Título no Brasil: O Caminho Para El Dorado
Título Original: The Road to El Dorado
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Animation
Direção: Bibo Bergeron, Don Paul
Roteiro: Terry Rossio, Ted Elliott
Elenco: Kevin Kline, Kenneth Branagh, Rosie Perez, Armand Assante, Edward James Olmos, Jim Cummings
Sinopse:
Durante a exploração do novo mundo, no século XVI, dois vigaristas acabam descobrindo um mapa que levaria ao El Dorado, uma cidade feita de ouro na recém descoberta América. Com esse mapa em mãos eles então partem para uma grande aventura. Filme indicado a oito categorias no Annie Awards, o Oscar da animação.
Comentários:
Esse mundo da animação é dos mais concorridos dentro da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. Claro que o estúdio de Steven Spielberg, a Dreamworks, não ficaria de fora desse nicho. Porém, com poucas exceções, a Dreamworks nunca acertou muito nesse segmento. E aqui eles cometeram um erro básico. A conquista da América pela Espanha definitivamente não é tema para animação infantil. Tampouco a procura por El Dorado. Esses foram dois eventos históricos reais e levaram a um verdadeiro genocídio das populações nativas do continente americano. Vale a pena explorar esse tipo de passado sombrio, transformando tudo em animação infantil? Penso que não! Faltou mesmo bom senso na escolha do tema. E de mais a mais o fato é que esse desenho não é também muito bom, caindo muitas vezes no marasmo. Estima-se que esse filme custou 95 milhões de dólares e rendeu pouco mais do que isso. Não foi um projeto lucrativo. Não foi por falta de aviso. O público não curtiu o enredo, a história, os personagens, ou seja, não agradou mesmo. Hoje em dia essa animação está praticamente esquecida.
Pablo Aluísio.
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domingo, 1 de novembro de 2020
quinta-feira, 11 de junho de 2020
O Preço do Desafio
Título no Brasil: O Preço do Desafio
Título Original: Stand and Deliver
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Ramón Menéndez
Roteiro: Ramón Menéndez, Tom Musca
Elenco: Edward James Olmos, Lou Diamond Phillips, Estelle Harris, Mark Phelan, Carmen Argenziano, Rosanna DeSoto
Sinopse:
O filme conta a história de Jaime Escalante (Edward James Olmos), um professor do ensino médio que inspirou com sucesso seus alunos propensos ao abandono escolar e ao crime numa escola pobre de Los Angeles. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor ator (Edward James Olmos).
Comentários:
Juventude pobre, juventude sem rumo e sem esperanças. A maioria daqueles alunos formada por filhos de imigrantes ilegais de origem latina nos Estados Unidos. É no meio desse lugar, uma escola cheia de jovens sem qualquer expectativa de vida por um futuro melhor, que um professor tem uma grande chance de ensinar não apenas o conteúdo de sua matéria, mas também preciosas lições de vida. Claro, um filme como esse nos faz lembrar imediatamente de "Ao Mestre com Carinho", mas curiosamente a história retratada aqui foi baseada em fatos reais. Muitos ignoram até hoje o fato que mesmo no país mais rico do mundo, como os Estados Unidos, há muita pobreza e marginalização. Em relação aos latinos isso é ainda mais evidente dentro daquela sociedade tão marcada pelo preconceito racial, de classe e religiosa. E esse foi o filme da vida do excelente ator Edward James Olmos. Ele foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro por seu desempenho. Não ganhou, entrando assim na longa galeria de injustiças da Academia de Hollywood. De qualquer forma foi amplamente reconhecido pela crítica de cinema da época. A vida, tanto a retratada no filme, como a real, de fato nunca foi justa. Assista e entenda.
Pablo Aluísio.
Título Original: Stand and Deliver
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Ramón Menéndez
Roteiro: Ramón Menéndez, Tom Musca
Elenco: Edward James Olmos, Lou Diamond Phillips, Estelle Harris, Mark Phelan, Carmen Argenziano, Rosanna DeSoto
Sinopse:
O filme conta a história de Jaime Escalante (Edward James Olmos), um professor do ensino médio que inspirou com sucesso seus alunos propensos ao abandono escolar e ao crime numa escola pobre de Los Angeles. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor ator (Edward James Olmos).
Comentários:
Juventude pobre, juventude sem rumo e sem esperanças. A maioria daqueles alunos formada por filhos de imigrantes ilegais de origem latina nos Estados Unidos. É no meio desse lugar, uma escola cheia de jovens sem qualquer expectativa de vida por um futuro melhor, que um professor tem uma grande chance de ensinar não apenas o conteúdo de sua matéria, mas também preciosas lições de vida. Claro, um filme como esse nos faz lembrar imediatamente de "Ao Mestre com Carinho", mas curiosamente a história retratada aqui foi baseada em fatos reais. Muitos ignoram até hoje o fato que mesmo no país mais rico do mundo, como os Estados Unidos, há muita pobreza e marginalização. Em relação aos latinos isso é ainda mais evidente dentro daquela sociedade tão marcada pelo preconceito racial, de classe e religiosa. E esse foi o filme da vida do excelente ator Edward James Olmos. Ele foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro por seu desempenho. Não ganhou, entrando assim na longa galeria de injustiças da Academia de Hollywood. De qualquer forma foi amplamente reconhecido pela crítica de cinema da época. A vida, tanto a retratada no filme, como a real, de fato nunca foi justa. Assista e entenda.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 11 de maio de 2020
Selena
Título no Brasil: Selena
Título Original: Selena
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gregory Nava
Roteiro: Gregory Nava
Elenco: Jennifer Lopez, Edward James Olmos, Jon Seda, Alex Meneses, Constance Marie, Jacob Vargas
Sinopse:
O filme conta a verdadeira história de Selena Quintanilla Perez, uma cantora de origem latina, nascida no Texas, que subiu na carreira com seu talento, chegando ao topo do sucesso, alcançando o primeiro lugar nas paradas de música latina. Porém sua estrela estava tragicamente destinada a se apagar por causa de um crime terrível.
Comentários:
A atriz e cantora Jennifer Lopez foi indicada ao Globo de Ouro por sua atuação nesse filme. Uma indicação aliás muito bem merecida. Ela de fato some dentro de seu personagem e de repente não encontramos mais a Jennifer Lopez, mas sim a Selena, uma cantora latina de muito sucesso popular na década de 1990 que infelizmente teve um final de vida muito, muito trágico. Eu confesso que fiquei completamente chocado com o seu destino. Ela era uma boa pessoa, que procurava ajudar as pessoas de sua família e seu círculo social, mas não conseguiu encontrar um final feliz para sua existência. É um primor a reconstituição histórica que o filme realiza, procurando trazer as músicas, o figurino e a própria personalidade da artista. No geral é mais um dos bons momentos de Jennifer Lopez no cinema. Um filme realmente excelente, tanto na produção como também pelo roteiro. O impacto dos acontecimentos ficarão em sua mente por um bom tempo, tenha certeza disso.
Pablo Aluísio.
Título Original: Selena
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gregory Nava
Roteiro: Gregory Nava
Elenco: Jennifer Lopez, Edward James Olmos, Jon Seda, Alex Meneses, Constance Marie, Jacob Vargas
Sinopse:
O filme conta a verdadeira história de Selena Quintanilla Perez, uma cantora de origem latina, nascida no Texas, que subiu na carreira com seu talento, chegando ao topo do sucesso, alcançando o primeiro lugar nas paradas de música latina. Porém sua estrela estava tragicamente destinada a se apagar por causa de um crime terrível.
Comentários:
A atriz e cantora Jennifer Lopez foi indicada ao Globo de Ouro por sua atuação nesse filme. Uma indicação aliás muito bem merecida. Ela de fato some dentro de seu personagem e de repente não encontramos mais a Jennifer Lopez, mas sim a Selena, uma cantora latina de muito sucesso popular na década de 1990 que infelizmente teve um final de vida muito, muito trágico. Eu confesso que fiquei completamente chocado com o seu destino. Ela era uma boa pessoa, que procurava ajudar as pessoas de sua família e seu círculo social, mas não conseguiu encontrar um final feliz para sua existência. É um primor a reconstituição histórica que o filme realiza, procurando trazer as músicas, o figurino e a própria personalidade da artista. No geral é mais um dos bons momentos de Jennifer Lopez no cinema. Um filme realmente excelente, tanto na produção como também pelo roteiro. O impacto dos acontecimentos ficarão em sua mente por um bom tempo, tenha certeza disso.
Pablo Aluísio.
domingo, 8 de outubro de 2017
Blade Runner 2049
Finalmente assisti a esse novo "Blade Runner 2049", As duas observações iniciais são simples: o filme me agradou de maneira em geral e também não foi nada aborrecido e cansativo como muita gente tem dito por aí. Parece que as pessoas perderam o jeito (e a paciência) para assistir a obras como essa. O filme foi mal nas bilheterias, tanto nos Estados Unidos como no resto do mundo. Era algo previsível de acontecer. Os jovens que vão ao cinema hoje em dia muito provavelmente não conhecem o filme original. A falta de ação e o estilo mais cerebral também são fatores que espantam esses jovens. Afinal são quase 3 horas de duração, onde tudo acontece no seu devido tempo, sem pressa, em ritmo lento, como se fosse um film noir dos anos 40.
O roteiro não me surpreendeu muito, mesmo naqueles momentos em que tenta manipular o espectador. Tampouco foi tão complexo como eu esperava. Ao contrário disso a trama é até bem redondinha, nada complicada de entender. Basicamente há uma novidade e tanto no universo de Blade Runner. Descobre-se que uma replicante conseguiu se reproduzir! Isso mesmo, os restos mortais de uma delas mostra que ela teve filhos! Caso único e singular. Obviamente que se torna vital encontrar essa criança, pois ela é uma etapa a mais na evolução! Imaginem, se os replicantes pudessem se reproduzir de que serviria a humanidade a partir desse ponto? Nessa linha temos assim o mote principal de toda a história: o Blade Runner "K" (Ryan Gosling) precisa encontrar o fruto desse evento maravilhoso (ou terrível, dependendo do ponto de vista). Seria a primeira descendente nascida de um ser artificial.
O diretor Denis Villeneuve fez um belo trabalho de ambientação. Você vai se lembrar imediatamente daquele universo sombrio, escuro, com muita decadência futurista. Um mundo distópico, com chuva eterna. O mesmo que você conheceu lá nos anos 80 com o primeiro filme estrelado por Harrison Ford. E por falar nele, penso que o único erro maior dessa nova produção foi trazer o personagem Rick Deckard de volta. Ele poderia ser apenas uma lembrança, um mistério a ser resolvido, tal como a replicante Rachael. A impressão que tive foi que a presença de Ford foi única e exclusivamente usada como ponto de referência, como explicação de tudo o que está acontecendo. Seu personagem funciona como alguém que serve para revelar mais e tornar tudo mais claro ao espectador. Não era necessário. Nesse ponto o roteiro parece ter subestimado a inteligência do público.
Outro fato interessante é que os roteiristas jogam o tempo todo com a verdadeira identidade do filho (ou filha) de Rachael. Seria um dos personagens do filme? Ou alguém que no final não vai aparecer (abrindo portas para uma sequência futura). Isso você só vai descobrir assistindo ao filme. Outro revés é que não existem aqui discussões mais filosóficas sobre a importância da vida humana como vimos no primeiro filme. Não há um background mais complexo. Isso porém não chega a estragar o resultado final. É sim um bom filme, que vem para fechar um ciclo. Era necessário mesmo explicar o que aconteceu com Deckard e Rachael? Bom, penso que não! Mesmo assim, não deixa em hipótese nenhuma de ser algo interessante. Assim esse novo filme com a marca "Blade Runner" muito provavelmente não se tornará um cult movie e uma obra prima como o original, mas ainda assim vale como algo a mais do que um mero exercício de imaginação.
Blade Runner 2049 (Estados Unidos, 2017) Direção: Denis Villeneuve / Roteiro: Hampton Fancher, Michael Green, baseados na obra original escrita por Philip K. Dick / Elenco: Harrison Ford, Ryan Gosling, Robin Wright, Jared Leto, Ana de Armas, Sean Young, Sylvia Hoeks, Edward James Olmos / Sinopse: Trinta anos após os acontecimentos vistos no filme "Blade Runner - O Caçador de Andróides", um novo policial é enviado para descobrir o paradeiro de uma criança que teria nascido do ventre de uma replicante - algo completamente surreal e inédito na história. Descobrir sua identidade e onde ela está passa a ser vital para todos.
Pablo Aluísio.
O roteiro não me surpreendeu muito, mesmo naqueles momentos em que tenta manipular o espectador. Tampouco foi tão complexo como eu esperava. Ao contrário disso a trama é até bem redondinha, nada complicada de entender. Basicamente há uma novidade e tanto no universo de Blade Runner. Descobre-se que uma replicante conseguiu se reproduzir! Isso mesmo, os restos mortais de uma delas mostra que ela teve filhos! Caso único e singular. Obviamente que se torna vital encontrar essa criança, pois ela é uma etapa a mais na evolução! Imaginem, se os replicantes pudessem se reproduzir de que serviria a humanidade a partir desse ponto? Nessa linha temos assim o mote principal de toda a história: o Blade Runner "K" (Ryan Gosling) precisa encontrar o fruto desse evento maravilhoso (ou terrível, dependendo do ponto de vista). Seria a primeira descendente nascida de um ser artificial.
O diretor Denis Villeneuve fez um belo trabalho de ambientação. Você vai se lembrar imediatamente daquele universo sombrio, escuro, com muita decadência futurista. Um mundo distópico, com chuva eterna. O mesmo que você conheceu lá nos anos 80 com o primeiro filme estrelado por Harrison Ford. E por falar nele, penso que o único erro maior dessa nova produção foi trazer o personagem Rick Deckard de volta. Ele poderia ser apenas uma lembrança, um mistério a ser resolvido, tal como a replicante Rachael. A impressão que tive foi que a presença de Ford foi única e exclusivamente usada como ponto de referência, como explicação de tudo o que está acontecendo. Seu personagem funciona como alguém que serve para revelar mais e tornar tudo mais claro ao espectador. Não era necessário. Nesse ponto o roteiro parece ter subestimado a inteligência do público.
Outro fato interessante é que os roteiristas jogam o tempo todo com a verdadeira identidade do filho (ou filha) de Rachael. Seria um dos personagens do filme? Ou alguém que no final não vai aparecer (abrindo portas para uma sequência futura). Isso você só vai descobrir assistindo ao filme. Outro revés é que não existem aqui discussões mais filosóficas sobre a importância da vida humana como vimos no primeiro filme. Não há um background mais complexo. Isso porém não chega a estragar o resultado final. É sim um bom filme, que vem para fechar um ciclo. Era necessário mesmo explicar o que aconteceu com Deckard e Rachael? Bom, penso que não! Mesmo assim, não deixa em hipótese nenhuma de ser algo interessante. Assim esse novo filme com a marca "Blade Runner" muito provavelmente não se tornará um cult movie e uma obra prima como o original, mas ainda assim vale como algo a mais do que um mero exercício de imaginação.
Blade Runner 2049 (Estados Unidos, 2017) Direção: Denis Villeneuve / Roteiro: Hampton Fancher, Michael Green, baseados na obra original escrita por Philip K. Dick / Elenco: Harrison Ford, Ryan Gosling, Robin Wright, Jared Leto, Ana de Armas, Sean Young, Sylvia Hoeks, Edward James Olmos / Sinopse: Trinta anos após os acontecimentos vistos no filme "Blade Runner - O Caçador de Andróides", um novo policial é enviado para descobrir o paradeiro de uma criança que teria nascido do ventre de uma replicante - algo completamente surreal e inédito na história. Descobrir sua identidade e onde ela está passa a ser vital para todos.
Pablo Aluísio.
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