmo os mais grandiosos líderes também possuíam fraquezas de caráter. Dessa maneira o Churchill que aparece na tela é bem diferente daquele que muitas vezes surge nas páginas dos livros de história. Esse ponto de vista do roteiro é o grande diferencial desse novo filme, pois deixa de lado o aspecto mais oficial da história para se concentrar no ser humano Churchill, sem máscaras. Nesse ponto ganha muito em termos de qualidade cinematográfica.
Churchill (Churchill, Inglaterra, 2017) Direção: Jonathan Teplitzky / Roteiro: Alex von Tunzelmann / Elenco: Brian Cox, Miranda Richardson, John Slattery / Sinopse: O filme mostra os três dias que antecederam o desembarque das tropas aliadas no norte da França, naquele que seria conhecido pela história como o Dia D. O líder britânico tinha sérias dúvidas sobre as possibilidades de êxito de uma operação como aquela, que envolvia muitos soldados e equipamento militar. Ele temia uma derrota e um fracasso monumental que significasse a vitória de Hitler e os nazistas.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
Segredos de Sangue
Não parece, mas esse é um filme sobre psicopatas, psicopatas em família. Quando começa somos apresentados a mãe e filha, ambas em luto pela morte do pai. A filha, chamada India (Mia Wasikowska), era muito próxima dele. Provavelmente era além de seu pai, seu único amigo nesse mundo. A garota não é muito comum. Vista como esquisita na escola, ela tem um jeito de ser introvertido, embora seja extremamente inteligente. Com a mãe nunca se deu muito bem, até porque ela esperava outro comportamento da filha. A mãe é interpretada por Nicole Kidman, aqui novamente esbanjando beleza, como sempre aliás. Com a morte do pai chega para os funerais seu irmão, Charles (Matthew Goode), que elas pouco conhecem e praticamente nada sabem de seu passado. Aos poucos tudo vai se revelando, inclusive um passado trágico.
A linguagem que o diretor Chan-wook Park impôs ao filme lembra bastante a própria personalidade da jovem protagonista India, ou seja, contemplativo, meio silencioso, bem esquisito. A narrativa em certos momentos lembra uma fábula absurda, com muitos toques de humor negro. Como não poderia deixar de ser, quem brilha no elenco é justamente ela, a atriz australiana Mia Wasikowska. Ela sempre me chama atenção nos filmes em que atua. O público em geral a associa ao filme "Alice" de Tim Burton, que chegou a render absurdos 1 bilhão de dólares nas bilheterias. Mia porém não se resume a Alice. Aliás esse pode ser considerado um de seus momentos mais fracos no cinema. Ela tem uma filmografia bem mais interessante, inclusive nesse "Segredos de Sangue" ela surge com os cabelos pintados de preto, para ajudar na composição de sua personagem, que tem uma simbiose natural com o sombrio e o soturno. Ficou bastante diferente, mas também sedutora, de uma maneira até bem doentia.
O grande mérito desse filme porém vem realmente de seu roteiro. Ele começa como um tipo de drama emocional (ou nada emocional se formos levar em conta o jeito de Mia). O pai está morto, a mãe não está com muita disposição de ficar em luto eterno e o tio chega na casa. Um cara bonitão, com jeito de boa praça, bem sucedido, carrão conversível. Para a bizarrice ser completa ele acaba seduzindo a viúva do irmão, pior do que isso, se insinua para a própria sobrinha! Ecos de incesto por todos os lados. O roteiro porém não cai em armadilhas e situações clichês. Ao invés disso dá uma guinada ainda mais estranha para o lado mais bizarro dessa família. Como escrevi no começo do texto, é um filme sobre psicopatas com laços familiares. Assim não espere por nada muito convencional pois definitivamente esse filme não se enquadra em algo comum, do tipo que você está acostumado a assistir.
Segredos de Sangue (Stoker, Estados Unidos, Inglaterra, 2013) Direção: Chan-wook Park / Roteiro: Wentworth Miller / Elenco: Mia Wasikowska, Nicole Kidman, Matthew Goode, Dermot Mulroney / Sinopse: Depois da morte do pai, mãe e filha, India (Mia Wasikowska) e Evelyn Stoker (Nicole Kidman) respectivamente, recebem a visita do irmão dele, o desconhecido e misterioso tio Charles (Matthew Goode). Onde ele estava durante todos esses anos? O que fez? Quais são seus segredos mais bem guardados? Filme premiado no Fangoria Chainsaw Awards e CinEuphoria Awards.
Pablo Aluísio.
A linguagem que o diretor Chan-wook Park impôs ao filme lembra bastante a própria personalidade da jovem protagonista India, ou seja, contemplativo, meio silencioso, bem esquisito. A narrativa em certos momentos lembra uma fábula absurda, com muitos toques de humor negro. Como não poderia deixar de ser, quem brilha no elenco é justamente ela, a atriz australiana Mia Wasikowska. Ela sempre me chama atenção nos filmes em que atua. O público em geral a associa ao filme "Alice" de Tim Burton, que chegou a render absurdos 1 bilhão de dólares nas bilheterias. Mia porém não se resume a Alice. Aliás esse pode ser considerado um de seus momentos mais fracos no cinema. Ela tem uma filmografia bem mais interessante, inclusive nesse "Segredos de Sangue" ela surge com os cabelos pintados de preto, para ajudar na composição de sua personagem, que tem uma simbiose natural com o sombrio e o soturno. Ficou bastante diferente, mas também sedutora, de uma maneira até bem doentia.
O grande mérito desse filme porém vem realmente de seu roteiro. Ele começa como um tipo de drama emocional (ou nada emocional se formos levar em conta o jeito de Mia). O pai está morto, a mãe não está com muita disposição de ficar em luto eterno e o tio chega na casa. Um cara bonitão, com jeito de boa praça, bem sucedido, carrão conversível. Para a bizarrice ser completa ele acaba seduzindo a viúva do irmão, pior do que isso, se insinua para a própria sobrinha! Ecos de incesto por todos os lados. O roteiro porém não cai em armadilhas e situações clichês. Ao invés disso dá uma guinada ainda mais estranha para o lado mais bizarro dessa família. Como escrevi no começo do texto, é um filme sobre psicopatas com laços familiares. Assim não espere por nada muito convencional pois definitivamente esse filme não se enquadra em algo comum, do tipo que você está acostumado a assistir.
Segredos de Sangue (Stoker, Estados Unidos, Inglaterra, 2013) Direção: Chan-wook Park / Roteiro: Wentworth Miller / Elenco: Mia Wasikowska, Nicole Kidman, Matthew Goode, Dermot Mulroney / Sinopse: Depois da morte do pai, mãe e filha, India (Mia Wasikowska) e Evelyn Stoker (Nicole Kidman) respectivamente, recebem a visita do irmão dele, o desconhecido e misterioso tio Charles (Matthew Goode). Onde ele estava durante todos esses anos? O que fez? Quais são seus segredos mais bem guardados? Filme premiado no Fangoria Chainsaw Awards e CinEuphoria Awards.
Pablo Aluísio.
Leatherface
Esse foi um dos últimos trabalhos do cineasta Tobe Hooper, falecido recentemente. Ele não dirigiu o filme, apenas o produziu e deu algumas sugestões ao roteiro. A fita é uma nova tentativa de levar em frente a franquia "O Massacre da Serra Elétrica", só que ao invés de seguir contando a história da infame família assassina, o roteiro volta no tempo, para mostrar as origens de Leatherface, o mais violento e insano membro do clã. Assim somos levados até os anos 1950. A família Sawyer vive em uma pequena fazenda decadente e perdida no meio do Texas. São violentos, sádicos e mentalmente perturbados. Quando o jovem caçula faz aniversário eles levam um ladrão de porcos da região para ser torturado ao lado do bolo com velinhas. Mais alucinado do que isso impossível.
Depois passam dos limites quando matam e torturam a adolescente filha do xerife Hal Hartman (Stephen Dorff). O policial não consegue provas contra todos, mas tem uma vitória ao enviar os dois filhos mais jovens daquela família assassina ao reformatório especializado em jovens criminosos que são diagnosticados com problemas mentais. Jared, o futuro Leatherface, assim cresce nesse manicômio judiciário juvenil. Após dez anos de sua internação há uma rebelião na instituição e ele finalmente ganha a liberdade. Ele foge com outros internos, psicopatas jovens, que logo espalham terror pelas estradas e fazendas por onde passam. Para capturá-los vai novamente o xerife Hartman, só que agora ele pretende matar todos eles, sem se importar com a lei.
Como não poderia deixar de ser o filme é bem violento. Essa franquia nunca foi conhecida pela sutileza, muito pelo contrário, sempre foi sanguinária ao extremo. O problema é que o roteiro não avança muito em sua proposta original. É certo que saber o começo da vida do monstruoso Leatherface seria algo bem interessante para os fãs de terror, mas aqui eles não conseguiram desenvolver muito esse personagem. Ele, sob supervisão médica, até consegue avanços, se torna uma pessoa melhor, até se apaixona e defende uma jovem enfermeira no reformatório, mas uma vez solto e sem medicação se torna novamente um louco feroz. A volta ao convívio com sua família (uma quadrilha de caipiras insanos) só piora tudo. O clímax acontece justamente quando ele usa pela primeira vez a serra elétrica para trucidar duas vítimas. Poderia ser uma cena de alto impacto, mas achei bem banal. Então é isso, um novo filme que tenta revitalizar uma antiga franquia, com resultados bem modestos.
Leatherface (Estados Unidos, 2017) Direção: Alexandre Bustillo, Julien Maury / Roteiro: Seth M. Sherwood, Tobe Hooper, Kim Henkel / Elenco: Stephen Dorff, Lili Taylor, Sam Strike, Vanessa Grasse, Sam Coleman / Sinopse: Após a morte violenta da adorável filha adolescente do xerife, o jovem Jared Sawyer (Strike) é enviado para um manicômio juvenil onde fica internado por dez anos. Após uma rebelião de internos ele consegue fugir ao lado de outros malucos violentos. Juntos, pelas estradas do Texas, causam terror e massacres sanguinários por onde passam.
Pablo Aluísio.
Depois passam dos limites quando matam e torturam a adolescente filha do xerife Hal Hartman (Stephen Dorff). O policial não consegue provas contra todos, mas tem uma vitória ao enviar os dois filhos mais jovens daquela família assassina ao reformatório especializado em jovens criminosos que são diagnosticados com problemas mentais. Jared, o futuro Leatherface, assim cresce nesse manicômio judiciário juvenil. Após dez anos de sua internação há uma rebelião na instituição e ele finalmente ganha a liberdade. Ele foge com outros internos, psicopatas jovens, que logo espalham terror pelas estradas e fazendas por onde passam. Para capturá-los vai novamente o xerife Hartman, só que agora ele pretende matar todos eles, sem se importar com a lei.
Como não poderia deixar de ser o filme é bem violento. Essa franquia nunca foi conhecida pela sutileza, muito pelo contrário, sempre foi sanguinária ao extremo. O problema é que o roteiro não avança muito em sua proposta original. É certo que saber o começo da vida do monstruoso Leatherface seria algo bem interessante para os fãs de terror, mas aqui eles não conseguiram desenvolver muito esse personagem. Ele, sob supervisão médica, até consegue avanços, se torna uma pessoa melhor, até se apaixona e defende uma jovem enfermeira no reformatório, mas uma vez solto e sem medicação se torna novamente um louco feroz. A volta ao convívio com sua família (uma quadrilha de caipiras insanos) só piora tudo. O clímax acontece justamente quando ele usa pela primeira vez a serra elétrica para trucidar duas vítimas. Poderia ser uma cena de alto impacto, mas achei bem banal. Então é isso, um novo filme que tenta revitalizar uma antiga franquia, com resultados bem modestos.
Leatherface (Estados Unidos, 2017) Direção: Alexandre Bustillo, Julien Maury / Roteiro: Seth M. Sherwood, Tobe Hooper, Kim Henkel / Elenco: Stephen Dorff, Lili Taylor, Sam Strike, Vanessa Grasse, Sam Coleman / Sinopse: Após a morte violenta da adorável filha adolescente do xerife, o jovem Jared Sawyer (Strike) é enviado para um manicômio juvenil onde fica internado por dez anos. Após uma rebelião de internos ele consegue fugir ao lado de outros malucos violentos. Juntos, pelas estradas do Texas, causam terror e massacres sanguinários por onde passam.
Pablo Aluísio.
domingo, 8 de outubro de 2017
Blade Runner 2049
Finalmente assisti a esse novo "Blade Runner 2049", As duas observações iniciais são simples: o filme me agradou de maneira em geral e também não foi nada aborrecido e cansativo como muita gente tem dito por aí. Parece que as pessoas perderam o jeito (e a paciência) para assistir a obras como essa. O filme foi mal nas bilheterias, tanto nos Estados Unidos como no resto do mundo. Era algo previsível de acontecer. Os jovens que vão ao cinema hoje em dia muito provavelmente não conhecem o filme original. A falta de ação e o estilo mais cerebral também são fatores que espantam esses jovens. Afinal são quase 3 horas de duração, onde tudo acontece no seu devido tempo, sem pressa, em ritmo lento, como se fosse um film noir dos anos 40.
O roteiro não me surpreendeu muito, mesmo naqueles momentos em que tenta manipular o espectador. Tampouco foi tão complexo como eu esperava. Ao contrário disso a trama é até bem redondinha, nada complicada de entender. Basicamente há uma novidade e tanto no universo de Blade Runner. Descobre-se que uma replicante conseguiu se reproduzir! Isso mesmo, os restos mortais de uma delas mostra que ela teve filhos! Caso único e singular. Obviamente que se torna vital encontrar essa criança, pois ela é uma etapa a mais na evolução! Imaginem, se os replicantes pudessem se reproduzir de que serviria a humanidade a partir desse ponto? Nessa linha temos assim o mote principal de toda a história: o Blade Runner "K" (Ryan Gosling) precisa encontrar o fruto desse evento maravilhoso (ou terrível, dependendo do ponto de vista). Seria a primeira descendente nascida de um ser artificial.
O diretor Denis Villeneuve fez um belo trabalho de ambientação. Você vai se lembrar imediatamente daquele universo sombrio, escuro, com muita decadência futurista. Um mundo distópico, com chuva eterna. O mesmo que você conheceu lá nos anos 80 com o primeiro filme estrelado por Harrison Ford. E por falar nele, penso que o único erro maior dessa nova produção foi trazer o personagem Rick Deckard de volta. Ele poderia ser apenas uma lembrança, um mistério a ser resolvido, tal como a replicante Rachael. A impressão que tive foi que a presença de Ford foi única e exclusivamente usada como ponto de referência, como explicação de tudo o que está acontecendo. Seu personagem funciona como alguém que serve para revelar mais e tornar tudo mais claro ao espectador. Não era necessário. Nesse ponto o roteiro parece ter subestimado a inteligência do público.
Outro fato interessante é que os roteiristas jogam o tempo todo com a verdadeira identidade do filho (ou filha) de Rachael. Seria um dos personagens do filme? Ou alguém que no final não vai aparecer (abrindo portas para uma sequência futura). Isso você só vai descobrir assistindo ao filme. Outro revés é que não existem aqui discussões mais filosóficas sobre a importância da vida humana como vimos no primeiro filme. Não há um background mais complexo. Isso porém não chega a estragar o resultado final. É sim um bom filme, que vem para fechar um ciclo. Era necessário mesmo explicar o que aconteceu com Deckard e Rachael? Bom, penso que não! Mesmo assim, não deixa em hipótese nenhuma de ser algo interessante. Assim esse novo filme com a marca "Blade Runner" muito provavelmente não se tornará um cult movie e uma obra prima como o original, mas ainda assim vale como algo a mais do que um mero exercício de imaginação.
Blade Runner 2049 (Estados Unidos, 2017) Direção: Denis Villeneuve / Roteiro: Hampton Fancher, Michael Green, baseados na obra original escrita por Philip K. Dick / Elenco: Harrison Ford, Ryan Gosling, Robin Wright, Jared Leto, Ana de Armas, Sean Young, Sylvia Hoeks, Edward James Olmos / Sinopse: Trinta anos após os acontecimentos vistos no filme "Blade Runner - O Caçador de Andróides", um novo policial é enviado para descobrir o paradeiro de uma criança que teria nascido do ventre de uma replicante - algo completamente surreal e inédito na história. Descobrir sua identidade e onde ela está passa a ser vital para todos.
Pablo Aluísio.
O roteiro não me surpreendeu muito, mesmo naqueles momentos em que tenta manipular o espectador. Tampouco foi tão complexo como eu esperava. Ao contrário disso a trama é até bem redondinha, nada complicada de entender. Basicamente há uma novidade e tanto no universo de Blade Runner. Descobre-se que uma replicante conseguiu se reproduzir! Isso mesmo, os restos mortais de uma delas mostra que ela teve filhos! Caso único e singular. Obviamente que se torna vital encontrar essa criança, pois ela é uma etapa a mais na evolução! Imaginem, se os replicantes pudessem se reproduzir de que serviria a humanidade a partir desse ponto? Nessa linha temos assim o mote principal de toda a história: o Blade Runner "K" (Ryan Gosling) precisa encontrar o fruto desse evento maravilhoso (ou terrível, dependendo do ponto de vista). Seria a primeira descendente nascida de um ser artificial.
O diretor Denis Villeneuve fez um belo trabalho de ambientação. Você vai se lembrar imediatamente daquele universo sombrio, escuro, com muita decadência futurista. Um mundo distópico, com chuva eterna. O mesmo que você conheceu lá nos anos 80 com o primeiro filme estrelado por Harrison Ford. E por falar nele, penso que o único erro maior dessa nova produção foi trazer o personagem Rick Deckard de volta. Ele poderia ser apenas uma lembrança, um mistério a ser resolvido, tal como a replicante Rachael. A impressão que tive foi que a presença de Ford foi única e exclusivamente usada como ponto de referência, como explicação de tudo o que está acontecendo. Seu personagem funciona como alguém que serve para revelar mais e tornar tudo mais claro ao espectador. Não era necessário. Nesse ponto o roteiro parece ter subestimado a inteligência do público.
Outro fato interessante é que os roteiristas jogam o tempo todo com a verdadeira identidade do filho (ou filha) de Rachael. Seria um dos personagens do filme? Ou alguém que no final não vai aparecer (abrindo portas para uma sequência futura). Isso você só vai descobrir assistindo ao filme. Outro revés é que não existem aqui discussões mais filosóficas sobre a importância da vida humana como vimos no primeiro filme. Não há um background mais complexo. Isso porém não chega a estragar o resultado final. É sim um bom filme, que vem para fechar um ciclo. Era necessário mesmo explicar o que aconteceu com Deckard e Rachael? Bom, penso que não! Mesmo assim, não deixa em hipótese nenhuma de ser algo interessante. Assim esse novo filme com a marca "Blade Runner" muito provavelmente não se tornará um cult movie e uma obra prima como o original, mas ainda assim vale como algo a mais do que um mero exercício de imaginação.
Blade Runner 2049 (Estados Unidos, 2017) Direção: Denis Villeneuve / Roteiro: Hampton Fancher, Michael Green, baseados na obra original escrita por Philip K. Dick / Elenco: Harrison Ford, Ryan Gosling, Robin Wright, Jared Leto, Ana de Armas, Sean Young, Sylvia Hoeks, Edward James Olmos / Sinopse: Trinta anos após os acontecimentos vistos no filme "Blade Runner - O Caçador de Andróides", um novo policial é enviado para descobrir o paradeiro de uma criança que teria nascido do ventre de uma replicante - algo completamente surreal e inédito na história. Descobrir sua identidade e onde ela está passa a ser vital para todos.
Pablo Aluísio.
Lendas da Vida
Título no Brasil: Lendas da Vida
Título Original: The Legend of Bagger Vance
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Robert Redford
Roteiro: Jeremy Leven
Elenco: Will Smith, Matt Damon, Charlize Theron, Jack Lemmon, Bruce McGill, Joel Gretsch
Sinopse:
Rannulph Junnah (Matt Damon) é um jogador de golfe desiludido, veterano da primeira guerra mundial, que tenta vencer novamente no esporte com a ajuda de um caddy chamado Bagger Vance (Will Smith). Há muitos anos que ele não trilha o caminho da vitória. De volta à sua cidade natal, Savannah, ele precisa superar todos os seus medos e receios.
Comentários:
Bom filme dirigido por Robert Redford. Aqui ele comprou os direitos do romance escrito por Steven Pressfield e adaptou a sua história para um filme que ora parece ser uma alegoria sobre vencer a si próprio, superando barreiras psicológicas, ora como uma fábula passada no começo do século XX, com um personagem que ronda o místico, na figura do ator Will Smith. O esporte aqui é apenas uma muleta narrativa, até porque o Golfe não é muito dramático, em nenhum ponto de vista. Um esporte praticado por milionários aposentados nos Estados Unidos (o que justamente era o caso do próprio Robert Redford). A produção é bem bonita, com bela fotografia. O elenco é todo bom, com destaque para Damon, interpretando mais um vez o sujeito bonzinho, Smith como o bom malandro e Theron, mais bonita do que nunca, ainda colhendo os frutos de sua juventude. Todos eles estão bem, porém no quesito elenco o filme ficou marcado mesmo por ter sido o último trabalho do veterano Jack Lemmon. Ele não surge em cena, atua apenas como narrador, relembrando antigas histórias, mas isso não diminui sua importância. Ele morreria um ano depois, aos 76 anos de idade, deixando como seu último legado esse belo trabalho como o velho Hardy Greaves . Comercialmente falando o filme não fez sucesso nos Estados Unidos. Pior no Brasil, já que pouca gente estava interessado em um filme sobre golfe. Por aqui ele se limitou a ser lançado timidamente em VHS. Nada muito marcante. De qualquer maneira ainda indico essa produção. Sua bela mensagem inserida no roteiro vale qualquer esforço, ainda que você não goste desse esporte em particular.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Legend of Bagger Vance
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Robert Redford
Roteiro: Jeremy Leven
Elenco: Will Smith, Matt Damon, Charlize Theron, Jack Lemmon, Bruce McGill, Joel Gretsch
Sinopse:
Rannulph Junnah (Matt Damon) é um jogador de golfe desiludido, veterano da primeira guerra mundial, que tenta vencer novamente no esporte com a ajuda de um caddy chamado Bagger Vance (Will Smith). Há muitos anos que ele não trilha o caminho da vitória. De volta à sua cidade natal, Savannah, ele precisa superar todos os seus medos e receios.
Comentários:
Bom filme dirigido por Robert Redford. Aqui ele comprou os direitos do romance escrito por Steven Pressfield e adaptou a sua história para um filme que ora parece ser uma alegoria sobre vencer a si próprio, superando barreiras psicológicas, ora como uma fábula passada no começo do século XX, com um personagem que ronda o místico, na figura do ator Will Smith. O esporte aqui é apenas uma muleta narrativa, até porque o Golfe não é muito dramático, em nenhum ponto de vista. Um esporte praticado por milionários aposentados nos Estados Unidos (o que justamente era o caso do próprio Robert Redford). A produção é bem bonita, com bela fotografia. O elenco é todo bom, com destaque para Damon, interpretando mais um vez o sujeito bonzinho, Smith como o bom malandro e Theron, mais bonita do que nunca, ainda colhendo os frutos de sua juventude. Todos eles estão bem, porém no quesito elenco o filme ficou marcado mesmo por ter sido o último trabalho do veterano Jack Lemmon. Ele não surge em cena, atua apenas como narrador, relembrando antigas histórias, mas isso não diminui sua importância. Ele morreria um ano depois, aos 76 anos de idade, deixando como seu último legado esse belo trabalho como o velho Hardy Greaves . Comercialmente falando o filme não fez sucesso nos Estados Unidos. Pior no Brasil, já que pouca gente estava interessado em um filme sobre golfe. Por aqui ele se limitou a ser lançado timidamente em VHS. Nada muito marcante. De qualquer maneira ainda indico essa produção. Sua bela mensagem inserida no roteiro vale qualquer esforço, ainda que você não goste desse esporte em particular.
Pablo Aluísio.
sábado, 7 de outubro de 2017
Queremos Matar Gunther
Arnold Schwarzenegger já tentou fazer comédias várias vezes antes em sua carreira. Colheu bons resultados com "Irmãos Gêmeos", apareceu em filmes medianos do tipo "Um Tira no Jardim de Infância" e afundou em porcarias como "Júnior". Não entendo porque um ator talhado para filmes de ação tenta sempre dar o mesmo passo errado. Agora ele tentou de novo, com resultados ainda mais sofríveis. O próprio Schwarzenegger produziu esse besteirol chamado "Killing Gunther" e o que se vê na tela é algo bem ruim, totalmente constrangedor. O enredo é mínimo: um idiota chamado Blake (Taran Killam) decide que quer se tornar o maior assassino profissional do mundo. E como ele conseguiria esse título? Ora, matando aquele que é considerado o melhor do mercado. Seu nome é Gunther (Arnold Schwarzenegger), um sujeito implacável, jamais preso pelos "serviços" que faz ao redor do mundo. Uma verdadeira lenda. Assim Blake resolve formar um grupo de assassinos (que age como um bando de imbecis) para ir atrás de Gunther. Para não deixar passar nada em branco decide filmar tudo, de forma amadora. E aí começam os problemas, pois Gunther não vai se deixar ser pego por aqueles patetas.
O estilo do filme é o mesmo usado em várias fitinhas de terror, o tal falso documentário (mockumentary). Se funciona em certos filmes de horror, aqui a coisa toda só causa dor de cabeça e aborrecimento ao espectador. Para os fãs de Arnold Schwarzenegger outra coisa vai irritar: ele só aparece em cena após 70 minutos de filme. Enquanto ele não surge o espectador acaba sendo bombardeado com personagens irritantes, cenas sem graça e péssimos atores (ou comediantes, o que seja). No final o saldo de tudo é muito ruim. Uma hora e meia desperdiçada de sua vida... que em troca não conseguirá nem dar um sorrisinho amarelo. Que coisa bizarra, provavelmente o pior filme já estrelado por Arnold Schwarzenegger em sua longa carreira. Penso que ele precisa urgentemente repensar melhor os roteiros que escolhe daqui pra frente. Chega de pagar mico por aí.
Queremos Matar Gunther (Killing Gunther, Estados Unidos, 2017) Direção: Taran Killam / Roteiro: Taran Killam / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Taran Killam, Cobie Smulders, Hannah Simone / Sinopse: Um Hitman (assassino profissional) mequetrefe decide matar aquele que é considerado o maior assassino profissional do mundo. Ele forma um bando de idiotas que lhe auxiliam nessa missão com pouca possibilidade de sucesso.
Pablo Aluísio.
O estilo do filme é o mesmo usado em várias fitinhas de terror, o tal falso documentário (mockumentary). Se funciona em certos filmes de horror, aqui a coisa toda só causa dor de cabeça e aborrecimento ao espectador. Para os fãs de Arnold Schwarzenegger outra coisa vai irritar: ele só aparece em cena após 70 minutos de filme. Enquanto ele não surge o espectador acaba sendo bombardeado com personagens irritantes, cenas sem graça e péssimos atores (ou comediantes, o que seja). No final o saldo de tudo é muito ruim. Uma hora e meia desperdiçada de sua vida... que em troca não conseguirá nem dar um sorrisinho amarelo. Que coisa bizarra, provavelmente o pior filme já estrelado por Arnold Schwarzenegger em sua longa carreira. Penso que ele precisa urgentemente repensar melhor os roteiros que escolhe daqui pra frente. Chega de pagar mico por aí.
Queremos Matar Gunther (Killing Gunther, Estados Unidos, 2017) Direção: Taran Killam / Roteiro: Taran Killam / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Taran Killam, Cobie Smulders, Hannah Simone / Sinopse: Um Hitman (assassino profissional) mequetrefe decide matar aquele que é considerado o maior assassino profissional do mundo. Ele forma um bando de idiotas que lhe auxiliam nessa missão com pouca possibilidade de sucesso.
Pablo Aluísio.
O Culto de Chucky
Esse é o sétimo filme dessa franquia que começou em 1988 com "Brinquedo Assassino" de Tom Holland. Não vá perder a conta. Depois desse bom primeiro filme vieram "Brinquedo Assassino 2" (1990), "Brinquedo Assassino 3" (1991), "A Noiva de Chucky" (1998), "O Filho de Chucky" (2004) e "A Maldição de Chucky" (2013), todos trazendo a voz do ator Brad Dourif como Chucky! Pelo visto os produtores não estão dispostos a abrir mão de faturar com esse boneco. Em tempos de Annabelle não poderia ser diferente. É claro que a série foi ficando cada vez mais galhofa com o passar do tempo, basta dar uma olhada nos títulos dos filmes mais recentes. Aqui tudo volta a girar em torno de Chucky. Uma de suas vítimas é enviada para uma instituição psiquiátrica. Ela ainda tem pesadelos com os ataques de Chucky, mas tenta superar tudo, tendo inclusive que lidar com vários bonecos em seu tratamento. E é claro que eles vão acabar ganhando vida para transformar tudo em um inferno. Aliás o principal diferencial desse novo filme é que não existe apenas um Chucky, mas quatro deles! Do original só resta a cabeça disforme que é mantida dentro de um cofre, por precaução!
Fica óbvio que a franquia deveria ter se encerrado há muitos anos, mas o que vemos aqui é algo parecido com o que aconteceu com "Sexta-feira 13" que também começou com filmes mais sérios, centrado no terror e que aos poucos foram virando sátiras de si mesmo. Não pense em levar nada à sério. Para quem assistiu ao filme original, lá atrás, nos anos 80, ainda nos tempos de VHS, tudo vira uma grande diversão mesmo, até pelos absurdos propositais que os roteiristas vão criando, tudo para manter o bom e velho Chucky fora da caixa. Quantos filmes ainda serão produzidos? Ninguém sabe ao certo, até porque para não perder o hábito o final aqui abre para futuras continuações! Haja imaginação e criatividade para levar essa história tão longe...
O Culto de Chucky (Cult of Chucky, Estados Unidos, 2017) Direção: Don Mancini / Roteiro: Don Mancini / Elenco: Allison Dawn Doiron, Alex Vincent, Brad Dourif, Jennifer Tilly / Sinopse: Vários bonecos de Chucky, o brinquedo assassino, são enviados para uma instituição psiquiátrica. O médico responsável pelos tratamentos pensa utilizá-los na recuperação de uma das vítimas dele do passado, só que para o inferno de todos dentro daquela instituição os bonecos ganham vida, espalhando terror pelo lugar.
Pablo Aluísio.
Fica óbvio que a franquia deveria ter se encerrado há muitos anos, mas o que vemos aqui é algo parecido com o que aconteceu com "Sexta-feira 13" que também começou com filmes mais sérios, centrado no terror e que aos poucos foram virando sátiras de si mesmo. Não pense em levar nada à sério. Para quem assistiu ao filme original, lá atrás, nos anos 80, ainda nos tempos de VHS, tudo vira uma grande diversão mesmo, até pelos absurdos propositais que os roteiristas vão criando, tudo para manter o bom e velho Chucky fora da caixa. Quantos filmes ainda serão produzidos? Ninguém sabe ao certo, até porque para não perder o hábito o final aqui abre para futuras continuações! Haja imaginação e criatividade para levar essa história tão longe...
O Culto de Chucky (Cult of Chucky, Estados Unidos, 2017) Direção: Don Mancini / Roteiro: Don Mancini / Elenco: Allison Dawn Doiron, Alex Vincent, Brad Dourif, Jennifer Tilly / Sinopse: Vários bonecos de Chucky, o brinquedo assassino, são enviados para uma instituição psiquiátrica. O médico responsável pelos tratamentos pensa utilizá-los na recuperação de uma das vítimas dele do passado, só que para o inferno de todos dentro daquela instituição os bonecos ganham vida, espalhando terror pelo lugar.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
Planeta dos Macacos: A Guerra
Essa trilogia se encerra muito bem aqui nesse filme. Essa nova leva de filmes explorando o universo do planeta dos macacos foi realmente muito boa. O primeiro filme de 2011 já surpreendeu pela extrema qualidade de seu roteiro. O segundo não foi tão bom, mas manteve o interesse e a qualidade e finalmente tudo se encerra aqui, nessa terceira produção, que se não é tão boa quanto às anteriores pelo menos se mantém em um nível artístico que não vai decepcionar ninguém. Esse novo lote de filmes provou acima de tudo que era possível reciclar velhas ideias com toques de originalidade, melhorando o que por si só já era muito bom. Um remake não precisa ser apenas um caça níqueis. Pode ser também algo que venha a acrescentar, melhorar um bom filme do passado.
Quando o filme começa já encontramos uma tropa de soldados humanos adentrando a floresta em busca do grupo de Caeser. Como se viu nos filmes anteriores um vírus se espalhou pelo planeta, ceifando a vida de praticamente 90% da humanidade. Os humanos que sobreviveram seguem sua guerra contra os macacos. Caeser consegue repelir o ataque, mas o saldo é doloroso para ele. Sua esposa e seu filho são mortos durante os combates. Todos executados pessoalmente pelo cruel e sanguinário Coronel que lidera as tropas, em boa interpretação do ator Woody Harrelson. A partir daí inicia-se uma jornada de vingança por parte de Caesar. Ele quer vingar a morte de seus entes queridos e parte para o acerto de contas finais contra o militar.
O roteiro desse terceiro filme não é tão bom como o do primeiro. Ali havia mesmo um argumento primoroso que discutia o que realmente tornava alguém realmente humano. Aqui a trama é mais básica, baseada na velha fórmula da vingança pessoal (tema aliás que sempre foi explorado em demasia pelo cinema, principalmente em filmes de ação e western). Isso porém não significa que seja ruim, longe disso. Dentro dessa premissa a história até que funciona muito bem. É um bom clímax para tudo o que o público vinha acompanhando desde os primeiros filmes. Os efeitos especiais continuam perfeitos e bem inseridos dentro do enredo. Não ofusca a história, pelo contrário, ajuda a contá-la. No mais, não resta outra coisa a não ser aplaudir esses novos filmes. Eles trouxeram de volta, com extremo êxito, esse estranho mundo, onde os macacos vão se tornando cada vez mais sábios, enquanto a humanidade vai se afundando em sua própria ganância e estupidez.
Planeta dos Macacos: A Guerra (War for the Planet of the Apes, Estados Unidos, 2017) Direção: Matt Reeves / Roteiro: Mark Bomback, Matt Reeves / Elenco: Andy Serkis, Woody Harrelson, Steve Zahn, Karin Konoval, Amiah Miller / Sinopse: O líder dos macacos, Caesar (Serkis), almeja criar a paz com os homens, mas isso vai se tornando impossível por causa de um Coronel insano e violento que tem planos de escravizar todos os macacos pois ele quer erguer uma grande muralha de defesa em seu acampamento militar nas colinas.
Pablo Aluísio.
Quando o filme começa já encontramos uma tropa de soldados humanos adentrando a floresta em busca do grupo de Caeser. Como se viu nos filmes anteriores um vírus se espalhou pelo planeta, ceifando a vida de praticamente 90% da humanidade. Os humanos que sobreviveram seguem sua guerra contra os macacos. Caeser consegue repelir o ataque, mas o saldo é doloroso para ele. Sua esposa e seu filho são mortos durante os combates. Todos executados pessoalmente pelo cruel e sanguinário Coronel que lidera as tropas, em boa interpretação do ator Woody Harrelson. A partir daí inicia-se uma jornada de vingança por parte de Caesar. Ele quer vingar a morte de seus entes queridos e parte para o acerto de contas finais contra o militar.
O roteiro desse terceiro filme não é tão bom como o do primeiro. Ali havia mesmo um argumento primoroso que discutia o que realmente tornava alguém realmente humano. Aqui a trama é mais básica, baseada na velha fórmula da vingança pessoal (tema aliás que sempre foi explorado em demasia pelo cinema, principalmente em filmes de ação e western). Isso porém não significa que seja ruim, longe disso. Dentro dessa premissa a história até que funciona muito bem. É um bom clímax para tudo o que o público vinha acompanhando desde os primeiros filmes. Os efeitos especiais continuam perfeitos e bem inseridos dentro do enredo. Não ofusca a história, pelo contrário, ajuda a contá-la. No mais, não resta outra coisa a não ser aplaudir esses novos filmes. Eles trouxeram de volta, com extremo êxito, esse estranho mundo, onde os macacos vão se tornando cada vez mais sábios, enquanto a humanidade vai se afundando em sua própria ganância e estupidez.
Planeta dos Macacos: A Guerra (War for the Planet of the Apes, Estados Unidos, 2017) Direção: Matt Reeves / Roteiro: Mark Bomback, Matt Reeves / Elenco: Andy Serkis, Woody Harrelson, Steve Zahn, Karin Konoval, Amiah Miller / Sinopse: O líder dos macacos, Caesar (Serkis), almeja criar a paz com os homens, mas isso vai se tornando impossível por causa de um Coronel insano e violento que tem planos de escravizar todos os macacos pois ele quer erguer uma grande muralha de defesa em seu acampamento militar nas colinas.
Pablo Aluísio.
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